História Agora,minha vida vai mudar. - Bites

  No dia seguinte eu treinava espadas com meu tutor. Mas minha cabeça na verdade está ainda no aviso que Madalena me mandou. O que aquilo queria realmente dizer? Eu também pensava no fato de como ela conseguiu se comunicar comigo? Isso é praticamente impossível.

   — Aii — gritei quando meu tutor me fez um corte no braço com a espada.

  Cai no chão com a dor. O corte não foi muito fundo mas mesmo assim dói muito.

   — Elisabeth...?— deixou a espada cair no chão. — A Senhorita está bem?

   A maioria deles meio que me trata com respeito, o que pra alguns parece ser um pouco difícil. Tratar um humana assim né?

   — Tudo bem e-eu me distrai...— digo pressionando o corte com minha outra mão.

   — Não... Não. Amanhã continuamos, OK? — assinto — vá para seu quarto que mandarei alguém la cuidar disso.

   Ja em meu quarto uma moça, que parecia uma enfermeira foi lá e fez um curativo em meu braço. Pode se dizer que ela não foi muito delicada, e nem falou comigo.

   Eu penteava meu cabelo de frente para o espelho quando ouço um barulho dentro do quarto.

   — Como entrou aqui? — pergunto para Nathan, que deve ter se teletransportado, por que não ouvi ele entrar.

   — Senti o ótimo cheiro de seu sangue— comentou se aproximando.— Então você é a reencarnação da Madalena... Será que o gosto do sangue é igual?

   — Tinha provado o sangue dela?— indaguei tentando distraí-lo.

   — Sim. Mas isso não vem ao caso.

   Tentei correr para porta mas ele apareceu na minha frente.

   — Não seja tola— riu. — Eu sou um vampiro.

   Comecei a me afastar dando passos para trás e ele se aproximava.

   — Acabou o espaço— riu, me encurralando na parede.

   — Me... me deixe ir.— peço tentando o empurrar.

   — Quietinha— sussurra tirando meu cabelo da frente de meu pescoço.— Só seja uma boa menina e fique paradinha enquanto a mordo.

   — Me larga!

  Ele aproxima a boca de meu pescoço,e lambe o mesmo.

  — Pare... Me solta — peço com uma voz mais de implorando mesmo.

  — Shiuu... Já disse, quietinha.— sussurra em meu ouvido, dizendo a última palavra serrando os dentes.

   Sinto então como se duas navalhas penetrassem em meu pescoço. Doeu muito. Já nem me debatia mais, desorientada pela dor. Meus olhos marejaram mas não cheguei a chorar.

   — Pa...pare... Nathan... — pedi gemendo de dor. É impossível não gemer. Meu Deus!
 
   Uma de suas mãos estava puxando de leve meu cabelo para que meu pescoço ficasse exposto e a outra abraçava minha cintura pelas costas. 

  Sentia meu sangue sendo retirado de meu corpo, minha energia, minhas forças, eu voltei a tentar me debater, batendo meus braços em seus peitoral, mas nem isso eu conseguia mais.

   — Pa... Pare, Na..than.

   Comecei a me sentir bem mais fraca, quase sem forcas e percebi que se ele não estivesse me segurando eu cairia no chão. Estava cada vez mais fraca.

   — Solta ela, Nathan— foi a última coisa que ouvi antes de desmaiar.
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   PoV narradora
 
    Nathan segurava a garota que ficava cada vez mais fraca. Ele realmente não tinha vontade de parar, mas sabia que se continuasse poderia mata-la. Toda a vida aprendendo a se controlar não serviram pra nada agora.

   — Solta ela, Nathan. — ouve a voz do irmão, e solta Elisabeth que cai no chão desmaiada.

   — Sempre estraga prazeres, não é irmão?

   — Estraga prazeres? — indagou indignado.— Você ia mata-la desse jeito, imbecil.

   — Preocupado? Cuidado para não se apaixonar novamente... — disse zombando do garoto.

   — Tem que estar apaixonado para se preocupar? — indagou. — E somos primos... — murmurou, pegando a garota do chão e levando até a cama, a deitando nela.

   — Por que não prova? — pergunta Nathan, passando a mão pelo pescoço dela. — Foi até que fácil... Ela não conseguiu lutar muito, acho que estava surpresa.

  — Cale a boca — Rodrigo praticamente gritou.— Não toque nela! Vou pegar algo para cuidar disso. **~~**~~**~~**~~**~~**~~**~~
  Acordo com uma enorme dor de cabeça e no meu pescoço. Abro meus olhos com dificuldade por causa da claridade, e quando olho para o lado Nathan está lá.

  Me sento na cama rapidamente e me afasto para trás um pouco.

   — Calma... Por agora, não farei nada com você.

  " Por agora"?
   Como ele  queria que eu não tivesse medo? Ele acabou de me morder... E doeu muito. O que eu quero dele agora é distância.

  — Nat-...E-Elisabeth? — disse entrando no quarto. — Você está bem?

  — Um pouco fraca — disse olhando para ele.

   — Agora que ela acordou eu vou indo. — disse Nathan bocejando.— Nos vemos depois.

   — De você eu cuido depois. —  retrucou Ro olhando mortalmente o irmão sair do quarto. — Você está bem, linda?

   — Sim— Quando Nathan saiu do quarto, acabo soltando o ar que prendi sem nem perceber.

   — Me desculpe, meu irmão é um idiota. — fala enquando cuidava de meu ferimento.

  — Tudo bem... Não foi culpa sua...

  Terminou de cuidar do meu pescoço. Rodrigo é melhor enfermeiro que a moça que cuidou do meu braço, sem dúvidas.
 
  — Agora... Vamos conversar! — deita a cabeça em meu colo. — Que tal falar de... Paixões! Amores!

   — Ai ai... — suspiro. — Eu tenho dedo podre! Cada história de relacionamentos mais bizarra que a outra.

   — Então vamos começar. — disse— já eu tenho tipo, duzentos anos!

  — Quando eu tinha quinze anos...— comecei
 
   Ficamos um tempo conversando sobre amores, quando Rodrigo começou ja me preparei para ouvir duzentos anos de histórias amorosas.
 
   — E-Eu namorei com a Madalena por ... um tempo. — meu queixo caiu. — você provavelmente vai lembrar disso...
  
   Mudamos de assunto e depois começou a ficar tarde e Rodrigo foi dormir.

   De alguma forma me sinto à vontade perto do Rodrigo, talvez só seja por que ele é legal ou por na vida passada tivemos um relacionamento. Não consegui tirar isso da cabeça