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História After all, I love you – NAMJIN - Começo


Escrita por: Dih175

Notas do Autor


Minha primeira fic homossexual, espero que gostem.
E desculpe os erros se acontecer.
Boa leitura 🤗❤

~~~~

hey hey, tudo bem? espero que sim. Bom, seja bem vindo a uma fanfic que deu certo! estou orgulhosa. espero que você goste e que acompanhe essa aventura(?) até o fim. espero não decepcionar.

boa leitura, desculpe os erros se acontecer e até as notas finais (:
revisando: 13/05/17

Capítulo 1 - Começo


Joguei uma pedrinha na janela dele.

Meu rosto está molhado e não sei o quê fazer. Meus pés se guiaram por si próprios até aqui.

Uma luz se acendeu ao meio da escuridão. Era a luz do quarto dele no 2° andar.

– O quê você está fazendo aqui? – disse ele quando me viu da janela de seu quarto.

Tenho razões para acreditar que ele não viu que estou chorando. Porquê 1) a rua está mais escura que o normal. 2) ele se preocupa de mais.

Ele esperou que eu respondesse, mas não o fiz. Estou com muitas coisas na cabeça e não parei para pensar em dizer algo. Apenas estou aqui, sem saber o por quê.

Vi as luzes da casa se acenderem ao longo que ele passava pelo local.

O garoto de bochechas fartas abriu a porta e veio em minha direção na escuridão da rua. E viu o meu rosto.

– O que houve? O que aconteceu? – disse ele com a sua voz grave que eu amo tanto ouvir.

Fiquei em silêncio por alguns instantes até que eu disse:

– Eu quero ser seu.

Já no quarto dele, sentado na ponta da cama, ele me alcançou um copo d'água com açúcar.

– Me conte o quê aconteceu, sim?

– Eu te amo – as palavras saíram sem eu ao menos perceber.

Ele continuou falando, como se já esperasse por aquelas palavras:

– Por isso está chorando?

– Não exatamente.

Namjoon não queria me pressionar, mas ele também não queria ficar sem uma explicação.

– Quer dormir aqui hoje e amanhã você me contar o quê aconteceu?

Apenas assenti largando o copo intocado no criado mudo. Tirei meus tênis e deitei-me na cama. Ela é espaçosa o suficiente para nós dois deitarmos ali e não nos tocar.

Namjoon apagou a luz e veio deitar-se na cama também. E eu chorei em silêncio no escuro do quarto.

Namjoon percebeu ou ouviu, não sei ao certo, e veio para perto de mim. O mesmo secou minhas lágrimas levemente e ficou a me fazer carinhos na cabeça. Namjoonie não disse nada, não murmurou nada, mas me acalmou o suficiente ao ponto de pegar no sono.

Namjoon não estava mais na cama quando acordei. Caminhei até o banheiro e lavei o rosto.

Minhas olheiras estão fundas. Lembrei-me do ocorrido e iniciou-se um choro. Lavei meu rosto mais uma vez e lembrei-me do tapa em que levei e passei a mão pelo local. Não doía e não doeu. O quê machucou foi de quem o tapa veio.

Seja forte, repeti para mim mesmo assim que sai do quarto pronto para descer as escadas. Não chore

Namjoon segurava seu café sobre a mesa com as duas mãos e o fitava.

Ao longo que fui me aproximando a passos lentos ele percebeu minha presença.

– Sobre ontem, eu... – comecei, mas ele me interrompeu.

– Pensei muito sobre suas palavras de ontem. – E só então percebi que ele tinha olheiras abaixo dos olhos.

Quantos cafés ele havia tomado? Ele havia dormido?

– Desculpe, eu não queria ter dito aquelas coisas... eu não pensei antes de dizer...

– Quer dizer que você não sente nada por mim?

– Não, não é isso – não chore. Engoli em seco. – É que isso vai estragar tudo entre nós, e eu... – eu esperei que ele fosse me interromper, mas isso não aconteceu, então continuei: – Te amo, sempre amei – as palavras saíram rasgadas. Não que fossem mentira, eu apenas não sabia o que ele diria.

– Jin, sente aqui – ele indicou a cadeira, e eu o fiz. – Eu passei a noite inteira pensando em prováveis conversas entre nós, mas depois de um tempo percebi que eu nunca iria saber ou imaginar o que você realmente diria, então pensei em uma única coisa: é isso o quê você realmente quer? – e ele fez uma pausa. – Pense bem antes de responder. – Interveio. – Ontem você chegou aqui chorando e você podia e fez tudo sem pensar nas consequências. É isso o que você realmente quer? – Perguntou novamente.

É isso o quê eu realmente quero?

As palavras ficavam ecoando em minha mente. Eu nunca fui e nunca serei bom com assuntos de organizar tudo antes de fazer, isso não dá certo comigo. 

Verdade que na noite passada eu apenas fiz, apenas falei. Tudo sem pensar nas consequências.

Namjoon me fita enquanto penso. Mas ele não me olha como se quisesse uma resposta imediata, não é isso. Ele apenas me observa.

A noite passada foi a pior noite da minha vida. E eu quis estragar tudo ontem mesmo, sem ao menos pensar.

Relembro de tudo vagamente.

Lembro de estar em um bar qualquer e um garoto querer ficar comigo. Minha mãe aparece gritando e me chamando de inúmeros xingamentos. E então eu chorando, e quando tentei argumentar, levar um tapa no rosto de quem sempre me deu amor e dizia nunca me abandonar apesar de tudo.

Chorei muito e saí correndo. Fiquei andando pela cidade em prantos até meus pés me guiaram até aqui.

Namjoonie passa a mão em meu rosto e só então percebo que estou chorando novamente.

Ele merece sofrer junto a mim com o preconceito da minha mãe e provavelmente do meu pai? Com o bullying das pessoas ao nosso redor?

Eu não entrarei mais na minha casa para ficar, para dormir e viver. Onde eu vou morar?

Isso só me faz chorar mais.

Balancei a cabeça em negativa, como uma criança chorona.

– Nam, eu não quero que você sofra comigo. – Continuei balançando a cabeça.

– Por que eu sofreria? Me conte o que aconteceu ontem.

– Eu estava em um bar, curtindo. – Disse eu entre lágrimas. – Minha mãe apareceu e me viu beijando um garoto. Ela começou a me xingar e me bateu, Nam! Ela me bateu... – e mais lágrimas vieram.

Namjoon me abraçou e aquilo me acalmou um pouco.

– Nós vamos enfrentar isso juntos, está bem?

Uma parte de mim ficou feliz. Mas a outra não sabia o que fazer, só chorar. E eis o quê fiz, chorar.

– Vai ficar tudo bem. Ela apenas deve ter ficado nervosa com a situação. Imagine você ver o seu filho beijando um garoto sem ao menos você saber que ele é homossexual? – ele passa a mão em meus fios – Se acalme.

Aquilo me tranquilizou.

Mesmo depois de parar de chorar, continuei abraço nele e ele não tentou me soltar nenhuma vez.

Acho que é assim com todo mundo.

Algo ruim acontecer e você desejar acordar logo desse pesadelo que é a vida real.

– Você tem que ir para casa e resolver tudo isso, Jin. – Disse ele, assim que o soltei. – E se ela não te quiser lá, a minha casa vai estar aberta para você.

– Não! – Gritei, ainda parecendo uma criança. – Não, Nam. Não sou capaz disso – mais lágrimas.

– Eu vou estar do lado de fora, esperando por você. Não posso entrar, já que  você estava com outro garoto ontem quando ela viu...

– Promete que vai estar lá? M-me esperando?

– Prometo – ele sorriu suavemente, sem dentes, e abraçou-me acariciando meus fios.

Quando o mesmo fez isso, me senti tão bem, e acreditando que tudo era possível. Mas no instante em que ele me soltou, me arrependi de ter assentido para tudo isso.

Agora estou dentro do carro de Namjoon, já parado na frente da casa de minha mãe.

Minha coragem se esvaiu toda.

– Não sei se consigo... eu... eu sou fraco... – minhas mãos suam como se eu as tivesse molhado com água.

– Se tem uma coisa que você não é, é fraco. Vai lá, você consegue – encorajou-me ele, com a mão em meu joelho. O mesmo o apertava com carinho.

– Ok, me espere aqui – disse eu, tirando coragem de onde não tinha e com a voz trêmula.

Abri a porta do carro e atravessei a rua. Meus olhos estão marejados.

Coloco a mão na maçaneta, mas não consigo a girar. Fico observando as chaves na fechadura, como se elas fossem realmente interessantes.

Sinto os olhos de Namjoon sobre mim, acredito que me encorajando.

Giro a maçaneta com um pouco de dificuldade, pela mão suada. Pego as chaves e as coloco no bolso e fecho a porta atrás de mim.

– Amor, é você? – Gritou minha mãe da cozinha.

Eu não disse nada, mas meu coração está tão acelerado que acho que vou ter um ataque cardíaco. 

Minha mãe aparece na sala secando as mãos em um pano. Ela quase caiu para trás, seus olhos logo se encheram de lágrimas que ela insistia em não deixar cair.

– Mãe – minha garganta parecia ter embolado e doía. Lágrimas molhavam meu rosto.

– Não me chame mais assim, seu viadinho de merda.

– Eu continuo sendo o mesmo Jin de antes! – Essas palavras só fizeram mais lágrimas ainda caírem. – Sou o mesmo de antes, mãe...

– Eu não criei você para isso – ela colocou ênfase no "isso" como se eu fosse um bicho. Seu rosto está todo molhado de lágrimas e eu sabia que ela sofria com isso também, pela maneira em que me olhava, apesar de ter o olhar fuzilador misturado. – Pegue suas coisas e não volte mais aqui – ela voltou de onde tinha saído.

Subi as escadas correndo, aos prantos. Peguei minha mochila e joguei algumas roupas lá.

Viadinho de merda. Minhas pernas cederam e caí sentado. A dor na minha nádega não foi maior do que as palavras de minha mãe. Não foi maior do que meu coração está doendo agora.

Coloquei meu rosto entre as mãos e chorei mais e mais.

Terminei de colocar minhas coisas dentro de minha mochila e a joguei em minhas costas.

Desci as escadas correndo e abri a porta, apenas para esbarrar em alguém. Olhei para cima com os olhos marejados.

– Por que está chorando, Jin? – peguntou meu pai. – Para que essa mochila? 

Não respondi, apenas corri até o carro de Namjoon e larguei a mochila no banco de trás.

– Vai, vai – disse eu para Namjoon.

Ele pisou no acelerador e logo estávamos longe de minha casa.

Namjoon não disse nada. Ele sabe o que ocorreu lá dentro apenas pelo meu rosto e pela mochila.


Meu celular não parava de vibrar em meu bolso. Mas para que atender, afinal?

– Atenda – disse Namjoon, depois de um tempo.

– Não, Nam... Não quero falar com ninguém... – eu ainda estava chorando.

– Atenda – ele tinha tanta convicção na voz que fui obrigado a atender.

– A-alô? – ainda estava com um nó na garganta.

– Jin – era meu pai, com uma voz de alívio. – Jin, sinto muito pela sua mãe... ela tem seus motivos. Depois você vai entender.

Viadinho de merda.

Pai – foi apenas o que eu disse. A palavra saiu rasgada, no meio de um choro.

– Fale, filho – meu coração acelerou.

Meu pai não está bravo?

– Você... você não tem vergonha de mim? De quem sou? 

– Não, muito pelo contrário, sinto muito orgulho de você, filho.

– Eu te amo, pai. Queria que mamãe não estivesse brava e me odiasse... eu... eu amo ela...

– Também te amo. Sua mãe está pegando pesado com você. Mas como eu disse, ela tem suas razões.

Assenti igual um bebê chorão, apesar de saber que ele não veria isso.

– Vou te dar um cartão de crédito, com algum dinheiro todo mês... – quanto tempo ficarei fora de casa? – Falei com Namjoon e ele disse que vai cuidar de você por esse tempo... – olhei de relance para Namjoon. Então ele sabia que era meu pai? Por isso ele disse para eu atender? Quando eles haviam se falado? – Não é muito dinheiro... mas é o que posso dar, Jin.

– Não, pai – disse eu com firmeza. Namjoon chegou até a me olhar. – Não quero o seu dinheiro... eu vou me virar, eu que comecei com tudo isso.

– Jin, pare. Eu vou te entregar esse cartão. A senha é o dia e o mês do seu aniversário. Amanhã vou estar ao meio-dia naquele café que você adora. Se cuide.

– Tudo bem. Se cuide também – meu pai desligou. – Você sabia disso, Nam? – Balanço o celular.

– Seu pai me ligou perguntando se você estava comigo e se estava bem. Eu disse que você estava comigo desde ontem à noite e estava bem, mas abalado. – O mesmo me olhou e voltou-se para a estrada. – Ele perguntou onde nós estávamos e eu disse que você tinha entrado à pouco em casa. Ele disse que sua mãe seria rude e provavelmente não iria te querer lá. Ele perguntou se você podia ficar lá em casa por uns tempos e eu disse que tudo bem. Então ele desligou – ficamos alguns instantes em silêncio, até que ele perguntou: – Sua mãe te bateu?

Balancei a cabeça em negativa.

Quando estávamos próximos ao tal lugar misterioso, Namjoon cobriu meus olhos com uma meia minha qualquer, me fazendo rir.

Onde paramos o carro e o caminho, não os conheço, e não faço a menos ideia de onde estejamos.

Me sinto mais leve, me sinto um pouco melhor.

Namjoon me ajudou a descer do carro e nesse meio tempo imaginei as pessoas rindo, e quando chegassem em casa, ririam ao comentar com sua família que viram um garoto loiro com uma meia três quartos nos olhos. Sorri ao pensar nisso.

Namjoon me guiou – após trancar o carro, no qual ele pediu-me para esperar, pois iria pegar algo –, e ao longo que andamos, senti um ar suave bater em meus cabelos e o respirei enquanto andava ao lado de Namjoon. 

Talvez eu me sinta bem por estar junto a ele e longe de casa. Sou grato a ele por isso; sou grato a ele por muitas coisas.

Ouvi crianças gritando de alegria, pessoas conversando e também insultos direcionados a nós dois. Mas preferi deixar para lá; opiniões alheias não importam.

Até que não ouvi mais essas vozes e nem os gritos. Apenas os ouvia ao longe. Namjoon parou de caminhar e acredito que chegamos. Fiquei parado em pé por um tempo até que ele chegou bem perto e pude sentir o seu calor.

– É isso o que você realmente quer? – Perguntou ele em meu ouvido, bem baixinho.

Ele quer ficar comigo? Por isso está me perguntando isso? É como se fosse "você se assume gay? Tem certeza?" Ou "vai mesmo sair do "armário"?", "vai até o fim, mesmo sua mãe te "odiando"?"

Assenti de leve, com relutância. Meu coração estava na boca.

Estou com calor e com as mãos suadas.

Sinto sua respiração em minha bochecha e me arrepio. Agora sua respiração está em meu pescoço, onde ele depositou um beijo fazendo-me querer o agarra-lo, mas não o fiz.


Notas Finais


Espero que tenham gostado, bjos

~~~~~~~

desculpe se mesmo depois da revisão ocorreu algum erro. espero não ter muitos e que eu te veja nos próximos capítulos (: bjooos e até lá sz

13/05/17


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