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História .ainda gosto dele; hunhan - .por favor, volte para mim


Escrita por: atzpoetc e eijisyj

Notas do Autor


Olá, amores, MUITO OBRIGADA PELOS 111 FAV AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA!!!

Então, galerous, eu cometi um erro quando falei no cap passado que teria o personagem Minjae narrando nesse tbm. Ele só volta a narrar no próximo cap, okay?

Sobre a Kaisoo, vai ter o extra sim, mas, será postado separadamente. Quem for querer ler, ativa as notificações (noa sei como faz isso hshcdd) porque talvez a gente poste antes da sexta feira que vem e não teremos como avisar e pah...

É isso, boa leitura!!

Capítulo 8 - .por favor, volte para mim


Fanfic / Fanfiction .ainda gosto dele; hunhan - .por favor, volte para mim

❉ LuHan 

Meu filho está desaparecido há horas. Eu posso sentir que estou bem próximo de perder a minha sanidade.

Parecia um louco andando pelas ruas, com os olhos nervosos procurando HunJin.

Quando eu ouvia gritos de crianças, apressava os passos, ou até mesmo corria até eles, mesmo sabendo que a possibilidade de serem os de HunJin fosse completamente nula. Não importava o quanto eu mostrasse a sua foto, ou descrevesse suas características, até mesmo da pequena cicatriz que ele tinha nos lábios desde quando nasceu.

Ninguém.

Ninguém sabia do meu filho, ninguém o tinha visto.

Minha visão voltou a ficar turva e eu tive que parar e sentar para me recompor, ou acabaria desmaiando. Minha cabeça já estava latejando. Fiquei uns minutos sentado antes de voltar a procurar. Saí da zona mais popular, pegando um ônibus, e fui para perto das casas que ficam perto do mar. Não fazia sentido eu continuar procurando na cidade, meu filho havia desaparecido em uma zona "rural".

Eu desci no meio do nada, e precisei andar uns dois quilômetros para chegar à vilazinha.

— LuHan! — olhei para trás e vi SeHun sair de dentro de um táxi. Não lhe dei importância e continuei meu caminho. — Ei!

SeHun correu até mim e segurou meu braço, mas eu logo me soltei dele.

— O que você quer?

— Vamos procurá-lo juntos.

— Não!

— Ele também é meu filho!

— Não é, não é, não é! — dei socos e empurrões em seu peito. Acertei seu braço, que estava ferido, e ele fez uma careta de dor. Porém, mesmo assim, ele não cedeu.

— É sim! — SeHun segurou meus braços. — Por acaso fez ele com outra pessoa? Não, foi comigo! Sendo assim, ele é tão meu, quanto seu!

— Odeio você! — as lágrimas começaram a cair novamente e eu perdi a força. SeHun me puxou e me envolveu em seus braços, me apertando em um abraço, mas teve que afrouxar por conta de seu braço machucado. — Ele deve estar tão assustado... — minha voz saiu abafada, pois eu praticamente enterrei a minha cabeça em seu peito.

Senti as lágrimas de SeHun molharem meus cabelos, e aquilo foi o suficiente pra desestruturar toda a raiva que eu estava sentido dele. Eu estava sendo tão injusto. É claro que SeHun estava sofrendo também, afinal, ele também é o pai de HunJin. Não posso odiá-lo. Não consigo...

— Me perdoe, por favor... Não posso viver sem meu filho, sem você. Não posso viver com o fato de você me odiar. Vocês são tudo para mim.

Pronto.

SeHun apertou o abraço, não se importando com o incômodo em seu braço direito. Céus, como eu estava necessitado desse abraço. Envolvi meus braços em torno de sua cintura, apertando e o puxando mais para mim.

Estar em seus braços me passa segurança e, foi só nesse momento, que eu deixei que toda a raiva se dissipasse completamente do meu corpo e da minha mente. Percebi o quanto eu estava sendo injusto com ele.

Jongin tinha razão.

Foi um acidente, SeHun não perdeu HunJin porque quis.

Afastei SeHun e vi que ele estava com as bochechas e o nariz vermelhos.

— Vamos achá-lo. — acariciei suas bochechas levemente rechonchudas, e até mesmo ri um pouco porque HunJin também tem essas bochechas. — E depois, vamos voltar para casa.

SeHun segurou a minha mão e eu apertei a dele.

Tenho tanto medo de que alguma hora ele a solte.

Depois de procurar na pequena vila, e depois um pouco na praia, SeHun insistiu para voltarmos para o hotel, mas eu não queria. Então, ele acabou me arrastando de volta. Eu só acabei concordando porque não havia nenhuma pousada com um quarto vago. Por conta do festival, as poucas pousadas que tinham estavam cheias.

Eu estava exausto, não vou mentir. Acabei dormindo no ombro de SeHun na viagem de ônibus de volta para cidade. Nossas mãos em nenhum momento haviam se soltado e isso me fez bem.

SeHun agindo assim, tão preocupado comigo, me conforta de alguma forma. Tê-lo ao meu lado me revitaliza, e isso se deve ao fato de que eu ainda amo muito meu ex-marido.

Chegamos ao hotel e vi Jongin no balcão da recepção, acho que estava fazendo as reservas dos quartos. Realmente, quando chegamos aqui, em Jeju, não havíamos feito nenhuma reserva, e, sim, ido direto para o quarto do SeHun e da Irene. Assim que me toquei disso, soltei a mão de SeHun, que me olhou confuso, e corri em direção a Jongin.

— Jongin! — chamei meu irmão que ficou aliviado em me ver.

— LuHan! — ele me abraçou e eu o abracei de volta. — Onde você estava? Eu te procurei pela cidade inteira!

— Eu estava procurando HunJin nas vilas... — abaixei a cabeça desanimado. — Ninguém viu ele.

Jongin não sabia o que falar. Não o culpo. O que ele poderia falar? Não haviam mais palavras suficientes no mundo que pudessem me consolar. Só vou me acalmar quando meu filho estiver comigo, são e salvo.

— Aqui! É a chave do nosso quarto. — ele me entregou.

— Você vai pra algum lugar? — perguntei.

— Vou na delegacia. Imprimi algumas fotos e vou entregá-las. Também vou ver como andam as coisas por lá.

— Eu vou com você.

— Não, LuHan, olhe o seu estado. Você precisa descansar. Estou ficando preocupado! Vai acabar ficando doente se continuar se torturando desse jeito.

— MAS EU JÁ ESTOU DOENTE, JONGIN! — gritei, e as pessoas começaram a me olhar.

— LuHan, fique calmo! Qualquer coisa eu ligo, okay? — Jongin segurou meus ombros e respirou fundo. — Lu, você precisa confiar em mim...

— Jongin... — as lágrimas começaram a cair novamente e ele me abraçou.

— Pare de chorar, por favor. Todas as vezes que você começa a chorar, eu sinto que meu coração não vai aguentar. Dói tanto... — meu irmão é uma pessoa incrível mesmo. As palavras de Jongin me acalmaram. Só ele mesmo para me fazer ver a luz no final do túnel uma hora dessas. Eu confio muito no meu irmão. — SeHun, preciso falar com você. — Jongin o chamou e depois olhou para mim sorrindo um pouco. — Suba, mais tarde eu volto.

Eu apenas obedeci meu irmão e fui para o quarto que ele tinha reservado.

Entrei no elevador e apertei o número seis, pois era o andar em que o quarto ficava. Me encostei nas paredes do elevador e respirei fundo, esfregando as minhas mãos pelo rosto. Me olhei no espelho que tinha ali e, só então, notei o quanto estava detonado. A minha aparência estava como a de um paciente em seus últimos dias de vida. Rosto pálido, lábios roxos (ainda devido ao soco que SeHun tinha me dado), olhos fundos e com enormes manchas roxas em volta dos mesmos. Praticamente um morto vivo.

❉ SeHun 

Esperamos LuHan entrar no elevador antes de começarmos a conversar. Jongin e eu fomos para o bar do hotel e sentamos nos bancos em frente ao balcão. Tirei o casaco com muita dificuldade. Meu braço estava todo dolorido e latejava de dor. Talvez depois de tomar um banho e um remédio para dor, ela diminua.

Eu tentei não fazer muitas caretas para que Jongin não percebesse o trapo que eu estava.

— O que vão querer? — o barman perguntou.

— Água com gelo. — pedi.

— Também. — Jongin falou. — Seu braço está bem?

— O que você quer falar, Jongin? Estou ficando nervoso. — ignorei o que ele tinha perguntado.

— Calma... Não é nada que você precise ficar nervoso. Quer dizer, não sei, enfim, o que eu quero te dizer é que Irene e Yixing voltaram para Seul.

— Como assim eles já voltaram? — me levantei do banco.

— SeHun, Yixing não estava em condições de continuar aqui. Ele estava assustado, e a preocupação e a culpa estavam afetando o garoto de uma forma que eu e Irene vimos uma hora do menino dar um piripaque.

— E por que ela não me ligou?

— Você não atendia. Dava caixa postal, fora de área. — o barman trouxe nossas águas e então Jongin tomou um gole da sua antes de continuar. — Irene achou melhor levá-lo de volta e esperar as notícias de lá. Ela disse que também não era uma boa ideia ela continuar aqui, ainda mais com o clima que está. Ela acha que ficando aqui só iria atrapalhar ainda mais as coisas. Provavelmente ela não aguentaria mais um baque com LuHan. — ele respirou fundo antes de continuar. — Sinceramente... se você não tivesse parado LuHan, mesmo da forma que você o fez, ele com certeza iria extrapolar todos, todos, todos os limites. Quando ele está com raiva, fica cego. Eu fico muito preocupado com essa atitude do LuHan nesses surtos. Eu já imaginava que ele iria gritar e espernear, mas nunca pensei que ele fosse capaz de ser tão duro com as palavras, e muito menos que ele iria falar daquele jeito com Yixing.

— Eu não queria ter batido nele, mas ele estava fora de si. Eu sei que tinha outras maneiras, mas eu não consegui controlar a raiva. A forma como ele falou com Yixing me descontrolou. Nunca encostei um dedo no seu irmão, Jongin, mesmo quando ele me deixava puto de raiva, quase arrancando os cabelos, eu nunca levantei um dedo pro LuHan.

— Eu sei, SeHun, e mesmo que tivesse levantado, eu sei que você não faria à toa. LuHan é um caso sério, porém, violência nunca é a solução.

— É o que eu diga, ele quase tirou meu braço do lugar com aquele abajur. — rimos da minha desgraça.

— Eu vou para a delegacia agora. — ele terminou a água. — Fique de olho no LuHan, ele precisa descansar. Por favor, não deixa ele sair, pelo amor de Deus. Eu já estou vendo uma hora dele ter uma parada cardíaca.

— Claro... Eu quase não consegui trazê-lo de volta para o hotel. Teríamos passado a noite em uma pousada, mas estavam todas lotadas.

— Foi melhor ele ter voltado. Lá ele não ficaria hospedado mesmo alugando um quarto. — Jongin olhou no relógio. — Fique de olho nele. Eu peguei pra ele o mesmo quarto que você havia reservado para Yixing e HunJin. Qualquer coisa, me ligue.

— Você também.

— Procure descansar também, SeHun, você está horrível. — ele deu um leve soco no meu ombro, e foi justo no do braço que estava machucado. — Isso foi por você ter batido no meu irmão. — ele falou e depois saiu com um sorrisinho nos lábios.

Filho da puta.

Fiquei mais um tempo no bar antes de subir para o quarto. Pedi um copo de whisky puro e liguei para Irene. Uma hora dessas ela já deveria estar em Seul. Eram só duas horas de viagem e, pelo que Jongin falou, eles foram assim que eu saí para procurar por LuHan, ou seja, já deveriam ter chegado há muito tempo.

O telefone tocou três vezes, e no quarto toque Irene atendeu com uma voz chorosa. Fiquei tão triste ao ouvir sua voz.

— Alô? — falei primeiro.

— SeHun?! Encontraram? — Irene estava muito preocupada.

— Infelizmente não...

— Meu Deus, onde ele está?! — Irene começou a chorar e isso partiu meu coração. Detesto ouvi-la chorar.

— Ei, ei! Nós vamos achá-lo. — tentei confortá-la.

— SeHun, e se... o mar... meu Deus!

— Irene, não pense nessas coisas. O lugar que estávamos no dia era distante da praia. E ele foi visto longe do festival, ou seja, longe do mar. Por favor, não coloque coisas assim na sua cabeça. Vamos pensar no melhor, por favor!

— Mas...

— Sem mas. — fiz uma pausa antes de continuar. — E por que foi embora? Por que não me esperou no hotel? Poderíamos ter conversado antes de qualquer coisa!

— Amor, não fica com raiva. Eu vim pelo bem do Yixing. Ele estava se martirizando muito, e, também, eu não queria que ele fosse mais alvo de LuHan. Se para você deve estar sendo difícil, imagina com nós dois aí. LuHan só ficaria ainda mais possesso.

Suspirei antes de falar.

— Irene... me desculpa, por favor. O LuHan, ele... ele é assim... ele... antes... a culpa é toda minha...

— SeHun, não precisa se desculpar. Não precisa! Cada um tem sua reação. Eu estaria um caos se fosse meu filho. Se já estou desesperada, imagine o LuHan, que o teve, a dor é ainda pior. HunJin é uma parte dele e sua, e ainda mais de LuHan, porque foi ele que o gerou por meses, e que lhe deu a luz. É claro que ele iria surtar. Não estou com raiva, nem o Yixing está. Só não parecia certo continuar aí, não somos parte da família...

— O que você está dizendo? É claro que fazem parte da família. Você é minha mulher e Yixing meu irmão. Então é claro que fazem parte da família. Vocês são minha família.

— Sim, nós somos, e LuHan também é. Pelo amor de Deus, SeHun, ele é o pai do seu filho. Vocês dois precisam estar juntos como família agora, mais do que nunca, para achar o filho de vocês. Eu queria estar aí, eu queria muito apoiar você, mas eu não sou bem-vinda. Não agora. — ela parou para respirar. — Quando as coisas se acalmarem, e vocês voltarem com HunJin, porque eu tenho certeza que ele vai aparecer, pode ser que as coisas voltem ao normal. Eu sei que tudo que o LuHan falou foram somente palavras momentâneas e cheias de raiva. Ninguém fala coisa com coisa quando está com raiva. Porém, eu assumo que errei em não ter prestado atenção no HunJin... eu... — Irene tornou a chorar de novo.

— Irene...

— Tudo bem... — ouvi ela assoar o nariz.

— Como está Yixing? — perguntei ao lembrar do meu irmão. Ele deve estar um caco. Ter que absorver tudo isso de uma vez só, e ele nem me conhece direito.

— Dormindo, finalmente. Não se preocupe, eu vou cuidar dele.

— Obrigado.

Irene riu.

— Eu te amo, me ligue qualquer coisa.

— Tá bem... — desliguei e terminei meu copo de whisky, pedindo mais um. Comecei a pensar em Irene. Ela é tão boa e compreensível comigo. Não merece uma pessoa como eu. — O que eu fiz pra merecer tanto amor assim de alguém? — me perguntei, enquanto bebericava a bebida que o barman havia trazido.

Não é justo.

Pensando em tantas coisas, eu suspirei derrotado e terminei minha bebida em um único gole, sentindo a minha garganta rasgar com o álcool. Fiz uma careta e chupei o limão.

Subi para meu quarto, indo tomar logo um banho assim que eu entrei. Tirei a blusa, gemendo de dor. Limpei a ferida do meu braço, quase chorando quando a minha mão batia nos pontos que eu tinha levado.

— Porra! — falei assim que precisei tirar o sabão e ardeu pra caralho. — se meu braço cair, eu arranco o do LuHan! — esfreguei suavemente.

Depois de tomar banho, fiz um novo curativo. Assim que terminei, olhei para o relógio e já eram oito horas da noite. Minhas pálpebras ficaram pesadas e eu acabei agarrando no sono.

Em meus sonhos, HunJin apareceu. Ele estava tão feliz. No sonho eu o abracei por tê-lo encontrado. O beijei, e ele sorria, pedindo que eu parasse, mas eu não consegui soltá-lo.

"Nunca mais vou perder você!" Eu disse pra ele.

"Mas eu não estou perdido, papai, eu estou aqui!" Ele falou e eu fiquei confuso, precisei me afastar para olhar em seu rosto e tentar entender o que ele queria dizer com aquilo.

"Onde??" Ele havia sumido.

"Aqui!" Falou, mas eu não conseguia vê-lo.

Era como se ele estivesse em outra dimensão e eu havia sido levado para outra diferente da dele. Fomos separados de novo.

"Mas não estou te vendo! HUNJIN!" Corri não sei para onde, desesperado.

"Papai!" Ele me chamava, e sua voz ia se distanciando cada vez mais de mim.

"Cadê você?" Eu estava desesperado. Para onde eu olhava, só via uma grande imensidão branca.

"Aqui!" Sua voz soou na minha cabeça.

Acordei extremamente suado e atordoado por causa do sonho. HunJin em um momento estava em meus braços, e quando me afastei para olhar em seu rosto, ele não estava mais. Eu só conseguia ouvir sua voz ficando cada vez mais distante.

Olhei para o relógio e já era meia-noite. Peguei meu celular, mas não havia nenhuma ligação. Apenas uma mensagem de Jongin dizendo que chegaria de manhã no hotel.

Decidi tomar outro banho, pois estava todo suado e isso estava me incomodando, o suor estava fazendo a ferida arder. Por que essa porra tem que ser salgada?

Depois do banho, decidi fazer o que Jongin me pediu.

❉ LuHan 

Desde que cheguei aqui, não paro de chorar. A angústia em não ter notícias de HunJin está me deixando extremamente ansioso e com os nervos à flor da pele. Quando fico assim, uma das únicas coisas que me acalma é o cigarro. Infelizmente tenho esse hábito.

Só estava vestindo um samba calção, enquanto observava pela janela o trânsito lá embaixo. Quando já estava no, sei lá, décimo segundo cigarro, eu acho, escutei uma batida na porta.

— Quem é?

— Sou eu! SeHun! Abre a porta, por favor.

O que ele quer a essa hora da noite?

— Está aberta.

Ele entrou abanando o rosto e tossindo, por conta da fumaça, e eu revirei os olhos.

— Cristo, desde quando você fuma? — perguntou, e eu percebi a decepção em sua voz.

— Não sei... acho que comecei assim que tive HunJin, ou foi pouco tempo depois... Não lembro. — respondi com naturalidade porque eu não me importo mais com isso.

— Você fuma perto de HunJin? — perguntou após sentar na cama.

— Às vezes, porque ele não desgruda de mim. — revirei os olhos novamente. — Não me julgue, okay? E só para você saber, eu fumo na varanda, onde venta muito, então ele não inala nenhuma fumaça.

— Você tem asma. — ele falou com um tom sério.

— Eu sei... — falei sem demonstrar preocupação.

— Então pare de fumar.

Continuei sem dar importância.

Ele levantou e tirou o cigarro da minha boca, o jogando no chão e apagando com o pé. Olhei pra ele com os olhos semicerrados. Quem ele pensa que é?!

Fui até a cama, onde estava a carteira de cigarro, e peguei mais um, porém SeHun tomou novamente da minha mão e o quebrou.

— SeHun, se eu quiser fumar, eu fumo, e você não tem nada a ver com isso! — peguei a carteira novamente. Ele, então, pegou a mesma das minhas mãos e, dessa vez, a jogou pela janela. Fiz um perfeito "O" com a boca. — POR QUE VOCÊ FEZ ISSO?

— PORQUE EU TE AMO, PORRA! — gritou de volta e eu fiquei paralisado. — E se eu fosse você... eu voltava pra mim.

Fiquei incrédulo ao escutar aquilo. Eu só podia estar sonhando. SeHun tinha ficado louco!

Virei o rosto, mas SeHun logo veio e me beijou desesperadamente.

Em minha mente, todas as lembranças vieram em um turbilhão, e agora pareciam extremamente vívidas. Eu sentia o calor da sua pele. Havia uma tensão gostosa, e um arrepio quente que se espalhou por todo meu corpo.

Uma série de questionamentos surgiu em minha mente, mas ignorei todos, com medo das respostas que poderia obter se continuasse a pensar nos mesmos.

Estou entorpecido pelo seu beijo. Como eu poderia ignorar toda nossa história? Como poderia ignorar o fato de que ainda o amo? Eu e SeHun não tivemos só maus momentos em nossas vidas.

Eu lembro, eu lembro de todas as declarações de amor que ainda são músicas para meus ouvidos naquele momento. E a vontade de tocá-lo, despir seu corpo e sua alma, como poderia deixar de lado?

Nos afastamos, e SeHun me pôs de frente para ele.

— Confesse que me quer, LuHan... — ele pediu, e eu sabia que sua fala era muito mais pervertida do que o que ele realmente quis dizer.

— Eu ainda quero você... — sussurrei de volta, e agora nada mais importa.

Era tão natural, e é claro que eu lembrava do quanto nossos corpos pareciam se encaixar perfeitamente. Eu senti falta de seu carinho durante o tempo em que estivemos separados. Agora eu podia senti-lo, e estava ansioso por isso. Nossos lábios se encontraram sem pressa novamente, de forma suave, mas não menos intensa.

Logo SeHun se desfez do short que eu vestia. Suas mãos tateando de forma lenta a minha pele, em um carinho que me fez lembrar do nosso sexo, dos nossos bons momentos.

Seus olhos percorreram meu corpo com certa nostalgia, e assim que o seu olhar encontrou o meu, demos um sorriso espontâneo. Iriamos nos amar e estávamos ansiosos por isso.

SeHun ajoelhou-se à minha frente e envolveu meu membro rígido entre seus lábios. Voltei novamente a dois anos atrás, sentindo meu corpo esquentar por suas carícias. O calor de sua boca envolvendo cada centímetro do meu pênis era entorpecedor, e, mais do que a excitação, eu senti novamente a segurança que só ele é capaz de me passar.

Isso porque nunca tínhamos deixado de amar um ao outro. Sim, é óbvio que o nosso amor ainda está vivo e agora queima entre nós.

A confusão de sentimentos transbordou em mim, e as lágrimas começaram a surgir. Só percebi que estava chorando quando vi as lágrimas caírem no rosto de SeHun, e ele não deixava que seus olhos se desprendessem dos meus em nenhum instante.

Eu não tirei a minha atenção de SeHun por nenhum momento.

Sinceramente? Eu já não ligava pra mais nada, não ligava pro fato dele estar comprometido, ou que nosso passado fosse ainda um ferida aberta, desde que possamos continuar com esse reencontro.

SeHun ficou novamente de pé, tirando suas roupas uma a uma e atirando-as em qualquer canto do quarto. O corpo dele causou-me uma queimação no meu corpo inteiro e eu não conseguia parar de admirá-lo. Ele é tão lindo...

— SeHun...

Ele cobriu meus lábios com seus dedos.

— Vamos só... aproveitar... — minha incerteza daquele momento fazia com que o medo me invadisse; medo de que talvez esse fosse nosso último momento juntos. Eu, então, o abracei como se nunca mais quisesse soltá-lo.

— Eu te amo. — confessei sussurrando em seu ouvido.

O silêncio que se seguiu entre nós me deixou agoniado. Enquanto as mãos de Sehun vagavam pelas minhas costas eu sentia a sua respiração quente no meu pescoço.

— Eu também te amo. — ele enfim respondeu num tom solene. — Achei já ter dito isso alguns minutos atrás. — isso foi o suficiente. Meu corpo inteiro estremeceu. Pela primeira vez, depois de muito tempo, eu senti que minha vida estava no lugar certo.

Empurrei SeHun para cama, e esqueci completamente que ele estava com o braço machucado.

— Amor, desculpa... — pedi, indo em sua direção, pois ele havia feito uma cara de dor.

SeHun me olhou com curiosidade, e, então, se arrastou até a cabeceira da cama e se encostou nela.

— Tudo bem, pode vir... — ele disse e eu assenti.

Comecei a engatinhar lentamente sobre suas pernas até minha boca chegar perto da dele. SeHun ia falar alguma coisa, mas eu o calei com um beijo desesperado por mais contato.

Quando separei nossas bocas, notei que ele sorria extasiado. Comecei a descer meu corpo, levando meu rosto em direção ao seu membro, que já tinha resquícios de pré-gozo. Lambi sua glande e o ouvi gemer baixinho.

Isso tudo estava me enlouquecendo, imagino que esteja acontecendo o mesmo com ele.

Passei a minha língua mais vezes por todo o seu pênis, vez ou outra o sugando. SeHun não parou de gemer um segundo sequer. Senti sua mão em meus cabelos, puxando-os levemente.

Aumentei a velocidade por uns segundos e depois retirei minha boca do seu membro, para, então, iniciar uma masturbação lenta. Olhei para SeHun, que estava de olhos fechados e com a boca entreaberta. Essa cena me fez sorrir.

— Você sentiu falta?

Ele abriu os olhos pra me olhar.

— Você sabe que sim... — ele respondeu num sussurro e, puta que pariu, aquilo me excitou mais ainda.

— Então me mostre...

Imediatamente ele me puxou, e eu acabei caindo ao seu lado na cama. Quando me dei por conta, SeHun já estava por cima de mim.

— Quer que eu te mostre, LuHan? — ele levou sua boca até um dos meus mamilos e sugou com força, me fazendo perder o fôlego instantaneamente. — Quer que eu fale o quanto sonhei em te tocar assim novamente? — falou contra minha pele, e então mordeu meu mamilo, quase me fazendo gritar de prazer.

Incrível como SeHun ainda tem controle sobre meu corpo.

— Q-Quero... por favor...

Ele sorriu e levou dois dos seus dedos até minha boca, me fazendo lambê-los até estarem suficientemente melados. Com a outra mão, SeHun afastou minhas pernas uma da outra e colocou um dedo em minha entrada. Comecei a gemer um pouco alto com a sensação prazerosa do vai e vem de seu dedo em meu interior.

Segundos depois, senti outro dedo ser colocado em minha entrada, a entreabrindo. Céus, não consigo parar de me contorcer.

— S-SeHun... e-eu preciso de mais...

Então, ele retirou seus dedos de dentro de mim e se posicionou entre minhas pernas. Senti algo maior e mais grosso me penetrar. Doeu um pouco, mas revolvi não ligar pra isso.

— Se doer muito, eu quero que me avise, okay?

— Com você sempre é bom... — falei e ele sorriu. E assim nossos lábios se encontraram mais uma vez, e lá estava o que eu sempre sonhei para nós. Um lar, uma família. Eu queria aquilo, eu queria a paz interior de estar ao seu lado, de ter segurança. Ainda sorrindo, e sem parar de me olhar, SeHun entrelaçou nossos dedos. Aquele gesto tão simples me fez viajar no tempo, e só de saber o quanto o espaço entre nossos dedos ainda se encaixavam perfeitamente, eu sorri. — Eu quero tanto você... — falei e acenei com cabeça, indicando que ele já podia começar.

Na minha cabeça vieram as lembranças. A chuva de arroz, as juras de amor, as rosas. E ter SeHun desta forma, sentir seus toques outra vez, tudo isso me fez ter a certeza de que nada mudara entre nós.

SeHun começou a estocar devagar. A sensação de tê-lo dentro de mim novamente era algo que eu ansiava muito nesses últimos dias.

Eu havia feito sexo com dois, ou três homens, que saí durante esse tempo em que estivemos separados, mas era somente com SeHun que eu me sentia completo e com quem o sentimento de família sempre esteve associado.

SeHun sentou-se na cama, pedindo para que eu sentasse em seu colo, e logo eu comecei a rebolar com seu membro dentro de mim. Ele agarrou a minha cintura com força, o que me fez gemer de dor, mas de nenhuma forma me senti incomodado. Nos abraçamos, e eu tentei com todo cuidado não machucar seu braço, mas era quase impossível que eu não colocasse um pouco de pressão em seus ombros enquanto eu subia e descia em seu membro, e mantinha minhas unhas cravadas em sua pele.

Ele beijava meu pescoço, dando leves chupões, e com a língua ele traçava um caminho até o lóbulo da minha orelha. Essas ações estavam me deixando à flor da pele. Principalmente quando ele fazia tudo isso, colocando força e pressão na minha cintura, me instigando a rebolar ainda mais.

— Você é muito gostoso, Lu... — ele arfou ao falar aquilo. Eu nada respondi, estava imerso demais no prazer, e quando ele apertou novamente a minha cintura, eu não aguentei.

Gemi alto seu nome.

SeHun deixou seu corpo cair e eu não parei. Passava as mãos freneticamente por toda a extensão de seu peitoral, até que ele levou as mãos dele ao meu pênis e com o dedão apertou a glande, e passou a me masturbar. Eu comecei a pular ainda mais em seu colo.

Vez ou outra ele me puxava pela nuca para selar nossos lábios em beijos nervosos. Nossas línguas mais tateavam nossas faces do que se enroscavam umas nas outras.

Alguns segundos depois, já senti minhas pernas tremerem, eu já estava ficando sem forças. Acho que SeHun percebeu isso, e logo inverteu as posições, ficando por cima de mim novamente para começar a estocar mais rápido. Apertei suas costas com força, arranhando sua branca e quente pele. SeHun gemia e falava sacanagens em meu ouvido, enquanto arfava e gemia meu nome arrastado. Minha próstata foi atingida inúmeras vezes, me fazendo abraçá-lo ainda mais.

Senti meu ápice se aproximando e gemi em frustração.

Por que tem que ser tão bom?

SeHun logo acabou se desfazendo dentro de mim, e depois de mais umas estocadas eu cheguei ao meu ápice. Ele desabou sobre meu corpo após retirar seu pênis de dentro de mim.

Mais uma vez fui até seus lábios, os selando em um beijo intenso, porém acalmado, devido nossos corpos estarem cansados. Nossas respirações estavam pesadas, e tentávamos recuperar o fôlego do ato, e, só então, quando acalmamos elas, SeHun rolou pro meu lado.

Eu tinha os olhos fechados, ainda submerso com a intensidade do meu orgasmo. Olhei para SeHun com os olhos semicerrados e ri ao ver o completo caos em que ele estava. Os cabelos bagunçados e com fios colados em sua testa, devido ao suor. Eu também não devia estar muito diferente.

Ele transpirava, devido ao cansaço e a intensidade com que havíamos acabado de fazer sexo, mas, ainda sim, acabou dormindo serenamente ao meu lado.

Droga, eu ainda o amo tanto.

Continua...

 



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