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História Agora Eu Sei... Era amor - Despedidas


Escrita por: Andynyxx e TiaLele

Notas do Autor


Oi Sobrinhos como estão? Ainda vivos ? Espero que sim.

O capitulo de hoje sera um poco menor Andy e eu estamos meio bem ... ocupadas ( ͡° ͜ʖ ͡°) mas vamos continuar postando

Bom peguem seus sucos, chás e biscoitos e uma ótima leitura

nota da Andy: gente, o capitulo ta pequeno, mas o proximo nao vai demorar, ja ta quase pronto, afinal esse foi dividido em dois
beijinhos e obrigada pela compreensão.

Capítulo 32 - Despedidas


Fanfic / Fanfiction Agora Eu Sei... Era amor - Despedidas

 

Eu juro que só percebi quando ele começou a cuspir sangue e duas mãos grandes me agarraram, puxando meus ombros pra trás.

Até então não me lembro de muitas coisas além de gritos, deboche e palavras que entraram em meus ouvidos como farpas.

Só que eu tiro as farpas na porrada!

-Oliver, você ta bem? -Uma inspetora puxou o menino que tinha , um roxo inchado embaixo do olho e arranhões com filetes de sangue no pescoço. Fora a blusa rasgada, com marcas visíveis de unhas nas costas. E o braço torcido num ângulo bem estranho. Ah, e a quantidade preocupante de sangue escorrendo da boca. A meu favor só posso dizer que ele merecia e que eu não me arrependo de nada.

-De novo, menina? -a inspetora revirou os olhos, enquanto outras duas me encaravam como se estivessem olhando o próprio capeta.

-Ele mereceu, ok? Quero ver ele dizer pra minha colega de quarto que talvez ela "tenha merecido ser estuprada" de novo!

-Vai precisar falar com a Stella.

-Ah, ok, vou falar com a chefe, legal.

-Não estou com paciência pra deboche! - a mulher gritou. -sorte que todos

vocês são um bando de órfãos de merda, ninguém vai se preocupar com vocês mesmo.

Eu achava adorável o modo que elas costumavam falar. Meu braço foi apertado quando ela me puxou até o último andar do orfanato, que devo dizer, consistia numa construção enorme, cheia de andares e quartos cujo eu não consegui -ou quis- descobrir todos. Não tinha elevador pra nós, é claro, só pra dona Stella e seus incríveis funcionários. Os órfãos malditos subiam cinco ou seis lances de escada.

Bom, pelo menos o andar de cima é bonito, cheio de cores fortes como preto e vinho, lustres no teto e uma sala em especial, com "Stella" escrito na porta. A mulher que eu realmente não lembro o nome deu dois toques.

-Dona Stella? Temos um problema.

Um minuto de silêncio se seguiu antes que a voz entediada de Stella surgisse. -Entrem. -ela me puxou pra dentro, ainda segurando com força meu braço, paramos a frente da mesa da mulher, o branco da sala fazendo meus olhos arderem.

-Você de novo. -ela cruzou os dedos em cima da mesa, suspirou.

-Eu. -com a mão livre, cocei a cabeça.

-Pode nos deixar sozinhas, Loren. -Loren me olhou de canto e assentiu pra mulher, saindo da sala sem dizer nada. O barulho da porta batendo foi seguido pelo silêncio constrangedor. -O que faço com você, Stevonnie?

-Olha, preciso me defender. Oliver vem sendo escroto há muito tempo. Tem uma colega minha que está aqui porque foi estuprada pelo pai e ele disse que talvez ela tenha merecido isso? -ergui as mãos, tentando que ela compartilhasse minha indignação.

-Não há nada que possa te defender quando os nós dos seus dedos estão ralados e suas roupas sujas de sangue.

-Eu nem bati nele tanto.

-Os nós dos seus dedos estão ralados.

-Ok. -cruzei os braços. -E o que vai fazer? Me dar um castigo? Me deixar no cantinho das crianças más?

-Não, você vai pedir desculpas a ele.

-O QUE?

-Quando ele voltar da enfermaria você vai pedir desculpas a ele. Minhas crianças não são mal educadas e você não será uma exceção.

-Ah. Hello??? Ele disse algo tão abusivo a menina que ela teve crises de depressão! Não é o suficiente pra você?

-Ela está sangrando? Se o concelho aparecer aqui, as marcas dela são visíveis? Eu levaria a merda de uma advertência se eles vissem sua adorável amiga? Provavelmente não, mas Oliver está com o maxilar quebrado e a boca escorrendo sangue. É com isso que você tem que se preocupar! -ela pareceu perder a paciência pela primeira vez, alterando a voz e batendo na mesa. Não acreditei no que ouvi. A doce mulher que havia gentilmente me acolhido na frente de Garnet não existia. Apenas uma vadia preocupada com a merda da aparência que o orfanato dela teria para o concelho. Não crises de depressão de adolescentes traumatizados. Tudo bem. Eu tinha entendido. Eu com certeza iria me desculpar com ele.

-Sim senhora. -assenti de cabeça baixa. -Tenho certeza de que irei me desculpar devidamente com ele.

-Ótimo querida. -a voz irritada deu lugar a um sorriso satisfeito. -Fico feliz que tenha entendido.

****

 

Três dias. Já faziam três dias desde que tudo isso começou. Não muito diferente do comum, Steven estava na creche, Rainbow com sua namorada por aí, Rose na floricultura e Greg no estúdio. E eu estava pintando as unhas. Sim, porque nesses dias estive procurando qualquer coisa quee deixasse minimamente mais longe de enlouquecer. E ainda tinha aquela ligação de ontem, não falei disso com ninguém, mas começo a me questionar se realmente aconteceu.

Como uma ironia do destino, o celular toca de novo. Estava com tanta raiva que olhei pra tela com o número desconhecido e atendi, pronta pra despejar minha raiva em quem estivesse me perturbando. Mas a voz que ouvi não era de quem esperava.

-Pearl? -Amethyst soou cuidadosa.

-Ah. -fique muda, a raiva voltou com tudo. Quis perguntar como estava e dizer que estava com saudades, mas também queria desligar na cara dela.

-Não vai falar nada?

-Por que está ligando desse número? -eu disse, seca.

-Meu celular teve um problema. Estou ligando do hotel.

-Certo…

-Ah, olha, liguei pra saber como está, mas parece que não quer conversar né?

-Sinceramente só atendi porque o número era desconhecido. -não fiz questão de esconder o descaso.

-Beleza. Eu estou bem. -engoli o nó na garganta, minha boca queimava com vontade de dizer tudo o que estava sentindo.

-Eu não. Mas não é como se você se importasse.

-Tudo bem, Pearl. Conversamos quando resolver não ser tão infantil.

-Você não sabe nada de mim, Amethyst. Sério… -segurei as lágrimas com a força que pude, mas senti que não conseguiria.

-Tudo bem, não sei. Não quero discutir.

-Não me trate como louca, Amethyst! Eu não sou. Não quero ser. -esfreguei com força os olhos. -Droga, eu só queria que você… -não consegui continuar e nem sei se ela entendeu o que eu queria dizer. Espero que não, porque era patético. Agradeci por estar sozinha, porque não suportaria que ninguém me visse chorar ajoelhada no meio da sala. Era insuportável. Abracei meu corpo, sendo como sempre meu próprio consolo -um consolo inútil, devo dizer.

Sinceramente venho me perguntando se vale a pena continuar.

Sem dizer mais nada eu desliguei, pude ouvir Amethyst tentando me chamar, tentando falar comigo. Mas não conseguiu, encerrei a ligação antes que sua voz me alcançasse. Porque eu não queria ser alcançada.

****

Segurei o telefone mudo nas mãos. Mas que porra a Pearl estava pensando? Me pergunto por que diabos tinha que me apaixonar por alguém tão difícil. Daí me lembro que eu sempre soube disso e que ela provavelmente estava se sentindo sozinha e abandonada. Cara, eu sou ótima pra causar sentimento de culpa em mim mesma. Sai do banheiro, me jogando na cama. Minha mãe, como de costume estava dormindo. Às vezes eu me perguntava se era certo dar esses remédios pesados pra ela. Talvez ela estava viesse sendo tão drogada quanto antes. Não consegui falar com ela, o que na verdade foi bom. Tinha uns dois ou três meses que não nos falávamos, eu estava magoada demais e ela orgulhosa demais. Bom, deu nisso. Ela estava de costas pra mim e mesmo sendo cinco da tarde estava tão imóvel quanto uma planta.

Me virei também, olhando pra parede, talvez se eu contasse as irregularidades da parede o tempo não se arrastasse tão devagar.

-Brigou com a namorada, é? -me surpreendi quando sua voz baixa chegou aos meus ouvidos.

-Ahn… é. Tem sido difícil.

-Imagino como deve ser difícil lidar com você.

-Eu não sou o único problema, ok? Pearl também é uma pessoa bem difícil.

-Sei. -ela continuava falando baixo. -sabe como é, as vezes até essa sua bondade irrita. Não entendo porque faz isso.

Percebi que o assunto deixou de ser a Pearl e passou a ser nós duas. O encontro na clínica, a viagem e a hospedagem foram mortalmente silenciosas, ela finalmente estava falando e era pra encher o saco. Francamente…

-Talvez porque eu te amo, mãe? Embora você tenha passado esses últimos anos me tratando como um saco de lixo inconveniente que você precisa carregar, eu não quero te ver definhando no meio de drogas.

- Você é tão delicada.

-Olha, me deixa, ta? Você é a única família de sangue que tenho no mundo e vice versa, mas você prefere continuar me odiando e sofrendo o luto do Nicholas, e agora do meu pai, como se eu tivesse ido junto. E tudo bem, sei que preferiria que eu tivesse morrido e que Nick estivesse aqui. Tenho certeza que você não teria ficado doente e tudo mais. Então já que a culpa é indiretamente minha, aceita essa merda de tratamento como um pedido de desculpas e pronto,beleza? É mais fácil pra todo mundo.

-Terminou com a ladainha? -suspirei, sabendo que era uma guerra perdida.

-Terminei. Agradeceria se me deixasse dormir agora. -puxei o cobertor, me ajeitei na cama de qualquer jeito. Vários e vários minutos se passaram com lágrimas silenciosas correndo pelo meu rosto e antes que a voz dela se fizesse ouvir mais uma vez.

-Você devia lutar por essa moça, duvido que haja outra pessoa tão imbecil quanto ela pra querer ficar com você.

-segurei o celular, mexendo na galeria vi fotos de nós duas juntas. Minha mãe tinha um jeito venenoso de falar qualquer coisa, mas meu coração apertou sabendo que era verdade. E a chance de nós separarmos de vez realmente parecia cada vez mais próxima.

-Pelo amor de Deus mãe, boa noite. -me cobri ate a cabeça, mesmo sendo a tarde. É que eu ainda tinha respeito demais pra mandar ela calar a boca.

***

-Olha, você tem certeza? Não quer pensar melhor, esfriar a cabeça? -ela me perguntou pela milésima vez.

-Tenho. Não. Não. -enfiei o carregador do meu notebook na mochila. -Obrigada por tudo. Mas eu preciso ir.

-Tudo bem. - ela suspirou, se sentando. -vou sentir sua falta , você sabe, é uma das minhas melhores policiais,. -vi a mulher mais durona que conheço segurando as lágrimas. Era tão fofo e assustador ao mesmo tempo.

-Tudo bem, chefe. Também vou. -me levantei, arrumando os óculos. -Mas preciso ficar longe de tudo isso. -Bismuth assentiu, eu sabia que ela iria me apoiar. Ouvimos duas batidas na porta antes que ela fosse aberta e Philip colocasse a cabeça pra dentro.

-Ah, desculpe. -ele disse. -não sabia que estavam em reunião.

-Não é uma reunião, Phil. Dot veio se despedir.

-Despedir?

-É… segurei a alça da mochila e sorri, meio sem graça. Depois suspirei, decidida. -Estou voltando pra Irlanda.


Notas Finais


Peridot esta deixando o país, e como sera que Garnet vei reagir ao saber disso ?
Pearl e Amethyst continuam nessa, será que é mesmo o fim?
Gosta da fic? Então qual foi sua parte favorita
Nao gostou ? Nos conte o pq para podemos melhorar!

Beijinhos das titias que te amam muito


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