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História After all, I love you – NAMJIN - Hi, I came to ruin the whole f**king thing


Escrita por: Dih175

Notas do Autor


Rélou sdfnkjdfj
Gente, a fanfic já está quase na reta final. Fiz meus cálculos e parece que lá por maio ela já vai estar terminada ou quase lá. Pretendo termina-la lá pelo capítulo 40, mas dependendo do que eu precisar acrescentar, talvez ela vá até o 45, por aí.
Já tô chorando e nem é final de abril ainda.

Desculpe os erros se acontecer e boa leitura :')

~~~~~

agr é maio e já tô chorando
boa leitura e até as notas finais ;--;

29/5/17

Capítulo 31 - Hi, I came to ruin the whole f**king thing


Fanfic / Fanfiction After all, I love you – NAMJIN - Hi, I came to ruin the whole f**king thing

Alguém riu alto e eu conheço esse riso.

– Olha os viadinhos da vez! – disse Hoseok, rindo.

Olhei para o lado, ainda chocado, mas ele não deu a mínima.

Pelo menos ele finge bem, pensei.

Taehyung fez movimentos eróticos com a mão: movimentos de ida e vinda na frente da boca. Não precisa ser dito mais nada, então ele riu.

– Até mais, viadinhos. – despediu-se Taehyung, rindo, e saiu acompanhado de Hoseok para ir embora.

Olhei para meu ponto fixo novamente: Sayuri.

Ela olhava para eles e reprovou com a cabeça, mas eu sei que ela entende. Ela virou seu rosto para mim novamente.

– Oh, Jin, não... – começou.

– Olá, gente. – disse Jimin, e pelo seu tom o mesmo sorria.

Ahn, vim aqui acabar com tudo. Vejo a droga da graça em tudo. Rá, rá!

Virei-me para ele e o lancei o meu melhor sorriso.

– Jimin! – exclamei, pulando em seus braços. – Que surpresa boa!

– Oh! – ele sorriu me abraçando de volta. – Mas eu avisei.

– Mas eu não sabia que você viria aqui. – repliquei, ainda fingindo estar contente.

Soltei-o e fitei seus olhos por alguns instantes: Você seria capaz de estar fazendo tudo isso?

– Desculpe. – pediu ele.

Dei de ombros.

– Foi a melhor surpresa, não precisa se desculpar. Ah! como eu senti sua falta! – disse eu, o abraçando de novo.

– Também senti a sua. – ele estava contente pela minha reação e sorria passando sua mão por minhas costas, algo que me fez querer chorar.

O choro me sufocou, mas o engoli e coloquei um sorriso novamente no rosto.

– Não vai cumprimenta-los? – tentei distrai-lo antes que ele percebesse que havia algo de errado, soltando-o.

– Claro. – respondeu, desviando seu olhar de mim e vendo Kookie logo atrás. – E aí, Jungkook?

Jimin foi até Kookie e o deu um breve abraço.

– E aí? – respondeu Kookie, soltando-o. – Como é que vão as coisas?

Kookie não estava muito animado, mas ele sempre falou assim com Jimin, o que ajudava.

– Bem, obrigado por perguntar. – sorriu Jimin.

"– Eu vou ser o Batman! – aleguei.

– Nada disso! Ele é meu e nada mais justo! – disse ele.

 Jimin! – repreendeu a mãe dele. – O Jin é o nosso convidado. Empreste o Batman para ele. Você já está velho, Jimin, empreste o Batman e  você pode ser o Homem de Ferro.

Jimin me olhou por longos segundos e estendeu-me o Batman.

 Toma. – falou descontente, fazendo beicinho.

 Tudo bem, pode ficar. – disse eu, sentindo-me culpado. – Serei o Capitão América! – falei sorrindo, como se eu quisesse ser o Capitão América desde o início.

Então ele sorriu para mim."

Eu brinquei até os meus doze anos, já que logo peguei desgosto pela coisa porque eu queria poder falar e entender das mesmas coisas que o Jimin, já que ele tem dois anos a mais que eu. Ele gostava do Batman porque foi um dos primeiros heróis que ele teve e é o seu favorito.

Mas, de qualquer maneira, ele sorriu exatamente como agora.

Não chore, entoa na minha cabeça.

Sempre um de nós tinha que ceder, nunca eram os dois, o que dificultava um pouco as coisas.

– Yoongi! – exclamou Jimin se virando para Yoongi que não estava muito longe de mim. – Há quanto tempo!

Yoongi sorriu sem graça.

Por quê todo mundo finge bem e só eu que sou um zero a esquerda?

– Senti sua falta, praga! – falou Yoongi.

Yoongi o chamava de praga o tempo todo.

Jimin riu disso e abriu os braços para abraça-lo, motivando Yoongi a fazer o mesmo.

Senti alguém me abraçar, e senti ser uma garota por causa do seu sutiã. Sayuri.

– Aguenta firme, logo acaba. – consolou-me baixinho.

Passei minha mão por seus fios: obrigado.

Pisquei várias vezes para secar as lágrimas que queriam se formar em meus olhos e respirei fundo.

– E as novidades, Yoongi? – perguntou Jimin.

– Nada demais, a minha vida continua a mesma merda de sempre. – riu ele.

Yoongi deu uma olhadela para Sayuri.

– Você lembra da Sayuri, não é?

Jimin olhou para a garota agarrada a mim e observou a cena: .

– Lembro, sim. Nossa, como você cresceu, criança! – falou sorrindo.

Sayuri me soltou.

– Tio Jimin! – sorriu ela, abraçando-o. – Nem te reconheci do outro lado da rua! Você está tão mudado!

– Já disse para não me chamar assim! – reprendeu ele, se divertindo. – E sim, estou mais charmoso mesmo.

Ambos riram, mas o riso de Sayuri foi mais um deboche. Todavia, Jimin se divertiu com aquilo.

– Você também mudou bastante, não é mais tão criança. – comentou.

Sayuri o chama assim porque Jimin tem quatro anos de diferença da idade dela. Jimin tem dezenove; eu tenho dezessete; Sayuri tem catorze, mas faz quinze esse ano.

– Desculpe, tio. – disse séria, mas ainda provocando. – E de onde você tirou que é charmoso? Eu hein...

– Olha que eu sei seus podres, hum? Não me obrigue a joga-los no ventilador. – avisou Jimin.

– Ah! – ela fingiu estar preocupada. – Me desculpe! Eu prometo não chamar você de tio novamente, tio.

– Idiota. – falou ele, rindo.

Sayuri e Jimin se afastaram, fazendo Jimin perceber Namjoon ali. O silêncio nunca se fez tão presente.

– E esse? Quem é? – falou afinal, olhando para mim.

– Esse é Namjoon. Namjoon, esse é Jimin.

Namjoon tem expressão de poucos amigos e torço mentalmente para tudo se sair bem.

Seja gentil, imploro mentalmente.

Namjoon de repente abriu um sorriso largo e amigável.

– Você é o bendito Jimin? – falou, estendendo a mão para Jimin.

– Acho que sou. – respondeu Jimin, sorrindo e apertando a mão de Namjoon.

Olhei para as mãos e Namjoon apertou com força a de Jimin. Quando soltaram, Jimin abriu e fechou discretamente a mão. Devia doer.

– Vamos tomar um café agora, se não se importa... – falou Namjoon, querendo que Jimin fosse embora.

– Ah, claro, não me importo de ir. Não tenho nada para fazer mesmo. – disse Jimin.

O quê? Não, não, essa é a hora que você vai embora.

Fingi sorrir sem graça.

– Vamos então, se não vamos chegar tarde lá. – indiquei.

Namjoon me fuzilou com o olhar: Jin, pare com essa porra agora mesmo.

Por sorte, Jimin estava de costas para Namjoon e não viu.

Namjoon suspirou, cedendo.

– Está de carro Jimin? Quer uma carona? – ele meteu a mão no bolso procurando por sua chave, odiando a ideia de ter Jimin lá também.

Jimin se virou para ele.

– Claro, obrigado, aceito a carona. – respondeu amigável.

Namjoon sorriu (parecendo) sincero e começou a andar.

Todos fomos atrás dele até o estacionamento.

– E então? Como tem sido as coisas? – perguntou Yoongi. – Como foi o início no Japão?

– Foi bem. Tem ido bem. – respondeu. – Poxa, foi um pouco difícil... No começo foi bem difícil, confesso. Eu não sabia nada da língua e, até hoje, não entendo o que meu pai quis com isso. Mas tudo bem, porque entrei num curso de japonês lá e fiz alguns amigos. Eles, por sorte, falavam um pouco de coreano e inglês fluente.

Namjoon abriu o carro e os garotos se prepararam para entrar.

Entre na frente comigo, exigiu com o olhar.

Entrei na frente.

–... e ela é bem legal. Ela era muito chata. Nossa, incrivelmente chata. Mas hoje em dia nos damos bem e somos melhores amigos. Ela veio comigo para a Coreia, apesar de seus pais encherem o seu saco e o meu sobre vir para um lugar desconhecido com um "amigo". Eles sempre acharam que nós dois nos beijávamos, mas ela não deu importância e veio mesmo assim.

Meu estômago embrulhou.

– Então quer dizer que os seus amigos do curso quiseram juntar vocês? – Kookie riu. – Que merda, ficaram na friend zone.

Jimin deu uma risadinha.

Namjoon manobrava o carro que estava quase fora da vaga.

– Que merda, eu nunca beijaria a Naomi. – disse.

Namjoon só faltou bater com tudo na parede do estacionamento. Ele acelerou e freou, balançando o carro de um lado para outro numa fração de segundo, pois tinha mexido na direção.

Merda, merda, merda, merda. Eu deveria ter contado antes que isso acontecesse.

Jimin queria provocar, só poderia ser isso.

– Wow, o que foi isso? – riu ele, fazendo cara de confuso.

– Naomi? – repetiu Namjoon, ao que parece, para si mesmo, olhando fixamente para o volante com o carro em ponto morto.

Ele parecia tentar assimilar as coisas, e ver ele assim está me matando. Eu devia ter contado, ele poderia ter se preparado. Poxa, Jin.

Jimin, bem que você poderia sumir, não é?

– Sim? – respondeu com uma pergunta. – Naomi, minha amiga.

– Espere – disse Kookie –, eu sabia que a Naomi de Namjoon tinha apenas trocado de escola.

– "Naomi de Namjoon"? Ele namora? – quis saber Jimin.

– Sim, Naomi, a ex de Namjoon. – respondi.

– Sim, eu namoro. – falou Namjoon, ainda olhando para o volante.

Entendo ele querer dizer isso, mas não era o mais aconselhável. Talvez fosse ciúmes. Um ciúmes que atrapalharia um pouco as coisas.

– Na verdade, eu queria namorar, mas não dá. – reformulou a frase.

– Entendi. – disse Jimin. – Mas e Naomi?

Ele tirou seu celular do bolso e mexeu em algo.

– É a Naomi que vocês conhecem? – perguntou Jimin, mostrando o celular para eles.

Yoongi estava ao lado de Kookie e com Sayuri no colo. Todo eles olharam para a tela brilhante com seus olhos curiosos. A expressão de Yoongi mudou de repente quando ele levantou os olhos do aparelho, e, então, eu já sabia.

– Ela é bonita... – comentou Sayuri, baixinho. – Ai! – reclamou, dando um pulinho no colo de Yoongi. Eles trocaram olhares e ela ficou quieta.

Sayuri não chegou a conhecer a namorada de Namjoon porque ele nunca fez muita questão de levar Naomi para cima e para baixo com ele.

– Deixe-me ver. – pedi, me virando para pegar o celular.

Namjoon de repente ficou ereto e começou a mexer no carro novamente.

Jimin me deu o celular e eu me ajeitei melhor no banco.

Como eu já desconfiava, era mesmo ela.

Eles estavam em uma lanchonete e era Naomi quem segurava o celular. Ela estava com uma regata violeta e alguns colares no pescoço, inclinada para a frente e com um sorriso bem aberto. Tenho de admitir: um sorriso muito bonito e nada forçado. Jimin estava ao seu lado, com a cabeça apoiada em seu braço. Ele sorria mais tímido, todavia, um sorriso feliz. Eles pareciam se divertir.

Quando levantei meus olhos do celular, Namjoon já havia tirado o carro do estacionamento e andava pelas ruas.

– Você quer ver a foto? – perguntei.

Ele negou.

– Mas quero saber se é ela.

– É sim... – respondi.

– Por que é que isso mexe tanto com ele? – perguntou Jimin para ninguém em especial. – Eu não sou nada além de um amigo para ela, nós nunca nos beijamos.

Namjoon parecia calculista. Ele agora estava analisando as coisas com um ar frio. Não quero isso pois ele tem o ar do pai quando está assim.

– Eu ainda gosto dela. – foi o que ele falou, suave, olhando para Jimin do seu retrovisor.

Então por que você não respondeu ela uma vez se quer? Por que não ligou de volta? Você tem um segundo celular? Eu te odeio, Kim Namjoon.

– Então, Jimin, você não contou o resto da história. – incentivei, o entregando o celular com a tela já apagada.

– Que resto? – perguntou de volta.

– Você contou apenas até a parte do seu cursinho de japonês. – lembrei-o.

– Ah, sim. Entrei para a faculdade também. E vocês não sabem: Já estou até empregado e sem ter terminado a faculdade ainda! – ele estava muito animado.

– Que máximo! – exclamou Yoongi. – Como você conseguiu?

– Estudei por um ano na faculdade e no cursinho, até que certo dia meu pai disse que eu já estava bom para poder começar na empresa que ele trabalha. Fiquei super confuso, mas eu disse que por mim tudo bem. Meu pai explicou que o chefe dele havia gostado de mim e das minhas maneiras e que me queria em sua empresa. Não questionei.
"Conversei com meu mais novo chefe e logo, depois de saber como as coisas funcionam e pegar o jeito, eu já poderia começar a trabalhar fixo lá.
"Não demorou muito, foi entorno de uma semana. Pensei que seria mais.

– Fácil assim? – quis saber Kookie.

– O meu chefe é um homem tranquilo. Naquele jantar, pensando melhor hoje em dia, ele reparou muito em mim. Não sei o que ele viu, mas algo tinha. Mas aqui estou eu! Empregado, estudando e visitando meus amigos de infância!

– Meus parabéns, ChimChim. – parabenizei-o.

– Obrigado. – sorriu ele.

Chegamos ao café.

– Nossa, que fome. – comentou Kookie, e tive a impressão de ouvir a sua barriga roncar por atenção.

– Você não comeu hoje? – questionou Jimin com a testa franzida.

Olhei para Kookie em busca de seu olhar, mas ele olhava para Jimin.

Não conte de Taehyungimplorei mentalmente, rezando para que ele lesse o meu pensamento agora. Ou que Deus desse esse toque em sua mente.

– Você não se lembra que sou do tipo guloso? – disse Kookie.

Soltei o ar que não percebi que estava prendendo.

– Tinha esquecido. – declarou Jimin, parecendo descontente consigo mesmo. – Vamos comer porque no avião só tem aqueles lanchinhos que não dão nem pro furo do dente.

– Mas vôo internacional eles não dão mais comida?

– Pelo visto você não se lembra direito de como era antes de eu ir para o Japão. Nada mudou. – disse Jimin.

– Vou estacionar o carro. Podem ir escolhendo uma mesa para nós. – disse Namjoon, igual ao seu pai.

Fiquei sentado. Eu entraria com Namjoon, pois nós precisamos conversar.

Jimin, Kookie e Yoongi tiraram o cinto.

– Você não vem, Jin? – perguntou Jimin.

– Não, tenho que ajudar o Namjoon a estacionar. Esse estacionamento é uma merda, os carros ficam todos grudados. – reclamei.

E é verdade, mas Namjoon nunca precisou de ajuda para estacionar o carro aqui.

– Tudo bem, nos vemos daqui a pouco então. – disse e abriu a porta.

Todos saíram e vi Jimin ficar me olhando até Namjoon dar a partida.

– Que merda foi essa, Seokjin?

– Eu que te pergunto que merda foi essa, Kim. – falei.

– Você vai ficar sendo um falso com esse cara? Jin, ele merece que você o diga a verdade: que você está odiando isso tudo e quer que termine.

– Se eu fizer isso, nunca vamos saber quem é o chefe dele.

– Não interessa, Jin. Isso não é necessário.

– É necessário sim e eu quero as coisas esclarecidas. – falei.

Namjoon manobrava o carro para entrar na vaga.

– Você está sendo egoísta. – murmurou.

Fiquei em silêncio.

Por que eu estou sendo egoísta? Eu apenas quero as coisas esclarecidas, seria difícil?

– Por quê?

– Você está me machucando, Jin. – falou num suspiro, olhando para os espelhos.

– E você acha que falar que ainda gosta da Naomi é música para os meus ouvidos? – perguntei e ele desligou o carro.

Namjoon fitou meus olhos por longos instantes antes de responder.

– Você tem que confiar em mim quando digo que nunca gostei dela. – disse ele, devagar.

– O que falta entre nós é diálogo. – disse eu.

É difícil me concentrar quando sua boca está relaxada.

– Eu apenas preciso do seu apoio e que você confie em mim. Confie que apenas quero esclarecer tudo e que eu não gosto do Jimin. Não mais. Ele mudou redondamente no meu conceito.

– Você vai continuar blefando? – perguntou.

 Eu não sabia se era: "não acredito que depois disso você vai continuar no joguinho dele." Ou, simplesmente: "você vai continuar com isso, Jin?"

– Apenas se estiver tudo bem para você. – disse eu.

Depois dessa frase, Namjoon olhou para o para-brisa e jogou suas costas no banco.

– Tudo bem não está, mas eu apenas quero que você não deixe ele confundir as coisas. Não quero que ele pense que você o quer de volta.

– Eu apenas quero arrancar algumas coisas dele e ver se o velho Jimin ainda está lá. – disse eu.

– E se o "velho Jimin" ainda estiver lá? – quis saber, olhando para mim.

– Eu faço ele vingar. Faço ele desistir disso e ser quem era. – respondi.

E continuei:

– Sem brigas e sem namoro entre eu e Jimin. – garanti.

Namjoon ficou em silêncio e continuou olhando para o para-brisa.

– Jin, eu amo tanto você que não suportaria te perder mais uma vez. – declarou.

– Nam, assim como você diz que nunca gostou de Naomi, eu não gosto mais de Jimin. Não se pode amar duas pessoas ao mesmo tempo e, como eu já amo você, não há espaço para mais ninguém.

Namjoon estava indeciso.

– Tudo bem, vou acabar com isso. – disse eu e puxei o trinco para abrir a porta do carro, mas Namjoon pegou meu punho, fazendo-me olhar para ele e me beijando logo em seguida.

Foi um beijo gostoso e senti vontade de chorar, porque eu não quero fazer ele sofrer, e eu sei que a notícia de que era Naomi fez ele sofrer mais um pouquinho.

Quando nos separamos, continuei de olhos fechados com a testa colada na dele. Respiravámos de bocas abertas.

– Apenas não quero te perder. – repetiu ele.

– E você não vai.

– A escolha que você tomar, eu vou apoiar, Jin. Não acho loucura o que você está fazendo, apenas acho uma perda de tempo. Eu confio em você e sei que você não gosta mais dele, mas o problema é que ele ainda gosta de você. Dá para perceber.

– Você promete que não vai se sentir mal? – perguntei.

Ele sorriu e eu abri os olhos, mas ele ainda mantinha-os fechados. Suas covinhas são lindas.

–  O que foi? – perguntei, sorrindo fraquinho também.

– Você e suas ideologias. – respondeu, ainda sorrindo.

Então ele abriu os olhos e encarou os meus.

– Não vou me sentir mal, apenas não fique o agarrando. – pediu.

Sorri novamente por ter o melhor namorado que alguém pode ter. E eu disse isso a ele, fazendo-o sorrir.

– Apenas não vou fazer você desistir de algo que você quer ir a fundo, mas também quero que você me mantenha informado, Jin. Não me esconda as coisas, tudo bem? Tentarei ser compreensivo. – jurou ele.

– Tudo bem, meu amor. – falei e ele me deu um selinho.

– Vamos lá, estou com fome. – falou, abrindo sua porta.

Saímos do carro e Namjoon o bloqueou.

Meu celular começou a tocar e só então lembrei: Minha mãe.

Eu não a avisei, ai meu cu.

– Oi?

– Jin, onde você está? – quis saber ela.

– Desculpe, eu esqueci de avisar. O Kookie não almoçou, estava resolvendo umas coisas e então nós viemos para o café, aquele que eu gosto, para tomar um café da tarde.

– Por que não me avisou? Para que você tem celular? É tão difícil assim ligar para mim?

– Me desculpa... é que o Jimin apareceu...

Ela ficou em silêncio.

– O quê?

– Sim, ele estava na frente da minha escola. Ele veio junto tomar o café.

– Ah... hã... Jin, tome cuidado, tudo bem? Deixa eu falar com Namjoon. – disse.

Estendi o celular para ele: é para você.

– Oi. – atendeu ele.

Namjoon estava tranquilo.

– Sim, há um tempo eu disse que cuidaria para o senhor W – respondeu para minha mãe –, e promessa é dívida, senhora Tsugumi... sim, eu gosto... ok, não vou... não, isso não aconteceu... hum, ok, por mim tudo bem... ok, tchau, até mais.

E quando peguei o celular, minha mãe já havia desligado.

– O que ela disse?

Ele sorriu e voltamos a andar.

– Disse para eu cuidar de você, então eu disse que já havia prometido isso ao senhor W. Ela perguntou se eu realmente gostava de você e eu disse que sim. Depois ela disse para eu não te deixar sozinho com o Jimin, não por muito tempo. Acho que ela está com medo que algo aconteça. Então eu disse que não deixaria. Ela perguntou se fomos um casal na frente de Jimin e eu disse que não. Depois ela disse que queria falar comigo quando eu fosse levar você e eu disse que tudo bem. Então ela desligou.

– Falar o quê com você? – questionei confuso.

– Sei lá, ela não disse.

Entramos por uma porta dos "fundos" que é pelo estacionamento, e vimos os garotos.

Eles estavam exatamente na mesma mesa que sentei com Namjoon quando meu pai veio me dar o cartão.

Por quê logo essa mesa? É muita coincidência para uma cafeteria só.

– Por que saber que a Naomi está nesse meio mexeu tanto com você? – perguntei enquanto íamos à caminho da mesa.

– E eu te refaço a pergunta: por que saber que o Jimin está nesse meio mexeu tanto com você?

Namjoon não falou por maldade, ele apenas quis me mostrar o que ele está sentindo agora.

– Sinto muito por isso, Nam. – falei num suspiro.

Jimin estava de frente para mim e escutava alguém (Yoongi ou Sayuri) falar algo, com as mãos cruzadas em cima da mesa. Ele levantou o olhar involuntariamente e nos viu.

Ele abriu um sorriso e assentiu para mim.

Assenti de volta.

– Está tudo bem. – respondeu Namjoon.

Demos mais alguns passos e chegamos a mesa.

Sentei-me ao lado de Yoongi e de frente para Jimin. Sayuri estava na ponta da mesa e Kookie ao lado de Jimin. Namjoon sentou na outra ponta, de maneria que ele estava do meu lado e ao do Jimin ao mesmo tempo.

– Yoongi me contava como sua namorada é interessante. – disse Jimin sorrindo, e só então percebi que Yoongi esqueceu de tirar a aliança. – Só sentia muito por ela morar longe.

– Ela é uma pessoa legal, apesar de ser uma idiota. – disse Yoongi, e eu tinha certeza que ele falava de Hoseok.

– Não diga isso, as mulheres são uma beleza. – disse Jimin. – Sem exceções.

Yoongi riu.

– O que quer dizer com isso? Está afim de alguém? – perguntou Sayuri.

– Sayuri! – repreendeu Yoongi, ficando sério.

– Deixe ela, Yoongi. – disse Jimin, sorrindo fraco. – Mas não, não estou afim de ninguém.

Blefe? Ou seria a verdade?

– Sorte sua. – murmurou Kookie.

– Por quê? – disse Jimin. – Está com problemas com alguma garota, é, garanhão?

Kookie negou.

– Deus me livre. – riu.

Jimin encheu os pulmões para dizer algo.

– Desculpe interferir, mas vocês já pediram o que vão comer? – perguntei.

– Ainda não, estávamos esperando por vocês. – disse Yoongi.

– Então escolham. – disse eu, pegando o cardápio, apesar de ser óbvio o que eu pediria. – Que milagre o Kookie não ter insistido para comer.

Eu olhava o cardápio e levantei meus olhos para ver sua expressão.

– Não sou um morto de fome. – rebateu.

É, mas acontece que você ainda não comeu.

Soltei um riso.

– Tudo bem, escolham logo. – disse eu.

É assim nos primeiros dias. Você não come, você vive de amor. Nos dias que se sucedem, você volta a comer melhor, mas ainda transborda amor. E o que vem depois disso eu ainda estou descobrindo.

Com Jimin foi tudo diferente. Foi tudo tão... tão... especial? Diferente? Não sei a palavra.

Nos primeiros dias eu fiquei normal, pensava nele regularmente. Mas depois, algo, em algum lugar, mudou. Pensava nele a todo o instante: Lavando a louça, limpando o banheiro, estudando, arrumando o cabelo, etc. Algo fazia eu duvidar de quem eu era realmente, fazia eu me sentir esquisito. Eu sou uma aberração, isso vai destruir tudorepetia a mim mesmo há um tempo.

– Jin! – uma voz feminina me chamou.

Tirei meus olhos do nada para qual eu olhava e direcionei minha cabeça para a voz.

A voz pertencia a uma garota jovem de cabelos pretos e boca carnuda. Hae-Won.

– Haewon! – exclamei, levantando-me e a dando um abraço.

– Quanto tempo Jin! – disse ela, me abraçando de volta.

– Eu que o diga! – falei e ela me soltou, pois seu supervisor viu e fez sinal para separar. – Desculpe não ter vindo mais aqui, aconteceram várias coisas e isso atrapalhou um pouco.

– Ah, Jin, eu fiquei sabendo... fiquei sabendo da sua mãe... – falou triste. – Sinto muito.

– Não sinta, já está tudo bem. – afirmei.

– Fico feliz.

Haewon tem um sorriso fofo. Ela tem bochechas gordinhas, mas não muito, e quando sorri  uma covinha se forma em sua bochecha esquerda.

Não é atoa que seu nome significa graça.

– Você sabe de Sarah? Nunca mais ouvi falar dela depois que ela se demitiu. – perguntou ela. – Ela simplesmente sumiu. Fez "puff" e sumiu na mesma sutileza na qual chegou. Pensei que fossemos amigas.

– Eu também pensei que fossemos amigos. – falei num suspiro.

– O que aconteceu? – quis saber. – Espere, façam seus pedidos enquanto o Jin fala, se não meu supervisor vai ficar furioso. Ele é gente boa, mas não tanto.

Sorri.

– Imaginei.

Namjoon começou a falar e Haewon escrevia.

– Ela nunca foi quem dizia ser. – falei e Haewon escrevia. – Eu sabia que ela juntava dinheiro para sua futura faculdade, mas não era nada disso.

Ela terminou de anotar o pedido de Namjoon.

– Não? – questionou para mim, mas fazendo um aceno de cabeça para Jimin, insinuando para ele fazer o seu pedido.

– Ela é filhinha de papai, Haewon, e eu não sabia disso. Ela trabalhava aqui só para provoca-los porque tinha se desentendido com eles.

–... e um suco de maracujá. – terminou Jimin.

Haewon terminou de anotar e se voltou a mim.

– Mas ela era quem dizia ser, não é? – perguntou.

– A princípio foi tudo uma farsa. – disse eu.

– Oh – disse ela, tristonha. –, eu gostava dela. Ou, pelo menos, de quem ela fingia ser.

– É realmente uma pena. – falei.

– Mas e então, Jin, qual seu objetivo? – perguntou para mim, fazendo um aceno de cabeça para Kookie.

Para Haewon a vida é um objetivo. Se você não tem um objetivo, você está apenas existindo.

Kookie falava seu pedido e eu pensava.

Qual o meu objetivo?

Desmascarar quem está por trás disso é óbvio, mas se isso fosse realmente um objetivo de vida, digamos assim, eu não contaria para Haewon. Não confio mais nas pessoas como antes. Mas de qualquer maneira, eu quero algo a mais do que simplesmente desmascarar​ quem está por trás disso. Eu quero algo que eu possa dizer: "Sim, foi eu quem conquistou isso!"

– Trabalhar aqui. – falei, mas era apenas uma brincadeira.

– Quê? – disse Haewon, rindo. – Você está de brincadeira ou é sério?

– Por quê? – Jimin atropelou Haewon.

Todos estavam confusos, inclusive eu.

 Eu falei sério demais?

– Preciso de dinheiro. – respondi para ambos. E de fato eu preciso.

Namjoon me olhou muito confuso: dinheiro para quê?

– Dinheiro para quê? – perguntou Jimin.

Namjoon o fuzilou com o olhar: Eu ia perguntar isso, mas Jimin não viu, ou se viu fingiu não ver.

– Apenas preciso.

– Desculpe te interromper, Jin, mas só agora percebi que não comprimentei ninguém. Olá, eu sou a Haewon. – apresentou-se e sorriu para os garotos e Sayuri.

– Oi, Hae. – comprimentou Sayuri.

Haewon ficou empolgada.

– Adoro que me chamem assim! – disse.

– Esse é o seu apelido? E olá. – disse Jimin.

– É, eu acho que é sim. – disse ela. – Oi. – respondeu.

– Olá. – disse​ Kookie.

– Olá, Kookie.

– Como vai, Haewon? – comprimentou Yoongi.

– Bem. – sorriu.

– Nós já nos conhecemos, né, Hae? E aí, como é que você tá? Faz tempo que não nos vemos. – disse Namjoon.

Haewon não conhecia apenas Sayuri e Jimin, porque de resto ela conhece todos.

– Verdade. As coisas tem ido bem, obrigada. – respondeu. – Quer que eu anote seu pedido? – perguntou para Sayuri.

– Claro. – disse simpática e passou o dedo pelo menu.

– Quem sabe você não vai lá e fala com o chefe dela? Você poderia conseguir o emprego. – disse Jimin.

– Hã... na-na-na-na... – mas não consegui terminar.

– Isso, Jin! Seríamos colegas de serviço. – incentivou Haewon, dando-me cotoveladas no braço e voltando a anotar o pedido de Sayuri.

– Eu acho que não é uma boa ideia... – comecei.

– Eu te desafio. – disse Jimin.

Plim.

– Está feito. – falei de supetão, estendendo a mão para apertar a dele.

Quando éramos pequenos, bastava um "eu te desafio" para um fazer o que o outro queria e provar que era bom no que estava fazendo.

Era automático: "Não, Jimin, não vou pedir para sua mãe." Ele: "eu te desafio." Plim. Eu: "está feito."

Eu sempre vencia. Ambos sempre venciam, mas uma vez eu perdi. Não lembro o que era, mas ficou empatado. Nunca desempatamos pois ele foi para o Japão.

Tá aí o nosso desempate.

– Quê? – perguntou Namjoon, confuso.

Todos (Kookie, Yoongi, Sayuri) sabem do "eu te desafio", menos Namjoon porque Namjoon não pegou a época do Jimin.

– Uma brincadeira. – expliquei para Namjoon. – Está aí o nosso desempate, Jimin. – falei para Jimin.

– Está feito. – disse ele, rindo, crente que eu não vá conseguir.

Haewon já havia anotado todos os pedidos.

– Ok, vou repetir para ver se não anotei nada errado.

Então ela repetiu tudo e não havia nada errado.

– Vem, Jin, venha comigo para você falar com o meu supervisor. – disse Haewon, pegando meu punho.

– Tudo bem. – disse eu, a seguindo.

Eu não fazia a menor ideia do que falar, eu apenas sabia que teria que ganhar.

– Boa sorte. – disse Jimin rindo, enquanto eu me distanciava com Haewon a minha frente.

O supervisor de Haewon estava atrás do balcão fazendo algo no seu computador quando chegamos.

Hyunshik é o seu nome.

– A conversa estava boa, não é, Hae? – disse ele.

Não sei se ele estava bravo, mas um sinal de que ele não estava tanto é ter chamo ela pelo apelido.

– Desculpe, Hyun. – disse. – Esse é o Jin, lembra?

– Claro. – ele levantou os olhos da tela de computador para me olhar. – Oi, Jin, faz tempo que você não vem aqui nos visitar. Andou sumido.

– Aconteceram várias coisas e não deu mesmo, desculpe. – disse eu.

– Entendi, mas então, o que deseja?

Senti um friozinho na barriga.

– Um emprego. – falei.

– Emprego? – ele ficou confuso, com a testa franzida.

– Sim. É com você que eu falo? – perguntei.

– Sou o chefe e o supervisor, Jin. – sorriu ele.

– Ah, céus! Eu não sabia! Deus, eu fiz várias brincadeiras com você. Deus, eu não sabia! – falei preocupado.

– Você nunca me desrespeitou, Jin, e está tudo bem. Não é porque eu sou o chefe que algo muda entre nós, entende?

Haewon já havia saído, fora atender outras mesas e levar os pedidos.

– Entendo. Então... Hyunshik, eu preciso do emprego para desempatar com meu amigo. Desculpe, com Jimin. – me corrigi.

– Desempatar?

– É, nós nos desafiamos e estamos empatados. Sei que parece loucura, mas sou esforçado...

– Hum.

– Não precisa ser nada sério...

Ele colocou a mão debaixo da bancada.

– Seu avental. – disse ele, estendendo-me um avental azul escuro, juntamente de um sorriso.

Eu abri um sorriso desacreditado, pegando o avental.

– Sério?!

Ele sorriu.

– Sim, você é um bom rapaz. – disse.

– Obrigado, obrigado mesmo, chefe. – agradeci muito feliz e com um sorriso que ia de orelha a orelha estampado no rosto.

– Não precisa me chamar de chefe. Hyunshik ou Hyun já está bom. – falou.

– Ai, obrigado mesmo! – continuei agradecendo.

Ele sorriu mais uma vez.

– Tudo bem, Jin, quando você começa?

– Agora mesmo, mas tenho uma pergunta.

– Diga.

– Por que aceitou isso? – eu realmente estava curioso.

– Você precisava desempatar e eu precisava de alguém para ajudar. Juntei o útil ao agradável. Você é um bom rapaz, conheço sua mãe e você há um bom tempo.

– Ah, sim. Obrigado.

– Eu que agradeço. – ele seguia Haewon com os olhos, pronto para chama-la.

Quando ela se virou, ele fez um aceno de mão, chamando-a. Ela veio no mesmo instante.

– Sim?

– Jin é o seu novo colega de serviço. – informou ele. – Pelo menos provisoriamente. Mostre a ele como as coisas funcionam e mão na massa. 

Ajeitei o avental e coloquei-o no pescoço, e depois o amarrei nas costas.

– Parabéns, Jin. – parabenizou-me ela.

Assenti: obrigado.

Olhei para onde eu estava sentado antes e Jimin sorria: não é que ele conseguiu mesmo? Namjoon me olhava orgulhoso. Sayuri sorria: eu sabia que ele conseguiria. Yoongi sorria igual uma mãe orgulhosa. E Kookie fazia linhas na mesa, com a mão apoiando o queixo, pensando em alguma coisa.

Passei minhas mãos pelo tecido, o alisando e olhei para Haewon, esperando suas ordens.

– Vem, vou te mostrar a cozinha. – disse ela, certificando-se de que ninguém novo havia entrado no estabelecimento. Alguém que precisasse de atendimento.


Notas Finais


Tô bem na bad, não queria que ela estivesse quase lá.
Farei um "capítulo" com o nome "agradecimentos" no final da fic, e lá vou falar tudo o que eu passei e como foi escrever essa fanfic. Leia quem quiser, você não será menosprezado por mim, você não será menos que ngm se não se importar com o que estiver escrito lá. Só pelo simples fato de você ter lido essa fanfic você já é especial para mim.
Tá, chega, deixemos o resto para os agradecimentos. Bjos para todos(as) e até.

~~~~

eu escrevi o capítulo "agradecimentos". espero que pelo menos alguém leia djsndns vou postar logo dps do último capítulo
espero que tenham gostado, desculpem os erros se aconteceu e até sz ♥
meu twitter: @ e_yoonseok 😚

29/5/17


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