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História After all, I love you – NAMJIN - Jimin


Escrita por: Dih175

Notas do Autor


Postar pelo celular é uma bosta. (Desculpe o palavreado)

Enfim, espero que não me matem.

FELIZ ANO NOVO CARAIA 🎉🎊

Espero que gostem, bjos e até as notas finais ❤

~~~~~~

aqui abriu o ano... abri o ano maravilhosamente bem szsz (que melação. as vezes fico pensando se vcs me odeiam por agradecer ou se me acham uma falsa. realmente me preocupo com isso)

até as notas finais, bjoos

28/5/17

Capítulo 20 - Jimin


Fanfic / Fanfiction After all, I love you – NAMJIN - Jimin

– Preocupado?

Por que eu falei assim com ele? Qual o meu problema? As pessoas não tem que pagar por meus problemas.

– Desculpe, eu... – pequena pausa, senti o choro subir. – Está acontecendo várias coisas agora e eu não sei mais em quem confiar, em quem desconfiar, e eu não queria ser rude. Desculpe. – e caí no choro. 

Xiumin não pensou, nem hesitou em nenhum momento sobre me abraçar. Chorei com as mãos no rosto, contra seu ombro.

– Oh, Jin, não chore... – Xiumin não tinha pena, ele teve compaixão que é quase a mesma coisa. – Não fique assim... O que aconteceu?

– Namjoon. Eu quero ele. Meu pai disse que suspeita do pai dele. Eu suspeito do Hoseok e do Jimin. Não queria desconfiar do Jimin, mas ele não me deixou escolhas. – falei entre uma lágrima e outra. Cada palavra era uma lágrima. Eu soluço sem parar e eu quero berrar, isso parece bom para limpar toda a dor que estou sentindo.

– Calme, Jin... – Xiumin começou a passar sua mão por meus fios e com o outro braço me acolher. Ele ficou alguns instantes quieto e eu chorava. – Por que o pai de Namjoon?

– Porque ele pareceu não se importar com Namjoon e a garota na casa dele. Qualquer merda de pai se importaria.

– Hum, e o Jimin?

– Eu já te disse, ele ligou para minha mãe.

– Hoseok? 

– Porque ele é um idiota e sempre aprontou. Ele queria vingança e deixou isso claro.

Não sei, mas tive a sensação de sentir Xiumin ficar rijo enquanto me abraçava.

– O que foi? – perguntei me distanciando com os olhos marejados que antes choravam como nunca.

Ele negou.

– Bando de imbecis. São uns idiotas, se foram eles mesmo que aprontaram para vocês. – pequena pausa. – Você vai falar com Namjoon sobre isso?

– Não sei ainda de nada, Xiumin. – senti a necessidade de manda-lo embora. Quis ficar sozinho. – Acho melhor você ir embora.

– Espere, você desconfia de mim?

– Não é que eu não confie... Só preciso ficar sozinho. Os únicos que eu não desconfio de nada no momento são os meus amigos.

– Estou incluso nessa lista?

Neguei.

Xiumin me olhou meio tristonho, o que me deixou meio mal.

– Entendo... Volto outra hora, quando você estiver melhor e pensando direito. – e na mesma sutileza em que chegou, saiu.

Vê-lo se distanciar doeu, realmente doeu, e isso só me fez chorar mais ainda. Senti falta dele por perto, como se ele tivesse se formado uma parte de mim que eu acostumei a ter por perto e dizer esse tipo de coisa à ele fosse errado.

Xiumin me ajudou até então, eu sei, mas é esquisito um cara chegar assim, do nada, e querer ajudar sem mais nem menos. Confio nele de certa forma, assim como eu desconfio no mesmo nível.

Eu devia mesmo desconfiar dele? Eu devia ter contado tudo o que eu sabia para um "estranho"?

Mas ele não é estranho.

Bati a porta com dificuldade, pois eu queria gritar para que ele voltasse, apesar de que uma hora dessas ele já estivesse longe o suficiente para não me ouvir.

Peguei minhas cartas e as abracei. Foi a única coisa que sobrou para me apegar e eu já não sei mais o que fazer e nem pensar sobre elas.

Subi as escadas e deitei em minha cama em posição fetal com as cartas ainda em mãos. Chorei abraçado aos meus joelhos.

"Entendo... Volto outra hora, quando você estiver melhor e pensando direito."

Me desculpe, Xiumin... Mas tente me entender, eu não sei mais o que fazer.

Kookie gosta de qualquer um, porque de você não, Xiumin? Eu gosto tanto de você, mas tudo está tão confuso e você vive por perto e isso tudo me confunde ainda mais.

Procurei meu celular em meus bolsos, mas não o achei. Tentei me acalmar e procurei pela cama. Nada. Olhei pelo quarto e esfreguei os olhos, estavam embaçados do choro. Encontrei meu celular em meu criado mudo.

Desbloqueei o número do Jimin. Desbloqueei ele de todas as redes sociais e fui dar uma olhada.

Depois de algum tempo "stalkeando" ele nas redes sociais, cheguei a conclusão que: 1) Ele não está na Coréia. 2) Ele tem amigos novos (meio óbvio). 3) Ele passeia bastante. 4) Ele trabalha. 5) Ele aparenta estar feliz.

Confesso que doeu procurar fotos dele em suas redes sociais, e sobre ele. Confesso que talvez eu tenha chorado. 

Abri minha agenda telefônica e deixei o contado do Jimin aberto e fiquei encarando a tela.

Ligo; não ligo; ligo; não ligo;

Limpei a garganta.

Chamada iniciada.

– Alô? Jin? É você mesmo?

– Alô – eu rezo para minha voz não vacilar, para ela não entregar que eu havia chorado e que a qualquer momento poderia acontecer de novo pelo aperto que eu sinto na garganta. – Sou eu. – sorri fraco para ele.

– Nossa, há quanto tempo, Jin! – eu havia me esquecido dessa alegria. Me veio mil pensamentos e a vontade de chorar só cresceu. – Está tudo bem? – ele pareceu se preocupar como se estivesse se perguntado o porquê de eu estar ligando assim, do nada, depois de tanto tempo. – Aconteceu alguma coisa?

– Não, está tudo bem. – minha voz vacilou. – Apenas estou com saudades, Jimin. Faz tanto tempo que não nos vemos e eu queria me desculpar por ter te bloqueado, eu não queria ter feito isso.

Ele ficou em silêncio por alguns instantes.

– Certeza que é só isso? – o Jimin parecia estar na rua e perto do trânsito. Consigo ouvir os carros e o vento. – Você está com àquela voz.

Meu coração comprimiu e senti as lágrimas brotarem nos meus olhos, fazendo minha garganta consequentemente fechar e não conseguir dizer nada, não sem soltar algum ruído de dor.

Àquela voz era quando chorávamos e ligávamos um para o outro. Éramos parceiros um do outro; sabíamos só pela voz.

Jimin! – uma garota berrou ao longe do outro lado da linha.

– Só um segundo, Jin. – e eu ouvi o trânsito ficar abafado. Jimin havia colocado o celular contra o próprio peito.

Decidi que se eu fosse chorar teria de ser agora, já que Jimin não está ouvindo. Não há perigo de ele ouvir algum ruído.

As lágrimas caíram e coloquei meu rosto contra o travesseiro para evitar que saísse de fato algum ruído.

"– Vem, Jin! Olhe, olhe! – Jimin estava correndo igual uma criança na qual a mãe havia enchido de roupas para não se gripar, mas mesmo assim estava feliz. – Olhe! – exclamou pegando um chumaço de neve com suas luvas.

Eu sorria e gravava tudo.

Estávamos num parque não tão longe daqui – evito passar por lá desde que ele foi para o Japão, menos no dia no qual ele foi. Fiz questão de ir lá e me sentir próximo dele. Lembrar de quando ele estava aqui.

– Não faça isso! – protestei, fingindo estar bravo quando ele jogou o chumaço de neve em mim.

– Não faça o quê? – ele pegou mais. – Isso?! – jogou a neve e saiu em disparada.

Corri atrás dele.

Peguei neve e consegui o acertar na cabeça. Jimin ria.

Paramos para respirar com as mãos nos joelhos.

Eu via fumaças de ar sair de sua boca e observei aquilo enquanto eu próprio tentava recuperar o fôlego."

Ouvi um barulho na linha e tentei me acalmar. Limpei minhas lágrimas, respirei fundo e me ajeitei.

– Oi, voltei. Jin, você está bem?

Não vacile, não vacile.

– Estou.

– Hum, mesmo? Por que de repente me ligou? 

A verdade é que nem eu sabia porque tinha ligado.

– Saber como você está. Saber como as coisas estão indo. É, eu sei, já faz tempo que não nos falamos...

– É esquisito você surgir assim. Sabe, você me machucou. Doeu quando vi que não poderia mais te ligar e nem mandar mensagens, mas deixe isso para lá – ouvi-o suspirar. – Estou bem, e por aí?

– Estou bem. – pequena pausa. – Você vai vir para Seul? Gostaria de te encontrar.

Eu queria saber se ele estava por aqui. As circunstâncias fizeram eu duvidar de onde ele realmente estava.

– Ah, Jin, você não sabe quanto tempo eu esperei ouvir isso de você desde que vim aqui para o Japão. – foi aí que descobri que ele ainda tem algum tipo de afeto por mim. – Mas sim, vou para Seul se for do seu agrado.

– Eu gostaria muito! Quando você acha que vai poder? 

– Tenho uma reunião hoje ainda e tenho de falar com meu pai. Não sei ao certo quando, mas vou sim. Isso é uma promessa.

– Obrigado, ChimChim. – eu não percebi, saiu no piloto automático. Eu tinha me acostumado a agradecer ao Jimin assim.

Mordi o lábio e fiz uma careta. Eu sabia o que viria por aí.

– De nada, JinJin. – respondeu ele com um ar de riso.

Imaginei ele andando pelas ruas com o celular no ouvido, falando comigo e de repende sorrindo. O sorriso que um dia ele me lançou após eu contar uma piada sem sentido. Um sorriso tão natural.

O sorriso que um dia eu beijei. O sorriso que eu ainda não acredito que desgraçou tudo.

Jimin

Eu planejava reaparecer e ir ver Jin, tanto é que eu nem esperava que ele fosse me ligar ou até mesmo me desbloquear. Mas eu cuidei disso. Cuidei minhas redes sociais. Fiz questão de tirar fotos com meus "amigos"; não tirar fotos com Naomi, nem Naomi comigo; Ter cuidado para ninguém tirar fotos de nós dois juntos, pelo menos alguém que conheçamos. Cuidei também para ninguém postar nada em minhas redes sociais comentando sobre quando eu ia para a Seul – dar uma olhada em Jin de longe –; nem quando eu ia à Busan falar com Xiumin.

– Você vai mesmo? – perguntou Naomi.

– Vou e você vai comigo. 

– Não queria me expor ainda, Jimin. – disse ela, olhando para sua esquerda. Vendo se vinha carros.

– Precisamos voltar. – falei.

Você precisa voltar, não eu.

– Naomi, você quer ver Namjoon, não quer?

Ela ficou em silêncio. Eu sei que ela quer isso tanto quando eu quero ver o Jin.

Naomi bufou e bateu o pé, colocou a mão direta entre a cintura e as costas e olhou para o céu.

– Idiota. – disse sem paciência.

Sorri. Eu havia vencido.

– E o seu pai, Jimin? – perguntou ela ainda olhando para cima e batendo o pé.

– Eu dou um jeito, eu ia falar com ele hoje de qualquer maneira. – falei. O sinal abriu. – Vamos. – peguei seu braço fazendo-a andar. – Já te avisei para não gritar meu nome e nem falar comigo quando eu estiver no celular, Naomi. 

– Ah, cale a boca, Jimin, você não manda nem no seu próprio umbigo ainda. – falou ela sem paciência puxando o braço. Ela andava rápido.

Ri sem humor.

– Tá legal, Naomi, apenas não grite. 

– Eu disse que era importante, porra. Eu não viria até aqui se não fosse importante. – disse ela, então eu percebi que ela estava estressada demais. Mais que o normal. Só podia ser ele.

– Onde estamos indo, Naomi? 

– Falar com o chefe, óbvio. Pensei que fosse esperto e já tivesse percebido.

Peguei o braço dela bruscamente, fazendo a cabeça dela dar uma quebrada no ar e seus cabelos virem ao meu rosto por um instante.

– Não brinque comigo, Naomi. – sibilei.

Odeio quando me intitulam como burro e ela sabe.

Ela me encarou e eu a encarei. Naomi puxou seu braço e continuou andando.

– Aproveite e já fale com o chefe sobre você voltar. – eu não consegui designar se foi uma provocação.

Aquilo me afligiu um pouco, mas nada de mais. Eu daria um jeito para ver o Jin.

– Você não podia ter pego um pouquinho mais leve? – perguntou se referindo ao braço, onde ela passava a mão agora.

– Foi mal. As vezes você me tira do sério. 

Ela parou e apertou minhas bochechas, rindo.

– Olha o menininho bravo. – brincou sacudindo meu rosto de leve.

Sorri meio errado.

Ela soltou minhas bochechas e me deu um tapinha no rosto com um sorriso dando as costas para voltar a andar.

– Vamos, você sabe que ele fica putinho quando nos atrasamos.

Apesar de tudo, eu e Naomi temos uma boa convivência.

Jin

Eu sei que eu não devia fazer isso, mas saí escondido de casa novamente. Não dá, não podia ficar em casa, parado. Chorando.

Peguei as únicas notas de dinheiro que eu tinha e estou indo ao bar que eu e Xiumin nos beijamos. Entrei e pedi outra cerveja.

Era o mesmo barmen e eu estava pouco me importando se ele ia pedir a minha identidade ou não. No fim, ele não pediu, só comentou "você era aquele amigo do Xiumin, né?" Me olhando, tentando ver se era eu mesmo. Não falei nada. Ele desistiu de me olhar e me alcançou a cerveja. Dei o dinheiro à ele e ele saiu. Foi falar com umas garotas do outro lado.

A conversa com o Jimin ficou entoando na minha cabeça e fiquei me perguntando quem era que havia chamado ele. Seria sua namorada? Mas eu não vi nenhuma postagem carinhosa como normalmente tem quando as pessoas estão namorando. Eu tive a leve impressão de já ter ouvido aquela voz, mas não consigo lembrar com clareza agora. Estava longe demais e agora só ficou ela gritando o nome dele, mas sem uma voz aparente. 

São onze horas agora e saí do bar. Eu estava com esperanças de trombar com Xiumin na rua ou até mesmo dentro do bar, mas isso não aconteceu.

Atravessei a rua e entrei em outro bar. Ele estava aparentemente cheio. Havia mesas para sentar, assim como podia ficar em pé. Procurei por uma que fosse longe do palco, no fundo. Eu não queria chamar a atenção.

Encontrei uma mesa e me sentei.

Fiquei com um pouco de medo de ver alguém que eu conhecia, ou que minha mãe conheça. Mas tentei ficar calmo.

Talvez fosse começar algo no palco, pois tem algumas pessoas arrumando instrumentos nele. Depois que eles saíram, vi um garoto (se veste bem, tenho de admitir) subir no palco, depois outro, e outro, e outro. Ao total são cinco, incluindo Xiumin, que entrou por último. 

Ele deu uma boa olhada no pessoal – não me veja, não me veja –, assentiu para a platéia, dizendo:

– Espero que gostem.

Xiumin canta bem e numa das músicas eu chorei. Não sei ao certo se é porque estou mal, mas eu chorei. Queria o ouvir cantar outras músicas, mas aplaudi baixinho e saí tentando não ser visto e nem chamar muito a atenção para mim.

Como eu pude desconfiar de Xiumin? Ele é um cara legal, afinal. Ele não faria esse tipo de coisa, faria? Eu estou criando tempestade em um copo d'água. É Hoseok e pronto, não existe ninguém por fora. É idiotisse minha pensar que existe alguém de fato por fora, quando na verdade é briguinha de escola. Amanhã vou falar com Hoseok, com ou sem Namjoon.

Andei pelas ruas com as mãos dentro dos bolsos. Passei pela casa de Namjoon e as luzes estavam apagadas. Continuei andando. Passei pela casa de Kookie, a luz da sala estava acesa, a do seu quarto não. Passei pela casa de Yoongi, e a luz do seu quarto estava acesa.

A noite está fria e estou meio encolhido como se fosse adiantar alguma coisa. Com as mãos nos bolsos, ando por aí sem destino tentando pensar em algo para fazer amanhã. Talvez eu devesse muito voltar com Namjoon, mas eu tenho de ficar ciente que se ele tentou uma vez, vai tentar de novo; Eu tenho de falar com Hoseok quando Yoongi não estiver por perto, o que será difícil. Se duvidar, eles vão até o inferno juntos. 

Talvez eu tenha exagerado, mas né, Yoongi está cego; praticamente cego.

Estou novamente na frente de sua casa, pensando se devo ou não ligar para ele para que ele desça aqui para conversarmos. Mas penso em todos os fatores que dariam errado. 1) Não sei se Hoseok está com ele agora mesmo. 2) Eu falar mal de Hoseok para Yoongi não vai dar boa coisa.

Me imagino falando para ele o que eu penso de Hoseok e Yoongi pirando comigo, dizendo que estou louco, que Hoseok está disposto a mudar. Mais fácil eu falar com Hoseok quando Yoongi não está. Mais fácil do que tentar fazer um cara apaixonado acreditar que seu amado é um idiota.

Queria realmente dar uma chance a Hoseok, mas sua aproximação foi esquisita demais e ainda mais quando Taehyung jogou no ventilador que tentou convencer alguém a não drogar Namjoon e quando eu deduzi que fosse o Hoseok, ele não dizer nada, nem expressar nada.

Pensei seriamente em ligar para Hoseok agora mesmo dizendo que eu queria falar com ele amanhã antes da escola. Mas um dos motivos pelos quais eu não quis chamar Yoongi foi pelo acaso de Hoseok estar lá, então ligar para Hoseok agora seria uma má ideia.

Amanhã falo com ele, eu dou um jeito.

Meu celular começou a tocar e fiquei tenso. Se fosse a minha mãe eu me ferraria completamente.

Por sorte é Namjoon.

Só não saltitei no meio da rua porque eu estou no meio da rua, mas senti algo dentro de mim se alegrar de repente. Borboletas no estômago... e isso que eu ainda nem tinha atendido.

– Alô? – atendi tentando não expressar orgia.

– Oi, desculpe. Você estava dormindo? Não queria te acordar. – atendeu-me se desculpando.

– Não, eu estava acordado. Está tudo bem? – de repente me preocupei. Olhei onde exatamente eu estava, e me posicionei para voltar à casa de Namjoon se preciso.

– Estou sim, apenas senti uma necessidade louca de falar com você agora. Tentei me convencer de que eu iria ver você amanhã, mas quando dei por mim você já tinha atendido.

Eu estou sorrindo bobo, meu coração disparado, e tenho quase certeza que estou vermelho.

– Ah... – foi o que eu disse, mas eu queria berrar "ELE ME AMA, EU SEMPRE SOUBE! VOCÊ NÃO VAI ME DERRUBAR, SEJA QUEM FOR!"

– Então, o que estava fazendo? Ou está, não é? Eu não seria um idiota de pensar que você parou de fazer algo só para falar comigo. – disse ele.

Foi então que percebi que eu estava parado no meio da calçada.

– Eu estava andando. – falei sorrindo.

– Há essa hora, Jin? – disse ele, mas não em tom de autoridade, soou mais como alguém preocupado. – Aconteceu alguma coisa?

Ele sabe que eu ando quando quero pôr as coisas no lugar.

– Apenas pensando.

– Onde você está? – ele pareceu se revirar na cama ou estava trocando de roupa. Aconteceu um barulho na linha.

– Namjoon, deitei ai. Estou indo para casa já – voltei a andar –, está tudo bem. Você não acredita em mim?

– Ok, tudo bem. – ele pareceu se aquietar. – Pode pelo menos me dizer o que te aflige?

Suspirei e andei alguns passos antes de responder.

– Pensando no que fazer com tudo isso que está acontecendo.

Silêncio.

Olhei para trás para ver se tinha alguém pela rua. Ninguém, estava deserta.

– E então? Decidiu algo? – perguntou depois de algum tempinho.

– Vou tentar falar com Hoseok.

– Quer que eu vá junto?

– Por mim tanto faz, Nam, só sei que preciso falar com ele. Preciso saber direito essa história, e se ele estiver mesmo disposto a mudar ele vai ter caráter para falar o que ele fez.

– Ok – suspirou ele.

– Namjoon, posso te fazer uma pergunta?

– Sim, o que foi?

– Seu pai falou com você no outro dia, depois do acontecimento com Yuka?

– Só minha mãe falou comigo. – respondeu ele. – Por quê?

– Curiosidade. E o que ela disse?

– Perguntou quem era a garota, perguntou se eu havia transado com ela, se eu não estava mais com você... e tal.

– E você?

– Que ela era da escola, que eu ainda estava com você e que eu não tinha transado com ela. Aí ela continuou falando. Perguntou o que ela estava fazendo lá, e porque eu tinha me deitado com ela, "o que eu tinha na cabeça". Contei tudo à ela. Pedi um "empréstimo" para minha mãe para eu fazer o exame, mas ela não tinha e me olhou com dó, passando a mão no meu rosto. Ela também disse que eu tinha de cuidar quem eu trazia para dentro de casa porque nem todos são bonzinhos e podia ter acontecido algo bem pior. Ela disse que podia falar com meu pai para ver se ele podia dar algum dinheiro a ela e eu implorei para ela não pedir, então ela disse que não diria que era para mim, mas eu pedi para não pedir de qualquer maneira e que estava tudo bem.

– Sua mãe está do seu lado? – perguntei.

– É, acho que sim, tanto é que ela quis que eu fizesse o exame. Ela disse que seria o nosso segredo e sorriu. Cara, amo a minha mãe.

Sorri. Pelo menos eles estão se dando bem.

– E o seu pai?

– Meu pai só trabalha, chega a ser chato. Dá vontade de me sentar à mesa para jantar e largar algo na cara dele, mas só como e saio. Às vezes ele pergunta como estão as coisas como se ele se importasse. – senti ele falar com desdém.

– Namjoon – amaciei minha voz –, se acalme, conte direito.

Ouvi-o suspirar. Me sentei no meio fio da rua há três quarteirões da minha casa.

– Meu pai tem sido um idiota ultimamente, e eu não entendo. Ele vive para aquele o trabalho dele, que eu não sei o que tanto ele tem para fazer, e quando está aqui de vez em quando briga com a minha mãe coisas idiotas, aquelas que não tem sentido nenhum para brigar. Ele também fica me questionando. Isso é chato. Chato para caralho, Jin.

– Questionando?

– Esses dias ele me perguntou se eu era virgem, Jin. Virgem! O problema não é nem a pergunta, foi como ele me abordou.

– Que confuso, explique. – estou maneirando no tom de voz. Não quero que os vizinhos ouçam o que estou dizendo.

– Eu estava jogando e ele surgiu do além no meu quarto e pediu para eu desligar o jogo, o que eu fiz. Depois ele começou a falar de uns negócios estranhos, como que, se eu quisesse, ele me daria um dinheiro para levar garotas para sair, e coisa e tal, como se eu precisasse disso. Que tipo de pai diz isso? – pequena pausa. – Jin, os pais querem proteger os filhos, certo? Olha, já nem sei. No dia com Yuka ele sorriu, mas que porra! Ele tinha de ter me xingado, certo? Até entendo minha mãe não ter me xingado, pois eu falei com ela. Ela veio falar comigo. Pelo menos ela fez o seu papel. E o meu pai? Sabe, ele é estranho. Ele tem agido estranho.

– Não sei nem o que dizer, Nam. Meu pai disse para eu ter cuidado com o seu.

– Como assim?

– Não sei, meu pai apenas disse para eu tomar cuidado. Estou tomando cuidado com todo mundo, na verdade. – aí voltei ao assunto inicial. – Talvez seja só o cansaço do serviço, Nam, não se preocupe.

Mas eu comecei a estranhar mais ainda. Mas logo descartei essa hipótese, afinal, é só uma briguinha de escola.

– É, talvez seja só isso. Espero que não demore muito à isso acabar.

Ficamos em silêncio por alguns instantes, até que eu me lembrei de falar sobre algo importante.

– Namjoon, tenho algo para te falar antes que algo aconteça e você fique perdido.

– Do que você está falando?

– Não sei se você sabe, mas eu tive um amigo de infância, o Jimin.

– Ah sim, já ouvi você falando dele. Mas já faz tempo, nem lembro mais. Ok, mas o que tem ele?

– Bom, fomos amigos por um bom tempo, até que fomos algo mais. Com algo mais quero dizer namorados. Namoramos por um bom tempo, mas acabou não dando certo e terminei com ele uma semana antes de ele se mudar. Ele era, ou é, não sei, possessivo demais. Quando ele se mudou, ele continuou tentando manter contado. Continuou nas suas tentativas falhas de me fazer mudar de ideia, mas isso não aconteceu e eu acabei o bloqueando em todas as redes sociais.

– Por que está me contando isso agora? – ele ficou preocupado. O mesmo tinha mais medo do que preocupação no tom de voz.

– Calma. Eu desbloqueei ele e liguei. Olha só, Nam, minha mãe disse que foi ele quem ligou para minha casa na noite em que eu fui para festa e depois para sua casa. Foi o Jimin que ligou a ela dizendo que Xiumin estava me beijando, fazendo com que minha mãe me batesse e coisa e tal. Liguei para ele hoje e ele disse que vai voltar para me ver.

– O quê? Voltar para ver você? Jin, como assim? Você está pirando? – ele suspirou. – Jin, você ainda está afim dele?

– Namjoon, você está louco? Jimin é passado. Você é o meu presente e o meu futuro. – eu não planejava dizer isso.

Ele ficou em silêncio.

– Por que você pediu para ele voltar? Não entendi. – disse calmo. – E eu também não entendo o porquê de você não me perdoar e voltar comigo, já que sou o seu futuro.

– Pedi porque prefiro o ter por perto onde eu possa ver do que longe. Nam, agora preciso ir, até amanhã.

– Você ainda não me-

– Boa noite. – e desliguei. 


Notas Finais


AVISO: para quem não está lembrado(a), Naomi é a ex namorada de Namjoon. O Jin comentou uma vez sobre ela no capítulo "praça".

Gente, decidi (fazia tempo que eu queria fazer isso, mas sempre esqueço) dar meu twitter à vocês. Você aí que tem vergonha de falar aqui, comentar aqui, sei lá, vai saber. Se tiver alguma dúvida ou quiser falar algo comigo, me chame no Twitter ❤ @ e_yoonseok espero você lá ❤

Bjos e até ❤

~~~~~~~

att mais galerous, espero que tenham gostado (: até logo

28/5/17


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