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História Afterburn - Capítulo II


Escrita por: L_Kayonnara

Capítulo 2 - Capítulo II


Fanfic / Fanfiction Afterburn - Capítulo II

Os dias se misturaram em nada além de tentativas lamentáveis de confortar os dragões e evitando não se irritar com o silêncio da sua prisão improvisada. Três dias depois, como ele havia feito desde o dia que roubou os dragões, Xaro voltou, seus grunhidos molhados em seu ouvido não incapacitando completamente o choro dos dragões em suas gaiolas, testemunhando o poder da ganância e do mal mais uma vez. Ficou imóvel e silenciosa até que ele levantou, exigiu que ela se levantasse e juntasse os dragões. Ela fez tão cautelosamente, sentindo o líquido quente entre as pernas. Ela esperava que não fosse o que ela suspeitava que fosse. Xaro lhe chamou atenção, agindo como se estivesse servido uma taça de vinho ao invés de faze-la gritar em agonia.

Você cuida deles, eu cuido de você. -Ele falou quando bateu a porta do cofre atrás deles. -Assim como você gosta- Um sorriso malicioso cruzou seus lábios como se estivesse satisfeito com sua própria inteligência, acariciando o peito com impunidade. Seus olhos baixaram, como era costume, expectativa.

A caminha para a Casa dos Imortais não era interessante, exceto na sensação avassaladora de se acostumar com o medo cada vez mais profundo fazendo seus ossos temerem sob a pele. Era uma estrutura confusa, ruínas tornando ainda mais difícil andar enquanto Pyat Pree e Xaro- Um punho em seus cabelos arrastando-a através de portas e corredores, câmaras e túneis.  Sua pele rastejou sem parar durante todo o calvário, apenas ocasionalmente oprimido pela queimadura de carne rasgada entre as coxas enquanto ela se movia. Os dragões permaneceram estranhamente quietos dentro dos confins da torre, como se estivessem sufocados pelo medo. Se isso pudessem incitar um terror tão paralisante, até mesmo em um dragão, ela se preocupou com a forma como Khaleesi passaria quando chegasse a hora de resgatar seus dragões, e o momento chegaria. Isso, ela tinha certeza. Foi-lhe entregue um prato de carne muito melhor-cordeiro fresco desta vez- Pyat Pree sorriu, seu sorriso azul e desdentado enquanto a observava os alimentando. Desta vez, ela simplesmente falou as palavras para estimular Drogon a comer sua comida; sua voz permaneceu presa dentro de sua garganta.

Eles não haviam dito a ela que seria separada dos dragões, não até alguns homens chegarem a lutar contra ela, amarrar seus pulsos atrás de suas costas e arrasta-la para fora das câmaras onde estava os dragões. Os dragões gritaram então, dolorosamente e por muito tempo.

Não era uma parte da cidade muito visitada que a levavam, mas nada em torno da Casa dos Imortais era. Em baixo, um beco tortuoso era um pátio normalmente mantido para cabras. Eles amarraram seus pulsos com cordas mais grossas, e correntes em torno de seu tornozelo. Um dos homens olhou para ela, seu sorriso azul brilhando com pressa no sol de fim de tarde. Ela abriu a boca para gritar, esperando que talvez alguém a ouvisse. Mas antes que o som escapasse, havia uma mão áspera puxando seus cabelos, praticando tirando do seu couro cabeludo. O homem olhou para ela com um sorriso de advertência. Ele primeiro tentou amordaçá-la com o seu pênis, rindo no começo enquanto se forçava mais para dentro dela. Mas quando ela mordeu, uma série de obscenidades entram em ereto seguido de um soco pesado em sua mandíbula. Uma bola grossa de lã de ovelha esfarrapada estava em seu lugar. O cheiro fez seu estômago se virar e foi feito muito pior pelo gosto de fezes na língua. Lágrimas se uniram em resposta e apertou os olhos para evitar isso. Um golpe rápido foi sentido de repente, ela não sabia qual homem tinha feito. Não importava, mas seus pulmões se moviam com o esforço de respirar e uma dor amarga irradiava de seu abdômen. Os homens riram com suas línguas azuis saindo como cachorros e deixando-a queimar sob o alto sol. Às lágrimas começaram a cair quando a mandíbula começou a inchar, ela não podia mais fazer nada além de esperar e esperar. Ela não tinha dúvidas de que Xaro retornaria, a noite caiu, arrastando-a de volta a seu cofre ilusório de riquezas. Mas esse não era o resgate que ela ansiava. Tudo que ela podia sentir era o fogo.

Não estava claro quanto tempo havia passado entre aquele momento e quando Sir Jorah estava carregando a tocha, a espada levantada em suspeita. Horas? Dias? Os olhos azuis encheram-se de lágrimas novamente, não de dor, mas sim pela falta de confiança. Uma mão áspera rasgou a lã de sua boca e ela ofegou por ar fresco quando a agonia  do hematoma no rosto queimou novamente. Ele encontrou seus olhos. Estavam nublados de confusão. No fundo também parecia acusação. Qualquer esperança que ela estivesse segurando começou a dissolver com sua expressão, e então desapareceu completamente quando viu Daenerys parada ao seu lado, claramente exausta, mas com raiva pura ainda derramando de sua pele. Atrás dela estavam os guerreiros Dothraki restantes com seus dragões, sãos e salvos. Sua mão estendeu para puxar Sir Jorah de volta. Era sua traição para enfrentar. Ele afastou os Dothraki e entrou na frente das gaiolas, guardando-os com vigilância enquanto Doreah não conseguiu fazer.

Khaleesi não falou nada enquanto a ex-escrava se erguia-se sobre os joelhos, enrolada em correntes e cordas. Ela não disse nada quando as lágrimas escaparam dos olhos de Doreah. Ela olhou fixamente para o rosto virado para baixo de sua serva. Sua postura era tensa, os dentes apertados. Isso era visível. Menos notável foi a cintilação do desespero em seus olhos de lavada. Isso foi o desgaste da traição.

Khaleesi- Doreah começou, um soluço sufocando seu discurso e seu lábio partido, sua língua provava um gosto azedo de ferro-Não era...

Silêncio. Não vou ouvir isso.

Por favor, Khaleesi, eu...

Eu disse silêncio. Você roubou meus dragões. Você colocou em perigo suas vidas e minha vida, meu futuro. Para que fim?- Ela fez uma pausa, mas antes que a criada pudesse oferecer um motivo, continuou Daenerys- Eu vi seu verdadeiro eu, Doreah, filha da prostituta de Lys. Você sempre quis meus dragões para você, mas eu espero que a riqueza que lhe foi prometido valesse o preço disso- Ignorando a forma que sua voz estalou, Daenerys gesticulou vagamente ao redor do pátio empoeirado.-Isso é tudo o que você verá novamente.

Todos os gritos foram ignorados e sua fraca tentativa de balbuciar um súplica era inútil. Dany não tinha vontade de ouvir qualquer coisa além da picada afiada da confiança quebrada. Doreah olhou para Sir Jorah. Certamente ele veria que havia mais na história da traição descuidada. Ela podia ouvir Drogon chorar de dentro do seu portador. Ele imitava o seu próprio choro. Sua tentativa não foi completamente em vão quando Sir Jorah se moveu para ela, mas novamente, a princesa colocou o braço, segurando seu progresso.

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