História Agridoce - Nós

Agridoce.

Capítulo Dezesseis.

Nós.

— Esse lugar é perfeito! — Jin exclamou depois de explorar todo o ambiente.

Era grande e arejado, possuía dois andares, a parede que ficava de frente para a rua era completamente revestida de vidro dando uma vista incrível, ele adorava imaginar como seria observá-la a noite, as luzes dos carros, com certeza seria agradável.

— É realmente lindo. — Namjoon concordou sorrindo.

— Ali vai ser a cozinha. — Apontou animado para o canto isolado do ambiente. — Podemos pintar as paredes de um bege escuro, e essa perto da entrada de um rosa, pensei em nós deixarmos ela para os clientes decorarem. — Contou andando de um lado a outro.

— Eu quero decorar também! — Yerin gritou animada andando atrás de Jin.

— Decorar o quê? Eu quero decorar também! — Taehyung perguntou surgindo da entrada. — Vai ficar com esse mesmo? — Indagou indo em direção as escadas que levavam ao segundo piso.

— É óbvio. — O rapaz respondeu seguindo o amigo. — Além do mais, cabe no meu orçamento. — Sorriu um pouco envergonhado.

— Você sabe que se precisar de ajuda pode contar comigo e com o Kookie, já deixamos claro isso. — Tae avisou seriamente.

— Muito obrigado, sabe que pedirei se precisar. — Sorriu agradecido.

— Quero ajudar a pintar. — Propôs abraçando o amigo pelos ombros. — Seu sonho está se realizando. — O mais novo sussurrou com um sorriso fragilizado.

— Nem começa, se não eu choro. — Jin fungou piscando os olhos.

— Kim Taehyung, não faça meu homem chorar. — Namjoon surgiu com Yerin no colo. — Só pelo tamanho já dá pra saber que tem muitas lágrimas guardadas aí. — Brincou soltando a filha no chão que logo tratou de começar a correr pelo local.

— Muito engraçado, Nam. — Jin resmungou abanando o rosto.

— Tem certeza que é seguro vocês três cuidarem de Yerin? — Namjoon perguntou a Tae.

— Não confia em nós? — Taehyung indagou colocando a mão no peito fingindo estar magoado.

— Pra ser sincero? Confio não. — Respondeu recebendo um leve tapa de Jin que ria.

— Eu quero sair com o tio Tae. — Yerin grudou na perna do Kim mais novo que sorriu vitorioso.

— Tão ingênua. — Jin murmurou negando com a cabeça.

— O tio Jungkook fez doces, na verdade ele comprou, mas vai dizer que fez, então acredita. — Tae avisou arrancando risinhos da menina. — E o tio Jimin disse que iria levar roupas de princesa pra você. — Contou recebendo um abraço animado da mesma.

— Pronto, roubaram sua filha. — Jin brincou e Namjoon revirou os olhos.

— Folgados. — O mais velho resmungou.

— Nenhum ser vivo. — Escutaram a voz de Hoseok do andar de baixo.

— Tio Hobi! — Yerin gritou arregalando os olhos e correndo para o andar de baixo.

— O que eu já disse sobre correr em escadas?! Quando cair e morrer não vem reclamar! — Namjoon perguntou com a voz alterada em desespero enquanto corria atrás da filha. — Eu tô avisando, vou te pendurar por uma perna! — Ameaçou recebendo uma risada histérica como resposta.

— Depois eu não sou confiável. — Taehyung resmungou. — Certeza que ele é o pai da criança? — Perguntou fingindo um sussurro.

— Criança venenosa. — Jin comentou rindo. — E é certeza sim, para de graça. — Falou sorrindo minimamente.

— O que estão fazendo aí ainda? — Hoseok apareceu com Yerin grudada em sua perna.

— Conversando, obviamente. — Taehyung Respondeu revirando os olhos.

— Estávamos falando sobre o namorado novo do TaeTae. — Jin piscou para o mais novo que arregalou os olhos.

— Tio Tae está namorando?! — Yerin perguntou animada. — Vocês se beijam também? — Indagou curiosa.

— É, TaeTae, vocês se beijam também? — Hoseok indagou de forma meio irritada e sombria.

— O-O que? — Taehyung corou com a mentira daquilo. — Não estou namorando, não diga idiotices, Jin. — Repreendeu virando o rosto para o lado.

— Acho que quem precisa de psicólogo é o Jin e não a Yerin. — Hoseok cruzou os braços irritado com a brincadeira e Jin riu.

— Minha mãe já me levou a um psicólogo. — Tae disse assumindo uma expressão pensativa. — Foi quando uma amiga dela perguntou se eu não era deficiente mental. — Explicou quando recebeu olhares inquisitivos em sua direção.

— E você não é? — Namjoon perguntou risonho recebendo o dedo do meio como resposta.

— Você não tem que levar Yerin na casa do Jungkook? — Namjoon perguntou depois de um tempo.

— Ah, verdade. — Taehyung sorriu de forma retangular e pegou a menina no colo. — Então estamos indo, qualquer coisa vamos ligar. — Falou de forma séria.

— Até parece responsável. — Jin brincou.

— Não estou nem um pouco confiante sobre isso. — Nam gemeu em desgosto enquanto abraçava Jin.

— O Jimin vai estar junto, não é mesmo? Não precisa se preocupar. — Hoseok consolou.

— Pelo menos isso. — Namjoon assentiu em concordância.

— Nem você está do meu lado, Hoseok. — Tae estalou a língua parecendo decepcionado.

— Não é isso, Tae, é que você é meio infantil, as vezes. — Se defendeu sorrindo amarelo.

— Só as vezes? — Jin perguntou fingindo um sussurro.

— Vai pro inferno, princesa. — Taehyung lhe deu o dedo do meio.

— Olha a minha filha, porra! — Namjoon exclamou.

— O que? — O mais novo sorriu constrangido.

— Vai logo antes que o Jungkook surte querendo a menina. — Hoseok empurrou Tae em direção as escadas levemente. — Cuide deles, Rin. — Pediu piscando.

— Sempre. — A garotinha assentiu animada com sua obrigação.

Esperaram Taehyung ir embora com Yerin, depois Jin saiu animado com Hoseok para mostrar o ambiente, passou a falar como queria decorar o local e em como gostaria de ver o local ficar conforme ansiava. Ele havia esperado tanto tempo para seu senho tornar-se real, era maravilhoso sabe que Jungkook e Tae estavam ao seu lado, e havia ganhado mais quatro pessoas que lhe apoiavam e que permaneceriam junto a si.

— Irei com Hoseok para conversamos com a imobiliária. — Namjoon avisou quando se aproximou de Jin. — Você pode abrir uma parcela de trinta e seis vezes. — Comentou enquanto entrelaçava seus dedos ao do menor.

— Por mim está ótimo. — Jin sorriu ternamente.

O Kim mais velho não pôde conter um suspiro ao ver aquele sorriso, selou seus lábios delicadamente enquanto, com a mão livre, passou a acariciar os cabelos do mesmo. Não podia mais descrever a sensação de ter Jin ao seu lado, no começo era como estar em um montanha russa de sentimentos bons, realizar a vontade de tocá-lo, beijá-lo, sentar abraçado ao mesmo no sofá enquanto assistiam a um programa culinário, nos seus sonhos mais íntimos ele desejou um filme qualquer, mas seu querido adorava comida e tudo derivado dela, enfim, tudo era maravilhoso, e mesmo com os problemas recentes que teve e estava tendo, como por exemplo, superar a morte de Min Hee junto a Yerin e lutar pela guarda da menina na justiça contra os avós maternos era difícil, mas Seokjin estava ao seu lado com pensamentos positivos que não lhe deixavam desistir.

Tinha o apoio de seus amigos também, Jimin e Yoongi estavam dando livre acesso ao advogado da empresa, que mesmo se envolvendo apenas em causas trabalhistas aceitou o caso e se tudo desse certo ele teria a guarda de sua filha o quanto antes.

— Depois que resolvermos o assunto do restaurante. — Namjoon começou assim que se separaram. — Podemos falar sobre um apartamento maior, o que acha? — Indagou um pouco constrangido.

— Do que está falando? — O mais novo perguntou confuso.

— Sabe, eu quero morar com você, e Yerin gosta de você. — Disse rindo ao ver as bochechas de Jin ganharem uma coloração avermelhada. — Poderíamos procurar um apartamento para nós três, não precisa ser agora, podemos esperar um pouco mais, mas eu gostaria disso. — Explicou.

Jin divagou por alguns instantes sobre o assunto, de fato não se imaginava de outra forma se não ao lado de Namjoon e Yerin, havia realmente entrado naquela família, e pensando na proposta recente do namorado pôde perceber que já eram uma família.

— Claro, podemos procurar por um apartamento maior. — Concordou sentindo os braços fortes lhe envolverem delicadamente.

Aquilo era satisfatório para ambos.

Namjoon teve que se separar a contra gosto de Jin, Hoseok já lhe chamava impaciente do carro, queria logo resolver o acordo com a imobiliária e ir conversar com Yoongi sobre Taehyung, depois do comentário sobre o mais novo estar comprometido sentiu-se totalmente ameaçado, sabia que o Min odiaria pensar nessa possibilidade tanto quanto ele, não podiam mexer com seus garotos dessa forma.

Jin deu um beijo de despedida em Namjoon e acenou para Hoseok que estava no carro, depois voltou para dentro sorrindo satisfeito consigo mesmo, observou mais uma vez o ambiente sonhador, depois de soltar um suspiro satisfeito trancou o local e enviou uma mensagem ao imobiliário que havia lhe entregado a mesma, ele pegaria na manhã seguinte.

Seu celular tocou com um número desconhecido, a princípio estranhou, mas poderia ser algum outro dono de imóvel, poderia ser Yoongi ou um dos outros garotos com algum número de amigo.

Não esperava que fosse sua mãe.

[I] — Poderíamos conversa, querido? — A mulher perguntou com a mesma voz calma de sempre. [I]

— O que você quer? — Jin indagou receoso. — Como conseguiu meu número? — Entrou em seu carro apertando o volante com força.

[I] — Sempre estive com ele, deveria saber como somos. — Falou de forma doce. — Mas isso não é importante, acho que é uma bom momento para conversarmos. — Jin pôde notar um leve sorriso do outro lado. [I]

— Por que agora? — Indagou engolindo em seco.

[I] — Você está terminando a faculdade. — A forma séria se fez presente. — Você sabe que pode voltar assim que se sentir normal novamente. — Disse de forma doce novamente. [I]

— Me sentir normal? — A pergunta saiu de forma engasgada.

[I] — Sim, deixar esses complexos de lado, suas preferências exóticas. — Explicou de forma debochada. [I]

— A única coisa que não faz eu me sentir normal é falar com você, ter qualquer contato com essa família. — Respondeu sentindo os olhos arderem.

[I] — Eu compreendo que você está um pouco confuso ainda, mas já se passaram anos, querido, essa família é sua também, e pode voltar quando estiver com a sua família, esposa e filhos. — Disse ignorando a forma ríspida que Jin usou. [I]

— Vocês não são minha família, eu já tenho a minha, e pode ter certeza que não vou voltar. — Avisou debochadamente, utilizando o mesmo tom que sua mãe. — Não me ligue mais, nem me procure, quando você estiver normal, pode voltar. — Desligou o aparelho sem esperar protestos.

Encostou a cabeça no volante e suspirou pesadamente, sua animação havia caído para quase nada, naquele momento queria apenas ir para sua casa e se afundar entre seus cobertores até se fundir a eles. Sempre soube que era mais sentimental, e não por ser homossexual, apenas por ser humano, Namjoon não ficava dessa forma quando o destratavam por sua opção sexual, muito menos Hoseok e Yoongi, aliás, os dois anteriormente citados devolviam os xingamentos com sorrisos. Jimin, Jungkook e Tae nunca tiveram esses problemas, e ele agradecia mentalmente por isso, odiaria ver outras pessoas passando por isso.

Mas ele não conseguia. Jin não suportava isso sem se esconder primeiro, sem chorar um pouco, sem procurar amparo em alguém, ele apenas necessitava se sentir melhor e agora o que o faria se sentir melhor era sua cama, de preferência com Namjoon nela.

Mandou uma mensagem ao mesmo falando que iria para casa e o esperaria lá, se pôs a dirigir de forma calma, mesmo com as mãos levemente trêmulas e seus pensamentos focados na ligação de sua progenitora, aquilo não sairia de sua mente tão cedo.

Fora difícil sair de sua casa da forma que saiu, apenas com a roupa no corpo junto a alguns machucados que seus irmãos ajudaram a tê-los, seus irmãos e seu pai, enquanto seus outros parentes, e principalmente sua mãe, apenas observavam a cena sem dizer uma palavra, sem levantar um dedo, afinal, o errado era Jin, não é mesmo? Envergonhou a família, desrespeitou os mais velhos. Pecou.

Chegou em seu prédio com a cabeça explodindo, pensar nisso fazia seus olhos arderem novamente, no elevador encostou a cabeça na parede de aço e fungou quando as primeiras lágrimas caíram, abrir a porta com a visão embaçada foi quase uma missão impossível, suas mãos ainda tremiam.

Não trancou a porta, simplesmente encostou-a e foi direto para o quarto, emaranhando-se em seus cobertores e deixando tudo aquilo sair. Era apenas ele sendo sensível novamente.

Depois de um tempo conseguiu controlar as lágrimas e levantou-se apenas para tomar um remédio para a dor de cabeça, após isso voltou para seu ninho esperando Namjoon de forma ansiosa, precisava do abraço do mesmo, do carinho dele.

O mais velho não demorou a chegar, chamando por ele e saindo tagarelando pelo ambiente, Jin não se incomodou em ouvir o que o mesmo tinha a dizer, apenas se manteu em silêncio embaixo das cobertas, Namjoon se aproximou do quarto animado, mas sua animação transformou-se em preocupação assim que seus olhos bateram em Jin. O rosto levemente inchado, os olhos avermelhados e a expressão um pouco vazia e triste.

— O que houve? — Indagou sentando-se na ponta da cama.

— Bom… — Jin testou sua voz que soou rouca. — Nada de importante, eu apenas estou animado demais com o restaurante e fico chorando por qualquer coisa. — Explicou forçando um sorriso.

— Não é verdade, se fosse por isso você estaria chorando na cozinha animado, e não infurnado no quarto. — Retrucou aproximado-se e envolvendo-o em um abraço de lado. — Vamos, me conte o que aconteceu. — Pediu novamente.

— Minha mãe… — Jin fungou tendo a total atenção de Namjoon sobre si. — Ela me ligou a alguns minutos atrás e… Começou a falar sobre eu voltar para lá… — Se interrompeu sentindo os olhos arderem novamente.

— Voltar para Busan? Você não vai, né? Por que ela quer isso? — O tom de desespero na voz de Namjoon era quase palpável.

— Sim, mas eu só posso voltar, e não que eu queira, quando estiver normal. — Disse com a voz trêmula.

— Normal? Você tá doente? — O Kim mais velho indagou. — É por causa da escolha de faculdade? Andou fazendo algo errado? — O tom acusativo era até engraçado.

— Normal ela diz em relação a minha sexualidade. — Explicou pigarreando. — Posso voltar quando eu tiver uma família. — Disse em um fiapo de voz.

— Mas você tem uma família. — Namjoon disse afastando-se um pouco para olhá-lo nos olhos. — Eu e Yerin, além dos seus amigos. — Disse vendo os olhos de Jin deixarem algumas lágrimas saírem.

— Não é a família que ela quer. — Respondeu e colocou as duas mãos no colarinho da blusa de Namjoon. — Mas é a que eu quero. — Sussurrou colando seus lábios.

A princípio Namjoon achou que Jin pararia por ali, mas o mesmo livrou-se das cobertas e sentou sobre o colo do mais velho, apertando os ombros dele com força, já sabia onde aquilo daria, sempre que transavam o mais novo tomava atitudes semelhantes, mas talvez naquele momento aquilo não fosse o correto, ele apenas teria que avisar Jin e seu querido pau.

— Acho que precisamos conversar melhor sobre isso. — Tentou argumentar quando quebrou o contato.

— Já disse tudo que aconteceu, não temos mais nada sobre o que falar em relação ao assunto, eu estou apenas decepcionado, mas não surpreso. — Jin disse meio ofegante. — Nesse momento eu só quero ter certeza de que está aqui comigo. — Afagou delicadamente o rosto do maior.

— Não irei sair daqui. — Afirmou levando as mãos até a cintura do mesmo e apertando levemente ajudando-o a dar leves reboladas sobre seu membro semi ereto.

Voltaram a se beijar, um entrelace perfeito das línguas, era um contato urgente, necessitado, havia um tempo que não se tocavam daquela forma mais íntima, sempre ocupados com a burocracia que suas vidas estavam virando, mas ali podiam sentir o quanto se queriam.

Jin retirou a camiseta de Nam, deslizando suas mãos pelo peitoral do mesmo, não era definido, tinha a forma perfeita que o mais novo gostava. Namjoon quis retirar a mesma peça de Jin, mas o mesmo se encontrava ocupado demais beijando seu pescoço e sua clavícula para cooperar com seu desejo. 

Jin estava afoito, levou suas mãos até o cós da calça de Namjoon já procurando a braguilha para abri-la, seu membro já estava duro apenas por lembrar-se das outras vezes que transaram, queria aquilo novamente, nunca se cansaria. Logo o membro do mais velho estava exposto, a mão esquerda de Jin se dirigiu até a glande inchada que logo, logo passaria a expelir pré gozo, tomou toda a extensão do mesmo e começou a masturbá-lo, sua mão esquerda estava na nuca de Namjoon acariciando-a enquanto trocavam um beijo quente, tão necessitados que vez ou outra as línguas se entrelaçavam por fora da boca.

O mais velho tirou a mão de Jin de seu membro e antes que este pudesse reclamar trocou de posição mantendo-o abaixo de si, começou tirando sua camiseta, que desde o início queria o fazer, logo passou trilhando beijos pelo torso exposto do mais novo indo em direção ao cós da calça, apertou delicadamente o membro apenas coberto pela box e voltou distribuindo beijos até o queixo do mesmo.

Logo Jin livrou-se da cueca e entrelaçou as pernas ao redor da cintura de Namjoon, tentava a todo custo fazer com que o mesmo lhe penetrasse, mas Nam estava ocupado demais lhe torturando para conceder o desejo.

— Por favor. — Jin pediu docemente e de forma ofegante.

— Ei. — Murmurou quando começou a introduzir seu membro molhado de pré gozo. — Eu te amo. — Sussurrou quando se enterrou dentro do mais novo.

Os lábios de Jin abriram-se tanto pelo prazer quanto pela surpresa, suas unhas curtas arranharam levemente os ombros de Namjoon, suas pernas apertaram-se ao redor de sua cintura e logo seus lábios colavam-se aos do mais velho.

Quando Namjoon passou a entrar e sair de si não se preocupou com mais nada, apenas queria se focar em dar e receber prazer, que o faziam com tanta facilidade que chegava a ser assustador.

Jin deitou a cabeça para trás e gemeu longamente, deu espaço para Namjoon lhe marcar o quanto quisesse como gostava. As mãos grandes do mais velho marcavam a cintura do outro, deixando algumas marcas vermelhas, aquilo não era problema nenhum, Jin confessava internamente que gostava, e quando não reclamou na segunda vez o mais alto teve certeza que ele gostava.

Namjoon se retirou de dentro de Jin o fazendo resmungar, deu um tapa na coxa do mesmo sorrindo maliciosamente.

— De quatro, princesa. — Mandou escutando um gemido de aprovação do outro.

O Kim mais novo arrumou os travesseiros para se apoiar e empinou a bunda na direção de Namjoon que se prostrou de joelhos entre as pernas abertas do mesmo. Passou seu pênis pela entrada de Jin ouvindo um gemido de satisfação e uma busca por mais contato, introduziu a ponta lentamente, logo segurando com força na cintura de Jin e enterrando-se dentro dele com brutalidade.

Recebeu gemidos altos em compensação, os mais novo apertava os lençóis da cama com força não contendo o prazer que lhe seguia, sentiu uma das mãos do mais velho deslizar por sua cintura até sua pélvis lhe causando uma sensação gelada e gostosa na mesma.

Namjoon passou a masturbá-lo já sentindo que ele estava próximo do ápice, como a si mesmo, e não demorou muito para todo o prazer dele ser liberado, estocou-o mais algumas vezes, prolongando o prazer dele é o seu próprio, sentia as paredes internas de Jin lhe apertarem, sua mão suja de esperma do mesmo e o gemido que ele soltou, longo e rouco, o fez se excitar ainda mais e chegar ao seu próprio prazer.

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— Mas eu não quero ir agora. — Yerin reclamava enquanto se dirigia ao carro de Yoongi que apenas a observava de braços cruzados.

— Seu pai me pediu para buscá-la. — Yoongi se defendeu. — E pare de reclamar comigo. — Emburrou-se.

— Bem que ela poderia ficar mais um pouco, estávamos brincando de pega pega, Yoon. — Tae resmungou batendo o pé.

— Pensei que cuidaria apenas de duas crianças, não de três, Jimin. — O platinado resmungou.

— Mais crianças? — Jungkook perguntou confuso.

— Pois, era você e a Yerin, agora não sabia que o Tae estaria junto. — Alfinetou.

— Ah, vá se ferrar. — Taehyung bufou irritado.

— Nem comecem. — Jimin se meteu no meio antes que uma discussão desnecessária se iniciasse.

— Você tem que levar Yerin de uma vez. — Jungkook murmurou e foi até o carro onde a garota já se encontrava.

— Você e Jungkook vão sair mesmo? — Tae perguntou depois de um tempo em silêncio.

— Sim, vamos jantar e ele vai dormir lá em casa. — Confirmou. — Por que? — Indagou curioso.

— Porque estou pensando em ir na casa de um amigo já que vou ficar aqui sozinho. — Deu de ombros. — Já que você não dá descanso pro meu amigo. — Falou de forma maliciosa.

— Como assim? Não diga bobagens! — Jimin corou e Yoongi gargalhou.

— Ah, qual é! Pensa que eu não sei que ele foi mais do que trocar a temperatura da água porque você não alcançava? — Sorriu debochado.

— Como tem certeza? — Yoongi indagou cruzando os braços.

— Ninguém demora uma hora e meia para mudar a temperatura da água. — Respondeu sorrindo ainda maior quando Jimin aparentou que iria explodir de tanta vergonha.

— Ah, fica quieto! — O ruivo murmurou mexendo nos fios de seus cabelos.

— É, Tae tá certo. — Yoongi concordou ao ver como Jimin agia.

— Min, vai embora logo. — Jimin o empurrou em direção ao carro enquanto o platinado ria.

— Espera. — Seu primo se desvencilhou de seus braços. — Quer que eu te deixe na casa do seu amigo, Tae? — Perguntou de forma inocente, mas Jimin pôde notar as segundas intenções que o primo mantinha.

— Ah, eu agradeço, mas é perto daqui, meia hora andando eu já chego. — Recusou sorrindo daquela forma que Yoongi e Hoseok amavam.

— Meia hora? Porra, vai pra onde? — Jungkook arqueou as sobrancelhas quando voltou a prestar atenção na conversa dos outros.

— É longe, posso te levar sem problemas, anda logo, pegue o que precisa e vamos. — O platinado passou a apressar o mais novo que nem teve como retrucar.

Enquanto Taehyung ia pegar suas coisas, Jimin foi se despedir de Yerin e Jungkook ficou próximo a Yoongi que o olhava com uma expressão séria, mas um tanto satisfeita.

— Que foi? — O mais novo perguntou incomodado com o olhar.

— Você está bem melhor. — Respondeu dando de ombros. — Fico feliz que tenha melhorado. — Sorriu minimamente.

— Vocês me ajudaram bastante. — Coçou a nuca envergonhado. — Confesso que agi com ignorância e infantilidade em alguns assuntos, na maioria, mas agora estou entendendo as coisas, assim espero. — Enquanto falava passou a observar os próprios pés.

— Entendo. — Yoongi sorriu. — Toma, isso é pra você. — Disse depois de colocar a mão no bolso e entregar uma chave ao mesmo.

— O que é isso? — Perguntou confuso.

— Um chave, imbecil. — O platinado revirou os olhos e Jungkook bufou.

— Não me diga! — Sorriu fingido. — Quero saber pra quê serve. — Explicou impaciente.

— Se você for inteligente o bastante até o final do dia, ou da noite, descobre. — Deu de ombros indo em direção ao carro quando Taehyung surgiu na porta com uma mochila.

— Eu tô nervoso. — Tae sussurrou para Jungkook quando se aproximou.

— Por que? — O Jeon perguntou confuso.

— Não é sempre que divido o carro com Min Yoongi. — Falou sorrindo.

— Você já andou de carro com ele antes, para de frescura. — Revirou os olhos sorrindo da expressão emburrado do amigo.

— Mas antes era antes, agora as coisas… — Taehyung foi cortado por uma buzina alta.

— Vamos logo, Kim, eu não tenho todo o tempo do mundo. — Yoongi gritou do carro fazendo Yerin rir do banco de trás.

— Não seja estúpido com ele, Yoongi. — Jimin ralhou afastando-se do veículo.

— Já tô indo. — Tae gritou em resposta e abraçou Jungkook rapidamente. — Tô sentindo minha respiração falhar, sabe o que é isso? — Perguntou brincalhão.

— Asma. — Jungkook respondeu de forma séria.

— Asma? O que? — Tae revirou os olhos e riu. 

— Imagina se o Hoseok estivesse lá naquele carro também. — Jimin disse se aproximando com um sorriso.

— Vai pro inferno, Park. — Tae resmungou se afastando dos dois e correndo em direção ao carro.

Assim que entrou no veículo recebeu algumas reclamações pela demora, um comentário parecido com: Até parece que não vai mais ver eles. O caminho até o prédio de Jin e Namjoon foi animado da parte de Yerin e Tae que não paravam de falar um minuto, sem deixar de lado as incontáveis vezes que mexiam nos acessórios que o carro possuía, e mesmo o mais novo sabendo para que tudo daquilo lá servia ainda achava divertido mostrar para a menininha.

— Desce, praguinha. — Yoongi mandou sorrindo de lado ao receber a língua como resposta.

— Obrigado por trazê-la, Yoon. — Jin agradeceu quando a janela do motorista foi aberta. — Vai ficar aqui, Tae? — Perguntou assim que pegou a menina no colo.

— Não, Yoongi vai me dar uma carona até a casa de um amigo, não é? — Respondeu sorrindo para o mais velho.

— Claro. — Yoongi passou a língua sobre os lábios e Jin notou a mentira na voz do mesmo.

— Certo. — Disse meio receoso. — Tudo bem, se cuidem. — Falou despedindo-se deles.

Taehyung explicou o caminho até a casa do seu amigo quando começaram a andar, mas Yoongi não disse nada, assumiu uma expressão séria e tomou a direção para sua casa, o mais novo olhou confuso para o mesmo, mas não obteve nenhuma explicação.

— Por que está indo para sua casa? — Indagou assim que pararam em um sinal.

— Precisamos conversar. — Yoongi respondeu o olhando de lado.

— Sobre o que? — Perguntou receoso.

— Nós. — Respondeu agora o fitando inteiramente.

— Que Nós? — A pergunta saiu tão baixa que o Min teve que se inclinar na direção do mais novo.

— Eu, você e Hoseok. — Respondeu ajeitando-se no banco.

— Isso não existe. — Resmungou bufando.

Yoongi não lhe respondeu, apenas voltou a dirigir em direção a sua casa, Taehyung não disse mais nada, sabia que não adiantaria, o mais velho era um cabeça de vento quando se tratava de discutir sobre algo que ele queria.

Assim que chegaram ao prédio do mesmo, ambos desceram, obviamente o Kim se encontrava nervoso, não sabia sobre como falariam daquele "Nós", mas queria evitar aquilo tudo, talvez porque soubesse que não existisse, porém estava curioso, e nunca que deixaria de lado um bom esclarecimento, mesmo que não soubesse exatamente do quê.