História After all, I love you – NAMJIN - Não quero te deixar, mas será preciso

Yoongi

– Você não se importa, Yoongi? – perguntou realmente interessada, como se tivesse percebido.

– Se você quiser, pode ir. – falei e tentei fazer minha voz não vacilar. E, por sorte, não vacilou.

– Então eu topo! – disse Sayuri para Taehyung, saltitando no meu colo.

Foi uma jogada interessante dos dois. Sayuri pode conhecer os amigos de Taehyung e de Hoseok. Taehyung pode conhecer Sayuri enquanto mostra cada pedaço da escola.

– Anel novo? – perguntou Taehyung, olhando minha mão.

Ele sorriu. Devia saber. Ele e Hoseok são melhores amigos.

– Ah... sim. – disse eu. – Gostou?

– Sim, é lindo. – comentou e sorriu. – Parabéns.

– Parabéns pelo quê? – perguntou o Jin, olhando pelo espelho, acordando do devaneio que o mesmo parecia estar.

– Dei a aliança para ele. – informou Hoseok.

– Aliança? – questionou Kookie e virou seu rosto para mim, procurando a aliança na minha mão.

– Awn, sim! Eu vi! – disse o Jin. – Eu queria ter visto a reação dele.

– A primeira reação dele não foi a das melhores. – comentou Hobi e sorriu.

– O que ele fez? – perguntou Jin, entretido.

– Brigou comigo. – disse Hoseok.

O Jin urrou.

– Sério?! – perguntou entretido. – Ele disse que fez você chorar.

– Sério. – Hobi sorriu fraquinho. – Sim, fez.

– Por quê? – perguntou Taehyung, que olhava para mim.

– Hoseok não explicou o porquê também, não é? Não se faça de coitadinho. – disse eu, olhando para Hoseok.

– Yoongi entendeu errado o que eu expliquei e começou a gritar comigo, me chamando de irresponsável. – disse.

– Ah, vamos trocar de assunto. – falei incomodado.

Hoseok assentiu.

– Eu quero saber a segunda reação! – disse o Jin.

Hoseok sorriu para mim: amo você, como aqueles bobos apaixonados. Acho que passou a cena por sua cabeça.

– Me ajoelhei de novo e perguntei se podia ser o idiota dele – Hoseok se voltou ao Jin falando isso –, afinal, ele estava me chamando de idiota toda hora. Ele ficou com lágrimas nos olhos e me olhava admirado, com uma mistura de paixão. Depois disse "só seu idiota". – contou sorrindo ao lembrar da cena.

Estou com vergonha.

– Meu irmão não parece o tipo de cara que diz isso. – disse Sayuri.

– O quê? Idiota? – perguntou Hoseok.

– Não, "só seu idiota". Não sei o que você está fazendo com ele, mas, seja o que for, está funcionado. – disse ela e sorriu.

Ouvi todos soltarem risinhos.

Fiz cócegas nela e ela sorriu, aquela risada gostosa de ouvir, fofa demais. Não é o tipo de risada que você enjoa, e sim daquelas que sente vontade de ouvir e vomitar arco íris.

– Do jeito que você fala parece que eu maltrato você. – falei, cessando as cócegas.

– Maltrata verbalmente. – disse ela.

– Não é sempre.

– Não, é só quase sempre mesmo. – e ela riu.

Ri e fiz mais cócegas. Ouvi Taehyung rir e olhei para os rostos enquanto fazia cócegas nela: Taehyung sorria admirado; Hoseok sorria da tal cena; Jin olhava pelo espelho e nos observava com um sorriso; Namjoon dirigia; Jungkook está com o capeta no corpo hoje, deve ter acordado com vinte pés esquerdos.

Deixei para lá. Se alguém pode resolver isso, esse alguém é o Jin. Parei as cócegas e Namjoon estacionou o carro na frente da escola.

Abri a porta e Sayuri saltou do meu colo, colocando sua mochila. Peguei a minha no chão e saí do carro. Jungkook saiu pelo meu lado, estava de cara fechada, mas nem por isso ele entrou na escola sem nos esperar. Kookie ficou perto de Sayuri, logo atrás dela. Era só ele esticar a mão, a que segurava a alça de sua mochila, que tocaria nela.

Logo em seguida, Taehyung saiu do carro e bateu a porta. Hobi saiu pelo outro lado e veio ao meu encontro. Ele está usando a aliança e fiquei feliz.

O Jin não desceu do carro e Namjoon partiu com ele, então decidimos entrar.

– Hobi, tem horas? – perguntei. 

Hoseok olhou no seu relógio de pulso.

– Humm, temos vinte minutos. – disse ele.

– Tempo suficiente. – comentou Taehyung, com seus botões. – Posso ter sua irmã por vinte minutos, senhor Min Yoongi? – perguntou ele, se curvando.

Ri.

– Claro, vai nessa. – disse eu.

Ele ficou ereto e sorriu, depois pegou o punho de Sayuri e pariu em disparada com ela escola adentro.

– Eu shippo muito esses dois. – falou Hoseok, colocando seu braço sobre meus ombros.

Sorri.

– É, pode ser. – disse eu.

– Está com ciúmes dela? Sabe, Taehyung é um cara legal, não vai machuca-la. – afirmou Hobi.

Algumas pessoas viam a aliança de Hoseok e nos olhavam esquisito, mas eu tentei manter minha atenção na conversa, e não na minha volta. Se eu me importar demais com os outros nunca serei feliz.

– Não sei se é ciúmes. – respondi.

Hoseok beijou o topo da minha cabeça.

– Quando você descobrir me diga. Mas se for, saiba que apesar de tudo, ela vai continuar sendo sua irmãzinha.

Entramos na escola e nos direcionamos ao corredor dos armários com passos pequenos. Temos todo tempo do mundo. Agora que percebi que Jungkook sumiu.

– Falando em irmãzinha, como a Dawon está? – Dawon é a irmã de Hoseok.

– Bem. Ela disse que quer te conhecer. Disse que você parece o-meu-tipo-de-cara. Não entendi o que ela quis dizer com isso, mas tudo bem. – ele deu de ombros.

– Isso é ruim. – comentei.

– O que é ruim? – perguntou ficando confuso.

– Acho que é melhor a pessoa não gostar e depois gostar, do que provavelmente gostar e depois me odiar. – disse eu.

Faz lá o seu sentido.

– Mas tenho certeza que ela vai gostar e gostar. – sorriu Hoseok.

– Ok. – e sorri, mas eu queria dizer "não sei não."

Eu queria tanto puxar o assunto de me assumir, e se Hoseok iria também (se assumir para a família), mas eu não queria estragar esse dia com um assunto chato.

Hoseok achou graça de algo.

– O que foi? – perguntei.

– Ficam nos olhando. – respondeu. – Acho que é falta de amor na vida, só pode. Mas por outro lado, gosto de atenção. – e ele voltou a sorrir.

Ele tirou o lado bom de uma situação ruim.

Sorri.

– Não existe namorado melhor. – falei.

Ele fez biquinho e voltou a sorrir.

Chegamos ao corredor dos armários.

– Obrigado pela carta mais cedo. – agradeci.

– Tenho certeza que você sorriu e beijou a carta. – afirmou.

– Você colocou câmeras no meu quarto?! – perguntei de brincadeira.

– Claro, adoro gravar nosso sexo e nossas noites de amor para assistir mais tarde. – falou baixinho.

– Ai, que nojo. – ri.

Ele sorriu. Amo as covinhas dele, ainda mais quando o motivo delas sou eu.

Fomos até o meu armário e o abri, pegando alguns livros e trocando alguns que estavam na minha mochila que eu não iria usar.

– Está pronto para a prova? – perguntou, me observando organizar minhas coisas.

– Acho que é. – falei.

– Não, pare com isso, já basta eu.

– Já basta você o que? Você ganhou uma bolsa de estudos, Jung Hoseok. – disse eu, agora olhando para o mesmo.

– Não precisa me lembrar disso. – parece que ele não tem orgulho de ser inteligente mesmo não estudando.

– Quem dera eu ser você. – comentei.

– Mas você não é, e tem de estudar. – rebateu.

– Tá, Hoseok, não me enche. Não estou afim de ficar ouvindo sermões. – bufei. – Eu vou me sair bem. – bati o armário, girei a chave e a coloquei no bolso.

– Ei. – disse ele, me proibindo de andar. – Só quero o seu bem, amor.

– Eu sei o que é melhor para mim. – disse eu.

– Você é complicado para porra, hein, senhor Yoongi. – disse ele. Hoseok parecia levar na esportiva. – Mas enfim, você que sabe então. Não vou falar mais disso. Desculpe.

– Tudo bem. – mas a verdade é que eu gosto que ele se importe; é importante para mim.

Eu não me entendo.

Talvez o problema seja ouvir que eu estou errado. Eu não gosto de estar errado. Assim parece que sou um chato (o que de fato eu sei que sou), mas pelo contrário, quando estou errado eu costumo voltar atrás.

Mas Hoseok é Hoseok, de maneira que só vou voltar atrás se for sério.

Já "briguei" com ele outra vez por isso, e ele mesmo disse que não iria parar nem quando dissesse que iria parar. Ele disse que se importa demais para isso.

Jin e Namjoon se aproximavam. Seokjin está com rosto de preocupação, parece não ter dormido. Queria poder tirar essa tensão de suas costas, sinto muito por ele. Odeio vê-lo assim, sinto vontade de o abraçar até isso passar. Mas eu sei que um simples abraço não vai passar o que eles sentem. Sim, Namjoon também parece preocupado.

Caminhei até eles. Hoseok me seguiu.

– O que aconteceu? – perguntei.

– O Jimin me ligou ontem. – disse Jin, ele parecia querer chorar. – Agora mandou uma mensagem dizendo que logo estaria em solo Coreano.

– E o que ele disse ontem? – perguntei.

– Que chegaria hoje.

– Calma, não estou entendo. Como assim?

– Eu liguei para ele pedindo que viesse me ver. – disse ele.

– Mas por quê?!

– Melhor ter o inimigo perto onde eu possa ver do que longe.

– Você está tirando o Jimin para inimigo mesmo?

Jin suspirou cansado.

– Ele que começou com isso. Cada um tem o que merece, só não sei o que fizemos para merecer isso.

Eu sentia que Jin ia chorar a qualquer momento. Não sei como resolver isso.

– Sempre fui amigo dele, jamais destratei ele. Claro, sem ser quando bloqueei, mas não foi por mal. Eu poderia ter sido pior. – ele suspirou. – Ele devia querer minha felicidade, certo?

Assenti.

– Você não acha que se conversar com ele ajuda de certa forma? Ele pode ver o quão idiota ele está sendo.

– Mesmo que ele queira sair, não vai ser fácil. – comentou Hoseok para mim. – Ainda mais que ele é tipo a alma do negócio.

– Mas ele pode tentar, não é? – incentivei.

Hoseok assentiu.

– Viu? Não é tão ruim. Tente tirar o lado bom de uma situação ruim, Seokjin. – disse eu.

Jin me deu um sorriso tristonho.

– Obrigado, Yoongi.

– Agora, anime-se! – falei sorrindo, querendo ver o sorriso dele também, indo o abraçar.

Jin deu um sorriso para mim e me abraçou.

– Não fique triste, ok? – cochichei para ele. – Odeio ver você assim. Qualquer ajuda eu estarei aqui, sempre estive. Queria poder ver você ficar feliz e sorrindo novamente... mas ele não está ajudando...

– Estou bem. – assegurou ele. – Obrigado, muito obrigado. Amo você, açúcar.

Algo, em algum lugar, despertou meus instintos, fazendo eu aperta-lo contra mim, querendo o proteger de todo o mal.

– Adoro seus abraços. – ele sorriu fraco.

Sorri.

– Mas agora vamos, tenho de levar meus livros. – disse Jin, me soltando. – E, aliás, onde está Jungkook?

– Não sei, ele sumiu.

– Uma hora ele aparece, só espero que ele não esteja chorando. Ele parece mal hoje.

Fomos até o armário de Jin.

– Hoseok, você não vai mais poder andar conosco quando ele chegar. Pelo menos não quando ele estiver por perto. – disse o Jin, abrindo seu armário. – Você vai querer continuar namorando com o Yoongi quando ele estiver aqui? Digo, não tendo que fingir que não está.

Por mim estaria tudo bem. Eu não via problemas nisso. É para o bem de todos.

Olhei para Hoseok e ele pensava, e logo me olhou.

– Por mim está tudo bem, amor, sério. Seria para o bem de todos.

Hoseok começou a chorar e no mesmo instante o abracei. Duas das pessoas que eu mais amo mal no mesmo dia é demais para mim. Quase chorei junto.

– Hobi. Hobi. – falei. – Não chore, amor. – e então ele chorou ainda mais. – Por que está chorando? Não chore...

– Eu nunca devia ter entrado nisso. Amo tanto você e grande parte da culpa é minha. – disse ele, com raiva de si mesmo.

– Não, não, não. – falei, soltando-o e pegando sua face, fazendo-o olhar para mim. – Você não tem grande parte da culpa, Hobi. Está entendo? Você é um cara bacana. Você queria me agradar e pensou que não daria em nada, mas está tudo bem, ok? Vamos resolver isso.

Ele assentiu manhoso e abaixou os olhos para o chão. Lágrimas rolavam.

– Isso, está tudo bem. Você fez e está feito, Hoseok. – consolou Jin. – Só temos de resolver isso, mas não precisa chorar. – ele passou sua mão pelas costas de Hobi.

Namjoon não disse nada.

Hoseok chorou mais um pouco e me abraçou.

– Amor, está tudo bem. Você vai conseguir sair dessa, eu sei que vai, mas enquanto não dá você tem de fingir que ainda os odeia. – falei.

Ele assentiu em meu ombro e passei minha mão por seus fios.

– Amo você, não se esqueça. Nada que eu fizer é pessoal. – disse ele, baixinho, apenas para eu ouvir.

– Eu sei, eu sei, e eu também amo você. – respondi.

Ele me soltou e limpou as lágrimas. Hobi ficou com os olhos vermelhos do choro.

Hoseok sorriu fraquinho para mim e tive a impressão de que havia algo.

– O que foi?

– Açúcar. – respondeu.

Era minha roupa. Ele já havia dito que destaca a minha pele.

Sorri e ele disse mudo que me ama e eu assenti.

– Desculpe pelo bebezão que fui agora. – disse Hoseok para o Jin, se ajeitando para ficar ereto. – O que você pretende fazer?

– Você não foi um bebezão, você apenas se arrepende, o que é bom. – disse o Jin. – Não pretendo nada. Vocês apenas tem apenas de fingir fazer bullying conosco, comigo e com o Nam, enquanto o Jimin estiver aqui. Acho que pegaria mal você "assumir" o Yoongi. Pense bem: você está com Yoongi e nos odeia, e o Yoongi ama isso. Ficaria estranho, certo?

– Entendi. Eu não quero meter o Yoongi nisso mesmo. – respondeu Hobi.

– Espere, precisamos conversar antes, Hoseok. – intervi.

Hobi me olhou e depois voltou a olhar para o Jin. 

Jin assentiu: pode ir.

Fomos um pouco para longe do Jin e do Nam para podermos conversar.

– Hobi, fica complicado. Tudo fica complicado. – falei.

– Em que sentido?

– Em todos. Eu queria me assumir para minha mãe e apresentar você, se ela aceitasse, mas isso não vai acontecer se tivermos que ficar nos escondendo. Se eu adiar isso eu peço para ser descoberto, Hobi. Sem contar que isso não vai dar certo. Imagina você estar andando por aqui e decide colocar o braço nos meus ombros e, por algum motivo, o Jimin aparece? Daria uma grande merda.

– Mas eu não tenho o que fazer, amor, eu estou numa rua sem saída. Eu já tentei sair disso e você não sabe o quanto eu quero sair, mas não consigo! – ele estava com vontade de chorar novamente pelo rumo em que a conversa estava tomando.

Eu também estava começando a sentir vontade porque não quero dizer o que estou pensando.

– Não. – disse Hoseok que parecia ler meus pensamentos ou minha expressão. – Não, Yoongi, por favor.

– Estamos sem saída, Hobi...

Ele pegou meus braço e olhou fundo nos meus olhos.

– Eu preciso de você, não faça isso.

Meus olhos marejaram.

– Ok... eu... – e desisti.

Não vou conseguir terminar com ele. Não com ele me olhando assim e eu o amando como eu amo. Acabei por soltar o ar e respirar fundo para não chorar.

– Mas não dá para sermos um casal na rua... não dá mais para vocês pegarem carona com a gente... não dá mais... Não dá...

– Eu sei, eu sei, mas eu preciso de você, Yoongi. Nunca necessitei tanto de alguém. Apenas diga que não vai me deixar.

Neguei: não vou, e olhei para o chão.

– Não quero que você fique comigo por pena, Yoongi, apenas não termine comigo por uma dificuldade. Não quero que você jogue fora o nosso amor por uma dificuldade na qual vamos resolver. – disse ele.

– Não vou jogar fora. – balbuciei.

Ele me abraçou.

– Ok. – respondeu. – Nunca... vontade de matar alguém... de matar esse cara. – murmurou no meu ombro. Foi muito, mas muito, baixo mesmo que tenho dúvidas do que ouvi.

– Hã?

– Eu disse que nunca amei tanto alguém dessa maneira na minha vida.

– Eu entendi que você queria matar alguém. – falei, confuso.

Ele me olhou como se eu fosse louco.

– Você está ouvindo coisas. – sorriu ele.

Talvez fosse isso mesmo.

Voltamos para perto do Nam e do Jin, para terminar o que havia de ser terminado.

–... ok, então eu sou o filha da puta que maltrata todo mundo e não tenho relacionamento sério. Taehyung fica longe de Sayuri e é filha da puta também. – recapitulou Hobi.

– Basicamente isso. – disse o Jin, suspirando.

Sayuri apareceu com Taehyung na outra extremidade do corredor. Eles riam de alguma coisa. Sayuri parecia procurar o seu armário e Taehyung olhava as numerações também. Eles pararam três armários antes do de Kookie. Acho que acharam.

Sayuri se escorou no seu armário e disse algo ao Taehyung, que sorriu e colocou sua mão ao lado da cabeça dela. Sayuri o olhava nos olhos e ocorreu um silêncio entre os dois. Taehyung disse algo e Sayuri assentiu de leve e ele beijou ela. Taehyung segurou sua nuca com delicadeza e a beijava lentamente.

–... Yoongi? – Jin disse algo. – O que você está olhando?

Acenei com a cabeça e Jin e Namjoon olharam para trás.

– Wow. – comentou Namjoon. – Isso que eu chamo de ser rápido.

Jin deu um tapinha em Namjoon.

– Você não chama nada de nada. – disse Jin, bravo.

Namjoon soltou um risinho.

– Só tenho olhos para você, e só sou rápido com você.

Seokjin ficou em silêncio, com certeza envergonhado.

– Safados. – falei, enjoado.

Namjoon riu de novo e Jin deu outro tapinha nele. Namjoon estava tentando descontrair.

Kookie apareceu em nosso campo de visão e ia em direção ao seu armário, mas com o olhar distraído. Quando ele olhou para frente parou como se ele tivesse dado de cara em uma parede invisível no meio do caminho.

Jungkook ficou parado. Completamente parado, mas não consigo ver seu rosto. Depois ele continuou andando, só que mais devagar. Ele foi até seu armário em silêncio. Sayuri ainda beijava Taehyung e segurava seus fios. O rosto de Taehyung estava para o lado contrário do de Kookie, como se de costas. Jungkook pegou o que tinha de pegar e bateu o armário. Taehyung e Sayuri se assustaram e olharam para o barulho. Algumas pessoas também olharam. Jungkook fingiu que nada aconteceu e trancou seu armário, depois olhou para eles, assentiu e saiu.

Jungkook abraçou os dois livros que tinha em mãos e se distanciava rápido, voltando de onde tinha vindo. Ele ia passar por nós e o Jin disse:

– Jungkook.

Ele fingiu não escutar e começou a andar mais rápido ainda. Seokjin, na mesma hora, foi atrás, deixando nós ali sem entender.

Sayuri e Taehyung estavam na mesma posição, e expressão, pela qual foram deixados por Kookie. Eu, Namjoon e Hoseok ficamos parados, não sabíamos como prosseguir.

O que acabara de acontecer aqui?