-SAM! – O Winchester mais novo virou a cabeça para trás e pegou a arma que Dean havia jogado para ele. Engatinhando-a, Sam atirou no vampiro, fazendo-o cambalear. Assim que a criatura se distraiu, um facão atravessou seu pescoço, fazendo sua cabeça cair no chão.
Sam virou-se para quem tinha feito o trabalho e a olhou impressionado.
-Pensei que você ia ficar no Bunker. –Disse o moreno ajudando o irmão a se levantar do chão, sem desgrudar os olhos dela.
-Que bom para vocês que eu não fiquei, hum? – Disse a mulher olhando para o corpo do vampiro no chão e fazendo um aceno com a mão.
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Dean riu.
-Realmente. Obrigado, Hayley.
A morena riu e começou a andar para o carro, a frente dos irmãos enquanto limpava seu facão.
Dean deu uma cotovelada em Sam e sorriu para o irmão.
-Cara, as vezes você da umas sortes, que nossa.
Sam franziu atesta e disse irritado.
-Dean. Nós não temos nada.
O loiro parou de andar e ficou a frente de Sam.
-Sam. Vocês já transaram. E agora ela esta hospedada conosco no Bunker. Vamos lá, cara. Qual o problema? Ela é uma caçadora e...
-Dean! – Exclamou Sam tentando não se irritar mais. – Aquilo foi só por uma noite, nada mais! Ela está no Bunker pois não tem mais para onde ir e você sabe muito bem qual é o problema.
Dean suspirou, passando a mão nos fios louro-escuros.
-Sammy...
-Eu não vou discutir isso novamente com você, Dean. – Interrompeu-o Sam. –Vamos logo, deixamos Cass sozinhos com aqueles três malucos.
Sam ignorou a tentativa de Dean puxar o assunto de volta toda a viajem de volta para casa. O Winchester estava contando as horas para o maldito tempo passar e ele pode soltar Lúcifer. Já haviam se passado cinco meses e era hoje que ele iria libertá-lo.
Claro, Dean não sabia disso. Ninguém além de Gabriel, Meg e Ruby sabia. Sam não poderia arriscar ser impedido.
Hayley. Hayley fora um erro. Já haviam se passado três meses sem Lúcifer quando Sam a conheceu. Fora em uma caçada e Sam se deixou levar, contando pelo fato de que ela também insistiu e provocou o moreno, que já estava com o emocional abalado.
Agora ela estava praticamente morando com eles, pois não tinha para onde ir, e Dean lhe oferecera um tempo no Bunker. Sam sabia que não foi por que ele queria algo com a mulher, e sim pois o irmão mais velho queria que Sam esquecesse o loiro de olhos azuis que habitava seus sonhos e pesadelos toda noite.
Quando chegaram ao Bunker, sentiram um cheiro diferente no ar. Era muito bom, o Winchester tinha que admitir. Os três desceram as escadas e encontraram a mesa coberta com uma toalha bonita e vários alimentos cheirosos – a maioria, doces – postos na mesa.
Gabriel estava sentado na poltrona que ficava perto da mesa, com Ruby sentada de lado em seu colo, com as pernas apoiadas nos braços da poltrona e Meg sentada no chão, entre as pernas de Gabriel, jogando uma faca para cima e para baixo, encarando Hayley com um olhar assassino.
Oh, sim. Meg e Ruby definitivamente não gostavam de Hayley. Aquilo poderia ser chamado de ódio mortal na verdade. Dean foi diretamente para a mesa e sentou-se na cabeceira, onde ficava mais perto dos doces. Sam sentou-se nomeio da mesa, e quando Hayley puxou a cadeira do lado esquerdo dele, a faca de Meg foi arremessada e se cravou a milímetros de distância dos dedos da caçadora, que deu um pulo para trás e encarou Meg assustada e irada.
Meg sorriu falsamente para a outra morena e se sentou do lado de Sam, que a encarava incrédulo. Antes que Hayley pudesse se sentar do lado direito de Sam, Gabriel apareceu na cadeira, dizendo alguma coisa sobre Dean não acabar com seus doces.
Hayley suspirou pesadamente e se sentou do lado de Ruby, que já tinha ocupado o lugar a frente do Winchester. Castiel apareceu – do nada – atrás da cadeira de Dean e inclinou-se, dando um beijo nas bochechas do caçador, fazendo o loiro sorrir e corar, enquanto o anjo se sentava na outra cabeceira.
O jantar foi relativamente normal. Tirando as alfinetadas de Meg e Ruby para Hayley e os revidamentos ofensivos da mesma, que fazia Gabriel se estressar e jogar acidentalmente chocolate quente na mulher.
Quando o Winchester mais novo viu que já eram quase nove horas – a hora que ele marcou com Rowena – Ele se levantou da mesa.
-Gabriel, obrigado pelo lanche que com certeza me fez engordar uns bons quinze quilos – Disse o Winchester rindo. – Mas agora eu tenho que sair.
Como parte do plano,Gabriel levantou-se e disse.
-Bom, como eu sei que ele esta indo para uma boate qualquer, eu vou acompanhá-lo. Thau e benção a todos.
-Eu não vou ficar ouvindo os gemidos do Clarence aqui. – Disse Meg se levantando. – Prefiro escutar uns diferentes. – Terminou ela olhando para Ruby, que sorriu e se levantou, andando até ela.
Quando Hayley teve a iniciativa de se levantar, Ruby riu e disse a ela.
-Oh, oh. Isso é uma noite entre amigos. Você? Vai dormir, querida.
Antes que a morena tivesse tempo de responder, Ruby puxou Meg e Gabriel para fora do Bunker. Sam deu um sorriso sem graça para a mulher e seguiu em direção a seu quarto, para pegar o que era necessário.
Dean se levantou da mesa e puxou Castiel pela gravata.
-Parece que temos o Bunker quase para nós, Cass.
O anjo corou e sorriu, seguindo Dean até o quarto do loiro.
-Sam! – O Winchester virou-se para o som da voz da mulher que o chamava. Hayley andou até ele e parou a centímetros do homem, olhando para cima, fixando seus olhos nos do outro.
-Não vá fazer nenhuma burrice, Sam. –A voz dela estava dura e firme.O Winchester nunca a tinha ouvido falar assim.
-O que você que dizer com isso?
O olhar da morena por alguns segundos continuou duro. Sam tinha certeza que já tinha isto esse tipo de olhar antes... Antes que pudesse lembrar, o olhar dela suavizou e ela sorriu amarelo.
-Não vá beber muito nesse bar. Boa noite, Sam.
Estranhando, Sam colocou o livro de feitiços na bolsa sem a mulher ver e saiu do quarto, indo em direção a porta. Em poucos segundos o Winchester já estava do lado de fora, onde Gabriel, Meg e Ruby o esperavam.
-Vamos? – Perguntou Gabriel impaciente.
Sam concordou com a cabeça. Segurando as mãos dos três ali, Gabriel os telestransportou para onde ficava a jaula temporária. Rowena já estava lá, com os ingredientes prontos.
-Trouxe o livro, Samuel? – Perguntou ela com o típico sotaque carregado.
Sam tirou o livro da bolsa e percebeu que suas mãos tremiam. E realmente, o homem estava mais que nervoso. Seu coração estava acelerado, tanto que ele ficou com medo de que os outros ali escutassem a constante e forte batida que ele fazia. Sua barriga dava voltas e voltas e sua pela suava frio.
Rowena apertou os olhos para ele e disse:
-Tem certeza que quer fazer isso? Talvez Deus e Kristy tenham saído nessa viajemzinha pelo universo pois não queriam ver o que eles causaram.
Gabriel se meteu na conversa, ficando ao lado de Sam.
-O que você quer dizer com isso?
-Eu quero dizer que talvez ele não seja o que vocês esperam quando ele sair de lá.
Sam engoliu em seco e sentiu a horrível sensação de desespero. Parecia que seu coração gelava e ele ficava incapacitado de falar algo coerente. Suas mãos tremeram ainda mais e ele passou as mãos no cabelo.
-Que ele não me ame mais? – Perguntou Sam com a voz ligeiramente falha.
Rowena ajeitou os cabelos ruivos e abriu o livros de feitiço, e antes de começar a dizer as palavras em latim, ela disse:
-Ou pior.
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