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História After all, I love you – NAMJIN - É ela!


Escrita por: Dih175

Notas do Autor


Eu devia aparecer amanhã, mas como estou sem wifi e consegui o roteador da minha mãe hoje, resolvi postar. Não queria deixar para o acaso. Vai que amanhã não desse? Não sou a big hit que nos faz de trouxa! Nzjsnzjsn se houver algo errado, depois conserto. Boa leitura!

~~~~~~~
no print que eu tenho desse capítulo ele tinha 162 favoritados. vocês são O MÁXIMO. amo vocês, galera ♥
até as notas finais sz 😚

28/5/17

Capítulo 24 - É ela!


Fanfic / Fanfiction After all, I love you – NAMJIN - É ela!

Guardei meus livros em poucos minutos e ouvi risos. Olhei para o lado e os garotos estavam vindo.

Fechei meu armário e virei-me nos calcanhares, com Kookie se aproximando, indo até seu armário. Observei-o ir até lá, abrindo-o e largando o caderno que se abanava lá dentro. Depois ele tirou minha térmica de lá.

Fui até eles.

– Também quero rir. – falei, já sorrindo.

Kookie me alcançou a térmica, tirei uma das alças do ombro e guardei ela lá, colocando a mochila novamente.

Todos eles se entreolharam e ficaram sérios.

Deve ser algo comigo, pensei. Até passei minha mão por meus fios, dei uma olhada na minha roupa. Não tinha nada de errado.

– O que foi? – perguntei, olhando para Namjoon.

– A diretora nos parou. – disse e eles tentaram manter a seriedade, mas não durou muito, começando a rir de novo.

– E...? – indaguei querendo sorrir, mesmo não sabendo o motivo da graça.

– Ela me perguntou o que havia acontecido no banheiro mais cedo. – ele tinha lágrimas no canto dos olhos.

Os garotos riam. Yoongi estava com a mão na barriga, parecia doer, mas ele queria muito rir que não se importava. Amo ver esse sorriso no rosto dele. Hoseok, Taehyung e Kookie riam também, o acompanhando. Quando eles paravam, se entreolhavam, lembravam e então começavam a rir de novo.

– E o que você disse?

– Que você estava passando mal, que eu tinha ido mijar e você estava vomitando. Então ela perguntou "mas ele vomitou tanto assim?", e eu disse "você acha que o que? Que nós estávamos transando lá dentro?" e ela ficou branca igual papel. "Não, não, eu não quis dizer isso..." – disse Namjoon, rindo. – Você tinha de ver a cara dela.

Se fosse qualquer outra diretora, Namjoon teria levado uma suspensão, por: 1) Por ter zombado dela. 2) Por estar rindo dela agora – zombando de novo.

Não vi o porquê de tanta graça, deve ter sido a expressão dela, só podia ser isso.

Olhei para Yoongi e senti vontade de rir. Os acompanhei.

– Só você mesmo. – falei, negando com a cabeça.

Ele sorriu para mim.

– Chega de tralalá pombinhos, vamos. – disse Yoongi, cessando a risada com muita relutância e falta de ar.

Dei uma risadinha da cena e o acompanhei para fora da escola.

A diretora deve achar que Namjoon é hétero, afinal, Namjoon parece hétero e ele só ficava com meninas por aí. Até namorar sério com Naomi.

Sobre mim, eu tenho dúvidas. Ela deve saber do que aconteceu comigo porque ela é amiga da minha mãe. Por mais que minha mãe não tenha comentado com ninguém, as fofocas devem ter se espalhado. E se ela soubesse que andamos juntos na rua?

Fomos para o estacionamento e enquanto andávamos, assim que saímos da escola, Namjoon colocou seu braço em meus ombros: Gente, ele é meu, mas só meu. Era isso que a ação significava, pelo menos para mim.

– Você brincou com a sorte. – disse eu, num tom somente para ele. Falava sobre a diretora. Os garotos estavam à nossa frente e conversavam.

– Ela não diria na cara dura "é, foi isso mesmo que eu pensei." – ele deu uma risadinha, uma nostalgia do que aconteceu mais cedo.

– Não sobre isso, mas sobre ela te suspender por caçoar dela.

– Ah – ele olhou para frente –, isso eu fui na sorte mesmo. – deu de ombros.

Nossa, como ele consegue sorrir tão lindamente?

– Ela passou na sua sala também? – perguntei.

– Passou, sim. – disse ele. – Ainda me pergunto o que eu vou fazer com isso.

– Eu também, pois não faço ideia. – confessei, decepcionado.

– Mas não se preocupe – ele passou sua mão por meu queixo –, eu darei um jeito.

Sua mão passeando por meu queixo e a frase me fizeram sorrir. Ele fala como se fosse fácil, fazendo-me sintir seguro com suas palavras, como se o mundo fosse a coisa mais fácil de se "descobrir" e de se viver.

– Ok. – digo.

– Vocês são muito fofos, dá até vontade de vomitar. – comentou Yoongi sorrindo por cima do ombro de Hoseok, que estava com o braço sobre o seu ombro.

Kookie sorriu baixinho e vi Taehyung olhar diferente para ele. Admirado por seu sorriso, quem sabe? Ninguém sabe o que está rolando, mas todos desconfiam. Kookie está ao lado de Yoongi e Taehyung ao lado de Kookie.

Minhas bochechas queimaram.

– Isso é uma ofensa ou um elogio? – perguntei.

Ele deu de ombros.

– É o que você quiser que seja. – disse.

Ironia ele comentar isso quando Hoseok também está com o braço em seus ombros e comprou alianças para eles. Mas fico quieto e deixo acontecer, para na hora certa... eu ser o padrinho.

Sorri.

– Do que você está rindo? – perguntou Yoongi, confuso.

Olhei para Hoseok e ele negava: não diga, pelo amor de Deus.

– Nada. – e continuei sorrindo.

Yoongi ficou confuso e achou esquisito, mas deu de ombros e deixou para lá.

Fomos até o carro. Namjoon desbloqueou-o e segurou meu punho quando fiz menção de entrar.

– Espere um segundo. – ele deixou os garotos entrarem e continuou: – Quer ir lá em casa?

– Ah, eu adoraria, mas...

– Mas o quê? – disse, quando percebeu que eu não terminaria a frase.

– Eu tenho de avisar para minha mãe, Nam. – falei.

Tenho medo do que ela dirá, confesso.

– Você quer ir, mas tem medo? – perguntou atencioso.

– É...

– Mas você quer ligar ou não? Porque se você não se sentir bem, tudo bem, eu te levo para casa.

Meu coração está disparado. O que ela diria? Mas a vida tem dessas, vou encarar. O máximo que vai acontecer é ela deixar ou me encher o saco. Ou os dois.

– Tudo bem, vou ligar. – disse eu, assentindo.

Namjoon assentiu para mim e entramos no carro.

Coloquei minha mochila aos meus pés e Namjoon colocou a dele ao lado da minha.

Coloquei o cinto e Namjoon fez o mesmo, depois ligou o carro.

Peguei meu celular no bolso e percebi que minhas mãos suavam. Meus dedos molhavam a tela do celular, o que dificultava o uso rápido.

Estava chamando, então coloquei no ouvido.

– Olá, Jin, está tudo bem?

– Está sim, e com você?

– O que aconteceu, Jin? – perguntou ela, sendo objetiva. – Você não está na aula?

– Não, a diretora retirou o período extra.

Namjoon manobrava o carro para o tirar do estacionamento. Os garotos conversavam entre si, mas logo que comecei a falar todos ficaram em silêncio. Queriam ouvir a conversa.

– Hum, ok, e onde você está?

– No carro de Namjoon. Mãe, ele me convidou para ir na casa dele, posso ir?

Ai, Deus, me ajuda.

Silêncio. Escutei minha mãe suspirar pesado.

– Pode. – falou. Quase joguei focos de artifício para o céu. – Mas não faça nada de errado, está entendendo? Depois quero essa história bem contada.

– Obrigado, obrigado mesmo. – falei. Acho que deu para perceber pela minha voz que eu sorria.

Minha mãe quer se fazer de durona às vezes, mas quando eu sorrio ela não resiste.

– Tudo bem – respondeu e eu sabia pela sua voz que a mesma também sorria. – E não volte tarde, hein. – avisou.

– Pode deixar, beijo.

– Até mais, beijo. – e eu desliguei.

– O que tá acontecendo? – perguntou Yoongi, e eu abaixei o espelho de teto.

– Minha mãe deixou eu ir na casa do Nam.

– "Nam"? – repetiu Yoongi. – Hum, primeiro o braço, depois a mão no queixo e agora "Nam". Pelo visto vocês se resolveram no banheiro.

Namjoon sorria. Eu ainda não podia contar sobre isso para Yoongi. Eu disse ao Hoseok que não contaria até ele poder se explicar.

– Wow, alguém fez as pazes! – exclamou Taehyung. Ele parecia contente.

Hoseok olhou para ele e sorriu disso. Kookie revirou os olhos. Tenho vontade de o pegar e dar uns bons tapas. Por que ele esconde que gosta de Taehyung? Não entendo.

– Fizemos sim – sorri –, nos resolvemos quando vínhamos para a escola mais cedo. – expliquei.

– Ah, isso é muito bom. Parabéns para vocês. – disse Yoongi, e o vi sorrir pelo espelho de teto.

– Parabéns. – repetiu Taehyung.

Sorri de volta.

– Obrigado. – falei.

Após algumas conversas jogadas fora, eu descobri onde é a casa de Taehyung! Não é longe da casa de Hoseok, estranha coincidência. Depois dessa volta até a casa de Taehyung, ele agradeceu e saiu. Ficou apenas Namjoon e eu no carro indo a caminho da casa do mesmo. Ele pisou no acelerador e fez minha cabeça chicotear para trás novamente.

– Por que está correndo? – perguntei, passando minha mão pela nuca que havia dado um pequeno mal jeito.

– Cada minuto com você conta. Quero chegar logo para curtir você logo. – disse ele.

– Pare com isso... – falei sem jeito. A dor não é quase nada comparado ao sorriso que abri. Certeza que estou rosa.

– Só se eu parar de te amar. – falou.

Silêncio.

– E o que eu posso fazer para recompensar esse amor todo? – perguntei.

– Me amar também.

– Mas eu já faço isso.

Ele deu de ombros.

– Então está tudo certo. – disse. – Eu já sabia. – completou, sorrindo. – Mas enfim, se quiser me recompensar de outras maneiras... também pode.

Ri e o dei um tapinha no braço. Só então percebendo que eu não posso fazer isso porque ele está dirigindo.

– Além de convencido é safado! – exclamei e ele se esquivou do meu tapa, sorrindo.

– Eu nem estava falando disso! Você que é mente poluída! Eu estava falando de sairmos; fazermos coisas juntos.

– Sei.

Ele "bufou" fingindo estar irritado.

– Ok, quem eu quero enganar? Também quero isso.

– Eu sei. – falei sendo convencido igual a ele.

Ele sorriu fraquinho. O Nam não me olha, o mesmo cuida o trânsito e acelera quando possível. Ele apertou minha bochecha de leve entre o indicador e o polegar.

– Amo você. – disse ele, ainda olhando para a estrada. Apesar disso, foi cheio de sentimento.

– Eu também amo você, Nam.

Me veio, como um baque, um tapa ou um tiro, a mãe de Namjoon na cabeça: e se foi mesmo ela quem contou ao pai dele? O que o pai dele faria? E se quem faz isso tudo é o pai dele de fato?

Meu sorriso se fechou e de repente fiquei preocupado.

Eu queria me abrir com ele, mas isso geraria uma briga. Por mais que Namjoon esteja com raiva do pai, ele não deixaria eu "acusar" o pai dele. Deixaria?

Eu não quero acusar o pai dele, eu apenas quero conversar sobre isso, mas talvez Namjoon interprete mal e entenda que eu estou acusando.

Eu só queria me abrir com ele porque Jimin ainda não cola na história e estou perdido.

Não importa com quantos amigos eu fale, eu preciso saber o que o Nam tem a dizer. Opinião e conversa com namorado tem outro sentido. É como se fizesse um sentido maior, quando, na verdade, é a opinião dele que vale por você gostar/amar ele muito.

Quando chegamos, eu comecei a suar frio e acho que pareci assustado porque Namjoon disse:

– Fique calmo, até parece que você nunca veio aqui. – ele passou a mão por meus fios, fazendo carinho. – Meu pai não está em casa.

Mas aquilo não me acalmou. Sua mãe ainda estará lá. A verdade é que eu não sei em quem estou mirando. Deixe as coisas fluírem.

Não percebi, estava tão distraído em meus pensamentos que não percebi. Namjoon atravessou a rua de mãos dadas comigo. Só percebi quando já estávamos à sua porta e no mesmo instante em percebi, soltei.

– Não faça isso. – falei, quem sabe rude até demais.

– Mas...

– Não faça. – repeti, não deixando ele terminar.

Namjoon ficou confuso com a minha troca de humor repentino e ficou me olhando. 

– Desculpe, eu estou nervoso. Está acontecendo várias coisas ao mesmo tempo e não sei mais o que fazer. As fofocas espalham rápido... Evite pegar na minha mão na rua, Nam. Eu estou com medo.

– Vamos conversar dentro de casa. – foi o que ele disse, sendo seco comigo.

Droga, você estragou tudo, Seokjin.

Ele abriu a porta e entrou, nem olhou para trás para fecha-la. Entrei e a fechei então. Sua mãe apareceu e sorriu. Nam tem o mesmo sorriso que o dela. Na verdade, eu não sei, nunca vi o pai dele sorrir uma vez se quer.

– Jin! – exclamou. – Tudo bem, querido? – disse, vindo me abraçar.

Sorri de volta e a abracei.

– Tudo sim e a senhora?

– Estou bem, obrigada. Estou preparando uma café para nós. Depois chamo vocês. Você não vem há um tempo aqui, devem ter o que conversar. Vou deixar vocês em paz. Daqui uns minutos chamo vocês, tudo bem? – perguntou ela.

Primeiro ela me olhou e depois se virou para Namjoon.

– Por mim, tudo bem. – respondi.

Namjoon assentiu e ela voltou a sorrir.

– Tudo bem, então. Qualquer coisa é só chamar. Estareiei na cozinha. – informou.

Senhora Yang Mi sorriu mais uma vez e se retirou.

– Vem, Jin. – falou Namjoon, indo subir as escadas.

O segui.

Nossa, você conseguiu estragar tudo mesmo, não é, Seokjin? Sua mãe te libera para ir na casa de seu namorado e você faz isso? Palmas para você.

Entramos no quarto e Namjoon fechou a porta. O quarto continua o mesmo, exceto por uma TV que não havia antes.

Namjoon largou sua mochila no chão, ao lado da porta. Fui em direção a cama e larguei minha mochila aos pés da mesma. Namjoon tirava os tênis.

– Você está com medo de que? – perguntou, agora tirando as meias, escorado na parede.

– De quem está por trás disso, Nam.

Ele me olhou, agora vindo na minha direção, se sentando ao meu lado na cama.

– E você suspeita de alguém?

Do seu pai!

Neguei: de ninguém.

– E o Jimin? – perguntou.

– Não pode ser apenas ele. – falei.

– Por quê não?

Boa pergunta. Por quê não?

Fiquei em silêncio e abaixei a cabeça.

– Você não acredita que seu ex, e ex-melhor amigo, possa estar fazendo isso por que você quer conservar a antiga imagem dele? – chutou.

Dei de ombros.

– Eu não sei... apenas não consigo imaginar o Jimin fazendo isso porque quer fazer isso. É complicado.

– Que tal você distrair essa cabecinha por enquanto? – ele sorriu.

– Espere, primeiro tenho de apontar uma coisa.

Ele me observou esperando eu dizer.

– Se fizeram isso para nos separar, você sabe que vão fazer de novo, não sabe?

Namjoon sorriu negando: É sério isso?

– O que foi?

– Eu sei disso, Jin. E – apontou – não há nada que faça eu mudar de opinião quanto à você. Eu quero você, senhor Seokjin.

Sorri. Tirei meu tênis com a ponta do meu outro pé e depois repeti a ação. Em seguida, me ajoelhei na cama. Coloquei as minhas mãos no rosto de Nam e fui me aproximando.

Foi um beijo cuidadoso. Namjoon explorava minha boca com sua língua bem devagar. Ele curtia o momento. Ele se ajeitou e segurou meu quadril, ainda me beijando.

– Que tal vermos um filme? – sugeriu próximo a minha boca.

– O que você sugere?

– "O primeiro beijo."

– Eca. – sorri. – Eu não esperava isso de você não mesmo, Namjoon.

– Estou brincando. – falou sorrindo também. Mas eu sabia que não estava não. – Que tal "do outro lado"?

Eu ainda estava próximo o suficiente para o beijar se eu quisesse. Suas palavras eram ditas contra minha boca, era só eu me aproximar e estaríamos nos beijando de novo.

– Que filme é esse? – perguntei baixinho, louco para beijar seus lábios de novo.

Ele manteve suas mãos em meus quadris e me apertou ali.

– Um filme que fará você ter medo. – sorriu e vi sua covinha bem de perto. – Mas eu estarei aqui.

Comecei a rir e me afastei.

– Fala sério – zombei. – Sou mais forte que você em filmes de terror, você sabe disso.

– Ok, tá bom, tá bom. – admitiu sorrindo. – Quem sabe um pouco.

– Eu estarei aqui, bebê grande. – brinquei.

– Ok, vou ali procurar o filme no andar de baixo. – disse ele, me dando um selar e saindo do quarto, fechando a porta atrás de si.

Observei o quarto com minhas mãos atrás de meu corpo, apoiando-me assim.

Estava tudo como eu me lembrava. Tudo em seu devido lugar. Então foi nessa cama que tudo aconteceu, hã? Preferi espantar o pensamento quando o celular de Namjoon começou a tocar baixinho. O barulho vinha de dentro de sua mochila. Pensei em chamar Namjoon, mas escolhi pegar o celular e levar até ele. Fui até a mochila e fucei lá dentro à sua procura.

Naomi, dizia na tela.

– O quê? Você ainda mantem contato com ela, Namjoon? – pensei alto.

Atendo; não atendo; Atendo; Não atendo;

– Alô? – fingi estar bem e sorrindo por alguma coisa.

– Oi? – ela estava confusa. – Quem é? Jin?

– Sou eu. Aconteceu algo, fofa? – Sim, sou naja.

– Ah, não, nada. Namjoon está por aí?

– Não, ele foi no mercado e deixou o celular. – menti. – Quer deixar recado?

– Apenas peça para ele retornar, tudo bem? – pediu.

– Ok, falo sim.

Não sei quem eu vou matar primeiro, você ou ele, pensei.

– Ok, então tchau. – disse ela.

– Tchau. – desliguei.

Argh!

Tentei abrir o celular de Namjoon, mas me deparei com "digite o pin". O que seria?

Guardei o celular no bolso e abri a porta. Dei uma espiada e nada de Namjoon. Fechei a porta e entrei no banheiro, o que têm em seu quarto. Tranquei a porta.

Qual é a senha?, me perguntei sentado na privada com a tampa fechada. Seria sua data de nascimento? Meio óbvio, mas não custa tentar.

"Desculpe, tente novamente."

Óbvio demais. Nosso aniversário de namoro?

"Desculpe, tente novamente."

Argh, só o que falta ser quando ele conheceu Naomi ou quando eles faziam aniversário de namoro.

"Desculpe, tente novamente." e de novo "Desculpe, tente novamente."

Quando ele me conheceu?

"Desculpe, tente novamente."

Ai, Deus, me ajuda. Cheguei a bloquear o celular dele.

Ok, vou tentar só mais uma vez, se eu não acertar deixa para lá.

Quando deu os segundos, tentei de novo.

Foi a data em que peguei Namjoon me "traindo". Me pergunto porquê é essa senha, mas o importante é que consegui abrir.

Abri o contado de Naomi na agenda e fui ver as ligações.

Ela ligou várias vezes ao longo das semanas. Duas vezes por semana, mas ele não atendia. Me aliviei um pouco. Eu não queria fazer isso, mas já que estou aqui, vou revisar direito.

Abri suas chamadas e descobri que ele liga para Kookie de vez em quando à noite; para Yoongi, mas não dura nem dois minutos; e para mim. Ele ligou para Hoseok também, mas fiz as contas e era quando ele precisava falar.

Depois fui ver suas conversas. Naomi mandou mensagens antes de ligar. Abri o chat e olhei ele antes de ler as mensagens. Namjoon não respondeu ela uma vez se quer. Ignorou-a totalmente. Por mais que eu esteja com ele agora, achei meio rude. Mas quem sou eu para julgar? Eu bloqueei Jimin, então esquece.

Ela mandava mensagens se desculpando por nada, porque até onde sei, eles terminaram porque não deram certo. Ela dizia que iria mudar e que seria uma mulher melhor para ele. Dizia também que o amava e que quando voltasse seria só dele.

Voltasse de onde? Pensei que ela só tinha trocado de escola.

Ela até mandou uma mensagem dizendo que estava com saudade dos seus beijos e do seu carinho, da sua atenção. – era de madrugada.

Minha amiga, sai desse quintal porque agora ele é meu.

Suas últimas mensagens foram dizendo que precisava ouvir sua voz. Que precisava ouvir ele falar, nem que fosse a xingando por estar sempre ligando.

Apaguei essas últimas mensagens – vou fingir que não mexi no celular dele.

Saí da conversa e dei uma olhada nos chats. Com quem ele andou conversando, mas não abri as mensagens. Fechei as abas e coloquei o celular no bolso.

Não é que eu não confie no Namjoon, longe disso. Apenas queria saber o que estava rolando. Imagine uma ex do seu namorado ligando para ele e não querendo deixar recado? E, ainda por cima, pedindo para ele retornar?

Merda! Era ela, era ela! A voz que chamou o Jimin é a voz de Naomi!

Não, não, não, não. Não pode ser, pode? Pense, Seokjin! Mas, de qualquer maneira, como seria possível? Seria do Japão que ela voltaria? Mas como ela e o Jimin se conhecem?

Merda, merda, merda, merda!

Dei descarga – para disfarçar caso ele esteja no quarto – e abri a torneira logo em seguida, mexendo na água para dar a impressão de que eu lavava as mãos.

Claro, ela quer o Namjoon e poderia fazer isso à todo custo, certo?

Sequei minha mão e abri a porta.

Que garota idiota, mais um motivo para eu a odiar.

Fiz minha encenação para nada, porque por sorte ele não estava no quarto.

Fechei a mochila que eu havia deixado aberta e larguei o celular dele no criado mudo.

Me sentei na cama e fiquei olhando pela janela até ele chegar.

Ela vai voltar com o Jimin? Eles vão fazer isso juntos? O que eles pretendem fazer?

– Achei o filme. – disse ele, adentrando o quarto, balançando a caixinha. – O que foi?

– Nada. – menti.

– Fale. – exigiu, entrando e fechando a porta.

Suspirei.

– Naomi ligou.

Ah – disse Namjoon –, ela tem feito isso.

– Ela disse para você retornar e não quis deixar recado. – falei como se ele não tivesse dito nada.

– Ah qual é, Jin? – Namjoon se aproximou largando o DVD, vindo me amolar. – Eu não dou a miníma para ela.

– Não é esse o problema. O problema é ela dar a miníma para você. – falei, virando o rosto de volta para a janela.

– Não entendo – disse ele, agora se sentando, não ficando em cima de mim como antes –, por que você se importa com isso?

Ahn, deixe-me ver... por que talvez ela faça de tudo para nos separar? – O pior de tudo é que é ela e o Jimin! Os dois juntos para acabar com tudo.

– Tenho medo de perder você... – admiti.

– Se você não percebeu, eu insisti em você quando nem eu mesmo acreditava que você fosse acreditar. Mas eu sei que você acreditou pelo menos um pouquinho em mim.

– Acreditei plenamente. – falei baixinho, agora olhando para ele.

– Sabe por quê? – perguntou.

Neguei de cabeça baixa.

– Porque você me ama. – falou ele, calmamente. – E por que você estaria comigo se não visse e sentisse que eu te amo também? – silêncio. – Então pare com isso. Não estou e nunca estive gostando de Naomi.

Assenti.

Namjoon se aproximou e me beijou.

– Vamos ver o filme? – sorriu ele, mostrando os dentes.

– Vamos. – sorri, me animando.

Namjoon se levantou e foi colocar o filme. Logo em seguida ele fechou a persiana da janela e o quarto ficou parcialmente escuro.


Notas Finais


Bjos! Espero que tenham gostado, até! Semana que vem tem mais, fui! 😘

~~~~~~~~

bjoos ♥

28/5/17


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