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História After the Storm - What are you afraid of?


Escrita por: mwrcy

Notas do Autor


OLAAAAA!!! como vocês estão??? espero que estejam bem!!!
então, acho que esse cap ta um pouco grande rsrs mas acho que vocês vão gostar!!
gente, um aviso, minhas aulas voltaram e minhas provas já estão chegando, ou seja, eu vou estudar MUITO então se eu demorar pra atualizar me perdoem mas NAO DESISTEM DE MIM!!
e outra, vamos conseguir 100 favoritos??? por favor!!! divulguem pra amiga de vocês, divulguem mto!!
é isso, boa leitura <3

Capítulo 4 - What are you afraid of?


Camila Cabello P.O.V:

Dois dias que eu não conseguia dormir, aquilo estava me matando aos poucos. Eu não conseguiria guardar por muito tempo, hoje Hailee iria saber de tudo. Ela precisava da verdade.

Jack e eu nos aproximamos bastante nesses dois dias. Eu nunca pensei que ele fosse tão diferente como demonstrava ser perto de seus amigos. Mas é isso que acontece quando você é o mais popular do colégio: a fama muda sua cabeça. 

Respirei fundo e coloquei a mochila — que estava pesada — nas minhas costas. Nash desceu as escadas apressadamente, o que me fez rir nasalado.

— Vamos logo, a mamãe está nos esperando lá fora. — abri a porta de casa. Nash pegou uma maçã na cozinha e assim, entramos no carro da mamãe.

O caminho foi silencioso. Primeiro que eu não estava no clima pra conversar. Aquela maldita cena do Nate na cama com a Hailee não saia da minha mente, e também não estava falando direito com Nash. Ele continuava fumando, e eu tentava de tudo pra ele parar, porém era nítido que ele não quer ajuda.

— Boa aula, crianças. Se comportem e cheguem cedo hoje, não estarei em casa por causa do trabalho. — mamãe falou estacionando em frente a escola.

— Tchau, mãe. — Nash e eu falamos em uníssono e saímos do carro.

E, de repente, meu coração começou a se acelerar. Minhas mãos estavam trêmulas. Eu não sei o que faria se visse Hailee, eu tinha que contar a verdade pra ela.

— Não vou voltar pra casa depois das aulas. — Nash disse e eu uni as sobrancelhas. — Vou sair. — ele deu de ombros.

— Pra onde?

— Isso não é da sua conta. — ele falou e virou o corredor, logo sumindo da minha vista.

Revirei os olhos e quando fui caminhar para o meu armário, vi de longe Hailee e Nate conversando. Meu coração se apertou. Eu não acredito que ele teve a cara de pau de conversar com ela como se nada estivesse acontecido.

Eu não aguentaria ficar calada.

— Fique longe dela. — falei me aproximando e os dois me olharam. Hailee uniu as sobrancelhas e Nate arregalou os olhos.

— Camila? O que você está fazendo aqui? Você sumiu ontem. — Hailee falou aliviada por ter me visto.

— Por causa dele. — falei apontando pra Nate, enquanto o mesmo negou com a cabeça disfarçadamente. — Você é nojento, Maloley. — o encarei. Hailee estava confusa, era óbvio.

Avistei Jack saindo da sala de aula. Um sorriso brotou nos seus lábios assim que me viu, mas desfez o mesmo quando viu que eu estava com Nate e Hailee. Ele se aproximou de nós enquanto me olhava negando com a cabeça, praticamente implorando para que eu não fizesse isso. 

— Jack, vamos fazer isso agora. — falei firme. 

— Vocês podem me dizer o que diabos está acontecendo? — Hailee perguntou.

— Haiz, amiga, você precisa saber a verdade sobre o que aconteceu naquela festa. — falei. Nate estava desesperado enquanto encarava Jack, esperando o amigo fazer alguma coisa. — Eu estava procurando o banheiro. Foi quando entrei no quarto do Jack e fiquei lá observando. Eu ouvi passos vindo e me escondi no armário. Ele chegou no quarto com você bêbada e te deixou na cama e saiu. — enguli seco me preparando para continuar. — Eu estava prestes a sair dali, até que ouvi outros passos vindo e era o Nate. Você sabe o que ele fez, Hailee? — perguntei e ela negou com a cabeça, com receio. — Ele estuprou você. 

Hailee arregalou os olhos e nos olhou incrédula. Nate, por nervosismo, começou a rir. Uni as sobrancelhas e olhei pra Jack, que estava com a cabeça baixa. 

— Você está insinuando que eu estuprei a Hailee? — Maloley perguntou. — Camila, você ficou maluca?

— Não se faça de sonso, Nate. Você está acabado. — falei pausadamente.

— Camila, você tem certeza do que está falando? Acusar alguém por esse motivo é muito sério. — Hailee gaguejou. Ela estava tremendo e seus olhos estavam marejados.

— Tenho, Haiz. Eu nunca mentiria um assunto sério desses pra você, você sabe disso. — falei. — Certo, Jack? — me virei pra ele, enquanto o mesmo permaneceu quieto. — Jack? 

— Eu não sei do que você está falando. — ele disse e foi aí que meu mundo desabou.

— Como assim você não sabe do que eu estou falando? — falei gaguejando. — Jack, por favor, não faça isso... 

— Você é maluca, Camila. — Nate disse. — Por que você está falando isso? Qual a sua intenção disso? A Hailee sabe que eu nunca faria uma coisa dessas, e não vai ser uma novata que vai mudar isso.

— Hailee, você confia em mim, certo? — falei me virando pra ela, que estava se tremendo, enquanto lágrimas escorriam pelo seu rosto. 

— Eu não sei em quem confiar. — sua voz saiu falha devido ao choro. — Camila, você também não estava bêbada? Porque por mais que esses garotos sejam babacas, eu tenho certeza que Nate não faria isso, eu...

— Amiga, me escuta. — falei segurando seus braços. — Eu não bebo, você sabe disso. Você não aceita o fato de ter sido estuprada, eu também não aceitaria. Mas essa é a verdade, esse é o mundo em que vivemos. Você foi estuprada e nós vamos o colocar na cadeia, nós...

Antes que eu pudesse terminar a frase, Hailee me deferiu um tapa no rosto, atraindo olhares de todos que estavam no corredor. A olhei incrédula, enquanto a mesma estava limpando as lágrimas.

— Eu pensei que você era minha amiga, Camila. Mas o Nate tinha razão. — ela disse. — Você tem inveja de mim, da gente... Você é maluca. Eu não quero mais ser sua amiga.

— Hailee, me escuta. Ele está fazendo a sua cabeça! — falei me aproximando dela.

— Fique longe de mim. — ela falou negando com a cabeça e foi correndo para o banheiro.

Respirei fundo e resolvi a seguir, porém senti alguém me puxando pela gola da camisa.

— Você está morta. — Nate disse pausadamente e saiu.

Olhei para Jack que estava me encarando com um olhar de decepcionado. Eu queria muito socar aquele rosto.

— Você é um babaca, Gilinsky. Você não fez nada! — falei. — Você prometeu que ia me ajudar, você me apoiou, e agora ficou calado? Você defendeu um estuprador, eu odeio você. — comecei a bater nele, porém o mesmo agarrou meu pulso e me jogou contra o armário.

— Você estragou a porra toda, Camila! — ele falou irritado. — Eu disse que ia te ajudar mas também pedi tempo. Não é tão fácil assim! — era impressionante que sempre quando Jack me encarava eu me sentia intimadada. — Nate é meu melhor amigo, eu sempre vou protegê-lo. E você é uma garota que eu conheci agora, entende? Tenta entender que é difícil pra mim, é difícil eu não defender meu amigo mesmo que ele esteja errado!

Permaneci calada. Apenas esperei Jack parar de falar e se acalmar, ele estava tão nervoso que suas veias saltavam, seu maxilar estava trincado e seus olhos pareciam que ia explodir a qualquer momento.

— Isso não tem perdão, Jack. — falei baixinho. — Vocês falam desse assunto como se fosse a coisa mais normal do mundo, mas não é. Hailee foi estuprada e ela não quer aceitar isso, mas eu vou convencê-la.

— Não, você não vai. — ele disse e eu uni as sobrancelhas. — Nate vai tentar colocar todo mundo contra você, vai inventar coisas sobre você, ele vai fazer da sua vida um inferno. Tudo isso porque você não esperou, Camila. A culpa é sua!

O olhei incrédula. Jack não poderia estar falando sério, não mesmo. A culpa é minha porque eu quis proteger uma "amiga"? Eu deveria ter feito isso muito mais cedo, Nate pode fazer isso com outras garotas e eu não poderia deixar isso acontecer.

Fui despertada com o sinal soando nos meus ouvidos. Jack apenas respirou fundo e saiu, logo indo para sua próxima aula. Eu fiz o mesmo.

Entrei na sala e me sentei na última cadeira. Eu não estava no clima pra assistir aula agora, minha cabeça estava confusa. Pensei que Hailee acreditaria em mim, afinal somos amigas, certo? Por que ela agiu daquela forma? Por que ela não confiou em mim?

— Eu te aconselho a não dormir na aula do professor John. — uma garota que estava sentada no meu lado falou e eu levantei a cabeça. — Prazer, sou a Lauren.

— Camila. — respondi ainda tentando sair do transe. Lauren tinha olhos verdes e cabelos  negros. — Eu não estou muito a fim de ficar aqui, eu estou péssima. 

— Por causa do Nate e da Hailee? — ela perguntou e eu arregalei os olhos. — A escola inteira já sabe. — ela deu de ombros. — Se você quiser matar aula comigo pra poder desabafar... 

— Matar aula? — a olhei incrédula. 

— Sim. — ela disse rindo. Que risada gostosa e contagiante. — Você nunca fez isso? — neguei com a cabeça. — Então vai fazer agora. Vem. — ela me puxou e nos levantamos, logo saindo da sala antes que o professor chegasse.

(...)

Lauren é o tipo de pessoa que pode conversar sobre todos os assuntos, eu amava pessoas assim. Passamos dois tempos só conversando e eu nunca encontrei alguém que me entendesse tanto como ela.

— Por que Hailee acreditaria nos meninos e não em você? Ela é idiota? — ela perguntou e eu ri nasalado. — Talvez ela ficou confusa e não quer aceitar o fato de ter sido estuprada.

— Eu também acho isso. — falei enquanto mexia nas flores. Olhei para o relógio e já era meio dia. — Meu Deus, o tempo passou rápido. — me levantei. — Eu preciso ir, eu...

— Quer carona? — Lauren perguntou.

— Não precisa. Eu vou com o meu irmão pra casa. — falei. — Mas obrigada. — sorri. — Nos vemos amanhã? — ela assentiu com a cabeça. — Então... até amanhã. — acenei pra Lauren e ela fez o mesmo. 

Fui até o meu armário para guardar as coisas enquanto todos que passavam por mim me olhavam com cara de nojo. Enguli seco e saí da escola, logo encontrando Nash no cantinho fumando.

— Eu não acredito. — falei me aproximando dele. — De novo, Nash? — ele revirou os olhos e continuou a andar, mas eu puxei. — Quer saber? Cansei de você. Pode estragar a sua vida, faz o que você quiser. 

Dei de ombros e me virei. Fui pra escola pelo outro caminho. Olhei de longe e vi Jack com seu grupinho, e mais uma garota morena. Ele estava sentado no muro enquanto a garota estava entre suas pernas, os dois estavam de mãos entrelaçadas.

Nossos olhares se cruzaram. Jack ficou me encarando e eu fiz o mesmo, dessa vez sem vergonha.

 — Você não ia com seu irmão? — a voz de Lauren me despertou. Ela estava com o carro estacionado na minha frente.

— Eu briguei com ele. — respondi.

— Vem. Eu te levo pra casa. — ela disse e eu a encarei e depois olhei pra Jack, que continuava me olhando. Sorri e entrei no carro de Lauren enquanto ela deu a partida.

(...)

Já estava anoitecendo. Eu havia estudado o dia todo, até porque as provas começavam semana que vem. 

Desci pra pegar algum biscoito e refrigerante, já que não havia janta. Provavelmente mamãe chegaria só mais tarde ou amanhã, e Nash estava na rua, e mesmo se ele estivesse aqui, ele não sabia cozinhar.

Foi quando eu escutei um barulho. Aquele barulho.

Uni as sobrancelhas e fui andando lentamente até a sala. A porta estava aberta. Meus olhos se arregalaram e minhas mãos começaram a tremer. Me virei e saí correndo pra cozinha, a procura de alguma faca. Foi quando encontrei aquele par de olhos mel me encarando, logo dando um sorrisinho assustador.

— Olá, Camila. 

Eu estava sem reação. Não sabia o que fazer, então, por impulso eu saí correndo, mas estava em desvantagem. Nate era alto e forte. Ele me puxou vagarosamente, o que fez machucar meu pulso.

— Sabe, eu tinha certeza que Jack não conseguiria calar essa sua boca, então eu tive que fazer um plano. — ele disse. Minha respiração estava falha, Nate e eu estávamos muito próximos e eu podia sentir a qualquer momento que ele ia fazer comigo a mesma coisa que fez com a Hailee. — Eu estava conversando com a Hailee e resolvi que era hora do ataque, eu fiz a cabeça dela e ela acreditou em mim. E quem apareceu justamente nessa hora? Você. — ele sorriu. — Você melhorou tudo, Camila. E eu consegui fazer que todos ficassem contra você. — seus olhos rolaram pelo meu corpo. — Nossa, agora eu sei porque o Jack está apaixonado por você. Você é gostosa pra caralho. — ele falou passando a mão pelo meu corpo até chegar na minha bunda, logo apertando a mesma.

— Como você entrou aqui? — gaguejei. 

— Eu tive uma ajuda do seu irmãozinho. — Nate respondeu soltando uma risada nasalada.

Nash? Eu não acredito que ele faria isso.

— Nate, por favor... — falei enquanto soluçava de chorar. — Não faça nada comigo, eu te imploro. Eu não abro a minha boca, mas por favor...

— É bom ver as pessoas assustadas. — ele disse enquanto ria. — Eu não vou fazer nada com você, eu só vou... — Nate passou sua mão de novo pelo meu corpo e apertou minha bunda fortemente. Ele começou a distribuir beijos pelo meu pescoço enquanto eu respirava falhamente. Eu sentia que ia desmaiar a qualquer hora.

Eu estava trêmula, sem reação. Meu corpo ficava imóvel mas minha mente gritava. Sem nem pensar duas vezes, peguei uma faca que estava em cima da pia e cortei o braço de Nate de leve, empurrei o mesmo e ele caiu no chão. Subi correndo as escadas e entrei no meu quarto, logo trancando a mesma.

Merda. Merda. Merda. Merda.

Olhei para os lados e não havia nada para me proteger. Olhei pra janela e vi que o quarto de Jack estava acesso e a janela aberta. Pulei a sacada e entrei em seu quarto. Fechei a janela e a cortina apressadamente, me virei e dei de cara com Jack saindo do banheiro apenas de toalha na cintura.

— Camila? — ele falou unindo as sobrancelhas enquanto meus olhos estavam arregalados.

Jack estava apenas de toalha na cintura bem na minha frente, o que me deixou mais nervosa e com mais falta de ar. Meus olhos não paravam de encarar seu corpo.

— Camila? — ele falou novamente, me despertando do transe.

— Nate. — gaguejei. — Nate entrou na minha casa. Ele ia fazer alguma coisa maldosa comigo, Jack. — comecei a chorar novamente. 

Jack se aproximou de mim e me abraçou fortemente. Ele estava quente. Eu podia sentir perfeitamente seu corpo contra o meu, foi como um choque. Respirei fundo logo sentido seu perfume entrar pelas minhas narinas. 

— Por que isso foi acontecer justo comigo? — falei. — Jack, ele ia me abusar também. Ele me tocou!

— O que? — ele falou parando de me abraçar. — O que ele fez com você, Camila? — Jack trincou o maxilar. — Eu vou matar aquele filho da puta.

— Ele falou coisas pra mim e depois ficou apertando minha bunda. — respondi com nojo. Eu me senti suja falando isso. — Jack, eu não aguento isso. Eu não quero mais viver aqui. Eu quero embora. Eu tenho medo dele me machucar.

— Ei, ei, ei, ei. — ele sussurrou colocando suas mãos na minha nuca. — Eu não vou deixar ninguém te machucar, ok? — Jack falou olhando fixamente nos meus olhos. — Eu prometo.

Assenti com a cabeça e o abracei. Eu estava precisando disso. Eu não entendia Jack. Ele com os amigos é um babaca, mas comigo era diferente. Ele era outra pessoa. 

— Posso dormir aqui? — perguntei e ele arqueiou as sobrancelhas. Droga, Camila. Você é idiota? — Quer dizer, eu não sei se o Nate ainda está na minha casa, mas sem problemas, eu...

— Não, não tem problema. Pode dormir sim. — ele falou. — Eu durmo no chão. — assenti com a cabeça. — Eu só vou... colocar uma roupa. — Jack foi pro banheiro e voltou dois minutos depois, vestido. 

Ele fez uma cama no chão e deitou na mesma. Respirei fundo e me deitei em sua cama. Aquela cena entrou na minha mente novamente.

— Como você consegue dormir nessa cama mesmo sabendo de tudo o que já aconteceu? — perguntei encarando o teto. — Jack, eu não vou conseguir dormir, eu...

Antes que eu pudesse falar mais alguma coisa, Jack se levantou e deitou do meu lado. Ele deu um sorriso sem ânimo e me virou, logo fazendo carinho na minha cabeça.

— Boa noite, Jack. — sussurrei. 

— Boa noite, Camila. 





Notas Finais


AAAAAAAAAA O QUE ACHARAM??? O QUE VOCÊS FARIAM NO LUGAR DO GILINSKY? eh complicado né gente
comentem mto pra eu att mais rápido!!
ate mais, bjs!!


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