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História After Storm - First Season - No


Escrita por: darksoulgirl

Notas do Autor


E depois de séculos sem postar eu estou de volta. Eu devo admitir que eu não postei por preguiça.
Mas eu vou tentar postar mais rápido e sempre, ok? Mas não prometo, só vou tentar mesmo.
Boa leitura, amores.

Capítulo 25 - No


            Uma semana, quatro dias, três horas e vinte quatro minutos desde a última vez em que falei com o Justin. Sim, eu contei até os minutos desde a última vez na qual falei com o Justin. Podem me chamar de doida, psicopata talvez. A última vez foi naquela aula de música na qual eu me toquei que eu estava apaixonada por ele. Eu venho participando de todas as aulas que ele dá, mas ele está tipo, cem por cento nem ai pra mim. Eu estou com tanta vontade de esfregar a cara dele no chão e ao mesmo tempo eu estou com tanta vontade de beijá-lo.

            O dia estava frio, feio e triste hoje. O céu estava cinzento, o vento frio soprava e levava as folhas soltas das árvores. Eu estava sentada debaixo da grande árvore, a árvore onde eu sempre ficava. Eu estava usando touca, calça e uma grande blusa de frio, eu também usava fones e ouvia música. Sim, era proibido e blá, blá, blá, mas eu nunca sigo regras. Quase nunca.

            No fone tocava “Midnight City” da M83.

            Não havia quase ninguém onde eu estava e isso era legal. Eu poderia ficar aqui com os meus pensamentos sem parecer uma doida porque isso aqui é uma clínica de reabilitação e não um manicômio. Eu acho que eu não deveria estar aqui, eu estou no lugar errado, eu deveria estar em um manicômio e não aqui.

            Ao longe vi o Stefano, eu suspirei e me levantei para subir na árvore. Eu estava evitando falar com ele e eu estava evitando que ele até me veja. Por culpa dele meu melhor amigo não está falando comigo.

            Ok, talvez a culpa seja só minha... Mas eu não consigo. Eu sempre tenho que culpar uma pessoa pelos meus problemas e agora eu o culpo.

            Me sentei em um galho que aguentasse meu peso e encontrei minha cabeça no tronco atrás de mim fechando os olhos pensando em como eu sou otária.

            Eu tenho uma novidade sobre mim, eu finalmente comecei a frequentar um psicólogo depois que o Justin me deixou e eu até que estou indo bem. Ele me deu um diário onde eu posso escrever tudo que eu penso, eu escrevi nele só umas duas ou três vezes. Não gosto de escrever e muito menos escrever como eu estou, como foi meu dia e essas coisas de garotinha que gosta de cor-de-rosa.

 

“Vou começar iguais àquelas menininhas de filme ou vou começar já começando, sem esse tal de “meu querido diário”? Eu realmente não sei, meu psicólogo só pediu para eu escrever coisas aqui.

            Vou começar me apresentando.

            Oi, meu nome é Blake, tenho 18 anos e estou internada em uma clinica de reabilitação porque eu sou a bosta da sociedade. Odeio minha família. Eu tenho só um amigo, apaga, eu não tenho um amigo porque eu fiz merda. Eu sempre faço merda, meu sobrenome deveria ser merda.

            Cara, eu odeio escrever, minha mão dói. Eu te odeio, diário.”

 

            Isso foi o que eu escrevi pela primeira vez no meu diário. Inspirador, não?

            As outras coisas que escrevi foi só falando do meu dia e como eu sinto saudade do Justin. Eu queria tanto arrumar coragem de não sei da onde para conversar com ele.

            Eu olhava pro nada e balançava meu pé no ritmo da música que eu ouvia. Isso era o que eu fazia todo dia. Me isolar de todos e ouvir música.

            Eu acho que a música foi a melhor criação de todas.

 

P.O.V Justin Bieber On.

 

            Mais um dia incrivelmente chato nesse lugar incrivelmente tedioso. Meus dias nessa clínica andam passando muito devagar. A única coisa boa daqui agora é que eu dou aula de música, mas não é todo dia e isso me mata porque nos dias que não tem eu não sei o que fazer para passar o tempo.

            Não tenho nenhum celular, nenhum ipod, exatamente nada para que eu possa ouvir música em paz no meu quarto. Se eu quero ouvir música eu vou até o corredor onde tem as caixinhas de som que tocam música. E sabem o que eu estou fazendo? Sentado no corredor, encostado na parede perto da porta do meu quatro ouvindo as músicas que tocam.

            Eu não vou à psicóloga faz alguns dias e nem apareço para a terapia em grupo. Não vejo necessidade e estou com nenhum pingo de vontade de ir.

            Eu acho que os dias aqui dentro seriam mais legais se eu passasse todos eles com a Blake, mas eu ainda estou chateado com ela. Talvez eu esteja fazendo drama demais, mas talvez eu também esteja com vergonha de falar com ela. Na verdade, eu estou realmente com vergonha de falar com ela, eu nem estou mais irritado pelo o que ela fez, mas eu não sei como falar com ela. O que diabos eu devo falar com ela? Como eu devo falar com ela?

            Eu devo mais desculpa para ela do que ela deve para mim.

            Eu sou um perfeito bostão.

            Eu devo estar parecendo um louco sentado no corredor olhando pro nada. Mas quem se importa?

            Eu tenho que dar um jeito de falar com a Blake, mas como?

            Ela deve estar com uma baita raiva de mim, me xingando de vários e vários nomes inapropriados. Eu sei como ela é. Ela já deve ter perdido a paciência e já deve estar nem ai pra mim mais.

            Eu não sei o que fazer. O que eu devo fazer? Eu vou ou não vou atrás dela.

- Justin? – ouvi alguém me chamar e olhei para o lado.

- Eu.

- Scooter veio te visitar. – assenti e me levantei.

            Normal, era quarta-feira, dia de visita.

            Era só mais uma visita normal.

 

P.O.V Blake Baster On.

 

[…]     

 

            Eu continuava na árvore e uns pingos estavam caindo em mim, estava começando a chover. Respirei fundo não querendo sair dali, mas eu deveria já que não queria me molhar. Pausei a música que eu estava ouvindo e tirei meu fone, enrolei o fone no celular e o guardei dentro do bolso da minha blusa de frio. Pulei da árvore e segui até a porta do prédio um, eu iria pro meu quarto, tomar um belo banho quente e talvez dormir ou andar pelos corredores.

            Quando virei para subir as escadas vi Stefano, ele parecia estar procurando alguém. Bufei e me preparei para subir as escadas correndo para que ele não me visse.

- Blake. – ele gritou me chamando.

            Tarde demais para subir as escadas correndo para que ele não me visse.

- Oi, Stefano. O que você quer?

- Eu quero falar com você. Por que está me ignorando? Por que está fugindo de mim?

- Eu não estou fugindo de você. – menti e menti feio.

- É claro que está, você ia correr de mim agora mesmo. – iria mesmo, você é chato e acabou com o resto da minha vida que eu tinha.

- Hum...

- Eu tenho que te falar uma coisa... Uma coisa que ouvi e acho que é um assunto que te interessa.

- O que é?

- Eu ouvi uma conversa hoje na sala de visitas quando eu fui ver minha avó.

- Para de enrolar.

- O Justin vai ser transferido para outra clínica amanhã. 


Notas Finais


Deixe a opinião e vocês sobre o capítulo e sobre a fanfic. Beijos.
twitter: @recowerz


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