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História Again - Bônus - Can you please stay with me?


Escrita por: sikamikanica

Notas do Autor


Aquela possibilidade relevante de continuação finalmente aconteceu. E boatos de que eu quero fazer um outro capítulo, também.
Acho que tenho muitos demônios pra expurgar.
Boa leitura.

Capítulo 2 - Bônus - Can you please stay with me?


Fanfic / Fanfiction Again - Bônus - Can you please stay with me?

Não foi como se tudo tivesse mudado drasticamente depois daquilo. Ou pelo menos Yoongi gostaria de pensar assim, que Hoseok continuava sendo o vizinho do lado esquerdo que não passava de uma criança e que não era nada mais que seu colega de falar sobre o clima horrível daquele verão.

Mas não era bem assim.

Passaram-se dias. Por um momento Yoongi chegou a pensar que Hoseok lhe odiaria depois daquilo, contaria a seus pais e estaria encrencado, sobretudo quando o garoto não apareceu em sua casa depois do acontecido. Ficou dividido entre procurá-lo ou lhe dar um tempo. Hoseok talvez só estivesse confuso.

Era uma criança, afinal.

Yoongi esperou nada paciente. Não conseguia esquecer o que se sucedera naquele dia. O gosto dos lábios dele, a língua ondeando junto a sua, o corpo pequeno colado ao seu, o cheiro inebriante, sua voz rouca pedindo que lhe tocasse mais. Sentia que enlouqueceria se não continuassem, se Hoseok não aparecesse e dissesse mais uma vez que queria seu beijo e seu toque.

Numa terça-feira igualmente chuvosa, chegou mal humorado em casa ao ter se molhado inteiro por esquecer o guarda-chuva. Largou todas as compras no chão da sala e quando ia tomar um banho a campainha toca. Quis ignorar pois com o mal humor sentia que as chances de ser educado com quem quer que fosse seriam quase nulas, mas ouviu a voz de Hoseok do outro lado.

— Hyung!

E quem disse que conseguiria ignorar ou ser mal educado com aquele garoto?

Andou a passos rápidos até a porta e abriu, sendo recebido por um Hoseok se atirando em seus braços sem pensar duas vezes – e soltando um gemidinho manhoso por ter se molhado ao entrar em contato consigo. Só conseguiu rir de seu menino.

— Ah! Você está molhado, hyung. Vá tomar um banho.

— Estava indo, mas adivinha quem chegou? – e Yoongi mal deu-se conta de que segurava o garoto em seus braços num abraço desengonçado enquanto a destra acariciava os cabelos sedosos. Hoseok riu fraquinho e suspirou, deixando o corpo relaxar nos braços de seu hyung.

— O quê quer, Hoseok?

— Eu queria ver você. E me desculpar por... você sabe... não vir mais aqui desde que aquilo aconteceu. Não quero que pense mal de mim e nem que pense coisas erradas... eu só... eu fiquei confuso e senti que precisava de um tempo.

— Está tudo bem, amor. Não se desculpe. – Yoongi permanecia acariciando os cabelos negros de Hoseok, amaldiçoando a sétima geração da família dele por fazê-lo ficar daquela forma, com o coração tão acelerado e nervoso.

Quis beijá-lo.

— Eu vou indo... o hyung precisa tomar banho.

Hoseok saiu de seu abraço e ficou em pé a sua frente, lhe olhando sorridente. Por um instante Yoongi o olhou e então sorriu, pronto para se despedir, mas Hoseok agiu mais rápido e juntou seus corpos rapidamente, colando as bocas em seguida. Yoongi não segurou um gemido de satisfação, tampouco controlou as mãos inquietas que já se acomodavam no traseiro firme do mais novo, trazendo-o mais para si. Daquela vez foi Hoseok quem pediu passagem com sua língua e Yoongi não era louco de lhe negar, então entreabriu os lábios e deixou que Hoseok desfrutasse de si como bem quisesse.

Foi Hoseok também quem findou o beijo, dando-lhe as costas e sibilando um “tchau, hyung” e saindo de seu apartamento. Yoongi ainda demorou a processar todo o acontecido, e prendeu-se nas palavras de Hoseok. Acabou por sorrir e caminhar para o banheiro despreocupado.

 

As coisas seguiram assim. Voltaram ao normal não era o correto a se dizer, mas Yoongi não sabia como definir aquilo. Hoseok continuava sendo o garoto adorável que pedia para lhe fazer companhia quando se sentia sozinho, mas vez ou outra – quase todos os dias – vinha até seu apartamento unicamente para colar as bocas e os corpos, as vezes não dizendo nada, só chegando e já lhe empurrando contra a parede – Hoseok tinha uma força moderada – para lhe beijar.

Yoongi sentia sua normalidade sendo tirada por Jung Hoseok a cada beijo que trocavam.

Não reclamava. Não era como se não quisesse, e mesmo que houvesse uma pontada de razão martelando em sua cabeça e lhe lembrando a cada dia de que era um animal monstruoso, tentava não pensar nisso e se convencia de que não agia errado pois era Hoseok quem pedia por si – e mesmo que isso não fosse uma justificativa plausível, lhe ajudava a se sentir melhor.

O verão estava com os dias contados – assim como suas férias do serviço – e Yoongi se aproveitava das temperaturas abaixando para dormir todo o tempo possível: se não estava dormindo estava comendo, se não estava comendo e nem dormindo estava pensando em Jung Hoseok – e se não fazia nada disso, estaria com certeza beijando-o loucamente em seu sofá.

Foi numa sexta que após tomar um banho morno a campainha tocou. Imaginou que fosse Hoseok, então não se importou de andar até a porta enquanto secava os cabelos com uma toalha. Abriu a porta e Hoseok lhe sorriu antes de entrar, se erguendo na ponta dos pés e lhe deixando um beijo na bochecha.

Adorável.

Yoongi trancou a porta e largou a toalha na poltrona enquanto ia até o mais novo já esparramado em seu sofá. Hoseok não precisou falar nada para Yoongi aceitá-lo em seu colo de bom grado, entrelaçando sua cintura com os braços.

— O que devo a honra de sua visita?

— Queria ficar com o hyung. Estou sozinho em casa.

Não que Hoseok se sentisse triste, mas às vezes era... deprimente não ter alguém com quem conversar dentro de sua própria casa. Seus pais trabalhavam o dia inteiro e sua irmã estava em algum canto da Austrália há anos estudando. Acabou por desenvolver uma carência que era Yoongi o responsável por amenizar.

— Está com fome?

— Não. Posso ficar aqui assim?

Yoongi não respondeu. Somente encostou-se ao espaldar, inclinando levemente o corpo para trás e fazendo com que Hoseok inclinasse o seu para frente. O garoto descansava sobre seu peito enquanto respirava baixinho. Parecia estar se acalmando daquele jeito.

— Está tudo bem, amor?

— Meu cio está chegando.

Yoongi assentiu, passando a deixar um carinho nas costas do mais novo, não querendo prolongar o assunto. Hoseok subitamente se afastou e lhe olhou nos olhos. Parecia querer dizer algo mas não o fez, então, antes que voltasse a se deitar, Yoongi segurou-lhe o queixo e juntou sua boca a dele, com calma e lento, sentindo o garoto relaxar mais em seus braços e entreabrir os lábios minimamente.

Yoongi talvez tenha se enganado ao pensar que Hoseok se acalmara. Hoseok não queria se acalmar. Queria sentir seu hyung como da primeira vez que ele lhe tocara. Queria que ele continuasse, não freasse seus toques. Queria tê-lo uma vez antes de seu cio chegar realmente e lhe desvirtuar.

Queria saber como era ser de Yoongi sem que os instintos lhe domassem por completo.

Yoongi foi pego de surpresa pelo delírio momentâneo do mais novo. Hoseok colou os lábios com pressa, entreabrindo os seus e gemendo manhoso, as mãos que antes pousavam no peito de seu hyung indo para o pescoço para puxá-lo para mais perto. Yoongi afastou-se minimamente, olhando-o nos olhos antes de voltar a juntar as bocas e apertar a cintura do mais novo com um pouco mais de força.

— Hyung... por favor...

Yoongi permaneceu afastado o olhando. Hoseok estava com lábios avermelhados e entreabertos, a face corada e o peito subindo e descendo numa respiração descompassada. Yoongi desceu os olhos por seu tronco e só percebeu que mordia o lábio inferior fortemente quando sentiu uma fisgada prazerosa de dor.

Yoongi sabia onde terminaria se continuassem. E não era como se não quisesse Hoseok gemendo em seus lençóis enquanto metia fundo em si. Mas tomado por um sentimento protetor, algo maior que não deixaria jamais que fizesse mal a Hoseok, não forçaria. Continuaria naquilo, naquele carinho nada manso até que Hoseok realmente se sentisse a vontade. Talvez ele desistisse, talvez pensasse melhor e visse que Yoongi não era a melhor pessoa para fazer aquilo e não o culparia se ele pensasse assim.

Mas foi como se todos os pensamentos evaporassem quando Hoseok juntou as bocas desesperadamente, entreabrindo seus lábios e deixando que as línguas se encontrassem e se misturassem, sedentamente confusas. Não se incomodou.

Foi como da outra vez. Yoongi não sentiu o tempo passar. Poucos beijos depois seus lábios estavam inchados e Hoseok se movia inquieto em seu colo, ansioso, nervoso, tentando juntar mais sua pelve a se de seu hyung. Gemia baixinho e manhoso, não suportando aquilo, aquele calor latente subindo por todo seu corpo e se espalhando, a vontade de ter Yoongi dentro de si, não aguentando a calmaria com que Yoongi lhe tocava e tentava frear seus toques mais ousados por seu corpo. Definitivamente o queria.

Queria que fosse Yoongi o único a aliviar seu cio.

— Hyung...

Hoseok sussurrou contra os lábios finos do Min, afastando-se minimamente para passar a língua por seu queixo e maxilar, descendo os lábios para o pescoço e se sentindo realmente confortável ao deixar beijos molhados na pele sensível do mais velho.  Yoongi gemeu baixo e rouco, as mãos que antes apertavam a cintura desceram pelas costas para apalpar o traseiro firme e pressioná-lo contra a ereção que já se formava no meio de suas pernas.

Hoseok só precisou daquilo para se excitar ao máximo.

Arfou, puxando o ar com força para dentro dos pulmões e imediatamente sentindo sua lubrificação escorrer e molhar ambos. Gemeu sofrido, um misto de uma excitação crescente e um desconforto terrível por sentir pressa de ser tocado.

Yoongi não se importou, e sim suspirou profundamente quando sentiu-se umedecer por Hoseok. As mãos que antes apertavam o traseiro foram para o cós da calça que ele vestia, puxando-a para baixo, num anseio de senti-lo mais em si. Hoseok gemeu quando sentiu as mãos de seu hyung lhe tocando a pele sem o intermédio de roupas. Juntou as bocas num beijo desesperado, erguendo o corpo para que Yoongi pudesse abaixar sua calça, algo que o Min fez com rapidez. 

Yoongi apertou-lhe a bunda descoberta outra vez, agora mais fortemente pelo prazer de tocar a pele intocada do mais novo. Sentia-o úmido, molhado pela própria excitação, e aquilo fez com que gemesse contra a boca do menor ainda colada a sua. E lentamente, enquanto sua língua enroscava-se com a dele fora das bocas, passou a ponta dos dedos pela pele sensível do traseiro, sentindo Hoseok erguer o quadril, como se fosse demais para suportar. Em seguida puxou a carne macia, afastando as bandas para então esfregar o indicador e o médio em sua entrada, vendo Hoseok separar-se de si e jogar a cabeça para trás. Estava tão sensível. Yoongi sorriu satisfeito, passando então a forçar seus dedos para dentro dele, arfando com a facilidade com que fora engolido pelo mais novo. Hoseok grunhiu alto, o desconforto se transformando em ânsia de ter tudo do mais velho, não suportando a lentidão com que ele empurrava os dedos pra dentro de si.

— Hyung... por favor...

E Yoongi quis provocá-lo.

— O quê foi, amor?

Girou os dedos em seu interior enquanto a outra mão apertava sua cintura fracamente.

— Por favor...

— O quê, Hoseok? Me diga o quê quer e eu farei, meu bem.

Hoseok gemeu quando a voz rouca do Min alcançou seus ouvidos, o mais velho brincando com os dedos dentro de si enquanto os dentes mordiam seu lóbulo para então a língua sugar a pele sensível de seu pescoço. Estava tão excitado. E seu hyung sentia prazer em lhe provocar daquela forma.

— Hyung... está tão quente... faz passar...

Talvez não fosse exatamente aquilo que Yoongi queria ouvir, mas também não achava que Hoseok pediria para ser fodido, e naquele momento aquilo não fez diferença. Sentiu-se pulsar ao ouvir a voz tão sedenta do menor, ele o queria e não lhe negaria. Lhe daria prazer até ele não aguentar, até ele sentir todo o desconforto do cio que se aproximava indo embora e somente a sensação prazerosa lhe dominando o corpo.

Yoongi juntou os lábios outra vez, as mãos agora apertando a cintura do menor com mansidão, erguendo-se do sofá e fazendo com que Hoseok lhe abraçasse a cintura com as pernas. Caminhou até o quarto, as bocas coladas, a respiração ofegante de Hoseok e seus suspiros por senti-lo tão quente, seu pau roçando no dele.

Sentou-se com ele na cama, deixando-o por cima e separando-se minimamente para lhe olhar. Queria algum indício de dúvida ou desistência, mas só viu o desejo nos olhos escuros. Respirou profundamente, numa tentativa de acalmar a si mesmo para que não fizesse nada precipitado e então voltou a juntar os lábios enquanto impulsionava o corpo para trás, deitando-se na cama macia.

Hoseok intensificou o aperto de suas pernas no corpo de seu hyung, sentindo-o duro contra seu corpo e gemeu manhoso com a boca colada a dele. Yoongi então foi rápido em inverter os corpos, deixando-o por baixo e apoiando-se com os braços ao lado de sua cabeça. Hoseok subiu o corpo até estar todo na cama, ajeitando os travesseiros da cama do Min para apoiar as costas e a cabeça, vendo o mais velho também ajeitar o próprio corpo enquanto lhe olhava.

Yoongi lhe desejava insanamente.

Sentiu novamente uma fisgada dolorosa no corpo, a pressa de ser tocado e remexeu-se inquieto, suspirando quando sentiu Yoongi se aproximar, colando os corpos e apoiando a cabeça na curva de seu pescoço. Sentiu o nariz do Min passando por sua pele, para então aspirar seu cheiro fortemente. Gemeu, não conseguindo mais segurar os sons que saíam de seus lábios quando o mais velho passou a língua por seu pescoço, e então deixou beijos na pele, descendo até alcançar suas clavículas, sugando a pele para então lamber o pequeno vão que havia abaixo de seu pomo de adão.

Não se aguentava.

Yoongi então agiu rapidamente, um anseio de ver Hoseok nu, a pele dele tocando na sua sem roupa alguma. Tirou a camiseta que ele vestia, jogando-a no chão, fazendo o mesmo com a calça e a cueca. Hoseok suspirou quando as mãos do Min passaram lentamente por todo seu corpo, numa carícia que era tão erótica para o momento mas que ainda sim lhe acalmou, de alguma forma. Yoongi estava de joelhos na cama, olhando Hoseok de cima de forma tão impudica enquanto suas mãos deslizavam pela pele macia, apertando a cintura, acariciando o meio das pernas onde sua lubrificação escorrera, apertando as coxas firmes. Hoseok mordia os lábios e pressionava os olhos, sentindo o ar faltar em seus pulmões. E então pediu.

— Hyung... tire as roupas também...

E Yoongi mordeu os lábios, desperto do transe que era olhar para Hoseok nu em sua cama, a pele imaculada pronta para ser tocada e acariciada. Fez como o garoto pediu, largando suas roupas no chão e voltando para a cama, satisfeito ao ouvir o gemido alto de Hoseok quando afastou-lhe as pernas e se acomodou ali, tão logo deitando seu corpo por cima do dele e sentindo a ereção dele contra seu abdômen.

Estava enlouquecendo.

A destra apertou o pau do garoto, vendo-o se contorcer e gemer, e naquele instante Yoongi sentiu seu instinto falar mais alto que o tesão e seus dentes rasparam no pescoço de Hoseok, um desejo tremendo de marcá-lo como seu. Não o fez, porém, quando viu Hoseok se encolher abaixo de si. Piscou os olhos diversas vezes e juntou as bocas outra vez, continuando a massagear seu pau enquanto mordia seu pescoço violentamente: se não podia marcá-lo como seu definitivamente, que fizesse aquilo para que Hoseok soubesse que fora seu ao menos por uma noite.

Largou subitamente o pescoço do menor e afastou-se, erguendo o corpo e flexionando as pernas de Hoseok, curvando o tronco para frente de modo a ficar com o rosto próximo a pelve do menor. Queria lhe chupar. E o fez. Vendo Hoseok morder os lábios em ansiedade, estremecer em nervosismo e gemer quando afastou o prepúcio com o polegar e soprou a glande inchada e babando pré-gozo. Yoongi colocou-o na boca devagar, para que Hoseok sentisse tudo lentamente, e então o soltou, repetindo o ato mais algumas vezes enquanto seus dedos apertavam as coxas firmes e já avermelhadas. Hoseok arfava, todo o ar parecendo pouco e respirava fundo quando Yoongi lhe largava, lhe lambia e voltava a lhe pôr na boca quente e molhada.

Decidido a não prolongar aquilo, porque queria que Hoseok gozasse para si, Yoongi passou a chupá-lo com moderada força, colocando-o todo na boca e apertando as bolas com uma mão, à medida que a outra se esgueirava para alcançar a entrada úmida dele para meter dois dedos ali. Hoseok grunhiu alto, remexendo-se inquieto e fazendo com que os dedos de Yoongi fossem mais fundo em si. Chamava por seu hyung enquanto ele lhe dava prazer daquele jeito, lhe chupando e fodendo à medida que lhe olhava com fervor, como se fosse capaz de fundir-se a si somente ao lhe ter tão entregue.

E Yoongi não parou. Não parou quando o corpo de Hoseok sofreu de espasmos brutos e sua lubrificação escorreu mais uma vez, deixando ainda mais fácil de invadi-lo com seus dedos. Hoseok gemeu alto, arqueando o quadril enquanto seu corpo inteiro se arrepiava e se aquecia. E Yoongi lhe olhava com um sorriso sujo nos lábios finos e o olhar felino enquanto deixava a boca aberta, seu lábio inferior encostando-se à glande avermelhada do mais novo para que pudesse engolir todo o seu gozo, ouvindo os suspiros profundos de Hoseok.

Hoseok permaneceu deitado, puxando o ar com força para dentro dos pulmões enquanto sentia seu corpo inteiro formigar, preso na sensação deliciosa que era os lábios do Min em seu pau lhe dando prazer. Permanecia quente, excitado, desejoso por mais à medida que seu coração voltava a bater normalmente e sua respiração deixava de ser ofegante. Yoongi estava de joelhos, lhe olhando de cima, tão profundamente excitado quanto si mesmo.

Queria mais.

— Hyung...

Yoongi voltou a se deitar por cima de si, dessa vez não encostando totalmente os corpos, apoiado nos cotovelos ao lado dos ombros do Jung e com os rostos separados, olhando-o fixamente nos olhos. E então o beijou, não como costumava fazer, esbanjando luxúria, mas sim devagar e dócil, tentando dizer a Hoseok que estaria tudo bem se ele quisesse parar, mas que se continuassem, não iria lhe machucar.

Abandonou seus lábios para beijar o queixo e caminhar até o maxilar, uma das mãos se acomodando firmemente na cintura de Hoseok, que ergueu o quadril para si e suspirou quando seus lábios puxaram seu lóbulo. Yoongi arfou e se afastou, apoiando-se nas mãos e separando seu peito do de Hoseok para olhá-lo de cima.

— Você está demorando, hyung...

Mordeu os lábios diante da voz baixa de Hoseok, tão rouca e pedinte, enquanto tinha os olhos semiabertos e a face avermelhada. Yoongi deslizou a ponta dos dedos desde o pescoço até o peito, acariciando seu abdômen lentamente e apertando suas coxas, afastando as pernas de Hoseok e apoiando uma delas em seu ombro, direcionando seu membro para a entrada dele. Hoseok gemeu.

— Eu vou foder você agora, Hoseok.

Viu Hoseok passar a língua pelos lábios e gemer quando se acomodou melhor na cama, as mãos espalmadas ao lado do corpo dele enquanto o olhava fixamente nos olhos. Hoseok nunca lhe pareceu tão tentador naquele instante, tremendo em ansiedade e desejo por si e pelo que faria com ele.

Mordeu o lábio outra vez, como se dessa forma contivesse a vontade de mandar tudo para o inferno e fazer aquilo rápido; iria aproveitar aquilo ao máximo e fazer com que Hoseok também gostasse. Então, com uma das mãos apoiada na cama e a outra segurando a coxa de Hoseok, o penetrou de uma vez, aproveitando-se do quão molhado ele estava e desejando que dessa forma o desconforto fosse menor.

Hoseok grunhiu, dolorido, quando sentiu seu hyung dentro de si. Doía, mas havia algum prazer naquela dor. Yoongi não se movimentou, mas impulsionou o corpo para frente, como se buscasse por mais espaço. Gemeu em prazer, respirando profundamente e deixando seu olhar conectado ao do garoto abaixo de si.

E esperou.

Não sentiu o tempo passar enquanto esperava que Hoseok se acostumasse. Enquanto permanecia parado dentro dele, grudou as bocas, beijando-o da maneira luxuriosa que o ensinara antes, da forma que o excitava e que deixava Hoseok entregue a si. Sua língua vasculhava a boca de Hoseok, entrelaçando-se com a dele fora das bocas e ele gemia, suspirava quando lhe apertava a bunda ou estapeava as coxas.

Gemeu, ainda com as bocas coladas, quando sentiu Hoseok erguer o quadril. Foi rápido em baixar a perna dele e passar a mover-se mais rapidamente para o interior molhado de Hoseok. E ficou dessa maneira, o corpo acima do dele, as mãos apoiadas na cama enquanto o estocava devagar e com força excessiva.

Hoseok gemia rouco, excitado, sentindo a força com que seu hyung lhe invadia e gostava daquilo. Tentava a todo custo manter os olhos abertos, porque queria ver a expressão de seu hyung também. E reclamou quando ele parou de se mover. E arrependeu-se quando ele lhe virara o corpo, deixando-o de barriga para baixo, fazendo com que agarrasse o travesseiro macio e empinasse o quadril para ele. Sentiu Yoongi se curvar, os beijos e mordidas começando em sua nuca e descendo por suas costas orvalhadas de suor e gemeu, gemeu alto porque a sensibilidade daquela parte de seu corpo parecia tão profundamente aflorada e seu hyung era tão bom, intercalando entre beijos gentis por sua coluna e mordidas fracas entre as escápulas. Era como se ele soubesse o quão sensível estava – e ele devia de saber – que fazia questão de lhe tocar a todo instante e em todo corpo.

Era quente.

Ergueu mais o quadril para ele e sentiu um último beijo no final de sua coluna, seguido de um aperto firme em seu traseiro. Yoongi lhe segurou pela lateral do corpo, voltando para dentro de si com rapidez, o gemido longo saindo arrastado pelos lábios finos dele enquanto Hoseok só sabia agarrar-se ao travesseiro e suspirar, os lábios se abrindo sem emitir som algum quando Yoongi saiu de dentro de si e voltou numa estocada funda e forte.

E Yoongi permaneceu naquilo. Os movimentos rápidos, saindo todo de dentro de si e voltando com força, o lábio inferior sendo maltratado pelos dentes e vez ou outra o sorriso sujo brincando nos lábios finos por ver Hoseok tão entregue, tão necessitado e tão profundamente pedinte. Hoseok sentia, sentia a força de seu hyung, o desejo dele, a excitação; sentia também todo aquele desconforto sumindo, a vontade de pertencer a Yoongi imperando. Seu corpo reagia ao dele, se aquecia, era como se aquele calor desconfortável fosse sumindo à medida que Yoongi lhe fodia e gemia para si também.

E não aguentou. Não aguentou quando Yoongi diminuiu drasticamente aquele ritmo, o gemido alto saindo entrecortado por sua respiração descompassada. Yoongi lhe virou rapidamente, se empurrando para dentro de si de uma vez, sua lubrificação natural pingando e confundindo os sentidos do Min; Yoongi apoiou uma das mãos na cama e com a outra lhe segurou, o rosto do mais velho apoiado na curva de seu pescoço, o nariz dele passando por seu pescoço sensível e os dentes cravando em seu ombro quando ele queria conter um gemido alto; naquela posição Yoongi tinha acesso a todo seu corpo e ele lhe tocava, apertando suas costas ou cravando as unhas em suas coxas.

E tendo-o assim, dessa vez a lentidão com que ele lhe fodia usando uma força excessiva, Hoseok sentiu. Sentiu como se tudo ao redor ficasse frio demais e só ali, seu corpo junto ao de seu hyung, fosse quente; sentiu aquela dor, aquela vontade de ser tomado esvaindo e somente a sensação gostosa lhe dominando o corpo; os movimentos suaves e intensos de seu hyung, os beijos dele em seu pescoço, em suas bochechas, a língua dele buscando a sua para beijá-lo com ânsia; o orgasmo lhe abateu violento, seu corpo se contraindo e se contorcendo, suas costas se curvando para trás até deitar-se na cama trazendo Yoongi consigo. De seus lábios os gemidos saíam baixinhos, o nome de seu hyung e os arfares pesados; acima de si, Yoongi sorria. O sorriso sujo e ao mesmo tempo encantador, como se estivesse satisfeito – e ele estava mesmo. Não somente por fazer o quê fez, e sim por sentir Hoseok aliviado em seus braços.

Yoongi só parou de se mover quando Hoseok já não gozava; e foi sentindo-o se contrair de leve, o molhado de sua entrada, que Yoongi também se desfez num grunhido alto. Deitou-se por cima dele e ali ficou, ainda dentro dele, o rosto afundado no travesseiro e apoiado no ombro do mais novo. Sentia Hoseok respirar fundo, tentando normalizar seu organismo e sentia também o carinho dos dedos longos em suas costas. Queria lhe dizer algo, queria saber como iniciar um diálogo a partir dali, mas não sabia; naquele instante uma pontada de culpa lhe tomou e Yoongi tentou não se incomodar com aquilo.

— Hyung... – a voz de Hoseok soprou arrastada.

— Oi, amor.

— Posso ficar aqui assim? Está bom.

Hoseok não viu Yoongi sorrir.

— Claro que pode, meu bem.

Yoongi mordeu o lábio e continuou.

— Como se sente?

— Bem... me sinto aliviado, hyung. Não sei se devo agradecer já que foi você quem fez isso mas...

Yoongi riu fraco; ergueu o rosto para olhar Hoseok nos olhos. Queria ser sincero com ele como ele estava sendo.

— Não me agradeça por algo assim, Hoseok. Se você esta bem agora é isso que me importa. Só... me desculpe.

— Pelo quê, hyung?

Yoongi suspirou. Não quis continuar e sorriu, balançando a cabeça negativamente e selando os lábios de Hoseok nos seus. Ele sorriu, bocejando em seguida.

— Esquece. Vamos descansar, sim?

Hoseok assentiu. Yoongi se ergueu da cama devagar, a expressão deleitosa no rosto de Hoseok ao sair de dentro dele com cuidado e caminhando rápido ate o armário em busca de uma coberta. Não pareceu se importar muito com o quanto estavam melados ao cobrir Hoseok e deitar-se na cama em seguida, puxando o garoto para cima de seu corpo e envolvendo a cintura esguia com seus braços.

Ainda deixou um beijo na testa dele, vendo Hoseok se aconchegar melhor com a cabeça em seu peito e fechou os olhos, o sussurro dele saindo quase inaudível antes de adormecer.

— Eu te amo, hyung.

Yoongi arregalou os olhos. E a resposta foi automática.

— Eu também te amo, Hoseok.


Notas Finais


A capa do capítulo foi tirada do Tumblr.

~~♥


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