História After Storm - First Season - Helping each other

- Por que eu deveria fazer isso?

- Porque Justin é seu amigo e assim como você ele precisa de ajuda. Blake, ele não está se cuidando e ele precisa muito. Ele só está focado em você e deixa os problemas dele de lado o que não pode acontecer.

- Então você quer que eu o ajude assim como ele me ajuda? – perguntei com os braços cruzados.

- Sim e é justo que você faça isso.

- Ok, eu vou tentar. Mas não prometo fazer milagres, não sou tão boa quando o Justin é.

- Aos poucos você consegue, é só ir pegando o jeito da coisa como o Justin fez. Se quiser te dou algumas dicas.

- Vou pegar essas dicas com o outro psicólogo. – me levantei da cadeira indo em direção da porta.

- Não entendo porque de tanta implicância comigo?

- Não gosto de você.

- Por quê?

- Te acho uma baita puta.

- Você mal me conhece pra pensar esse tipo de coisa.

- Percebo isso pelo seu jeito. Agora, me dê licença, se eu olhar mais alguns minutos pra sua cara é capaz de eu vomitar aqui mesmo.

Deixei Virginia com cara de taxo e sai de lá, não sou obrigada a gostar dela. Virginia tinha em chamado para uma conversa que ela disse ser muito importante, eu relutei mundo em entrar na sala dela, mas ela citou o Justin e uma possível transferência de clínica. Meu coração começou a bater forte, ele não podia me deixar. Acho que não consigo me ver mais sem ele por perto. Não estou falando de amor, não estou nem apaixonada por ele, estou falando de amizade. Bieber é meu amigo e está me ajudando com meus problemas. Imagine se ele for transferido. Eu iria ter que voltar para a minha mais monótona vida e voltar a ser o que era antes.

Eu estava caminhando para a sala do outro psicólogo da clínica, senhor Mason, bati três vezes na porta, eu sabia que ele estava na sala, mas não sabia se ele estava com algum paciente ou não.

So pray for me brother

I need redemption

I'm just a man

A man on a mission

I want no trouble

I want no trouble

I want no trouble

I want no trouble

Pray for me sister

Give me a mention

I got no faith

And oh did I mention

I want no trouble

I want no trouble

I want no trouble

I want no trouble

No rádio do corredor tocava Trouble, da banda Imagine Dragons. Eu batia meu pé direito no chão e mordia minha bochecha esperando Mason abrir a porta, demorou um pouquinho, mas ele abriu e me olhou surpreso e desconfiado.

- Senhorita Baster? O que está fazendo aqui?

- Quero que me dê algumas dicas sobre como tratar um paciente. – fui direta.

- Oi?

- É isso que você ouviu.

- Hum... Tá. Ok. Entre e vamos conversar sobre isso. Vamos ver se consigo te falar tudo em meia hora.

- Tá bom. – entrei na sala e me sentei na cadeira à frente da sua mesa muito bem organizada. A sala dele era mais rustica do que da Virginia e tinha cores frias.

- Para eu te ajudar melhor me diga o que quer fazer com essas dicas.

- Eu vou ajudar Justin assim como ele me ajuda.

- Ok, vamos lá.

P.O.V Justin Bieber On.

Eu andava pelos corredores cantarolando a música que tocava por ele, as paredes eram todas brancas e sem graça, tudo ali era sem graça, tudo era monótono. Eu queria sair dali.

Tem dias que eu acho boa minha convivência aqui, acho bom ficar aqui. Aqui não tem a correria do mundo, não tem paparazzi, não tem ninguém me seguindo ou me gritando. Amo isso e... Ao mesmo tempo... Odeio tudo isso. Aqui fica chato às vezes, você não tem “nada” pra fazer, digo nada entre aspas por que tem coisas para fazer, tem várias atividades nas quais eu possa escolher fazer durante o dia, eu que não faço porque acho monótonas. Eu sinto saudade da correria do mundo, sinto saudades das pessoas me seguindo ou me gritando, até um pouco dos paparazzi, sinto saudade dos meus fãs me parando na rua pra pedir uma foto, autografo, abraço e etc. Sinto saudade dos meus jogos e da internet, já enjoei dos jogos da clínica, entrei nos outros prédios um dia desses para ver se os jogos eram diferentes dos jogos do prédio um, mas é tudo a mesma bosta.

A única coisa que me resta fazer aqui é dormir ou estudar sobre Blake.

Blake. Não consigo tira-la da minha cabeça. Eu não sei bem o porquê, isso é uma sensação estranha. Tenho o pensamento que Blake é a única pessoa que me prende nesse lugar, ela faz esse lugar parecer menos chato e também menos irritante.

Blake tem sorte de poder sair da clínica, saber onde é o ponto fraco desse ligar e fugir. Lembro-me do proposito de eu ter me aproximado dela e sinto vergonha de mim, minha cara queima só de lembrar que eu fui interesseiro e prefiro guardar isso só pra mim. Por que diabos eu contaria isso pra alguém mesmo?

Fui até o último andar do prédio um, eu nunca tinha andando até lá, após chegar lá eu não tinha mais para onde ir. Desci as escadas, passei por corredores, desci mais escadas, passei por mais corredores e fui fazendo isso até chegar ao térreo. Na recepção vi um rapaz, acho que deveria ter a minha idade, não sei, estava acompanhado por uma idosa e uma mulher de meia idade, ele mexia sua perna direita freneticamente e parecia estar com impaciência em um momento ele tentou sair dali pela porta da frente, mas foi barrado. Provavelmente um novo interno que assim como eu não quer ficar aqui.

P.O.V Blake Baster On.

Após eu ter uma pequena aula sobre como tratar um paciente eu agradeci Mason e sai da sala dele e desci as escadas rapidamente dando saltos. Eu parecia mais uma gazela saltitante - comparação tola e infantil, eu sei. Ao chegar no térreo avistei Justin olhando para a recepção, ele estava de costas pra mim, usava uma camisa preta e pelo jeito ela estava aberta, uma calça jeans azulada e vans pretos, suas mãos estavam no bolso de sua calça. Fui até ele e o empurrei.

- Ei, Bieber. - eu disse após o empurrar.

- Ah, oi Blake.

- Então, pra onde você está olhando? - eu olhei para onde ele estava olhando antes de eu empurra-lo. - Ah, interno novo. Qual será o nome dele?

- Eu não sei.

- Ele parece ser bonitinho.

- Que bom pra você.

- Que mau humor é esse?

- Não acordei bem hoje.

- Da pra perceber. Adivinha o que vou ser? - perguntei mudando totalmente de assunto.

- Não faço a minima ideia. - balançou levemente a cabeça negativamente e entortou os lábios. 

- Sua psicologa assim como você faz comigo. 

- Como?

- Me pediram ajuda e tal.

- Não te pedi ajuda.

- Não você, a Virginia Parker - fiz uma careta ao falar o nome dela. - Virginia, Flinks, sua mãe, Scooter e Yohanna tiveram uma reunião sobre você não se ajudar, pois Carlie falou para o Flinks que você não participava do grupo de apoio e disse um monte de coisas - expliquei a Justin. - Ai fizeram a tal reunião, eles decidiram que iriam te transferir para outra clínica e blá, blá blá ai a Virginia teve a ideia de que eu te ajudaria assim como você me ajuda e tal. Ai eles entraram em um acordo, Virginia me persuadiu a te ajudar e aceitei. 

- Como?

- Você não quer que eu repita tudo isso de novo, né?

- Só estou tentando processar as informações.

- Não há nada para processar, agora vou te ajudar assim como você me ajuda. Começaremos amanha, paciente Bieber.