História After Storm - First Season - Revenge

- Você sabe que eu sou possessiva com as pessoas que eu considero minhas amigas e que eu não gosto de me sentir ameaçada quando elas arrumam outras pessoas porque elas sempre se esquecem de mim.

- Justin não irá fazer isso com você, Blake.

- Sim, ele vai, ele vai como todos os meus outros amigos. Apareceram novas pessoas na vida deles e eles me abandonaram. Mas, eu já sei o que eu vou fazer.

- E o que você vai fazer?

- Espere e verá. – me levantei e sai do quarto dela. Eu já sabia o que eu iria fazer.

P.O.V Justin Bieber On

Eu estava sentando debaixo de uma árvore, meus olhos estavam fechados e minhas costas apoiadas no tronco da árvore, eu sentia a leve brisa batendo em meu rosto. Ouvi alguém chamar o meu nome e em imediato abri meus olhos olhando para o homem a minha frente.

- O diretor da clínica está te chamando na sala dele. – avisou.

- Você pode me levar até lá. – me levantei passando a mão na minha calça para limpa-lá em caso dela estar suja.

- Me acompanhe. – segui o homem negro até chegar no segundo andar, onde ficava a sala do diretor da clínica, ele parou de frente a porta, bateu nela avisando que estava ali e  a abriu.

- O Bieber está aqui, senhor Flinks.

- Mande-o entrar McKnight e pode sair. – o tal McKnight assentiu para eu entrar assim eu fiz, entrei na sala e me sentei na cadeira de frente a do Flinks. – Recebi uma denuncia sobre você, Bieber.

- Denuncia? – eu ri – Que denuncia? De que tipo?

- Assim que eu recebi essa denuncia eu mandei irem até o seu quarto verificar e acharam esse saco de pirulito e esse videogame, o que são proibidos de terem aqui dentro.

- O que? – perguntei incrédulo – O saco de pirulito é meu mesmo, não vivo sem nenhum tipo de doce, mas esse PS Vita não é meu.

- Então o que me diz sobre eles terem sido achados no seu quarto, Bieber?

- Alguém plantou isso dentro do meu quarto, esse videogame não é meu!

- Sabe, Bieber? Eu fiquei sabendo que você é muito teimoso e da muito trabalho. Normalmente não sou eu que cuido desses casos aqui na Woods, mas você é uma exceção por que eu sei que você é problemático e eu tenho que cuidar disso. Não é só por que você é famoso e é rico que eu vou deixar você sair livre dessa, todos que descumprem as regras têm que levar algum tipo de advertência e no seu caso você irá lavar os banheiros, todos os banheiros partilhados na clínica por duas semanas. Uma para cada coisa proibida encontrada no seu quarto. Você vai falar os três banheiros do prédio 1.

- Senhor Flinks, me ouça! Acredite em mim – juntei minhas mãos – Eu não trouxe esse videogame pra cá, não fui eu.

- Chega, Bieber. Você começa seu trabalho hoje após o jantar. Pode se retirar.

Respirei fundo vendo que era impossível argumentar com aquele homem, me levantei da cadeira e assenti saindo dali.

Sobre os banheiros partilhados é o seguinte. Nessa clínica tem uma espécie de plano: Você paga tanto de dinheiro por certos privilégios, por exemplo, um quarto só para você, um banheiro só para você. Se caso você querer um plano sem um desses privilégios, ou você tem um colega de quarto, ou compartilha um grande banheiro – que lembra os vestiários e banheiros de escola – com outros internos.

A clínica é grande, tem uns três prédios, cada um com três grandes banheiros e eu fiquei por lavar os três banheiros do prédio um como o Flinks disse por que se eu fosse lavar todos os banheiros partilhados de todos os prédios eu demoraria a noite inteira para lavar.

Eu estava andando pelo corredor indo em direção ao meu quarto quando vejo Blake encostada na parede olhando par mim.

- Foi você não foi? – perguntei para ela desconfiado.

- Foi eu o que? – seu sorriso cínico explicava tudo.

- Você que plantou o videogame no meu quarto e você era a única que sabia dos doces que estavam lá. Foi você que me dedurou para a direção.

- Uh, descobriu a América, Bieber. Sim, fui eu mesmo, sabe por que? Porque ninguém pode ter privilégios nesse lugar, aqui é direitos iguais, não é só porque é rico e famoso que vai conseguir as coisas aqui.

- Eu e você sabemos que o videogame não é meu.

- Mas o Flinks não acredita nisso. Ouvi sua conversa com ele e... Você não sabe convencer ninguém, tem um péssimo poder de persuasão.

- Você é doida, garota! O que eu fiz pra você? Por que você fez isso?

- Como eu disse: Ninguém pode ter privilégios aqui.

- É por isso que você é sozinha, é por isso que você não tem amigos aqui, vive pelos cantos e é considerada estranha por muitos. Você é doida! Faz a pessoa ser amiga sua e a apunha-la pelas costas. Quer saber? De agora em diante não vou nem chegar perto de você. – eu disse olhando nos olhos delas e eu sabia que os meus estava transbordando raiva.

P.O.V Blake Baster On

Pronto, agora fodi com a porra toda.

Eu estava transbordando raiva, eu sempre faço merda, sempre faço besteira e eu fiz uma grande besteira em fazer isso com o Justin. Eu sou muito impulsiva e faço as coisas sem pensar em noventa por cento dos casos.

Não vou ficar me martirizando por ele, não mesmo. Vou ficar sozinha mesmo nesse lugar, nunca na minha vida eu vou ter um amigo verdadeiro. NUNCA.

Decidi sair dali para esfriar minha cabeça e pensar um pouco. Fui até o muro nos fundos da clínica, lá era o único lugar cujo as câmeras de segurança não funcionavam e ninguém ligava em arrumá-las. Foda-se se um interno fugisse dali e fosse morto talvez, as pessoas que comandava aquela clínica querem dinheiro e não cuidar de pessoas, eles inventariam qualquer desculpa para um parente de um interno que se machucasse ou morresse fora dali. Ninguém se importa com ninguém.

Corri até o muro, dei impulso para subir no mesmo, meu pé bateu nele e minhas mãos ágeis foram até o topo dele, meus braços se deram o trabalho de erguer o meu corpo, consegui erguer a minha perna direita até chegar no topo do muro, com agilidade passei minha perna direita por cima do monte de tijolos me sentando, calculei para eu pular e pulei. Eu fazia aquilo sempre e já tinha pego o jeito da coisa.