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História Águia Negra - O Vôo da Águia - Coisas Estranhas


Escrita por: realAfonso

Notas do Autor


Esta história está sendo escrita agora, veio de uma ideia louca que tive um belo dia de tarde, espero que gostem!

Capítulo 1 - Coisas Estranhas


Fanfic / Fanfiction Águia Negra - O Vôo da Águia - Coisas Estranhas

 

Uma das partes mais difíceis de ser um herói é ter que lidar com uma única situação: ver um vilão atacando e ter que trocar de roupa antes de ir descer a porrada nele... Opa, que falta de educação a minha, nem me apresentei ainda. Sou Peter Justin, um garoto normal de 17 anos... quer dizer, um garoto quase normal...

 

Tudo começou em uma bela manhã de quinta-feira. Bela, se não fosse pela minha aula de química, odeio química. Eu e meus amigos gostávamos de aprontar muitas coisas na escola, e a Professora Anna era nosso alvo preferido. Estávamos em nossa sala de aula, na escola, não era uma sala muito grande, mas cabiam os 25 alunos do terceiro ano do ensino médio, eu sentava bem no fundo da sala, junto com meus amigos, éramos um grupo de seis amigos ao todo, mas o meu melhor amigo era Ramon, um garoto quase da minha altura e loiro, a propósito eu tenho 1,75m. Naquele dia eu e meus amigos resolvemos aprontar com a professora, quem sentava na frente, quase junto com a mesa da professora, eram as meninas, então nós fomos conversar com as meninas para distraí-las, e enquanto nossos amigos conversavam com elas, eu e Ramon colocamos um alfinete bem no meio da cadeira da prof.ª Anna, e esperamos ela entrar na sala para sua aula de química. Como era de costume, começamos a fazer apostas, e se não fosse minha aposta naquele dia eu não estaria aqui hoje. Apostei com meus amigos que se ela descobrisse o alfinete eu mesmo levaria toda a culpa, claro que como fui eu quem colocou o alfinete eu estava completamente confiante que ela não acharia, e ai eu fiz a aposta mais louca da minha vida: se ela achasse o alfinete, eu iria nadando até a Ilha dos Lobos, uma pequena ilha que fica ao sul da cidade onde eu moro, ninguém nunca vai lá, dizem que espíritos abrigam aquela ilha, e hoje eu sei que isso é verdade...

 

A professora entrou na sala, todos estavam em silencio. Eu troquei olhares com o Ramon. Sabíamos que a professora jamais descobriria um alfinete em sua cadeira. Sabíamos... ou pelo menos desejávamos que ela não achasse, já que eu não estava nem um pouco afim de ir para a Ilha dos Lobos... mas ela achou. Caminhando levemente até sua mesa, a prof.ª Anna largou os seus livros em cima da mesinha do professor, e puxou a cadeira para se sentar. Ao olhar para a cadeira a primeira coisa que a professora Anna disse foi de arrepiar.

 

         – O aluno que colocou este alfinete na minha cadeira será expulso da escola! E Peter, algo me diz que você está com os dedinhos metidos nisso!

 

Nunca pensamos que a professora Anna chegaria a esse ponto, ela era a professora mais legal da escola, e que entendia todas as brincadeiras. Anna era a professora nova, ela tinha 25 anos de idade, e era brincalhona, mas naquele dia ela não só estava maléfica como também estava com um poder de dedução enorme, em apenas um olhar ela sabia o que tinha acontecido e quem estava envolvido. Ela me pegou pelo braço, bem apertado, e me carregou pelos corredores, foi triste ver todos me olhando, tanto os meus colegas quanto os alunos de outras turmas. Chegando na secretaria, que ficava na sala bem embaixo de onde eu estudava, a minha querida professora jogou de encontro a um sofá velho, fiquei ali apenas ouvindo ela e a diretora conversarem dentro da sala da direção, com toda a certeza aquela não era a minha professora. O mais incrível naquele momento é que eu não estava preocupado com o fato de ser expulso, mas sim com a minha viagem à Ilha dos Lobos, isso sim me assustava, e muito. Com um tapa na porta, a professora Anna saiu me olhando como se eu fosse um tipo de bandido, logo atrás dela saiu a diretora da escola, uma pequena senhora de 62 anos de idade, com cabelo grisalho e me olhando como se eu fosse um cão perdido da mudança. Felizmente não fui expulso da escola pois segundo a senhora Dora, a diretora, eu não tinha feito algo que justificasse uma expulsão, porém fui suspenso por 3 dias.

 

Era noite quando fui para a praia, já ao longe pude ver o nosso grupinho de amigos, estavam todos os cinco, Ramon estava com uma lanterna e uma roupa de surfista, ele era acostumado a estar dentro do mar, surfava desde os oito anos de idade com o avô dele, ele falou que levaria uma roupa de surf para que eu pudesse vestir para nadar até a Ilha dos Lobos. Quando cheguei mais perto dos meus amigos, todos me olhavam como se eu fosse uma pessoa morta, ou pelo menos como se eu estivesse prestes a morrer. Ramon me entregou a roupa e eu a vesti ali mesmo na praia, ela era confortável, e eu esperava do fundo do coração que fosse quente também, por que as águas do Estado 9 eram as mais frias de todo o País do Sul. O trajeto até a Ilha dos Lobos não é muito longe, mas como todos estávamos com medo por causa das lendas envolvendo espíritos resolvemos marcar um tempo de 1 hora, caso eu não retornasse nesse período, todos deveriam ir para casa e esperar que alguém sentisse minha falta.

 

Entrei na água, e estava mais gelada do que parecia, mas por mais incrível que pareça a roupa de surfista é mesmo mais quentinha dentro da água. Nadei até metade do caminho e me virei para trás para ver meus amigos, estavam todos na praia olhando para mim, porém o caminho que eu via entre nós era muito maior do que o que eu achava ter percorrido. Me virei para frente e continuei a nadar. Antes de chegar na ilha eu vi um raio de luz em meio as arvores, parei de nadar e olhei para trás pensando que pudesse ser reflexo da lanterna do Ramon, mas não era. Eu estava coberto por um nevoeiro, não via mais meus amigos e aposto que nem eles me viam. Um sopro frio tocou minha espinha, eu não queria mais olhar para a ilha, algo estava me dizendo que iria acontecer uma coisa estranha se eu não fosse embora naquele momento.

 

         – Peter! – Ecoou uma voz em meio a névoa. Com toda certeza eu não queria me virar. Eu não queria nadar. Eu não queria nem mesmo respirar. Naquele momento a única coisa que eu queria era deixar o mar me arrastar para o fundo só para que eu saísse daquela névoa.... e foi o que eu fiz... deixei o mar me engolir.

 

         Acordei deitado na praia, o sol forte estava batendo em mim, levantei a cabeça e notei que estava bem tonto, olhando ao redor eu pude perceber que as pessoas me encaravam como se eu fosse um bêbado qualquer... certo, eu realmente parecia alguém que tinha bebido e dormido na praia. Na verdade, nesse ponto da história eu realmente achava eu tinha bebido e desmaiado na praia, e que nada daquilo tinha acontecido. Levantei, sacudi a poeira da minha roupa de surfista, e eu notei algumas diferenças em mim, eu estava mais pesado, não sei como explicar, mas eu sentia como se pesasse 200kg. Passei alguns minutos ali, em pé, olhando para meu próprio corpo, o que só reforçou a ideia das outras pessoas de que eu estava bêbado. Percebi que a melhor coisa a se fazer era ir procurar meus amigos.

 

         A escola onde eu estudava ficava bem no meio da cidade, longe da praia, pensei em ir para casa me trocar e depois ir para a escola, mas eu chegaria atrasado de qualquer maneira, então resolvi ir para a escola e encontrar meus amigos para poder saber o que aconteceu. A cidade estava como sempre esteve, apenas uma coisa havia mudado, o sol. Por algum motivo o sol estava brilhando naquele dia, e isso não é normal em minha cidade, geralmente está envolta em névoa o tempo todo. Me distraí tanto com meus pensamentos que quando me dei por conta já estava em frente à escola, um prédio antigo, que parecia ter sido construído a uns 80 anos no mínimo, eles estavam repintando a escola neste ano, e a cor amarela era o que mais se via, eu particularmente gostava mais da cor azul que era a cor antiga, mas agora tudo que restara do azul eram alguns vãos mal pintados em alguns locais. Parados na porta da escola estavam Ramon e Luke, dois dos meus amigos, eles me olhavam como se eu fosse um fantasma, notei que Ramon estava tremendo, não sei o que aconteceu naquela praia, mas meus amigos se assustaram e muito.

 

         Passei meia hora com meus amigos em uma lanchonete que ficava a uma quadra da escola, eles resolveram matar aula para me explicar o que houve, e eu fique aterrorizado. A lanchonete era pequena, e tinha apenas quatro mesinhas dessas de bar, o dono era um velho amigo da família e ele sempre nos deixava usar a lanchonete para fazer nossas “reuniões”. Naquele dia aconteceu uma coisa incrível que nos fez sermos expulsos da lanchonete. Entramos na lanchonete e sentamos na primeira mesinha, logo olhei para os fundos do lugar para ver se eu enxergava o Chefe.

 

         – Olá Chefe! Vamos apenas conversar um pouco aqui! – Chefe era o nome do dono da lanchonete... bem, não sei se era o nome dele, mas era como nós o chamávamos. Lá no fim do estreito corredor pude ver uma cabeça quase careca aparecer em meio a uma porta semiaberta.  Acenando de volta, Chefe nos disse para ficarmos a vontade enquanto ele preparava os pasteis.

 

 – Peter, o que aconteceu com você!? – Disse Ramon, me olhando ainda como se eu fosse um fantasma qualquer.

 

         – Eu é que pergunto para vocês, eu só lembro de ter afundado no mar, e depois acordei de manhã na praia. – Eu realmente estava indignado com isso, como eles me deixaram lá?

 

 – Você estava morto para nós! – Disse Luke. Nesse momento eu senti um forte aperto no peito, parecia que algum modo ele estava falando a verdade.

 

         – Calma Luke, assim vamos assustar ele ainda mais! – Ramon estava certo, eu estava muito assustado. – Peter, o que aconteceu foi que você começou a nadar e foi engolido por uma névoa densa, depois disso não conseguimos mais ouvir você, e em um certo ponto vimos uma luz muito brilhante na Ilha dos Lobos, seguido por um grito e o som de ossos se quebrando! – Certo isso era tudo o que eu não queria ouvir no momento. Tudo o que eu podia imaginar era que fui morto naquela ilha... mas como eu ainda estou vivo? E foi nesse momento que minha vida mudou.

 

         Ouvimos um barulho enorme vindo da cozinha da lanchonete, parecia quando aquelas maquinas gigantes de demolição destroem um prédio, e seguindo o barulho de destruição ouvimos o grito do Chefe. Corremos para a cozinha para ver o que tinha acontecido e nos deparamos com uma parede faltando. Não sabíamos o que fazer, mas pela “parede invisível” podíamos ver uma coisa enorme e peluda carregando o Chefe nos ombros, parecia um gorila gigante, porem na cor roxa, e com um cabelo comprido. O gorila subiu no telhado da casa ao lado e foi pulando de telhado em telhado, eu só consegui pensar em uma coisa: salvar o Chefe.

 

         Assim como a criatura, eu fui correndo e em um simples impulso consegui pular do chão direto para o telhado. Nesse momento eu parei e olhei para meus amigos lá no chão e eles estavam aterrorizados com o que tinham acabado de ver, e para ser honesto eu também estava, afinal como eu pulei quatro metros de altura? Bem, o importante agora é ir atrás da criatura, e foi o que eu fiz.

 

 


Notas Finais


Por favor, me digam o que acharam da história e em que pontos posso melhorar, é muito importante pra mim!


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