Karina
Assim que terminei de falar com Pedro, meu pai chegou. Nos abraçamos e depois pedi para ele fazer o x-gael que ele sempre fazia porque havia queimado a comida.
— Como sempre, né! Sempre queima a comida! — reclamou
— Eu esqueço da hora de tirar do fogo e acaba queimando! Mas faz para mim por favor?! Estou morrendo de vontade de comer aquele sanduíche delicioso que só você sabe fazer!
— Tá, eu faço!
— VOCÊ É O MELHOR! — o abracei novamente.
Enquanto meu pai preparava o meu lanche, fui para o quarto ajeitar as minhas coisas.
— Estão todos aqui... Que bom! — falei comigo mesma olhando a caixinha dos testes.
— KARINA, VEM COMER! — Meu pai gritou e eu vou deixando a caixinha no móvel do computador.
— Tô aqui! — devorei o sanduíche em segundos — Faz outro para eu comer mais tarde, pai!
— Tá com verme na barriga, garota? — Ele riu.
— Não, só to com fome mesmo! — ri também.
Assim que terminei de comer, fui tomar um banho e fiquei relembrando os dois dias que haviam passado. Principalmente na imagem do televisor do ultrassom. Iria demorar tanto para mim ver o rostinho dele de perto! Seis meses e eu teria um bebê! Lembrei da Luna e da Tomtom falando de como seria, lembrei da minha desconfiança logo quando os primeiros sintomas surgiram…
— É, eu sabia desde o começo, só não queria acreditar!
Vesti uma camisola fresquinha e me deitei, porque uma coisa que esse serzinho estava me causando, era sono. Acordei no dia seguinte com o meu celular tocando! Se for trote vou até o inferno atrás da pessoa! Atendi e era o meu guitarrista, ele falou todo animado!
"Bom dia amor da minha vida!"
Amava tanto quando ele me chamava assim! Até esqueci que tinha acordado cedo, até ele me lembrar. Falei a verdade e ele me pediu desculpas, falou que tinha achado que eu estava me arrumando para ir para fábrica. Realmente estaria fazendo isso, mas não poderia mais treinar para não prejudicar a vida do meu bebê. Inventei uma desculpa e mudei de assunto rápido. Ele me falou que quase morreu no vôo e eu comecei a rir. Tão dramático! Ficamos conversando por muito tempo! Decidimos as coisas que iríamos fazer depois que ele chegasse no Brasil e falei como andava as coisas aqui, por pouco quase falei que ele iria ter um filho! Mas calei minha boca porque prometi para mim e pro meu serzinho que só ia contar quando ele chegasse aqui! Antes que eu contasse, resolvi desligar, porque estava morrendo de fome. Ele falou que só me ligaria no próximo dia. Desliguei, levantei e vi a cena mais linda da minha vida! Só tinha reparado agora que Miguel e Luna tinham dormido no meu quarto, na cama da Bi. Eram tão lindos! Fui até eles e depositei um beijinho na testa de cada um.
— Eu amo tanto vocês, meus pestinhas! — falei sorrindo e indo para cozinha. Dandara e Jade estavam lá tomando café e conversando — Bom dia! — Estava tonta e me sentei rapidamente.
— Bom dia, minha flor! — Dandara colocou mais um pão na assadeira.
— Você ta bem, cunhadinha? Parece estar tonta! — Jade percebe que sentei muito rápido, pergunta e eu balanço a cabeça positivamente.
— É que levantei rápido, só isso! — sorri.
— Vou fingir que acredito! — Jade me passou a garrafa de café.
— Pensei que você já tinha ido pra academia, Ka — Dandara fala.
— É, eu não vou hoje. Vou tirar férias por uns dias! — falei quando senti o meu estomago embrulhar novamente — Eu vou vo... Eu vou no banheiro!
— Bom dia pra você, também, serzinho, bom dia! — Falei ríspida lavando o rosto e depois começo a rir — Olha, não vou mentir para você, ainda estou me acostumando com a ideia de te ter aqui comigo, mesmo me fazendo sentir essas coisas malucas! Mas você poderia diversificar nesse lance de chamar a minha atenção, né? Tá ficando chato já! — falei rindo — Ah, meu serzinho! — ri novamente — Então, meu filho, seu nome vai ser serzinho, até eu e Pedro escolhermos um nome para você ou até descobrimos se você é uma menininha, ou um menininho! — Falei com a mão na barriga — Tomara que você esteja bem, porque eu estou ótima! — lavei meu rosto e sai do banheiro em direção ao quarto. Quando cheguei lá eu vi Miguel mexendo na minha caixinha onde eu guardei os testes. — PARA DE SER ENXERIDO´, MIGUEL, NÃO É PRA MEXER AÍ! — gritei e puxei a caixa da mão dele.
— ME DEIXA, VOCÊ NÃO MANDA EM MIM SUA FEIA! — puxei tão forte que acho que machuquei os bracinhos dele. Miguel abriu o berreiro e eu fiquei desesperada.
— Não grita! Desculpa, foi sem querer! O que você viu dentro daquela caixa?
— Desculpo nada, sua "monstra"! Eu só queria brincar com as suas canetinhas! — ele falou chorando. UFA! Ainda bem que ele não fazia ideia do que era aquilo!
— Você não pode contar para ninguém que você viu essas canetinhas tá? Eu compro uma melhor para você se não contar! — o chantageei.
— Ta! Mas tem que comprar hoje e eu que vou escolher! — ele fala. Chantagear Miguel foi a melhor coisa que eu já inventei! Sempre da certo!
— Ta bom! Vai lá pedir a sua mãe se você pode sair comigo. Lembra do nosso segredo hein!
Ajudei ele a escolher a roupa e falei para Jade arrumar a Luna também. Arrumei o Miguel e logo depois que Lulu estava pronta, saímos.
Levei os dois no shopping, vimos um filme infantil que estava em cartaz e depois brincamos no playground do shopping. Quando foi de tarde levei eles à praia e depois num parque que tinha ali perto. Foi um dia ótimo! Resolvi dormir no apartamento do Pedro que era o mais próximo para eles e para mim que estava exausta!
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