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História After all, I love you – NAMJIN - Aprendendo como se faz


Escrita por: Dih175

Notas do Autor


Rélou mais uma vez jkhfdjhdjhd
tenho uma notícia boa e uma ruim, qual vocês querem ler primeiro?
A ruim é que semana que vem e nem na outra terão capítulo, pois já estou os adiantando.
O lado bom é que hoje tem capítulo. O.k, tá, não foi motivador, mas quem sabe eu dê a louca e resolva postar outro capítulo uma hora dessas? khfjhsdj
Só revisei uma vez galero, então se tiver algo errado, desculpem, é que preciso ir para a casa do meu pai daqui a pouco e só deu tempo de revisar uma única vez.
Boa leitura e até as notas finais.

~~~~~~

oioi sz até as notas finais meus amores ♥

30/5/17

Capítulo 32 - Aprendendo como se faz


Fanfic / Fanfiction After all, I love you – NAMJIN - Aprendendo como se faz

Atrás do balcão há uma parede com pinturas de frutas. Ao lado da mesma, há uma abertura para entrar, onde, logo em seguida, há uma "janela".

Pela janela eu pude ver a cozinha, onde havia uma mulher e um homem preparando algo de costas para nós. Ao lado deles há uma pia, onde uma garoto mais ou menos na nossa faixa de idade lavava a louça.

Na bancada da suposta janela há alguns pratos, que eu diria serem os pedidos. Abaixo destes há papéis de bloquinhos distribuídos entre eles, que talvez fossem as anotações que levaram aos pratos.

– Você precisava usar isso quando entrar aqui. – avisou Haewon, pegando uma touquinha e me alcançando.

Muitas vezes já vi eles zanzando por aí com ela pois esqueciam de tirar, ou simplesmente não tiravam porque teriam de colocar novamente. Se bem que é mais higiênico, não há como alguém reclamar de cabelos se você estiver com aquilo.

Coloquei a touca na cabeça, ajeitando para que meus fios ficassem dentro dela. Haewon me olhou e ajeitou alguns fios que deviam ter ficado para fora, depois ela pegou a sua, que estava no bolso do avental, e colocou. Ela parecia ter prática nisso. Me pergunto como o cabelo dela fica bom tirando e colocando.

Passamos pela porta que há do lado da "janela".

– Omma. – falou Haewon para mulher, abraçando-a por trás.

A mulher riu e o garoto que lavava a louça olhou para o lado, me vendo ali e se próprio questionando de quem eu deveria ser. Ele fechou a torneira e pegou um pano, secando suas mãos com luvas ali.

– Mais pedidos, Hae? – perguntou a mulher, carinhosa, que ainda não tinha visto-me ali.

– Dessa vez não, omma. – respondeu, a soltando. – Hyun conseguiu um novo atendente. Esse é o Jin, omma.

A mulher parou de fazer o que estava preparando e se virou para Haewon, logo, me vendo.

Sorri fraco.

– Olá. – comprimentou. – Qual seu nome, querido?

– Seokjin, mas pode chamar de Jin.

– Sou Danbi – ela passou as mãos pelo avental, que estava um pouco sujo, e estendeu sua mão para mim, na qual eu apertei –, mas a Hae e o Eunji me chamam de omma desde... sempre? – ela sorriu olhando para Haewon, e depois para o garoto.

Eunji deve ser esse outro garoto, pensei.

– Ah! Você é o Jin? – ela me olhou como se quisesse identificar meu rosto.

Ela me conhece de algum lugar?forcei a mente.

– Haewon já me falou de você algumas vezes. – continuou. – Você é aquele garoto que vinha tomar café aqui há todo momento, até que de repente parou?

Sorri sem graça e dei uma olhadela para Haewon que estava sem graça também.

– É, acredito ser eu. – respondi sem jeito.

– Imaginei. – comentou a senhora. – Seja bem vindo, Seokjin, e boa sorte.

– Obrigado. – agradeci.

– E esse é o appa! – apresentou Haewon, abraçando o homem que cortava algumas frutas não muito longe da senhora Danbi.

– Só para constar: nós não somos casados, ok? – ressaltou Danbi.

Sorri.

– Mas são nossos pais. – protestou Haewon.

A senhora não disse nada.

O homem parou de fazer o que preparava com as tais frutas para me fitar.

– Prazer, Seokjin. – ele passou a mão pelo avental e estendeu-a para mim.

A apertei.

– Prazer.

– Meu nome é Dong-Yul, mas não tenho problemas quanto a me chamarem se appa. – informou, dando uma olhadela para Haewon.  Uma olhadela cúmplice. – Espero que você consiga o que deseja com o emprego e desejo também uma boa sorte.

– Obrigado, senhor.

Ele sorriu para mim: de nada.

– O dever de vocês é simplesmente fácil, nessa parte. A única coisa que vocês tem de fazer é trazer os pedidos e os pendurar ali – ele apontou para uma parte aberta da parede, onde a senhora Danbi, agora, preparava algo de frente para esta. Nela há uma cordinha que vai de uma extremidade a outra e há minis-prendedores. –, apenas isso.

– Tudo bem. – concordei.

– Haewon dirá o resto. O trabalho de vocês é mais lá fora, aqui dentro é mais o Eunji mesmo.

De fato esse é o nome do garoto.

– Boa sorte e tenha um bom primeiro dia de serviço. – continuou ele, depois de eu assentir.

– Obrigado senhor, até mais. – disse eu.

– Até. – e ele voltou-se para suas frutas, cortando-as.

– Eunji. – falou Haewon como se estivesse me dizendo: "esse é o Eunji".

Ela foi até o garoto na pia e sorriu para ele, o dando um pequeno estalar na bochecha.

Eunji tinha voltado a lavar a louça e parou quando nos aproximamos.

– E aí, Hae? – falou ele. – Quem é esse? – quis saber, jogando a cabeça em minha direção.

– Sou o Jin, prazer. – apresentei-me.

– E aí? – comprimentou sério.

– Não trate ele assim. – reclamou Hae.

Ele respirou forte e eu não sabia se o mesmo estava bravo, ou respirando um pouco por causa do trabalho.

O que está rolando?

– Enfim, ele é nosso novo colega de trabalho. – continuou Haewon.

– Hyunshik disse o que ele vai fazer? – perguntou o garoto, com as mãos apoiadas na pia, descansando um pouco.

– Ele vai atender comigo. Você sabe que Hyun precisava de um atendente. – respondeu.

– Hum. Seja bem vindo... Kim?...

– Jin. – corrigi.

– Certo. Jin. Seja bem vindo. Aqui é um bom lugar para se trabalhar, apesar de tudo. Você e Hae, quando necessário, vão trazer os pratos, e o que precisar ser lavado, e colocarão aqui na pia mesmo. – disse, tocando no espaço vazio da mesma.

A pia estava parcialmente vazia e é espaçosa o suficiente para poder largar os pratos ali.

– Tudo bem.

– Meu horário de descanso varia muito, mas não costumo parar várias vezes. Normalmente paro meio dia e dou uma volta, como algo e logo em seguida volto. Depois paro pelas quatro da tarde. – disse ele, e passou sua testa do ombro até o braço retirando o excesso de suor. – No meio disso, eu dou uma volta aqui dentro e ajudo alguém em alguma coisa para dar uma descansada, mas não paro de lavar as louças como quando saio para almoçar, por exemplo.

– Hum. – não havia o que ser dito.

– Acho que é só isso que precisa saber da minha parte do trabalho. – declarou. – Meu nome é Eunji, tenho 18 anos e estudo ainda.

– Meu nome é Seokjin, mas me chamam de Jin. Tenho 16 anos e faço 17 esse ainda esse ano.

– Legal, boa sorte.

– Obrigado.

Eunji assentiu e me lançou um sorriso quadrado, voltando a lavar a louça.

– Vem, Jin. – disse Haewon, que agora parecia irritada com alguma coisa, continuando nossa jornada.

Andamos mais a fundo na lanchonete e entramos em uma porta à nossa esquerda.

Haewon mostrou-me onde ficava os panos de chão, produtos de limpeza, luvas, panos para limpar as mesas, baldes, esfregões e tudo mais.

Ela explicou que quando terminamos o expediente, temos de dar uma geral no café: passar pano no chão, passar pano com álcool nas mesas e cadeiras, limpar o balcão e levar o resto de louça para Eunji lavar antes de ir embora.

– Basicamente nós aprendemos na prática. – disse por fim. – Temos que voltar, já devem ter clientes novos. Espero que você tenha disposição para andar, pois nós andamos muito. – ela riu, tentando recuperar o seu humor, o que não parecia difícil.

Haewon é uma pessoa carismática.

– Nem precisaremos de academia daqui há um tempo. – e ela apopou a própria coxa.

Achei graça.

– Tenho disposição sim, e já estou pronto. Apenas me diga o que fazer.

– Claro. – falou, ficando séria novamente e abaixando a perna. – Vamos levar aqueles pratos que já estão prontos. A omma e o appa deixam o pedido junto dos pratos, então para nós não nos perdermos, colocamos o número da mesa quando anotamos o pedido... ah, e aliás, como Hyun sempre diz: "o cliente tem sempre razão."

– Frase clichê. – comentei.

– É a frase clichê mais certa que já ouvi em toda minha humilde vida. – replicou.

Assenti.

– Não esqueça: "o cliente tem sempre razão."

– Certo.

– Vamos voltar lá para fora. – falou, fazendo um aceno de cabeça e voltando de onde viemos.

Voltamos e Hyunshik estava atendendo as pessoas.

– Certo, Jin, vou explicar a você algumas coisas do cardápio. – avisou Haewon, pegando um cardápio embaixo do balcão. – E depois pegamos os pedidos.

Ela me explicou como funcionava. Por exemplo: dá para tirar alguma coisa do prato, mas que a pessoa pagaria a mesma quantia, mesmo que tirasse praticamente tudo do sanduíche, por exemplo. Coisas assim. Mas claro que havia diferença no caso de porções. Ela disse para eu ficar com um cardápio no bolso do avental nos primeiros dias, caso eu viesse a precisar.

Quando ela terminou de explicar o básico, voltamos para a "janela".

– Olha. – apontou ela, pegando uma folha abaixo de um prato de torrada. – Aqui tem o número da mesa – mostrou-me o número no alto do pedido –, então sabemos que é da mesa 2. Pegamos os pratos que as mesas são mais próximas umas das outras para facilitar e vamos avançando.

É muita reação em cadeia esse trabalho, tenho medo de esquecer ou não me acostumar.

Peguei os pedidos das mesas 2, 6 e 10.

Haewon disse para eu dar boa tarde, pedir licença e dizer "boa refeição" ou "bom apetite".

O fiz. Depois voltei e cruzei com Haewon saindo com mais pedidos. Peguei os das mesas 12, 14 e 15. Os levei e quando voltei, cruzei com Haewon novamente saindo com os outros pedidos. Haviam acabado, então esperei por ela ali na frente no balcão. Quando voltou, ela procurou Hyunshik com os olhos e ele deu uma olhadela para o balcão e nos viu, chamando Haewon com um aceno de mãos. Fiquei perdido.

– Vem comigo. – falou.

E ela pegou seu bloquinho no bolso.

– Hyun te deu um? – perguntou, indicando o seu próprio bloco.

Coloquei a mão no bolso do avental e, como era de se esperar, estava vazio, então neguei.

Ela pegou um atrás do balcão, juntamente de uma caneta preta, e me alcançou.

– Faça um letra legível. – pediu.

Assenti e a segui.

– Sim? – perguntou Haewon para Hyunshik.

– Explicou tudo para o Jin? – perguntou Hyunshik.

– O grosso, sim. O resto eu vou o explicando enquanto trabalhamos.

– Tudo bem. Vou ter que dar uma saída agora. Você acha que segurar as pontas até eu voltar?

Uau. Haewon é tão de confiança assim?

– Dou conta, qualquer coisa prendo o grito. – disse sorrindo.

– Tudo bem, volto daqui à pouco. – avisou ele, tirando o avental. – Vou dar o pedido da mesa 17 para Danbi.

– O.k. – assentiu Haewon, olhando para a mesa 17.

Ela deve ter decorado onde cada mesa fica à essa altura.

– Vou pedir para o Eunji ficar no caixa para você poder ajudar o Jin. – disse Hyunshik.

– Obrigada. – agradeceu Haewon, grata.

Hyunshik tocou meu ombro.

– Dê o seu melhor, estou confiando em você.

Confirmei com a cabeça.

– Darei o meu melhor. – garanti.

Hyunshik deu dois tapinhas no meu ombro e se foi.

– Bem, Jin, faremos assim: ajudarei você a atender duas mesas e depois você se vira, pode ser? Mas qualquer problema que você tiver você me chama. Não é tão difícil.

– O.k, entendi.

Ela assentiu, olhando nos meus olhos.

– Depois faremos assim: daqui para lá, eu atenderei. E daqui para lá, você atende. – falou, separando nosso serviço. – Isso inclui quando o cliente sair, a respeito de limpar as mesas. Você vai lá dentro, pega luvas, se quiser, e um pano com álcool para limpar as da sua parte.

De onde nós estávamos até a porta de entrada, era meu. E de onde nós estávamos até os fundos do estabelecimento, era dela.

– Certo, vamos logo. – continuou, indo até a mesa 4, onde um senhor de meia idade estendia a mão. – Boa tarde, tudo bem? O que deseja? – disse, tirando a tampinha da caneta e abrindo seu bloquinho.

– Boa tarde, Hae. Atendente novo, hum? – quis saber o senhor.

– Pois é. Hyun o contratou e estou o ensinando como se faz.

– Boa sorte, rapaz. – desejou-me ele.

Eu estava meio tímido, então sorri e assenti para ele. Um agradecimento em silêncio.

– Bom, Hae – continuou o senhor, agora olhando para o cardápio –, vou querer um expresso.

Ele olhou para sua acompanhante, como se esperasse ela falar.

– Mais um expresso. – disse ela.

– Certo, então dois expressos. – disse o homem. – Como estão os waffles hoje?

Haewon anotou.

– Uma delícia. – garantiu ela, como se ela comesse mesmo os waffles. – Se eu fosse o senhor pegaria.

– Papo de vendedor. – debochou o senhor, sorrindo para Haewon.

Não estava caçoando dela, apenas rindo junto a ela.

– Certo, quero waffles também. E você, querida? O que deseja?

Haewon anotou.

– Hum... – pensou a mulher, olhando para o menu. – Esse sanduíche de tomate, alface, queijo e presunto, pode ser sem maionese? – quis saber, tirando seus olhos do menu para olhar Haewon.

– Pode sim. – respondeu. – Quer margarina no lugar?

– Não, apenas tirar a maionese. – respondeu a mulher.

Haewon anotou.

– Certo, já traremos. – avisou Haewon, se retirando.

Sorri para eles e me retirei, seguindo-a.

– Sua vez. – declarou ela.

Senti um friozinho na barriga.

– Mesa... – ela olhou em volta. – 16.

Procurei a mesa com os olhos e a achei. Estava no fundo do estabelecimento.

É um grupo de amigos e já vi que essa vai ser difícil.

Caminhei até lá com Haewon no meu encalço.

– Oi, boa tarde. – comprimentei com meu bloquinho em mãos.

Eu conheço eles de algum lugar...

Eles pararam de rir de algo e perceberam-me ali.

Da escola! Poxa...

– E aí? – o de cabelo loiro disse. – Então... quero um café preto, sem açúcar, sem adoçante. Apenas o café.

Anotei. Café preto sem açúcar/sem adoçante.

– Nós não colocamos açúcar e nem adoçante no café. Deixamos à gosto da pessoa. – explicou Haewon tanto para o garoto, quanto para mim.

Me senti um idiota por ter escrito isso, porque ela havia explicado. Tive medo de nunca decorar esse tipo de coisa, mas estou tentando prestar a atenção em tudo que ela explica.

Arranquei a folha, a amassei e coloquei-a no bolso, escrevendo novamente no bloquinho.

– Hum, tudo bem, menos mal. – disse o garoto.

– Algo mais para você? – perguntei.

Minha mão suava.

– Só isso. – disse, largando o cardápio. 

Seu amigo do lado o pegou e deu uma olhada.

– Vocês fazem ovos mexidos? – perguntou, revisando o olhar de mim para Haewon.

– Fazemos. – assenti.

– Ok, quero ovos mexidos – comecei a escrever –, um suco natural de manga... – ele pensava – Os cookies são feitos na hora?

"Lembre-se, tudo é feito na hora. Eles tem a mania de fazer essa pergunta, então não esqueça: tudo é feito na hora. No mesmo instante, para ser exata." Dissera Haewon quando me explicava como funcionava o cardápio.

– Sim. – respondi. – Tudo feito na hora.

– Certo. – ele largou o menu e me fitou. – Ovos mexidos, suco natural de manga e uma porção pequena de cookies. – disse.

Anotei.

Assenti, querendo dizer que estava anotado. Ele assentiu de volta e se escorou no encosto do estofado, olhando para seus amigos.

–... Não, pode pedir você primeiro. – insistiu o de cabelo preto para o de cabelo azul.

Cabelo azul. Que garoto bonito, pensei comigo mesmo. Ele não era da escola, porque eu me lembraria dele.

Ele bufou e pegou o menu, procurando algo por ali. Algo que ele não queria procurar e muito menos achar.

– Cara, trás para mim só um suco, pode ser? – falou.

Ele estava sem paciência e não me olhava.

– Qual sabor? – perguntei com receio.

– Qualquer um. – falou.

Olhei para Haewon em busca de ajuda.

– Laranja? – chutou ela para o garoto.

– Pode ser. – respondeu ele, ainda sem olhar para mim.

Haewon jogou o queixo para mim, olhando para o bloquinho: anote aí.

Anotei.

O de cabelo preto, ao lado do de cabelo azul, pegou o cardápio de sua mão. Na verdade, puxou: me dê isso aqui, você já está me irritandoo fuzilando com o olhar.

O de cabelos negros fitou o cardápio com interesse. Fingiu estar calmo e como se tudo estivesse sob controle.

– Certo – disse, olhando o menu –, vou querer um suco natural de uva e uma torrada completa, como está aqui. Apenas isso.

Terminei de anotar e assenti.

Havia outro garoto de cabelos negros que olhava o cardápio. Me voltei a ele.

– E para você? – perguntei um pouco baixo.

– Vou querer um expresso e cookies. – disse ele.

Esse garoto é muito calmo, ele exala calma pelo ar.

– Qual quantidade?

– Média. – respondeu.

– Certo. – disse eu, fazendo minha última anotação.

"Os pedidos demoram cerca de 15 à 25 minutos para ficarem prontos dependendo do que é." Dissera Haewon.

– Já volto com os pedidos. – falei. – Pode demorar um pouquinho, mas nada demais.

– Estamos bem, podemos esperar um pouco.  falou o de cabelos negros, ao lado do de cabelo azul.

Assenti.

– Até mais.

Me retirei com um assentimento de cabeça e um sorriso, virando logo de costas para poder respirar bem. Eu estava nervoso.

É, não foi tão ruim assim.

Meu olhar foi até a mesa na qual eu estava sentado com os meninos.

Jimin estava virado para mim e Namjoon também. Os dois com olhares atentos e sorri amarelo, mostrando que eu tinha ido bem. Os dois sorriram para mim. Jimin sorriu feliz, o mesmo sorriso de criança na face. Namjoon sorriu lindamente, como sempre, mostrando estar contente por mim.

– Você se saiu bem. Deixe-me ver suas anotações. – disse Haewon ao meu lado, tirando-me de meus delírios diários.

Dei a ela o bloquinho.

– Parabéns, Jin. – parabenizou-me ela, como quem estava feliz pelo meu desempenho, passando a mão por minhas costas.

Sorri contente.

– Obrigado.

– Importante lembrar você que quando a pessoa disser "ah, qualquer suco" ou "ah, trás qualquer coisa", você pergunta como eu fiz. Já aconteceu da pessoa dizer que não pediu aquilo e dar confusão. Então "chute" algo do menu só para não ficar algo inconcreto.

Assenti.

– Tudo bem, entendi.

– Quer levar os pedidos dos seus amigos e depois atendemos mais uma mesa, só para ter certeza que você pode se virar? – perguntou, olhando nos meus olhos.

Haewon é mais baixinha que eu, de maneira que sua cabeça, se formos medir, bate em meu ombro.

– Pode ser. – concordei.

– Enquanto isso vou levando os pedidos. Pode bater um papo com eles, mas em questão de cinco minutos, ok? Vou precisar da sua ajuda. – falou ela, olhando para o estabelecimento parcialmente cheio.

– Tá, vai logo. – disse ela, virando-se de costas para mim, andando até o balcão.

A segui.

– Pode deixar que eu levo o seu pedido para a omma, apenas vá lá e pegue os pedidos deles.

– Como você conseguia atender tudo sozinha, Haewon? – perguntei, agora passando pelo balcão.

Eunji estava sentado ali, fazendo vários nadas.

Ela deu de ombros, agora arrancando a folha do bloquinho e pendurando no varalzinho.

Pude ver, enquanto Haewon me dava uma bandeja e me ajudava a colocar as coisas ali, a senhora Danbi e o senhor Dong-Yul. A senhora Danbi batia algo no liquidificador, enquanto o senhor Dong-Yul mexia com uma colher de pau numa panela.

– Sei lá, Jin, apenas tinha que me virar. – foi a sua resposta, colocando o último copo ali. – Seu bloco.

Ela me estendeu o bloco e eu o coloquei no bolso, junto da caneta que estava em minhas mãos.

– Não demore. – avisou e se retirou.

O difícil seria pegar tudo isso. Eram duas bandejas, então escolhi levar uma de cada vez.

Peguei-a, a colocando na minha frente e equilibrando-a.

Em pensar que quando passar algum tempo, eu vou lembrar disso e rir. Rá, mamãe, você lembra daquela época que... e darei belas risadas, lembrando do que hoje parece um pesadelo na vida real.

– Os pedidos. – disse eu, como um garçom, tirando os pratos da bandeja e dando para os seus respectivos donos.

Quando terminei de entregar, segurei a bandeja como um livro, mas com os braços esticados para baixo, fazendo a bandeja ficar perto das minhas partes baixas.

– Bom apetite. – brinquei.

– Parabéns, JinJin. – disse Jimin sorrindo, e tomando um gole do seu suco. – Não pensei que fosse conseguir. Conte-nos, como você conseguiu?

Sorri amarelo.

– Segredo.

– Parabéns, Jin, estou contente por você. Vi você atendendo aquela mesa cheia de garotos, você se saiu bem. – elogiou-me Namjoon.

– Obrigado.

Meu obrigado foi diferente do de todos até agora. Eu realmente estava grato e feliz por Namjoon ter me elogiado, mas talvez eu esteja dando bandeira demais.

Namjoon sorriu de volta.

– Jin, estou feliz por você, mas, afinal, o meu lanche não está pronto? – perguntou Kookie com a testa franzida em questionamento e com semblante de um morto de fome.

– Ah! – deu um estalo na minha cabeça, lembrando que ele não havia almoçado. – Desculpe! Já volto.

Voltei rápido para a cozinha.

Larguei a bandeja e peguei a outra já pronta, percebendo que já havia mais pedidos prontos. Dei uma olhada e havia dois pedidos prontos da mesa 16 – a mesa de amigos. Eu quero os levar os pedidos, então apertei o passo.

Tive a impressão de ouvir um "cuidado" quando passei pelo balcão, mas não dei importância ao ponto de me virar para Eunji para ver se ele havia dito mesmo algo.

Saí apressado, olhando para os lados e para o chão. Não queria cometer uma inflação no meu primeiro dia. Por sorte, cheguei até a mesa com tudo na bandeja e não no chão.

Distribui os pedidos para Kookie e Yoongi, os que faltavam.

Dei as refeições e olhei para a mesa do senhor com sua mulher e os mesmos já estavam comendo.

Pensei, então, que Haewon devia ter levado os pedidos para os mesmos.

Kookie não pensou duas vezes antes de atacar sua refeição, e eu sorri contente por ele finalmente estar comendo.

– Parabéns pelo serviço, Jin. Vem cá, desculpa perguntar, mas quanto você vai receber? – disse Sayuri.

– Puta merda, Sayuri. – sibilou Yoongi, baixinho.

Não é muito aconselhável falar palavrões em lugares públicos, por isso ele falou baixo.

Eu quis gargalhar pois Sayuri é sincera até demais, mas apenas sorri.

– Yoongi, está tudo bem. – falei divertido.

Eu gosto da sinceridade de Sayuri. Gosto mesmo. Mas isso vai a prejudicar em algum momento. Todavia, sendo comigo, estou bem. Gosto de saber o que as pessoas querem perguntar.

Nós vivemos muito num mundo de aparências e Sayuri sai desse padrão porque simplesmente quer.

– Mas boa pergunta, eu não falei sobre dinheiro. – refleti, a respondendo.

– O quê? – perguntou Yoongi, como se fosse loucura. – Ah, e a principio, parabéns.

– Obrigado. – agradeci, contente.

Eu não sei quanto tempo vou ficar aqui. Talvez uma semana? Talvez dois dias? Eu mereço algum dinheiro por isso?

– Sei lá. – foi o que respondi, dando de ombros. – Se ele me pagar, estou no lucro.

– Bom – começou Jimin –, ele vai pagar você sim. Caso contrário, nós saíremos para fazer protesto e bater panelinha.

Sorri achando graça.

– Com certeza. – respondi e ele me correspondeu com outro sorriso.

O velho Jimin parece estar ali. Nos seus olhos, no seu sorriso, nas suas frases. Apenas não o encontro. Estamos em um labirinto onde eu só o escuto, mas não o vejo. Tento procura-lo, penso que vou encontrar e acabo me perdendo mais ainda.

– Bom apetite, mas agora preciso ir. – me despedi, fazendo menção de sair, mas Namjoon pegou meu punho.

Voltei meus olhos para a sua mão e depois para os seus olhos, esperando-o falar.

– Quer que eu te espere para te levar para casa? – quis saber.

Se eles ficarem aqui vão esperar muito, mas como minha mãe quer falar com Namjoon, ele tem que estar aqui.

– Ok, façamos assim: vocês comem e fazem o que tem para fazer e depois você leva eles para casa, tudo bem? Então, no final da tarde, você volta para me levar para casa. Se não for incomodo para você, claro. – falei.

"Se não for incomodo para você, claro." Era apenas para disfarçar, pois nós não somos um casal.

– Tudo bem, pode ser. Que horas? – perguntou.

Dei de ombros.

– Não sei. Lá pelas seis e meia?

– Certo, quer que eu avise a sua mãe?

– A-ham, obrigado. Até mais. – e saí dali.

Encontrei com Haewon no meio do caminho, enquanto ia para o balcão.

Eunji continuava lá, ainda fazendo nada.

Haewon sorriu para mim.

– Como foi?

– Bem. – respondi. – Acho que os pedidos da mesa 16 já estão prontos, Hae.

Eunji fez uma careta quando pronunciei o apelido dela

– Quer levar? Você da conta? – perguntou a mesma, sem ver a careta que ele havia feito.

– Me ajude. – pedi. – E depois tenho que atender mais alguém com você, lembra?

– Ah, sim, sim, lembro. – disse assentindo, enquanto íamos para a cozinha.

Fomos até as comidas e colocamos elas em bandejas. Ajudei Haewon a pegar uma e depois peguei a outra.

Fomos até o grupo de amigos que falavam algo que eu não fazia ideia e fiquei confuso, tentando distinguir do que eles falavam, mesmo não sendo da minha conta.

– Com licença. – me aproximei, colocando os pedidos com seus devidos donos.

Quando chegou a vez do garoto pelo qual eu tive uma pequena (mínima, minúscula) queda, ele me lançou um sorriso caloroso, e fiquei muito confuso e com vergonha.

– Obrigado. – agradeceu e voltou-se ao seu suco, tomando um gole.

Certeza que não quer comer nada?, eu queria perguntar, mas seria invasão demais, então apenas desejei um bom apetite para todos e me retirei, com Haewon no meu encalço.

– Certo, vamos até a mesa 1. – avisou ela.

– Você segura a bandeja para mim enquanto atendo? – perguntei, indo até a mesa.

– Claro. – falou, pegando a bandeja de minha mão.

Coloquei a mão no bolso e peguei o bloco com a caneta.

– Boa tarde. – comprimentei devagar para não ser invasivo. – Já escolheram o que desejam?

Então sorri.

Era uma mulher, com o que parece, seu filho mais novo.

– Ah, olá. – percebeu-me ali. – Já escolheu o que vai pedir, nenê?

– Mãe, não me chame assim... – ele pareceu ficar tímido. – Por favor... – e então suas bochechas ficaram coradas, fazendo-o abaixar o olhar para a mesa.

– Ah, desculpe. – desculpou-se ela, sorrindo sem graça.

– Eu não sei ler, mamãe. – avisou o garoto, virando o cardápio de cabeça para baixo e com o olhar de questionamento para ele, como se fosse confuso.

– Hum... – disse ela, agora observando o seu próprio cardápio. – Quem sabe um pastel com suco de morango? – sugeriu para o filho.

– Pode ser. – respondeu o garoto.

Anotei o número da mesa e fiz um círculo envolta do número.

– Ok – agora ela falava comigo –, quero uma porção média de cookies.

Eu anotei o pedido do filho dela e agora o dela.

– Hum... quero um sanduíche integral sem maionese e sem tomate, e um suco de limão.

Eu anotava.

– Só. – finalizou a mulher e terminei de escrever. – Quanto tempo leva, mais ou menos?

Enchi os pulmões para falar que não muito, mas Haewon se adiantou.

– Entorno de 15 minutos está pronto. – avisou.

– Obrigada. – agradeceu ela para nós.

– Até mais. – me despedi, depois de assentir.


Notas Finais


Desculpem mesmo se tiver algo errado, depois eu resolvo.
Vocês perceberam que uma pessoinha sumiu da fic? Ele volta no próximo cap :3 bjos pra todos(as) e até, se cuidem.

~~~~~

adoro esse capítulo sz bjoos e até sz♥

30/5/17


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