Gosto do céu.
O céu não é apenas céu. O céu é muito mais que... Só céu.
De manhã o céu dá espaço para o sol. Há um misto de cores suaves, como um cafuné gostoso. Como a ponta de seus dedos deslizando pelos meus fios e decolando até a ponta do meu nariz num carinho igualmente bom.
Assim que o dia passa, as cores ficam mais fortes e intensas, mas não deixa o céu menos bonito. É como os seus abraços de tirar o fôlego. Tão bom quanto um cafuné, mas tão presente como a tarde do dia no céu.
Aos poucos anoitece. O céu volta a ficar suave como a água rasa do mar que alcança a areia fina e molha timidamente a ponta dos pés. Mas então as ondas ficam mais agitadas e molho os tornozelos. O joelho. A cintura. A barriga. O peito na altura do meu pequeno coração – ele bate tão depressa quando estou em contato com o céu! –. Os ombros. O pescoço. Os lábios. O nariz. Os olhos. A testa. Os fios.
Ah, os fios!
Isso me lembra do cafuné, mas certamente não é o cafuné. A noite vem com calma, sem pressa, parecida com o sono, sabe? Mas quando vem...
Fica escuro como a sensação de estar sozinho numa casa grande. Às vezes nos deixa inseguro, devo admitir. Então me dou conta de que o dia está acabando e quero correr pra fora atrás da lua.
O brilho da lua é tão agradável quanto sentir a grama úmida em nossas costas quando nos deitamos de frente para o céu. As estrelas são tão lindas quanto sua voz me dizendo tudo o que sei.
Ah! Não posso me esquecer das nuvens! São incrivelmente semelhantes ao algodão doce. Mais suave que a agitação do mar, os abraços apertados, e o cafuné. É como o seu beijo. Tem gosto, textura, vontade, calmaria, paixão e maciez do seu beijo.
E então é o fim do dia.
O fim de um dia é recomeço de outro.
E o céu se torna cada vez mais surpreendente.
Ah Chan, você sabe o quanto eu amo o céu.
Mesmo que eu não possa vê-lo.
Quero que saiba que eu gosto muito do céu, mas não apenas pela infinidade de sensações que ele proporciona. Mas sim porque todas essas sensações me fazem lembrar você. E eu gosto disso. Eu gosto de ter um céu só meu. Chanyeol, você é o meu céu.
Mas se existe uma coisa que eu amo ainda mais que o céu – isso é possível? –, essa coisa é você. Eu o amo tanto quanto a vontade de voar no céu. Não importa para que lado eu me vire. Sempre terá céu. Sempre terá você.
Então, me perdoe se eu não posso pintar um quadro bem bonito do céu com várias cores. Tudo o que eu sei de cor é tudo o que você me ensinou. E que elas são geladinhas quando se molha o pincel. Ou o dedo curioso como o meu.
Não há comparação melhor.
Você é literalmente como o céu.
No sentido denotativo e também conotativo da expressão, sei que posso amar cegamente. Sentimentos não são exatamente como o céu, porque não são visíveis aos olhos.
E olha que sorte a minha!
Tenho um céu só meu.
E com ele posso sentir mais que muita gente com olhos por aí.
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