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História Agora Eu Sei... Era amor - Causa e Consequência


Escrita por: Andynyxx e TiaLele

Notas do Autor


Meu deus oq foi o utimo capítulo em ? E minhas estrelas nunca li comentários mas incríveis amei tudo oq falaram em especial uma leitora que tocou muto o meu coração e o coração da Andy...

No capitulo de hoje vamos mostra oq aconteceu na quela mesma noite desta vez entre perola e ametista

Recomendo pipoca um suco e uma OTIMA LEITURA
[AVISO DE GATILHO: ABUSO]

Capítulo 29 - Causa e Consequência


Fanfic / Fanfiction Agora Eu Sei... Era amor - Causa e Consequência

 

 

Amethyst levou o dedo ao interruptor, acendendo a luz, eu continuava com o rosto virado pro outro lado, porque não queria que ela visse meus olhos inchados.

"É, temos sim" foi o que ela disse, concordando que precisávamos conversar, mas nenhuma de nós tomava a primeira palavra.

-O que foi tudo isso? -ela finalmente falou.

-Eu é quem pergunto. -acariciei a pelagem macia de Dredre. -Não acha que sua amiga acabou se metendo demais entre nós?

-Garnet? -ela pareceu perplexa. -É sério? Conheço Garnet desde que me entendo por gente. Ela é como uma irmã pra mim.

-Eu não sabia que irmãs saiam por aí transando. Bom. -eu ri, escorrendo cinismo. -exceto aquelas duas do clube que são farinha do mesmo saco que essa sua amiga.

-Olha só, você não tem nada a ver com elas.

-Não mesmo, tenho a ver com você! Mas não é o que está parecendo!

-Eu já disse, tem mais de vinte anos que conheço a Garnet diferente de- ela parou abruptamente, parecendo perceber o que ia falar, mas, pra bom entendedor meia palavra basta, não precisei de muito pra saber do que ela estava falando.

-Diferente de mim, né Amethyst? Eu não sou sua grande amiga de mais de vinte anos, eu sou só a vagabunda que você achou desmaiada num beco. Por isso não mereço respeito.

-Ah pelo amor de Deus. -ela jogou os braços pra cima. -não destorça minhas palavras. -com a primeira elevação de sua voz, a gata se assustou, grunhindo e saindo de meu colo.

-Qual seu problema? -eu disse, ainda com a voz baixa, eu estava muito machucada pra gritar. -Por que você é tão infantil e egoísta? Por que não consegue ver o que as pessoas a sua volta sentem? Por que você sempre quer que as coisas sejam do seu jeito? Acha normal ficar daquele jeito com uma mulher com quem já teve um caso? Eu sei que são só amigas, mas pelo amor de deus, você até me pediu em noivado, mal sabe das coisas que se passam comigo e prefere ficar com ela. Não tem noção do quanto eu estava precisando de você quando fui te procurar.

-Não sei por que você não fala! Como posso ajudar uma pessoa que eu mal conheço? Me desculpa se não sou a dona da sabedoria como você é, passar pelo que passou não te isenta de culpas, Pearl. -cruzes os braços, mordendo o lábio, pela primeira vez quis me esconder até dela.

-Está mudando de assunto. Por favor não faça isso. Se quer resolver isso, vamos fazer como duas adultas.

-Que porra de adultas? -ela gritou mais uma vez. -To cansada de todo mundo sempre me exigir tudo! Para com isso, por que as pessoas nunca se importam comigo?

-Você Amethyst? Eu me importo. -olhei pra ela, que se assustou ao ver como meu rosto estava abatido. - quantas vezes já perguntei sobre o que está havendo com você? ,Com sua mãe, seu trabalho, seu irmão morto, tudo pra você é um tabu, você não confia em mim, eu me sinto como se fosse uma pessoa morando de favor e não como sua mulher. Era só isso que eu queria sentir. -me levantei, cansada de ser a razão ali, não havia espaço pra racionalidade, não hoje.

-Como eu supostamente deveria te contar meus problemas? Você já tem muito dos seus e eu não sei como te ajudar! Tem noção do que está acontecendo aqui? Você está doente e eu estou te adoecendo mais. -ela começou a chorar também, eu não fazia ideia do que ela estava falando.

-Você enlouqueceu? -cheguei mais perto.

-Não, não enlouqueci não! -ela me empurrou com força, de modo que dei vários passos pra trás, então ela mesma começou a andar pela casa, mexeu nas coisas jogadas em cima da bancada, pegou o saco de ração pra repor pra Dredre, mesmo que ela estivesse dormindo. Se curvou sobre a bancada, respirando profundamente, acho que estava segurando o choro.

-Olha pra mim, Amethyst! -fui pra perto dela, acabando com a distância entre nós.

-Eu não quero! -ela sussurrou. -Não quero machucar você.

-Está me machucando agora, com seu descaso, com​ a distância que está criando entre nós.

-Mas é melhor assim. -ela saiu, dando as costas pra mim, olhando pra janela fechada. -Eu devia ter te levado pra algum serviço social, pra pessoas que soubessem o que estavam fazendo. Eu não sei cuidar nem de mim, e você precisa de apoio Pearl, psicológico, físico e mais um monte de coisas que eu não posso te dar.

-Tudo o que eu preciso é do seu apoio. -entrei em sua frente, colocando a mão em seu rosto.

-E nem isso eu posso te dar.

-Como pode falar com tanta certeza? Só ter você já é o bastante.

-Certeza? -ela gritou de repente, me assustando, tirando bruscamente minha mão de seu rosto. -Eu não tenho certeza nem se é isso mesmo que eu quero!

-O que está dizendo? -inclinei o rosto.

-As coisas mudaram Pearl, entre nós. Esfriaram. E eu comecei a pensar se era tudo isso mesmo, ou se eu só me precipitei demais por ser uma emoção nova.

-O que...? -levei as duas mãos a cabeça, tentando respirar fundo. -Olha, Amethyst, questionar sua sexualidade é totalmente​ normal, mas acho que a essa altura. -mostrei o dedo que tinha o anel que Ame me dera na floricultura. -a essa altura isso realmente não tem mais cabimento.

-Quem disse que não tem? -foi a vez dela se aproximar, me encarando com os olhos lavados de lágrimas. -Talvez você realmente não seja o que eu quero. -o tom que ela falou isso fez meu sangue ferver, é claro que ela estava desestabilizada e que tudo o que ela estava falando era, em sua maioria, pra atingir.

O problema é que atingiu.

Sem pensar muito a empurrei contra a parede, prensando seu corpo, uma de minhas mãos puxou com tanta força sua blusa de baixo que a rasgou, sem que ela pudesse protestar, tomei seus lábios, com muito mais força e voracidade que qualquer outra vez, arrancando gemidos de surpresa e dor dela. Como sempre, Amethyst me correspondeu, me beijando também e segurando minha cintura. Até que, não sei por que, seu toque ficou rígido e ela me empurrou com força.

-PARA!

-Acha que não sou o suficiente pra você? -gritei, segurando seus ombros. -Que tipo de droga você usou? Enlouqueceu de vez Amethyst? -sem perceber, novamente eu estava chorando sem qualquer controle, mas agora era de raiva. Eu já tinha chorado de raiva muitas vezes, isso acontecia quando me sentia frágil e impotente. Eu não queria sentir isso nunca mais, só que voltou com tudo quando ela disse aquilo.

-Para com isso, Pearl, já virou cena. -ela tirou minhas mãos de seus ombros e andou até a janela, dessa vez a abrindo, respirou fundo.

-Daqui a uma semana vou viajar. Eu estava pensando em como te contar isso há muito tempo, mas acho que não existe outro momento. Minha mãe piorou muito e a doutora Elise, a médica responsável por ela me indicou uma clínica em uma cidade vizinha. Sabe que não posso te levar junto porque não tem documentos, mas acho que nós duas precisamos desse tempo. -De novo, veio com tudo. Desde que tinha vindo morar com ela, me sentia um peso, um problema, eu tentava lutar contra isso com todas minhas forças, mas agora ela estava me dizendo nas entrelinhas que era verdade.

-O que você sentia por mim... Era mesmo amor? Ou era pena? Você me manteve por perto porque queria ou porque eu convenientemente fodo bem?

-Ah, Pearl, não seja tão baixa.

-Baixa, Amethyst? Olha o que VOCÊ está me dizendo! -eu queria que ela parasse, que dissesse que era tudo uma brincadeira de mal gosto, que fossemos dormir juntas e amanhã déssemos risada disso.

Mas aparentemente era real, real demais.

-Vai ser melhor pra você ficar longe de mim por um tempo. Não se preocupe que eu vou deixar dinheiro com a-

-EU NAO QUERO NADA DISSO! -novamente gritei com todas as forças que tinha, parti pra cima dela, tentando acerta-la de modo que causasse qualquer dor física equiparada a emocional que eu estava sentindo. Mas como uma lutadora experiente, ela desviou, e tudo o que aconteceu foi só ela batendo com força de costas na parece.

-Chega, Pearl. Nenhuma de nós está em condições. -Amethyst abotoou o casaco ora tampar o rasgo que eu fiz na blusa, pegou o celular e as chaves dela em cima da mesa. Já eram três da manhã quando ela abriu a porta e me olhou por alguns segundos. Acho que nós duas sabíamos que se ela saísse as coisas mudariam pra sempre, então meu coração apertou quando ela desviou o olhar e bateu a porta.

Me senti tão sozinha quanto quando percebi que teria que viver longe de casa, presa naquele lugar. As vozes que me diziam que eu era apenas um estorvo, uma adição ruim, pessoa indesejada, essas vozes estavam dançando turbulentas em minha cabeça, felizes como se estivessem dizendo "Hey, viu? Tínhamos razão o tempo todo."

Apertei as têmporas, minha cabeça foi invadida por uma dor lancinante. Peguei mais uma blusa que estava jogada no sofá, o celular estava no bolso, então acabei levando mesmo sem perceber. Só que diferente dela, quando eu saí, deixei as chaves lá dentro.

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Bati a porta repetidamente, meu estômago retorcido de nervoso, o peito doía tanto que eu sentia como se fosse colocar meu coração pra fora a qualquer segundo.

A mulher com os cabelos loiros apareceu na entrada e me olhou com olhos arregalados, me puxando pra dentro sem dizer uma palavra. A segui pelo pequeno corredor até que nos sentamos no sofá e ela pegou minhas duas mãos.

-O que houve, filha?

-Eu cometi um erro terrível. -me joguei nos braços de Vidalia, afundando o rosto em seu casaco felpudo Rosa shock, enquanto ela me envolvia com braços carinhosos. Ela não me fez muitas perguntas, apenas me deixou chorar tudo o que eu tinha direito, dizendo que ia ficar tudo bem. Era sempre reconfortante saber que ela estava lá.

-Tudo bem agora? -ela perguntou quando parei de soluçar. -Quer me contar o que houve?

-Eu e a Pearl tivemos uma briga feia. Falei algumas coisas que estavam me atormentando de verdade, mas acho que talvez não devesse ter falado pra ela. Mas não consegui me conter.

-É, você sempre foi bem impulsiva. -ela riu, me fazendo rir também. -Mas acho que mesmo que não seja o que ela quer ouvir, um casal precisa desabafar.

-Não é isso... -mordi meu indicador, pensando seriamente se devia falar pra ela. Mas esse peso estava tão insuportável que não me contive.

Contei a ela sobre Pearl, sobre mim e Pearl. A cada palavra ela parecia mais surpresa e assombrada, vi pena e preocupação em seus olhos  e não soube dizer se ela estava mais sensibilizada ou muito brava. Talvez as duas coisas.

-Ah, Amethyst... Você sempre se envolve em tantos problemas... -ela suspirou. Se levantou e foi até a cozinha preparar um café, ela sabia que eu amava café e não se preocupou em faze-lo com toda a calma, enquanto eu estava deitada com a cabeça encostada no braço do sofá. Ela me entregou uma xícara, bebendo de outra.

-Por que você assumiu uma coisa dessas se sabia que não conseguiria sustentar?

-Vidalia... -eu segurei firme a xícara, tão quente que começou a incomodar a palma da mão. -ao contrário do que pareceu, eu realmente​ amo a Pearl. Só... Sabe, o caso dela é muito grave, ela precisa de uma assistência psicológica e social que não está tendo comigo. Além do mais eu também sou cheia de problemas. Agora que as coisas esfriaram, eu comecei a pensar em tudo isso. Com certeza não foi uma boa decisão. -a única parte que não contei a Vidalia foi sobre a boate que ela trabalhava ser ilegal e ela estar sendo caçada, mas acho que ela imaginou algo assim, já que era uma atriz e tinha bastante conhecimento com pessoas assim, não importa​ quantos rodeios eu desse, ela sabia que o buraco era um pouco mais embaixo.

Mas eu agradeci mentalmente​ por ela não forçar julgamentos ou me repreender por isso.

-Ou seja, você foi egoísta. Deixou que ela se apegasse a você até perceber que não devia fazer isso? -a verdade doía bastante, então só olhei pró lado. Ela pegou minhas mãos -Meu amor, sei que você é uma pessoa maravilhosa, mas de um basta nisso se de alguma maneira está machucando a você ou a ela. Nada de bom sai de um relacionamento cheio de dor e arrependimentos.

-Mas eu realmente a amo, mãe. E de qualquer forma ela me ama também. Quando eu chegar em casa agora, como vou olhar pra ela e falar que vou deixa-la com as autoridades? Ela não confia em ninguém, não quero que deixe de confiar em mim também.

-Mas ela vai. -Vidalia sorriu com resquícios de tristeza, parecia realmente estar sendo abalada pelo que eu falava. Ela pegou a xícara cheia de minha mão e pôs na mesinha de centro. -Essa situação está se tornando insustentável e pelo que percebi, Pearl é muito inteligente. Com toda a paranoia que esse trauma deve ter causado a ela, quando ela perceber que está sendo um problema pra você, porque ela está, a primeira coisa que vai acontecer é ela perder toda a confiança em você.

Eu olhava pra ela, apreensiva, em minha mente, Pearl estava em casa, se debulhando em lágrimas, esperando que eu voltasse pra discutir de novo. E eu não queria isso, não queria brigar com ela. Deitei minha cabeça no colo de Vidalia, ela acariciou os fios prateados enquanto cantarolava alguma música infantil que eu costumava gostar. Era sempre maravilhoso como ela me acolhia.

-Posso ficar aqui essa noite?

-Não seja idiota, Amethyst. Que tipo de pessoa pede pra dormir na própria casa? -eu sorri, abraçando sua cintura desajeitadamente, pela posição. Com o silêncio que se seguiu, minha mente foi tomada por imagens de Pearl em variadas situações. A dor que eu senti ao perceber quão longe estávamos agora uma da outra, me fez pensar que não havia dor no mundo pior do que aquela.

-A gente sabe que é amor quando ate respirar dói ne?

-Mais ou menos por ai. -Vidalia riu, eu costumava falar coisas desconexas quando estava prestes a dormir.

-Então eu a amo mesmo.

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O frio parece dez vezes mais cortante quando se está sozinho. Ou talvez, o casaco e as duas blusas não consigam aquecer porque o frio vinha de dentro. Eu estava parada em algum lugar que parecia ser bem movimentado pelo dia, não tenho certeza, mas era menos de quatro da manhã e poucas pessoas ousavam andar por ali. Eu não tinha muita ideia de onde estava, só sabia que eu tinha andado muito. Isso se devia principalmente ao fato de que eu não queria parar pra pensar em nada. Sei que não devia ter saído de casa a essa hora e sozinha, mas enquanto uma pequena parte de mim dizia que Amethyst estaria preocupada, a maior parte gritava que eu não tinha ninguém que pudesse se importar. Segui o pequeno fluxo de pessoas que seguia pra uma pequena escadaria, cheia de placas. A escada levava pra baixo, local amplo, com catracas e bancas, algumas máquinas de doces, salgadinhos e bebidas. Poucas pessoas estavam sentadas em bancos esperando algo que minha mente demorou a relacionar.

Ah, o metrô.

Algumas das cerca de dez pessoas me olharam, desinteressadas, eu não parecia exatamente uma ameaça, com o corpo esguio encapado por roupas de frio demais e um cachecol cuidadosamente enrolado de modo que as pontas assumissem tamanho simétrico.

Mas minha cabeça ainda rodava, ainda tinha vozes sussurrando coisas que nem sempre eu conseguia entender. Olhando pro outro lado, tive a impressão de ver cabelos rosa e olhos verdes me encarando, mas quando minha visão foi bloqueada por um metrô passando rápido demais, minha racionalidade me fez acreditar que eu só estava tendo mais uma alucinação. Continuei a andar, até chegar a um lugar da estação mais escuro e sem nenhuma alma viva, o último segurança que eu tinha visto estava há vários metros e parecia tão animado quando uma ameba.

Me sentei no chão porque novamente minha cabeça começou a rodar, o único barulho que eu ouvia era água pingando no chão, provavelmente de algum vazamento, além de o local ser bem mais escuro que o resto. Isso provava o quão longe eu estava das outras pessoas.

Só senti e percebi o perigo no qual estava, quando senti algo frio encostando em minha pele.

-Aaah, isso foi mesmo muita sorte. -uma voz asquerosa se arrastou pelo meu ouvido. Eu sinto que deveria me lembrar, mas já havia conhecido tantos homens asquerosos, que era difícil recordar de todos.  -Ja que fugiu, devia ser mais cuidadosa. Não foi difícil te achar e nem difícil te pegar. Não sei quem te escondeu por tanto tempo, mas essa pessoa fez tudo em vão. -eu não revidei suas palavras porque quando eu olhava pra cima, tudo o que eu via era um borrão preto e vermelho. Apertei os olhos pra tentar enxergar melhor, mas usando ele me ergueu pelo cabelo, meu corpo parecia feito de gelatina.

-Qual foi, ta drogada? Ou ta fazendo ponto e apanhou? Joseph está querendo te matar, sabia? -ele riu e me derrubou de novo no chão. Ouvi um barulho familiar que fazia um calafrio percorrer minha espinha: o barulho de zíper abrindo. Ele disse algo sobre ter sorte e sobre Joseph com certeza ficar devendo algo a ele enquanto puxava meu rosto pra mais perto de sua cintura. Minha falta de reação deve te-lo irritado, porque em poucos segundos ele grunhiu e me levantou, empurrando minhas costas em uma pilastra próxima.

-Qual é, Eve? Tenho certeza que sabe fazer isso! -segurou meus ombros com mais força. -Joseph não vai deixar a gente se divertir quando você chegar lá, então colabora, vai. -Eu não respondi, o que novamente o irritou, me rendendo um forte tapa no rosto, e em seguida meu pescoço sendo apertado. Senti o gosto de sangue na boca e a falta de ar nos pulmões. Tudo isso misturado ao cheiro de bebida dele me fez querer vomitar. Adrenalina invadiu minhas veias quando a dor começou a ficar muito forte, eu sabia que ninguém viria e mesmo que viesse passaria reto. Eu era só uma prostituta afinal, e não havia nada de muito incomum em ver uma prostituta apanhando, não é? As lágrimas invadiram meus olhos e eu segurei as mãos dele com toda a força que tinha, que não era muita. Estava prestes a soltar seus braços quando ouvi o "click" também já conhecido.

Arma sendo engatilhada? Mas o que ele tinha posto no meu rosto minutos atrás era uma arma branca.

-Fazer o favor de sumir se não quiser que eu exploda sua cabeça. -uma voz cortante e bem ameaçadora falou de trás dele. O homem me soltou bruscamente e riu ao se virar. Mesmo vendo a arma na mão da pessoa, ele riu.

-Duas mocinhas? Por que exatamente eu devia estar com medo?

-Olha amor, ele ta duvidando que eu vou atirar.

Meus olhos focalizaram em uma cena que eu demorei a acreditar que não era ilusão. Rainbow estava com uma arma apontada pra testa do sujeito, enquanto uma mulher um pouco mais alta , vestindo um terno, estava atrás dela.

-Vai cuidar das sua amiga, amor, deixa que eu resolvo com o bonito. -enquanto Rainbow veio até mim, a outra mulher arrastou com apenas uma mão o homem até um canto mais afastado, de onde eu só ouvi barulhos de golpes e pedidos dele pra que ela parasse. Bom, ela não parecia ter muita vontade de parar.

-Pearl, você está bem? -ela colocou a mão em minha testa, arregalando os olhos. -Meu deus, você ta queimando!

-Você... Tem uma arma?

-Não, é da... Espera, isso não é relevante. -ela franziu a testa.

-Como me achou? -percebi que minha voz estava um pouco lenta.

-Ah, a gente sempre vem aqui pra... Hey, isso é menos relevante ainda! -a mulher que estava com ela voltou, com as mãos suspeitamente sujas de sangue. Então ela me olhou por um tempo.

-Amor, essa menina não é lá do...

-Sim, ela foi no clube algumas vezes, com a Purple Puma. Por falar nisso, onde está Amethyst? Fiquei sabendo que depois que eu saí vocês tiveram um monte de problemas.

Ouvir falar de Ame me causava uma dor profunda, então de uma maneira bem patética tive uma crise de choro.

-Hey hey... -ela me abraçou, tentando limpar o sangue que escorria da boca.

-Acho melhor levar essa menina a um hospital.

-Não. -Rainbow disse com firmeza, provavelmente ligando os pontos. -Liga pra minha tia enquanto levo ela lá pra fora.

A mulher obedeceu, fazendo uma cara de poucos amigos. Mas antes mesmo de chegarmos até a escada, senti meu corpo pesar e cada uma daquelas luzes se apagaram de minha visão.                                                                                            


Notas Finais


MEUS SOBRINHOS OQ FOI ISSO ?

Muita coisa aconteceu e nosso casal se afastou como serão as coisas agora ?

E oq vai acontecer no próximo capítulo ?

Gostou do capítulo? Qual foi sua melhor parte ?... nao gostou ? Tudo bem nos conte porquê, sua opinião é oq move essa fic <3
*Kissus da Andy, beijinhos da Tia*


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