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História Ainda temos tempo - Descontrole


Escrita por: KIAN-

Notas do Autor


Oieeeeeeeeeeeee~ <333

Bem, serei breve porque estou um pouco atrasada ara o ensaio.

Este capitulo está bem... se preparem!
Não é o ápice ainda, mas é um deles

Desculpem os erros e o capitulo ter ficado curto ><
E muito obrigada aos comentários e favoritos <333

Boa leitura <333

Capítulo 53 - Descontrole


Fanfic / Fanfiction Ainda temos tempo - Descontrole

“Sim, minha força está na solidão. Não tenho medo nem de chuvas tempestivas nem das grandes ventanias soltas, pois eu também sou o escuro da noite. ”

                                                 - Clarice Lispector

 

*Junhong pov’s*

 

A nossa apresentação de Warrior seria amanhã, pensamos em cancelar por causa de Youngjae, mas ele afirmou que estava bem e que queria participar. Na sala do clube eu estava mais quieto do que o habitual, assim como meu primeiro dia de aula. Eu notava Bang me encarando, mas fingia não o fazer, Himchan era o mais desconfiado de que algo de errado havia acontecido, mas até então não disse nada a respeito. Youngjae possuía olheiras debaixo dos olhos, provavelmente pela noite mal dormida e Daehyun se ocupava em se preocupar com ele, já Jongup assistia um vídeo em seu celular distraidamente.

— Deveríamos ensaiar um pouco Warrior, já que a apresentação é amanhã! — Jongup falou, concentrado em seu celular. — Só dar uma recapitulada! — largou o celular ao seu lado.

— Concordo! — Daehyun falou, me contentei em assentir.

Jongup se levantou, assim como todos nós, e pôs a música para tocar. Cada um em suas posições, começamos a dançar, o único problema é que na coreografia eu interagia com Bang, o que fez o clima ficar extremamente tenho, pelo menos entre nós. A coreografia continuou e eu frequentemente errava os passos.

— Hey, Zelo! — Youngjae chamou.

— Hum?

— Tudo bem? — perguntou. — Você está estranho! Está errando todos os passos!

— Ah… desculpe! — cocei a nuca. — Estou com a cabeça um pouco cheia!

— Aconteceu alguma coisa? — perguntou se aproximando. Olhei para Bang de relance.

— Não, estou bem! — sorri curto. — Vamos voltar a ensaiar!

O ensaio continuou, mas minha cabeça estava longe deste. Após um tempo considerável ensaiando, seja dança ou canto, demos uma pausa. O lado bom dessas atividades, é que me faziam esquecer, o ruim, é que era impossível esquecer quando Yongguk estava no mesmo ambiente.

— Woah, estou tão nervoso, a gente vai aparecer na TV! — Jongup dizia empolgado.

Já era tarde, quase na hora que normalmente íamos para casa. Me levantei e peguei minha mochila.

— Eu vou indo na frente! — disse, tentando parecer o máximo natural possível.

— Já? — Daehyun perguntou. Assenti.

Sai da sala para ir para casa, mas no corredor sou parado por uma mão em meu pulso.

— Junhong! — era Yongguk.

— Me solta Bang! — puxo o braço.

— Jenny e eu não estamos namorando!

— Mas estavam!

— Foi tudo um mal-entendido Zelo, me deixa explicar direito e eu prometo que se depois de tudo que eu falar, você continuar me odiando, eu… — fez uma pausa. — Eu te deixo em paz!

Pensei sobre e após um momento de hesitação assenti.

— Tudo bem!

— Eu e Jenny somos amigos de infância, nos conhecíamos a muito tempo e na adolescência acabamos namorando. Jenny ia se mudar para o exterior e antes de viajar nós ainda estávamos namorando e prometemos que iriamos “nos guardar” até que ela voltasse, mas ela não entrou em contato e eu não consegui entrar em contato com ela também, então resolvi seguir em frente, conheci outras pessoas, me relacionei algumas vezes e conheci você! — explicava devagar e eu apenas ouvia em silêncio e com um bolo se formando em minha garganta. — Eu não contei sobre essa história porque não achei necessário, mas aí ela apareceu!

Engolia a seco repetidas vezes, meu pomo de adão subia e descia em ardência, minha visão era embaçada pelas lágrimas que eram contidas.

— Eu entendo Bang! — sequei as lágrimas que rolavam por meu rosto com a manga do casaco. — Eu entendo! Mas por que me escondeu isso? — falei aumentando a voz. — Por que mentiu dizendo que era mensagem da operadora? Hein? — gritei. — Por que não confiou em mim?

— Não é isso! — se aproximou. — É que…

Foi interrompido pelo toque de meu celular. O peguei do bolso e sequei o rosto com a manga do casaco novamente.

— A-alô? — atendi, era minha mãe.

Filho? Você está bem?

— Sim, eu estou bem! — funguei. — Por que me ligou?

Seu pai ligou para você?

— O-o que? — paralisei. — Por que?

Ele ligou, não ligou?!

— Sim! — falei sério. — Ele ligou! — Bang ouvia quieta e atentamente.

Você poderia vir para casa? Preciso conversar com você! — seu timbre de voz era sério.

— Estou indo! — desliguei o celular. — Eu preciso ir! — me virei para ir embora.

— Zelo! — segurou me pulso. — Está tudo bem?

— Eh… eu… eu não sei! — falei fitando o chão e subi meu olhar a si. — Sobre o que você falou…

— Junhong, eu confio em você! — me interrompeu. — Eu deveria ter contado, eu queria tentar resolver a situação com Jenny e explicar tudo, para não gerar nem uma confusão, mas deu tudo errado! — soltou meu pulso. — E sobre ontem no hospital… desculpe!

O fitei por um momento.

— Eu prometo lhe dar uma resposta! — falei antes de sair as presas da escola.

Precisava pensar sobre todos esses ocorridos, era muita informação de uma vez só. Me dava medo imaginar o assunto que minha mãe queria tratar comigo. Qualquer coisa relacionada ao meu pai me assustava. Fui o mais rápido possível para casa.

 

— O QUE? — me levantei de supetão do sofá. — Isso é sério? Ele quer lutar por minha guarda?!

— Sim, parece que sim! — segurou minha mão, me fazendo voltar a me sentar.

— Mas por que? Depois de tudo e de todo esse tempo…

— Eu sei, isso é muito estranho! — suspirou. — Acredito que ele queira se reconciliar com você!

— Se reconciliar?! — falei indignado. — A primeira coisa que ele fez quando saiu da prisão foi vir atrás de mim e me agredir! — alterei a voz. — Alias, por que ele saiu da prisão?

— Eu não sei filho, mas eu lutarei por sua guarda! — falou. — Ele é ex presidiário, não conseguirá ganhar de mim!

— É, mas pode conseguir guarda compartilhada! — falei preocupado.

— Não deixarei isso acontecer! — sorriu doce. — Agora vá tomar um banho e desça para jantar!

 

*Yongguk pov’s*

 

— Ah, eu não acredito! — Daehyun reclamou. — Está chovendo!

— Não seja exagerado, é só uma garoa! — Jongup falou.

 — Será que mesmo assim terá o evento? — Youngjae perguntou.

— Creio que sim, tem bastante público! — Himchan apontou para a multidão. — Mas cadê o Zelo? Vamos começar daqui a pouco!

Peguei meu celular para mandar mensagem, mas antes que o faça ele aparece correndo.

— Desculpa, me atrasei! — respirava ruidosamente. — Que horas vamos nos apresentar?

— Daqui a pouco! — Himchan falou.

Nossa apresentação não seria feita em um palco, mas sim ali mesmo, no solo. Um rapaz se apresentava, ele tocava violão e cantava, a plateia se amontoava ao seu redor e de frente para este estava a câmera que filmaria o evento e também nossa apresentação. A única coisa que separava a plateia do rapaz era uma faixa de limite, que era prontamente cumprida. Seriamos os próximos, a chuva estava fraca, mas atrapalharia a gravação e nossa performance. Olhei para Zelo ao meu lado, ele parecia nervoso, como sempre ficava antes das nossas apresentações, mas também parecia preocupado, pensativo, pesado. Como se carregasse o peso do mundo nas costas. Olhei para sua mão. Normalmente seguraria ela para tranquiliza-lo e também a mim, era como um ritual antes de nos apresentarmos, mas sentia que não podia. Só queria poder segurar sua mão, mas não podia. Junhong parecia tão distante, sabia que algo ruim havia acontecido. Algo além do mal-entendido que causei.

— Agora são vocês! Estão prontos? — perguntou um staff.

— Sim, estamos! — disse.

O rapaz que antes se apresentava, agora se retirava aos aplausos de quem assistia. Nos prontificamos em nossas posições iniciais. Todos já estávamos com os microfones estalados. A música começou, Zelo interagia comigo nesta parte. Diferentemente dos ensaios do dia anterior, ele não parecia com raiva, mas parecia cansado, sem aquela energia empolgante que sempre estava enquanto dançava e fazia se rap. Mesmo não errando os paços ou a letra, sentia que estava errado. Zelo estava sobrecarregado prestes a desmoronar, assim como um castelo de cartas.

Continuamos a apresentação, cada qual cantando sua parte como nos ensaios e dançava igualmente. O rap de Zelo estava como sempre, mas parecia mais sem vida. A chuva atrapalhou bastante, como consequência desta, resvalamos algumas vezes, mas não chegamos a cair. A música estava no final, com o trecho de Zelo em “Get Down”, na parte em que ele é cercado por nós e atua levar um tiro e cai no chão. Essa cena pareceu mais dramática e realista do que das outras vezes. A expressão no rosto de Zelo era sôfrega e debaixo da chuva, com as roupas e cabelos molhados de um jeito atrativo, despencou no chão. Nós cinco, atuando cerca-lo e atira-lo, me fez refletir. Essa era como uma metáfora de como Junhong se sentia, como sua doença o fazia se sentir. Cercado, sem ter para onde ir, encurralado. Ver ele deitado sobre o chão, em uma poça de água me doeu o coração. Ele parecia tão ferido, tão frágil, só queria tira-lo da chuva e lhe acolher em meus braços.

Os aplausos foram ouvidos, a apresentação acabou, Zelo se levantou e se curvou diante de todos, assim como nós. Saímos de onde nos apresentávamos e demos espaço para os próximos eventos. Falamos brevemente com o staff e fomos informados que após a edição, nossa apresentação, assim como outras, seria transmitida no ar. Resolvemos sair da chuva, como não teríamos mais nada para fazer resolvemos voltar para casa. Fomos até a estação férrea para pegar um trem. Como morávamos perto, com a distância de algumas quadras, íamos para o mesmo lado. O trem estava um tanto lotado, Zelo e eu conseguimos um lugar para sentar perto das portas, Jongup estava sentado ­— mesmo envergonhado — no colo de Himchan nos acentos oposto ao meu e de Junhong. Youngjae e Daehyun estavam de pé no espaço ao lado da porta, Daehyun tinha os braços a cada lado do rosto de Youngjae, protendo este de ser esmagado, cotovelado ou pisado. Admito que era uma cena fofa.

— Junhong! — o chamei baixinho. Ele levantou seu olhar, antes de seus pés, para meu rosto.

— Hum? — piscou algumas vezes.

— Como você está?

— Acho que bem! — falou normalmente, sem o tom de raiva e magoa de antes, isso me aliviava um pouco.

Olhei para suas mãos que estavam sobre seus joelhos e novamente a vontade de segura-las veio à tona.

— Aconteceu alguma coisa? — perguntei, mesmo sendo óbvio para mim.

— Sim! — disse, mas não contou o que aconteceu. Cedi a minhas vontades e com uma das mãos segurei a dele. Junhong me olhou e depois para nossas mãos.

— Sobre sua resposta… — lhe fitei quando este se pronunciou. Os alto-falantes anunciaram a estação desejada e as portas se abriram. — Chegamos!

Me levantei junto dele, e saímos os 6 para fora, cada um foi para um lado e eu permanecia ao lado de Zelo. A chuva sessou, mas o vento ainda era gélido.

— Bang… — chamou após um tempo em silêncio. Ele iria continuar, mas é interrompido novamente.

Meu celular vibrou no bolso e eu o peguei. Era uma mensagem de Jenny, dizia que ela queria conversar. Zelo acelerou o passo, me deixando para trás. Guardei o celular no bolso e dei uma corridinha, o alcançando.

— Hey! — seguro seu antebraço e ele o puxa.

— Esquece o que eu ia falar, está bem?!

— Mas…

— Era mensagem dela não era?

— Era, mas.

— VIU! — falou mais alto. — Você nem hesitou em ler a mensagem dela!

— Zelo, eu não sabia que era dela, nem sabia quem mandou!

— O que importa! — gritou.

— Você está sendo irracional!

— E você queria que eu fizesse o que? Hein? — ele estava exaltado e não parecia pensar com clareza.

— Para com isso, não precisa ser assim! — dei um passo em sua direção.

— Você quem quis assim! — falou. — Você estava namorando outra pessoa enquanto estava comigo, mentiu para mim! — sua voz era alta. — Já não basta os problemas que eu tenho, por que você faz isso?!

— Junhong, você está irritado, se acalma! — dei mais um passo em sua direção.

— EU NÃO ESTOU IRRITADO! — gritou. — Está me chamando de louco?

— Eu não disse isso!

— É, mas pensou! — Junhong estava em um estado de raiva e irritação semelhante da vez que o vi brigando com Hyuk. Devido a prováveis grandes emoções, stress e problemas, acabou o sobrecarregando e consequentemente o deixando neste estado de irracionalidade. Ele estava no meio de um surto de raiva.

— Junhong, me escuta, eu não acho você louco e você não é! — me aproximei mais.

— Sai! — me empurrou, fazendo cambalear dois passos para trás. — Por que continua atrás de mim? Por que não vai ficar com a Jenny?

— Para com isso zelo! — falei agora um pouco mais alto. — Eu errei em não contar para você assim que ela entrou em contato, mas é de você que eu gosto!

— Para! Para de falar! — tampou os ouvidos com as mãos e apertou os olhos.

— Zelo! — me aproximei novamente e segurei seus antebraços. Zelo começou a me estapear e gritar coisas sem nexo. — Para com isso!

— Me larga! Eu te odeio! — gritava. — Eu te odeio! Me solta! — me empurrou com força, me fazendo desequilibrar e cair para trás, batendo a cabeça na quina da lixeira e atingir o chão, caindo por cima de meu braço.

Soltei um grito de surpresa e dor. No canto de minha testa o sangue escorria, meu braço doía em uma torção. Minha cabeça latejava em reclamação.

— Meu deus! O que foi que eu fiz?! — Zelo tapou a boca com as mãos em espanto. — D-desculpa, eu… — deu um passo para frente para me ajudar, mas deu dois para trás, assustado com o próprio ato. — Eu sinto muito, eu… eu não…

Zelo estava assustado e confuso. Seu olhar demonstrava seu arrependimento, medo e preocupação. Seus olhos já se viam umedecidos e brilhantes pelas lágrimas que se formavam. Antes que eu possa dizer qualquer coisa, Junhong sai correndo.

— Zelo! — me apoiei na mão para me levantar, mas senti uma dor aguda no braço. — Argh! Droga!


Notas Finais


Oieeeeeeeeeeeeee~ <333

E então? O que acharam? Espero que tenham gostado! <333

Essa apresentação deles e essa capa... consegui imaginar direitinho, espero que vocês também!

Sobre a cena no trem
Up no colo do Channie <333
Dae protegendo o Jae bem coladinho nele <333
Bang e Zelo de mãos dadas <33

E esse surto de raiva do Zelo?! @o@
Bem que a psicóloga dele (mãe do Himchan) falou para ele cuidar a raiva, que esse era um novo sintoma e que era alto-defesa, lembram?!

Bem, é isso, espero que tenham gostado e desculpem os erros <33

Beijosssssssss~ <333


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