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História Agridoce - Cinza


Escrita por: Helpyou

Notas do Autor


Quero agradecer a ~httpx, pela linda capa que fez, eu não mudei ali porque estou em dúvida ainda, não sei, mas já é o fundo de trabalho do meu PC <3, é um amorzinho, a coisa mais linda que já recebi, me senti tão feliz que me joguei da cama, já não basta a BigHit me deixar no chão, ela faz o mesmo, e a ~sol1ta, que serviu de ponte para o presente -qqq, sem contar os comentários maravilhosos que ela envia, sério, as duas, muito obrigada.

Quero pedir desculpas pelo atraso também, se bem que eu não tenho um período de postagem, mas de toda forma eu tive que me focar na escola já que era a semana de provas, o trimestre tá acabando e eu tenho que manter a média nas exatas ;-; Enfim.

Capítulo 7 - Cinza


Fanfic / Fanfiction Agridoce - Cinza

Agridoce.

Capítulo sete.

Cinza.

Observava Jin e Tae interagirem animadamente com Namjoon, os três se envolviam na conversa enquanto comiam e riam, já ele apenas mantinha-se pensativo, sua cabeça começava a doer e provavelmente era o efeito da bebida de horas atrás, sentia-se enjoado e aquela pizza de quatro queijos exalava um cheiro horrível em sua opinião, nem a de calabresa ou a de frango lhe abria o apetite, empurrava uma fatia apenas para não deixar Jin preocupado.

A televisão ligada era usada de pretexto para não se envolver no assunto daqueles três que nem notavam o quão aéreo ele se encontrava, sentia uma grande vontade de simplesmente sair dali para caminhar um pouco, mas provavelmente Jin gostaria de levá-lo embora naquela noite, e ela seria longa, não sabia como o mais velho ainda não enxotara Namjoon de seu apartamento e os levará para casa, realmente, ele parecia gostar da companhia do outro mesmo que negasse até a morte.

Levantou-se pedindo licença baixinho, não que fossem notar, e saiu em direção ao quarto de Jin logo jogando-se na cama do mesmo, mas sentou-se tão rápido quanto a ação anterior ao notar o buraco um pouco maior que sua cabeça na parede do mais velho, arqueou a sobrancelha levantando-se com curiosidade e aproximando-se do mesmo que dava vista a outro quarto e ainda confuso observou o ambiente dele, era em cores escuras, completamente diferente do quarto do amigo, que levava cores claras puxadas para o rosa.

Mesmo que quisesse se isolar um pouco mais obrigou-se a seguir para a sala onde eles se encontravam e tirar aquela dúvida do que havia acontecido, provavelmente outra pessoa em seu lugar se sentiria culpado por invadir a privacidade de Jin, mas não, Jungkook conhecia o amigo suficientemente bem para essas perguntas e nem se importaria se o mesmo ficasse constrangido ou nervoso. Ele estava curioso.

— Jin. — Chamou atraindo a atenção dos outros dois também. — Que buraco é aquele na sua parede? — Perguntou apontando por cima do ombro na direção do corredor que levava ao quarto.

— Ah, o que você tava fazendo lá? — Perguntou mordendo um pedaço de pizza sem se importar realmente com o que o amigo fazia lá. — Foi culpa do Nam. — Respondeu dando de ombros.

— Nam? — Jungkook indagou confuso e Tae sorriu sugestivo.

— Jin apelidou o Namjoon de Nam. — Explicou dando de ombros e Jin corou levemente negando com a cabeça.

— Ele disse que os amigos dele o chamam assim então pensei em aderir a isso também. — Deu de ombros virando o rosto emburrado.

— Não tem problema nenhum. — Namjoon respondeu dando de ombros também.

— Mas e o buraco? — Jungkook voltou a perguntar fazendo Jin assumir uma pose acusativa.

E se soubesse que aquilo se estenderia por meia hora teria ficado quieto, Jin não explicou apenas como o buraco foi parar lá, mas também como era a convivência com o vizinho, e aquela não era a primeira vez que o amigo reclamava do outro, era bem comum ouvi-lo falar de Namjoon e do quanto o mesmo lhe atrapalhava e fazia barulho, mas era pior ouvir ele falar do outro na frente dele mesmo, afinal, havia o direito a defesa e então se iniciava uma discussão entre os dois.

— Eu adoraria discutir mais com você. — Namjoon começou enquanto se levantava a observava algo em seu celular. — Mas é quase uma da manhã e eu preciso ir dormir. — Explicou e seguiu em direção a porta sendo levado por Jin que conversava com o mesmo.

— Você está bem? — Tae perguntou quando os outros dois mais velhos saíram pela porta.

— Estou. — Assentiu dando de ombros.

— Certeza? — Tocou o ombro do mais novo e se aproximou ficando cara a cara com ele. — Sabe que podemos conversar quando quiser. — Disse tentando passar confiança.

— Está tudo bem. — Pigarreou se afastando. — Por que não estaria?

— Talvez porque seus pais morreram a alguns dias atrás e você está agindo de forma estranha. — Apontou cruzando os braços.

Jungkook observou Tae por mais alguns segundos pensando sobre as palavras do amigo e de como elas haviam lhe afetado, não apenas pela parte de que seus pais estavam mortos, mas também dele mostrar que estava agindo fora de seus padrões, o que era um fato, mas não um fato que precisava ser jogado em sua cara.

— Isso é um problema meu. — Sussurrou sentindo o bolo formar-se em sua garganta.

— Se torna um problema meu também porque você é meu amigo. — Insistiu. — E se você não se sente confortável em falar comigo sobre isso porque talvez pense que eu não vou entender sua dor, tem o Jin, você pode conversar com ele, sabe que o mesmo não tem tanto proximidade com a família dele. — Propôs.

— Essa não é a questão. — Jungkook suspirou. — Eu só não quero falar sobre isso.

— Mas talvez ajude se você falar como se sente. — Voltou a pressioná-lo fazendo o mais novo fechar a expressão.

— Eu não quero, Taehyung! — Exclamou aumentando sua voz algumas oitavas. — Mas que merda, será que não dá para simplesmente esquecer que meus pais estão mortos e agir normalmente? — Perguntou passando as mãos pelos cabelos em sinal de nervosismo.

— Não, não dá. — O outro também falou no mesmo tom, só que de forma mais rude. — Se você não esquece, por que eu deveria?

— Porque é a minha família, não a sua. — O mais novo disse de forma fria.

Aquelas palavras machucaram Taehyung de uma forma indescritível, ele não soube o que falar nos segundos seguintes, apenas observou a expressão dura e o olhar frio e perdido do garoto a sua frente, e pela primeira vez notou algo a mais que a simples isolação de Jungkook, notou que ele não se importaria de machucar quem quer que fosse pois estava igualmente machucado demais para poder notar o quanto suas atitudes e palavras faziam realmente a diferença.

— Pensei que eu também fosse sua família. — Ele simplesmente não pôde evitar sentir-se magoado e expressar isso pelo que Jungkook havia dito.

— Você é só meu amigo. — Jungkook murmurou.

— Acreditem ou não, mas o Nam vai estar em um eventos de jogos e... — Jin se interrompeu quando notou o ambiente pesado e a troca de olhares hostis dos dois amigos. — O que aconteceu? — Perguntou fechando a porta vagarosamente. 

— Nada. — O mai novo respondeu sem quebrar o contato visual com Taehyung. — Tenho que ir. — Disse pegando o celular em cima da mesinha de centro e se dirigindo para a porta.

— O que? Deize que eu te levo, é longe daqui a sua casa e parece que vai chover. — Jin se apressou em pegar um casaco no suporte perto da porta.

— Não precisa, quero ir andando. — O mais novo o interrompeu e se despediu baixinho já fechando a porta sem dar brechas para uma discussão.

Assim que saiu para o corredor puxou o ar com toda a força que podia e o expeliu lentamente tentando clarear seus pensamentos, sabia que havia sido muito duro com Taehyung, mas não queria deixar o amigo entrar na confusão que ele era naquele momento, não sabia como agir em relação a todos os acontecimentos recentes e colocar Tae dentro daquilo, ou mesmo Jin, estava fora de cogitação, ele poderia e iria lidar com tudo aquilo sozinho.

— Que tenso, não é? — Saiu de seus pensamentos quando escutou a voz de Namjoon. — Discutiu com seu amigo? — Perguntou já sabendo a resposta.

— Estava escutando? — Jungkook devolveu outra pergunta cruzando os braços. — Pensei que estivesse conversando com o Jin. — Comentou ácido.

— E eu estava, mas consegui escutar a conversa, parece que vocês se exaltaram um pouquinho, não sei como Jin não escutou, acho que ele se mantém muito focado em só uma coisa. — Explicou dando de ombros.

— Está prestando muita atenção no Jin também. — Comentou desviando do assunto principal.

— Claro. — Namjoon sorriu de lado deixando Jungkook confuso. — Mas não é sobre isso que eu quero falar com você. — Ficou sério novamente.

— E sobre o que seria? — Perguntou arqueando a sobrancelha.

— Sobre Jimin. — Falou e percebeu novamente a confusão do rapaz.

— E o que eu teria para falar com você sobre ele? — Indagou escorando-se na parede.

— Ele quer te ajudar, Jimin já falou muito de você antes da nossa última conversa em que você era citado hoje, ele te admira como aluno e quão esforçado você é na faculdade, mas percebi que você não deixa nem seu amigo te ajudar, quanto mais um cara que o único contato se baseia em uma sala de aula de professor para aluno. — Começou imitando o gesto do garoto. — Eu sei que se falar para aquele cabeça dura esquecer essa ideia de te ajudar ele dará um jeito de alcançar meu queixo com um soco, porque ele quer realmente te ajudar.

— Por que ele iria querer fazer isso? — Perguntou recebendo um olhar sugestivo de Namjoon. — Além do fato dele me admirar como aluno.

— Talvez ele veja ele mesmo em você, ou apenas está tentando se redimir. — Deu de ombros fazendo pouco caso daquilo.

— Se redimir pelo que? — Jungkook perguntou curioso.

— De qualquer forma, este é o número dele, tente não agir como um idiota, se precisar realmente de ajuda você pode ligar para ele. — Lhe entregou um pequeno papel com um número escrito. — Talvez vocês virem até amigos e você aprenda como se trata um.

— Acho que a forma como eu trato os meus amigos não seja da sua conta. — Murmurou ácido.

— Oh, vou te apelidar de cavalinho. — O mais velho sorriu irônico e desencostou-se da parede. — E realmente não é da minha conta,só sinto por eles terem que conviver com seu gênio.

— Estou passando por um momento difícil. — Explicou tentando se justificar.

— Eu sei. — Namjoon assentiu. — Mas isso não é desculpa para tratar Tae daquela forma, ele é um bom menino, eu não sou como o Jimin ou Jin que tentam ver as coisas pela emoção, sou mais cabeça. — Avisou e então entrou em seu apartamento.

Jungkook teve cinco certezas naquela noite enquanto andava de volta para casa debaixo de chuva ignorando as ligações de Jin, a primeira era que havia sido um babaca com Taehyung, mas não podia evitar, a segunda era que não gostaria de envolver os dois amigos que tinha nos seus problemas, a terceira se remetia ao fato de que Namjoon estava certo, e ele odiava admitir isso, a quarta era sobre definitivamente não ter compreendido nada do que Jimin havia lhe dito horas atrás naquele bar, depois de repensar nas palavras do professor elas pararam de fazer sentido e a quinta era que ele precisava falar novamente com o avermelhado, só que seu orgulho misturado a vergonha não permitia.

Quando chegou em sua casa, vazia como sempre, e sem querer chamou pelo seus pais em um sussurro, aceitou o fato de que estava sozinho, não só ali, mas em um todo e por preferência, e também suas cinco certezas, talvez devesse anotar elas para depois que passasse por tudo aquilo ler elas e rir de seu comportamento, se conseguisse passar por tudo aquilo já que sua mente lhe pregava peças vez ou outra.

Deitou todo molhado sobre o carpete da sala e sua mente voltou-se a conversa que teve com Tae, sentiu-se culpado, mas não era nisso que queria pensar no momento, e sim rever a forma que estava agindo, como um idiota, mas ele sabia disso, sabia que era errado, de alguma forma, era ruim para si mesmo, mas não podia evitar, não sabia como evitar, era automático.

Enquanto estava deitado naquele carpete todo encharcado jurou poder ouvir vozes nos primeiros instantes, mas poderia ser apenas o vento e o barulho da chuva, ou ele só queria mentir para si mesmo dizendo que estava alucinando e que poderia subir a escada em direção a seu quarto e caçar o máximo de comprimidos que pudesse e então ingerir e escrever uma pequena carta explicando sua situação ridícula enquanto esperava o efeito da morte. Seria bem mais fácil e ele não precisaria lidar com outros problemas que viriam a seguir, mas apenas estaria fugindo deles, como um covarde, exatamente o que esteve fazendo desde o inicio, a única diferença era que naquele momento ele estava adiando o final previsível e se tomasse a decisão de fazer algo parecido com seus pensamentos anteriores ele estaria realmente dando fim aquilo tudo.

Passou o restante da madrugada divagando sobre aquilo deitado no carpete, apenas quando o sol se infiltrou pelas janelas que finalmente se permitiu descansar seu corpo e quem sabe sua mente, talvez aquele tempo gasto pensado lhe ajudasse em algo, ou não, a segunda opção parecia mais próxima naquele momento.

Jungkook só acordou horas depois, perto das três da tarde, como viu em seu celular, com a campainha soando estridente pelos cômodos, ele sabia que não era Jin ou Tae, ambos sabiam da chave que ficava escondida pelo lado de fora, então provavelmente poderia ser algum parente ou a vizinha idosa gentil que lhe dava tortas, mas não era, a pessoa também não deixava de ser conhecida de anos do jovem e de seus pais, desde que se casaram eles tiravam fotos e colocavam em uma moldura para depois pendurá-la na parede da sala de jantar, e mesmo depois do nascimento de Jungkook e do crescimento do mesmo eles permaneceram fazendo aquilo todos os anos, e aquele homem era o responsável pela foto e pela moldura.

— Espero que goste de como a moldura ficou na foto. — O senhor disse entregando a ele um grande quadrado coberto por um simples papel marrom que fazia um barulho quando tocado. — Diga a seus pais que se quiserem trocar podem ir a qualquer horário lá. — Atencioso como sempre.

— Claro, eu aviso sim. — Jungkook sorriu forçadamente.

— Espero vocês ano que vem novamente, mande lembranças aos seus pais. — Sorriu afastando-se em direção ao seu carro.

Jungkook observou o homem até ele entrar em seu automóvel e se perder de vista, depois continuou um tempo parado segurando aquele quadrado grande na mão e fitando o vazio, ao se dar conta do que estava em sua mão sentiu aquilo pesar, não só fisicamente, estava segurando a última foto que havia tirado com seus pais, e nessa, como nas duas últimas antes, Jin e Tae posaram também. Parecia surreal imaginar que os rotos de seus pais seriam eternizados logo depois que tirasse aquele papel marrom envolto no quadro.

Mas ele não faria aquilo, não tinha coragem suficiente para ver a foto na qual sorriu verdadeiramente feliz, pois era uma das coisas que mais adorava fazer com seus pais, tirar as malditas fotos de família anuais, porque além de estar guardando memórias de um bom ano, eles sempre se divertiam e inovavam nelas, nesta sabia exatamente que roupas vestiam, bem exóticas para uma foto que seria pendurada na sala de jantar onde as vezes seu pai recebia sócios do trabalho.

Fechou a porta e seguiu para a sala de jantar arrastando os pés, apertava com força aquele quadro, ele não penduraria, apenas iria observava o último retrato e então guardaria aquele novo, e o da parede atual, debaixo da escada onde se encontrava um pequeno armário (NT: Desculpem atrapalhar, imaginem a escada de Harry Potter, onde ele dormia, o armário sob a escada, então.), onde eles eram guardados sempre que trocados. Sua mãe gostava de brincar dizendo que faria uma exposição de todos eles algum dia quando ficasse velha.

Ela não pôde envelhecer.

Entrou naquele cômodo que era provavelmente o mais limpo junto aos quartos de hóspedes e ao de seus pais, com muita calma colocou o quadro ainda embrulhado sobre a mesa de vidro e fixou seu olhar sobre aquele que estava na parede, as lágrimas desceram silenciosamente pelo seu rosto ao ver o sorrisos de seus pais, aquela era a primeira vez que ia ali depois do acidente, ver aquela foto lhe deixava sensível, ainda mais por Tae e Jin estarem juntos na foto.

Naquele momento percebeu que ambos os dois faziam parte de sua família tanto quanto seus pais, eles haviam construído laços fortes ao longo doas anos, e mais do que nunca sua consciência pesou com as palavras que disse a Taehyung na noite passado, e todos esses fatores se juntarem para fazê-lo chorar mais do que esperava, mais do que antes, porque agora era diferente, a dor da perda estava mais forte porque havia aceitado, e quando digo aceitado a palavra superado não se passa nem perto, porque tudo estava pesando mais do que poderia suportar.

Tirou o quadro da parede ainda chorando e sem pensar nos seus próprios movimentos jogou-o contra o chão fazendo os cacos de vidros se espalharem pelo mesmo, alguns bateram contra seu rosto e vagas lembranças da noite em que quebrou a televisão e cortou-se veio em sua mente, como havia ficado fora de si naquele ato e isso poderia se repetir se não tivesse passado uma madrugada inteira acordado apenas pensando sobre tudo.

Arrastou-se de volta para a sala onde procurou por seu celular que apitava recebendo algumas mensagens, seu pensamento estava focado em pedir desculpas a Tae e chamar ele e Jin para conversarem e explicar como estava se sentindo, sabia que naquele horário ambos já estavam voltando da faculdade e voltando juntos já que dos três Jin era o único que possuía um carro.

Mas aquela ideia de desabafar com eles passou assim que leu algumas mensagens, Jin avisará que como as aulas da faculdade haviam finalmente dado uma pausa ele passaria o resto do dia no restaurante onde estagiava. além de que não poderia passar ali no final de semana e na semana seguinte, um pedido de desculpas e mais outro aviso sobre Taehyung decidir finalmente ir visitar seus tios na cidade vizinha e ainda destacou o fato de Tae aparentar estar magoado com o mais novo já que pedira para si enviar a mensagem.

Sentou-se no sofá abraçando os joelhos enquanto ainda lia a mensagem, as lágrimas continuavam vindo e ele não fazia questão de tentar parar de chorar. Aquelas eram as únicas pessoas que poderia ligar.

.

.

.

Jimin saia da faculdade irritado, passou a maior parte do tempo preocupado com Namjoon, e a outra metade lembrando-se da conversa com Jungkook, mas no momento precisava perguntar ao mais velho onde estivera na noite passada, havia falado com Yoongi na manhã daquele dia e perguntou se estava tudo bem na empresa porque pela forma que o amigo havia saído do bar parecia que algo sério tinha acontecido, mas o branquelo negou ter chamado Namjoon naquele horário e que já até estava em sua casa com Hoseok.

— O que você e o Hoseok andam fazendo? Ele é o meu amigo. — Resmungou quando estava falando ao telefone com Yoongi.

— E desde quando isso torna ele exclusivamente seu? É meu amigo também, se toca. — Ah, que ser carinhoso.

— Não seja grosso. — Reclamou.

E naquele instante tentava novamente ligar para Namjoon, mas o celular só cai na caixa de mensagens e aquilo era totalmente irritante porque sabia que era de propósito, o amigo nunca tinha o celular fora de área, ou deixava desligado ou descarregar, ele estava fazendo de propósito!

— Maldito destruidor! — Resmungou batendo no voltante quando saiu nas ruas da cidade. — Depois liga pro meu primo ir consertar as coisas que quebras e ainda vem me chamar para falar do relacionamento inexistente que tem com o vizinha que odeia ele. — Continuou seu surto de raiva.

Pode parecer que ele estava sendo infantil, mas não, pense bem, Namjoon havia mentido para si e aquilo era inaceitável, ele contava tudo que acontecia em sua vida para o mais velho, não esperava menos, tudo bem que havia coisas que não precisavam ser ditas, mas que não deveriam sair como mentiras e sim como fatos omitidos, e aquilo saiu como uma mentira.

Seu celular tocou e o ruivo se atrapalhou ansioso para atender, não sabia se mantinha o olhar no trânsito ou no aparelho.

— Que bom que retornou, seu patife! — Rosnou quando atendeu a chamada.

— Jimin hyung... — Pode escutar a voz arrastada e um tanto chorosa do outro lado da linha.

— Ah, desculpe, quem fala? — Perguntou envergonhado e se amaldiçoando por não ter pelo menos lido o nome do contato.

— Sou eu, Jungkook. — O outro respondeu e Jimin abriu sua boca em um perfeito "O" sinalizando surpresa.

— Como tem meu número? — Perguntou estacionando no meio fio.

— Desculpe, Namjoon me passou. — Jungkook respondeu em um sussurro. — Me desculpe. — Pediu novamente puxando o ar com força. — Está ocupado? 

— Ocupado? Não, estou indo para casa, por que? Aconteceu algo? — Naquele momento pareceu se dar conta de como o menino parecia fragilizado. 

— Se não for muito incômodo, poderia vir até minha casa? Preciso de ajuda. — Pediu ainda com a voz em um sussurro.

— Tudo bem, já estou chegando. — Avisou desligando o aparelho sem esperar uma resposta.

Não sabia se sentia feliz pelo mais novo ter ligado para si pedindo ajuda ou preocupado por ele ter ligado para si pedindo ajuda.

 

 

 


Notas Finais


Provavelmente falta uns oito capítulos para terminar essa fanfic e eu estou gostando muito de escrevê-la, como essa proximidade do universo de fanfics envolvendo o BTS é incrível eu já estou começando um projeto novo, uma fanfic VHope, ela se chamará Os 15 porquês, vai ser muito fofa e amorzinho e também contará com 15 capítulos e um especial, essa é minha ideia.

Espero que este capítulo não tenha ficado pequeno e muito cansativo, o próximo terá Jikook porque eu quero! <3

Escrevi uma OneShot esses dias atrás para espairecer a mente, quem quiser dê uma olhada: https://spiritfanfics.com/historia/outono-6516876

Agradeço novamente a ~httpx pelo presente maravilhoso que ela me deu <3


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