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História Ainda sozinha - Ainda sozinha - capitulo único


Escrita por: tartaruja

Notas do Autor


Isso é só algo que eu me senti inspirada um dia desses e resolvi trazer pra você, espero que gostem!<3

Beijos da Tia Tartaruja.

Capítulo 1 - Ainda sozinha - capitulo único


Talvez estivesse cansada. Mas como poderia? Pessoas como ela não se cansam. Deveria eu chamar de pessoa? Ou ser?  Não sei ao certo se está viva... Vamos dizer que esteja com base na frase "penso, logo existo". Ela queria estar cansada. Talvez fizesse-a se sentir viva. Mas como poderia ela se sentir viva se, de fato, não estava?

Yui era só mais uma utilidade dentre outras milhões nos telefones celulares. E não, pessoas como ela não se cansam.

Mas de certa forma estava cansada. Estava cansada de não estar cansada. Cansada de não estar viva. Todo dia se perguntava se poderia ser como eles. Se seria como os humanos que gastam seu tempo olhando para o aparelho que Yui controlava. Tantas coisas para fazer, tantos lugares para ir e escolhiam o de mais tedioso que existe: ficar observando uma tela vinte quatro horas por dia, sete dias por semana.

Tudo bem, tudo bem. Pode-se dizer que haviam coisas para fazer quando se olhava para a tela, mas seriam elas mais importantes do que viver?

O que Yui não daria para viver do outro lado da tela.

Maior era a indignação dela por mentir que sentiam. Todos mandam seus preciosos emojis, "kkk"s e "sdds"s. Mas de fato, não faziam a carinha que mandavam, não levantava o canto da boca, quanto mais riam? As pessoas viraram pessoas de mentira, num mundo de mentira e contavam mentiras. Viraram um texto de palavras vazias e aleatórias.

Yui monitorava agora o celular de uma mulher, deveria ter 24 anos. Ela ( Yui, não a mulher) era encarregada de monitorar os celulares e retratar os problemas para próxima atualização e reparo de danos. Seu lar mudava todo santo minuto, e até mesmo segundos. Nunca pensara o quão trabalhoso deveria ser mudar de lugar. Na verdade, tais tarefas eram difíceis apenas para humanos. Até porque, Yui não levava nada consigo. Também o que levaria? Yui não tem forma. Ela apenas existe. Apenas está lá, ouvindo, olhando, melhorando. Alguns segundos depois, seu trabalho naquele telefone acabou e logo foi para o próximo. Dessa vez via uma menina risonha de cabelos negros nem tão curtos nem tão longos. E falava e explicava tudo para a avó, guiando seu dedo pela tela. Yui queria ter uma árvore genealógica. Mas não tinha. Pai, mãe, irmãos, nada. Sempre fora ela, ela e ela. E claro a média de 7 bilhões de pessoas que passava o tempo visitando.

Voltando a velhinha e sua neta: a senhora deu um meio sorriso e com a mão livre afagou os cabelos da neta. Dentro do celular da senhora não havia nada. Assim Yui se dirigiu a outro telefone. E a outro, outro e outro.

Sempre diferentes, Sempre semelhantes. Os mesmos mentirosos de sempre.

Yui continuava lá. Trabalhando. Existindo.

Programas descansam? Suponho que não. Yui sempre esteve e sempre estará fadada a um trabalho sem paradas. A uma não-vida sem descansos.

Cômica era a situação em que olhava para a pessoa do outro lado e se perguntava: "Essas pessoas realmente sentem?" quando, na verdade, Yui nunca sentira. Gostaria de amar, de chorar, mas nada disso podia. Nada disso conseguia fazer.]

O que poderia fazer era parar de se cansar de não poder se cansar e continuar trabalhando.

Os dias se passam. E ela ainda está sozinha.


Notas Finais


Bom, então foi isso gente. A intenção dessa história era de só ter um capítulo, mas se vocês tiverem gostado eu posso desenvolver.

Beijos de arco-íris,

Tia Tartaruja.


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