História After the accident. - "Você não achou que ficaríamos juntos né Hanna?"

Maggie off

Hanna on.

Depois de voltar da lanchonete com os meninos, cheguei em casa e fui direto pro banheiro, tomei banho com a água gelada mesmo, coloquei meu pijama e me joguei na cama, dormi profundamente. No outro dia não teria aula, então, aproveitei, assim que deu umas 10:00 da manhã minha tia bate na porta gritando igual uma doida, pulei da cama logo correndo e abrindo a porta.

– Meu Deus tia, Oque aconteceu? – Perguntei preocupada mas não disfarçando minha cara de sono.

– Vamos pra casa da sua Vó! – Ela embarcou no meu quarto quase levando meu braço que estava encostado na parede da porta.

– OQUE? Naaao, eu não quero ir, hoje eu não tenho aula e quero descansar! – Andei atrás dela.

– Você não tem querer Hanna! Você vai sim, Ah, e outra, seus primos também vão! – Ela falou arrumando algumas roupas que tavam em cima da cama.

– Meus primos? Por favor né tia, são todos muito menores do que eu, eu não vou e pronto! – Sentei na cama cruzando os braços como uma criança birrenta.

– Hannaaaa, levanta daí ! Faz tempo que você não vai na sua vó, vamos lá, vai ser divertido! – Ela tentou me conquistar.

– Eu não quero ir mãe.... – Falei a frase e me calei automaticamente, olhei pra mesma e ela me olhava não acreditando que avia chamado ela de mãe.

– Ha.....Hanna, se troca, já vamos sair! – Ela tentou disfarçar e saiu do meu quarto levando algumas roupas sujas, Parei no tempo por um instante, Deitei na cama e peguei meu celular, mandei uma mensagem pra Hanna e Jack dizendo que estava sendo obrigada a ir pra casa da minha vó, me fizeram ir concordando com a minha tia. Não disse nada sobre ter chamado ela de mãe até porque eles não sabiam que meus pais tinham morrido, era um assunto muito doloroso ainda pra mim.

Quebra de tempo.

Tomei banho e coloquei uma roupa, desci e meus tios já estavam em minha espera junto com meus dois primos, peguei a Aina no braço já que la era uma bebê ainda e fomos pro carro, sentamos e eu reparei que minha tia me olhava as vezes pelo retrovisor, não perguntei nada e também não liguei, meu tio seguiu pra casa da minha vó e chegando lá estavam mais gente da minha família, como, meus outros tios, outros primos, e meus avós, a casa tava bem cheia. Desci do carro junto com meus tios e todos direcionaram o olhar pra mim, depois da morte dos meus pais só tinha visto todos eles uma ou duas vezes, eu era meio que "A estranha" na família agora. Entrei e tentei não achar tanto o tédio, conversei normalmente, ao passar das horas eu queria mas sair dali, até que recebi uma mensagem do Minhyuk. "Como ele conseguiu meu número?" "Oque ele quer?", Esses e mais trilhões de pensamentos passaram pela minha cabeça, ele me perguntou onde estava e eu respondi, é claro, e ele veio me perguntar se eu queria sair com ele e eu fiz uma expressão de que todo mundo reparou que eu estava falando com um tal de "Crush" o que ele não era meu né.... Enfim, eu não sabia oque responder, mas disse sim, como eu iria sair dali? Também não sei, pedir a minha tia seria o mas certo a fazer, só que eu não ia ser tão direta. Fui na mesma e perguntei se poderia sair com a Maggie e ela deixou, pedi a chave de casa pra mim me arrumar e ela estranhou mas me deu mesmo assim.

Quebra de tempo.

Meu tio me levou em casa e depois voltou pra casa da minha vó, passei uns trinta minutos procurando uma roupa boa, tinha que ficar bonita é claro, como era de tarde, coloquei um vestido soltinho, um tênis e pronto, "tava arrasando". Como meu cabelo era liso, não tive muito trabalho de arrumar, peguei um casaco e amarrei na cintura já que estava nublado e poderia chover, queria me proteger do frio. Fui pra parada do ônibus e com uns 10 minutos o Minhyuk chegou la de carro, ele abaixou o vídro e eu tive um susto.

– Entra ai ! – Ele sorriu.

– Como sabia que eu estava aqui? E.. dês de quando você dirige ? – Tentei disfarçar o máximo o meu sorriso.

– Eu tava indo pra lanchonete te encontrar e vi você aqui, vai querer ir de ônibus ou de carro? – Ele esperou eu entrar.

– Tá! Eu vou com você. – Eu entrei no carro do mesmo. 

Entrei no carro dele e seguimos pra uma lanchonete perto mas bem sofisticada, na verdade era linda, tinha a decoração do Japão. Desci do carro e entramos na lanchonete, procuramos uma cadeira e sentamos.

– Minhyuk, porque você me chamou pra sair ? – Não estava aguentando de tanta ansiedade.

– E..Eu, é...  Queria te pedir desculpas pela Taylor, ela as vezes é sem noção mas ela não faz por mal.

– Mas... Você poderia ter pedido por mensagem. – Estranhei oque o mesmo falou.

– É... Poderia, mas eu queria conversar com você... Te conhecer melhor! – Ele sorriu bem sem graça.

– Uhum, sei ! – Sorri de canto.

Começamos a conversar sobre várias coisas, tantos risos parecia que éramos amigos de anos. Até que, a Taylor entra e vem em nossa direção, eu estranhei é claro, ela chegou perto dele e le deu um selinho, sentou ao lado do mesmo, observei os dois e eu realmente não entendia, como ele podia ter feito isso ?

– Aaah, Coitada, achou mesmo que iria pegar meu namorado? – Ela deu uma risada.

– Você não achou que ficaríamos juntos né Hanna? – O Minhyuk me perguntou com a maior calma do mundo.

– E.....Eu, eu tenho que ir! – Sai antes que minhas lágrimas descessem, escutei o Minhyuk me mandando esperar mas eu nem liguei, no mesmo instante que eu iria sair começou a chover e eu coloquei meu casaco com capuz, sai andando e não era só água da chuva que rolava pelo meu rosto, lágrimas desciam pelos meus olhos. Parecia cena de filme mas era só eu, uma trouxa andando pela rua depois de ser descartada por um idiota, eu não podia ficar triste com aquilo mas não tinha como, escutei o Minhyuk gritar.

– HANNA, ESPERA! – Olhei pra trás e ele estava na porta da lanchonete, antes que o mesmo vinhesse atrás de mim eu corri, até chegar em uma rua onde não tinha ninguém, tirei meu tênis que já tava todo molhado e procurei a praça mais perto pra sentar e ficar sozinha. A chuva ficava mas forte a cada passo que eu dava, eu nem ligava, eu realmente tinha sofrido, parece pouca coisa mas você já experimentou colocar toda sua confiança em uma coisa e ver que na verdade era só uma ilusão? Eu espero que nunca passe por isso.