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História After the Cataclysm - Interativa - Sorriso


Escrita por: Esfirra e principebombado

Notas do Autor


Sem foto de capa, ou mimimis.
Acho que eu realmente tenho problemas com prazos. Não está tão grande, mas espero que gostem! Revela bastante parte da história.

Capítulo 6 - Sorriso


O sol brilhava no céu. Sua luz, refletida na neve, iluminava toda a cidade. Laurie corria entre os prédios e construções, necessitava cruzar até o centro o mais rápido possível. Avisar o centro de comando era a sua missão. O problema havia saído de controle.

~~Duas horas antes~~

Estava uma manhã como qualquer outra. Após um dia inteiro de viajem, e uma noite de sono revigorante, o grupo já estava de pé para mais um dia na estrada. Usariam uma picape achada nesse meio tempo como meio de transporte, revezando no volante. O primeiro a dirigir seria John, com Laurie no banco do carona. Sophie e Noemi iriam sentadas na caçamba, algo não muito confortável, afinal.

Conversa vai, conversa vem, chegaram em um assunto delicado. De certo peso para a consciência de todos ali presentes, naquela decadente picape.

-Minha história? O que você quer dizer com isso? - Sophie falou com a voz alterada

-O que foi? Esta com vergonha de contar sua história de vida? - riu Laurie

-N-Nada disso! É que não seria uma história feliz, e não valeria a pena ser contada...

-Então fale logo de uma vez! - Noemi já estava começando a ficar irritada com toda aquela situação.

-T-tá... Começa quando eu tinha uns sete anos. Eu morava com meus pais e ai eles morreram. Ponto.

-Isso não é uma história de quem já tem dezoito anos! Por favor, seja complacente! - esbravejou Laurie

~~Pensamento do John~~

''Eu vou ficar neutro. Vocês que cheguem a um impasse"

~~Fim do pensamento~~

-Ah que droga! Vocês venceram, vou falar, OK? Quando eles descobriram meus poderes, começaram a me maltratar. SEM QUERER, eu matei eles. Fugi para a casa do meu avô, um lugar afastado daquela cidadezinha. Ele foi um dos primeiros inumanos, daqueles que foram transformados ao serem gradativamente expostos a radiação, então me aceitou e me ensinou a controlar meus poderes. Um ano depois vieram atrás de nós e ele se sacrificou para me salvar. Ponto.

-Pesado. Como você lida com isso? - questionou Laurie.

-Não interessa! Agora é a sua vez. (Parece que o jogo virou, não é mesmo?)

-Se você quer tanto... Quando eu tinha sete anos...

-Que ironia! - comentou Sophie, enquanto balançava as mãos.

-...Eu morava com meus pais e meu irmão, até que um dia, em que estávamos no parque, ocorreu um evento bizarro e estranho envolvendo a água do local. No ano seguinte, mais precisamente na virada do ano, ocorreu uma explosão na minha casa e só eu sobrevivi. Depois disso, eu fui morar com meus tios, mas eles me tratavam igual tratariam um pedaço de merda e eu explodi tudo. Por corte eu encontrei o meu avó, que me aceitava do jeito que eu era, e cuidou de mim. Aos doze, ele faleceu. Sinceramente, não achei que fosse encontrar alguém na mesma situação que eu.

-Pois é, QUANTA IRONIA. - Sophie havia ficado realmente irritada com as provocações

-Agora pode ser a sua vez, Noemi – disse Laurie, ignorando o comentário de Sophie

-Fazer o que... Meu pai morreu e eu fui morar com a minha mãe, que era empregada numa casa. Um dia a dona da casa queria me comprar um presente, e eu queria um específico robô de plástico que dança. Minha mãe me mandou escolher outro, pois aquele era muito caro e eu comecei a gritar. Nisso minha mãe me deu um tapa, e eu "meio que possui" todos os brinquedos do local e desmaiei em seguida. Eu acordei em uma sala escura e tudo que podia ouvir do lado de fora era eles me chamando de demônio. Fiquei lá durante quatro anos até descobrir com clareza meus poderes e sair daquele lugar. Eu trabalhava e vivia bem, até que fui sequestrada por aqueles caras e o resto da história vocês já sabem.

-Essa realmente pegou a gente de jeito. Se bem que – Laurie realmente estava com a língua afiada – falta alguém dizer a sua parte.

-Achei que nunca chegaria na minha parte. Aham... Por onde começo...? - John deu uma freada no carro e trocou de lugar com Laurie, que passou a dirigir a picape. - Quando eu tinha sei lá quantos anos de idade, minha case pegou fogo. Não tenho nenhuma lembrança dos meus pais, ou da minha irmã (acho que era irmã). Depois de um tempo num orfanato, um cara veio e me adotou. No começo eu achava o Derek bem monótono, mas com o passar do tempo vi como ele era incrível. Dai eu fiz umas merdas com um amigo meu e fomos presos (crianças ainda). Na nossa fuga, os infectados invadiram a cidade. Nunca mais vi meu "mestre" e meu melhor amigo. Espero encontra-lo no nosso ponto de chegada.

-Qual dos dois? O mestre ou o melhor amigo?

-O melhor amigo. O mestre pode se virar sem mim, mas que eu sinto a falta de ambos, eu sinto.

-Que fofo, ele tem sentimentos – disse Noemi, forçando uma voz "fofinha".

---

Sophie e Laurie caminhavam com um ritmo acelerado. Tinham o interesse em comum de continuar a "viagem" o mais rápido possível. John havia dividido o grupo em duas partes: Ele e Laurie, que ficaram com a picape, e Sophie e Noemi, que deveriam ir atrás de suprimentos. Enquanto ambas passavam pelas ruelas, virando esquinas e atravessando pontes, davam de cara com todo o tipo de pessoas. De mendigos, a pessoas bem vestidas conversando com putas. Se quer saber, até no apocalipse tem esse tipo de coisa.

Na sua volta, uma pessoa em específico chamou sua atenção. Ele estava sentado na beira de um rio, de esgoto. Usava um casaco roxo, camisa preta, calças jeans (porque calça jeans é padrão), e um tênis All Star vermelho de cano comprido. Seu cabelo era loiro e comprido. Bem, maior que o de John. Seus olhos eram de um verde escuro, como se estivesse mergulhado em preto. Ele tinha uma expressão sem vida em seu rosto. Por algum motivo, lembrava alguém. Alguém...

-Com licença, está tudo bem? - perguntou Noemi, se aproximando dele, com várias sacolas em mãos.

-Por que estaria? - ele respondeu, de forma seca.

-Nos diga você, esta com cara de defunto! - retrucou Noemi

-Calma Noemi, vamos só voltar, deixe ele ai.

-Mas-

-É Noemi, deixe ele ai – comentou o "defunto"

-Sophie, o John pode esperar; e eu ainda não acabei com você!

O jovem, mostrando melhor sua aparência de vinte e poucos anos, se levantou e encarou Noemi.

-O John? AQUELE John? Como ele está? - ele esperou um pouco e disse – Morto que não é trouxa.

-Você conhece o John? - Laurie finalmente entrou na conversa. Por algum motivo a vida do John a interessa.

-Eu falhei com aquela criança. Quando o encontrarem, não falem que me viram. Se me permitem, vou embora. Vocês irritam para um cacete, sabiam? Tenho mais coisas pra fazer. Como suicídio. (É melhor do que nada)

-Calma senhor depressão. Tem nome por acaso?

-Wildstar. Derek Wildstar. E se a Inaho estiver usando meu nome por ai, o problema não é meu. Na verdade é... Quer saber, foda-se. WIldstar saindo.

-Você não é o "mestre" dele por acaso? Por que não vai falar com ele?

-Por que eu deveria? Ele me odeia. Pelo menos quando não esta bêbado. Ela por outro lado não fica pulando de cidade em cidade. Falou.

-Ei, volta aqui!

-Nope.

Ele disse isso e foi embora. Ela não esperavam terminar a conversa assim, se isso foi uma conversa.

-Ele me deu nos nervos. - disse Noemi, aparentemente irritada – Ele não parece nem um pouco o que o John falou.

-O tempo faz isso com as pessoas. O que mais me intriga ainda foi o "ela por outro lado".

-Deixa. Vamos voltar logo.

---

-Quando você acha que elas vão voltar? – perguntou John

-Sei lá, me diz você.

-Eu?

-É. Eu vi como você olha pra Sophie.

-E-eu olho pra ela como olharia pra qualquer uma. Agora você...

-O que? Está dizendo que eu olho pra ela com segundas intenções?

-Sei lá, me diz você. Há!

-Ora seu filha da p-

BLAM (não sei onomatopeia melhor)

Ambos olharam assustados para a direção de onde o barulho teve origem. Estavas parados perto das muralhas daquela cidadela, onde era menos habitado e podiam esperar em paz. Mas a queda de algo, vindo do topo da muralha não era algo usual de acontecer...

John foi se aproximando aos poucos para descobrir que objeto era, e ao se aproximar começou a ouvir os gemidos... Gemidos de corpos sem almas... De infectados. Ele logo sacou sua espada da bainha e golpeou o morto-vivo na cabeça. Na volta para onde Laurie estava esperando, outro caiu, só que dessa vez no asfalto. Laurie olhou para o topo da muralha, e, inexplicavelmente, vários infectados haviam a escalado, estavam se jogando para dentro, e outros ainda estavam subindo.

-Que merda é essa?! - gritou John – Se afasta Laurie!

-Porque? Eu não sou frágil!

-Caralho, sem brincadeiras, só se afasta! Olha isso...

-Tem muitos dele, não é?

-Muitos? Eu diria que tem uma população inteira. E não param de chegar mais. Quer saber, vá fazer algo de útil!

-Tipo?

-Sei lá! Vai correndo para o prédio dos encarregados dessa cidadela! É aquele ali no meio – apontou John com o dedo.

-Ok, vê se não sai daqui até eu voltar com ajuda! - Laurie se despediu e começou a correr na direção que John havia mandado.

Agora sozinho, ele respirou fundo e se acalmou. Não daria conta de todos aqueles infectados, só poderia atrasa-los. Ergueu seu braço direito, posicionou o esquerdo de forma a apoiar o erguido. Se concentrou, e ambos os seus olhos começaram a brilhar com sua energia azul, e enfim ergueu uma parede, ou melhor, uma barreira entre eles, e ele, protegendo a todos

---

O sol brilhava no céu. Sua luz, refletida na neve, iluminava toda a cidade. Laurie corria entre os prédios e construções, necessitava cruzar até o centro o mais rápido possível. Avisar o centro de comando era a sua missão. O problema havia saído de controle.

Assim que ela chegou em frente ao prédio, foi barrada por dois guardas. Eles portavam espécies de armas energéticas, e com um pensamento, ela provocou um curto circuito em ambas as duas. Passou direto por eles e entrou.

Assim que foi subindo as escadas, ela acelerava mais o passo. Assim que chegou no ultimo andar, podia ouvir vozes gritando do outro lado. Sem perder tempo, usou seus poderes de atravessar coisas com a mão para destrancar a porta e entrar na sala.

-Não acredito que o líder da divisão Z.E.R.O. ainda esteja vivo! Todos os seus dados sumiram do registro! - comentou o homem que aparentava ser o chefe, para uma pessoa parada na sua frente.

-Cara, não é uma boa história essa que você vai me pedir pra contar. Como eu sobrevivi aquele dia. - falou Derek – Para todos os efeitos, eu morri lá. Você pode só fazer o que eu te pedi?

-Usar nosso telefone? Claro! Pra um ex-divisão Z.E.R.O eu faço qualquer coisa. Só que antes, o que nossa visitante tem a dizer?

Os dois pararam e olharam para Laurie, sem folego. Ela respirou fundo até conseguir falar.

-Tem uma horda de infectados invadindo pelo leste da muralha! E são milhares!

-Calma lá, garota. O que você está falando é grave. Tem como provar? - perguntou o chefe do local.

-Hugues, olhe as câmeras por precaução. Se for uma horda tão grande assim, você vai ver – ordenou Derek

-Eu te conheço? - Laurie olhava para Derek - Você me lembra o-

-O John. É, eu já percebi isso. Prazer, eu sou... O mestre. Só por favor, não seja tão chata como as outras duas.

-A Sophie e a Noemi? Você as conhece?

-Eu as conheci da pior maneira possível. Mais nada a declarar.

-Vocês podem vir até aqui? - pediu Hugues – Eu não sei como esse cara está fazendo isso, mas está fazendo isso do jeito certo.

Derek e Laurie se aproximaram do homem e passaram a observar a visão da câmera. Ela mostrava nitidamente John e sua barreira de energia azul, mas como era visível, ela estava começando a falhar. Derek foi o único a perceber, sentada em cima da muralha, uma mulher de cabelos castanhos e olhos vermelho rubi. Ele apontou na tela e começou a falar:

-Ela, é um velho problema da minha divisão. Já estou vendo que vou ter que ir lá. Ele já não aguenta muito mais. Hugues, os velhos túneis ainda estão disponíveis? Porque se for, coloca uma moto lá pra mim?

-E-eu posso providenciar.

-Perfeito. Vamos senhorita?

-Vamos... Aonde?

-De volta para ajudar o John. Ele vai precisar.

---

Derek dirigia a moto o mais rápido que podia. A maioria das pessoas não sabe dos túneis subterrâneos que passavam por praticamente toda a cidade. De lá, você poderia ir de um canto a outro, sem nenhum problema.

-Sabe, uh, Derek, pode me explicar o que essa tal de divisão Z.E.R.O?

-É uma longa história. Tá nem tanto assim – eles esperou até pegar um trecho dos túneis sem muitas curvas para contar – Aconteceu tipo, uns vinte anos atrás. Por ai. Não, mais. Trinta. Resumindo, foi no início do fim do mundo. Com zumbis pra todo lado, e pessoas acordando em suas camas com poderes. Nesse tempo, quando se firmou a resistência, rebelião, chame como quiser, eles estavam a procura dos inumanos mais fortes para ir até o mal da raiz. Seus informantes descobriram uma pessoa, não, um ser que controlava todos os infectados.

-Eu fui escolhido para a divisão Z.E.R.O, mas na época eu não era o líder. Quando chegamos lá, foi um caos... Quase todos do grupo morreram, e eles não eram pessoas fracas. E ela era um dos "cavalheiros" desse cara. Tipo os quatro cavaleiros do apocalipse. Tínhamos a Peste, Fome, Morte. Mas ele não tinha um cavaleiro para a Guerra. Aquela moça que você viu na câmera, era a Morte, que uma vez se chamou Julia. Eu a conheci antes disso tudo. Seu poder é, digamos, peculiar.

-Caralho... Quanta coisa...

-Em suma, é isso.

-Cara, não pode ser real-

-Tinha que ser dólar.

-Nossa cara, que piada merda.

-Hehe, só continua.

-Como isso foi há uns trinta anos se você parece ser, sei lá, uns cinco anos mais velho do que eu?

-The life snakes. Nesse caso seria o contrario. Bem, quem se importa? Chegamos.

---

Laurie foi a primeira a sair dos túneis, e foi correndo direto para onde John estava, seguida de Derek. Assim que chegaram, avistaram seus aliados, e uma situação que havia se agravado.

John já havia gasto todas as suas forças e a barreira estava prestes a quebrar. Sophie e Noemi estavam de prontidão para quando ele desmaiasse, que ocorreu assim que Laurie se juntou a eles. A barreira começou a se desfazer e se dissipar. John caiu para trás e foi pego pelas três. Os infectados, agora sem as limitações das barreiras, foram avançando na direção delas.

Derek, que só saiu dos túneis agora, começou a correr na direção delas. Sem fazer esforço, ele arrancou uma placa de sinalização do chão e golpeou na cabeça o zumbi mais próximo delas.

-Ei! O que você está fazendo aqui?! – gritou Noemi

-Não se acanhe, sua amiga Laurie pediu com jeitinho e eu vim ajudar. Não sou tão coração de pedra assim.

-Agora não é tempo para discussões! Vamos levar o John para o carro e dar o fora daqui! – gritou Sophie

-Ela tem razão – Derek fez uma pausa enquanto abateu outro zumbi e depois voltou a falar – Eu vou ficar aqui e segurar eles. Podem ir.

As garotas posicionaram John dentro da picape, enquanto Noemi assumiu o volante e Sophie e Laurie sentavam atrás. Logo antes de saírem dali, Laurie parou Derek:

-Você não vem mesmo?

-Não... Você estão melhor sem mim. Vá pelas sombras.

Assim que Noemi deu a partida, eles avançaram para fora daquele lugar num piscar de olhos. Derek, por outro lado, estava com problemas.

-Então Julia – ele gritou para a moça sentada em cima da muralha – O que quer comigo?

-Não se preocupe amor, a cavalaria está aqui! – ela caiu na gargalhada – Não é obvio? Vim pegar você só pra mim! Não vou dividi-lo com aquela... Aquela...

-A Inaho? Ela também é bem ciumenta. Acho que vou continuar com ela mesmo. Sabe sua doida, podemos acabar com o que começamos anos atrás, aqui e agora, o que acha?

 A jovem de pele pálida, que mais aparentava ser um zumbi, sorriu.


Notas Finais


Sabem, eu e o OC (outro cara) estávamos com dúvidas sobre uma coisa. Nós queriamos lançar alguns caps. bônus, mas não sabemos se lançamos eles na fic normal, ou criamos outra para isso. Poderiam opinar? E tambem falem sobre o cap. de hoje. Agradecido


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