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História Airplane. - Airplane.


Escrita por: rakuromi

Notas do Autor


Ooiiii meus amores ^.^
A titia aqui não se dá muito bem com one, mas né... A gente tenta hehehehe e foi feita com muito carinho pra vocês, espero que gostem, realmente <3

"Sugestão": Leia ouvindo "Airplane - IKON", a música que me inspirou a fazer a one ^.^

Boa leitura >.<

Capítulo 1 - Airplane.


Fanfic / Fanfiction Airplane. - Airplane.

Éramos próximos. Infância. Adolescência. Juventude... Mas... Se eu pudesse, voltaria atrás e faria disso eterno. Não pude. Era tarde demais. E a culpa disso tudo é minha, apenas minha. E isso me pesará para sempre.

 Apenas eu e ela, crianças inocentes soltas no mundo, na época. Livres da maldade do mundo. Livres de toda malícia. Incapazes de entender os motivos da vida.

 Era brincar, sorrir e sem perceber, já existia amor. Mas não podíamos ver, pois para todos era apenas primeiro amor, o infantil, aquele que ninguém dá atenção. Aquele tipo de amor que todos acreditam que sumirá em questão de dias, ou até mesmo horas. Bom... Mas essa não é a minha história.

 Tínhamos apenas 7 anos quando nos conhecemos. Ela era nova na rua. Eu já havia feito vários amigos, nos juntávamos e íamos brincar. Ela nunca saía de casa, mas um dia me desafiaram a chama-la e mesmo com o coração na mão eu a chamei. Não haviam aulas, era época de férias. E a mãe dela atendeu, logo quando eu disse que estava chamando a filha dela para brincar, um sorriso enorme ela abre, dizendo: “É a primeira vez que isso acontece! Vou chama-la, espere um pouco”. E vejo uma menina de cabelos castanhos, os olhos pareciam uma floresta de tão verdes, sardas por algumas partes do rosto. Usando um short rosa, uma camiseta meio florida e chinelos que pareciam ser novos. Era uma menina perfeita, porém bem tímida.

 - Qual é o seu nome? -perguntei envergonhado.

 - L-Lin... E-E o s-seu? -diz envergonhada. Falava tão baixo que era quase impossível de se ouvir.

 - É Zero. -respondi com um sorriso. – Sei que se parece mais uma nota baixa que um nome, mas não vale me zuar! -digo querendo faze-la rir, já que tudo que eu mais amava era fazer as pessoas rirem. E consegui!

 Depois a apresentei para todos. E passaram-se os dias com todos brincando. Ela já estava um pouco menos tímida. Já havia feito amizade com todos, mas comigo era diferente. Toda a vez que sentia medo ela vinha para perto de mim, quando se envergonhava muito ela ficava perto de mim, ela gostava de falar comigo, mesmo tímida ela se escorava em minhas costas escondendo-se do que a amedrontava, era tão bom, sentia-me muito especial. Às vezes eu dormia na casa dela, e às vezes ela dormia na minha. Nossos pais não ligavam, e nunca fizemos “nada demais”. Ela corava facilmente com elogios, sempre foi fofa, muito calma, medrosa e a mais inocente do grupo.

 Os meninos da rua gostavam dela, e acabavam se sentindo intimidados comigo. Pois ela parecia gostar de mim. E isso acabou causando um problema. Os meninos que gostavam dela pararam de falar comigo e as meninas que gostavam de mim pararam de falar com ela. Restando apenas nós dois. O que não houve problema algum.

 - Qual a graça de brincar de boneca? -perguntei deitado no sofá da casa dela, olhando-a brincar.

 - Toda . -respondeu, sempre no mesmo tom doce.

 - Hm... Não tem não. -bocejei.

 - Você que não quer brincar comigo. -olhou-me com aquele rosto que era sempre impossível decifrar sequer alguma emoção.

 - Eu quero sim! – e pensei. – Já volto!  

 Fui até minha casa, correndo para pegar meus bonecos e voltei.  

 - Agora vou brincar com você. -disse sentando-me à sua frente.

 - Você vai poder ser meu namorado! -diz ela sorrindo.

 - Na vida real? -digo-me impressionado.

 - Não, bobo! -riu. – Só na brincadeira.

 - Mas eu não quero ser seu namorado! Meninas são estranhas...

 - Então vai ser o quê?

 - O herói!

 - Que herói? -olhou-me confusa. E eu sorri pegando uma das bonecas de sua mão. – Hey!

 - Essa não! O malvado monstro roubou a princesa! Quem será que vai poder salva-la? -levantei-me e saí correndo com os brinquedos.

 - Zero! Devolve! -pulou em cima de mim para tentar pega-la.

 - Quem deve ser aquele voando no céu? Olhe lá! É o herói!

 - Zeroooo!!!

 - A princesa está gritando em busca de salvamento! Calma princesa, seu herói está chegando.

 - Devolveeeee!!!

 - Vruuunnnn... E ele salva a princesa das garras do monstro e a coloca em um lugar seguro! -digo colocando a boneca no chão.

 Depois nós começamos a rolar no chão de tanto rir.

 Eu sempre fui bem nervoso e ela mito calma. E isso era bom. Pois quando eu ficava morrendo de raiva ela me acalmava, e quando ela se sentia “ameaçada” eu a “salvava”.

 Uma vez fizemos uma cabana, no meu quarto da minha casa. Quando ela leu histórias pra mim, fazendo carinho em meu cabelo.

 - Zero... -chamou-me no mesmo tom doce de sempre.

 - Hm? -olhei-a.

 - E se... E se um dia a gente não puder mais se ver?

 - Como assim? -perguntei levantando-me de seu colo.

 - Se nossos pais se mudarem? Não vamos mais poder nos ver...

 - Seus pais vão se mudar?

 - Não, mas... E se acontecer?

 - Não vai acontecer!

 - Mas...

 - Hey! -pego em seu rosto. – Não vai acontecer, tá?

 - Como você tem tanta certeza? -e ela começa a chorar.

 - Eu prometo! -e estiquei meu dedo mindinho. – E você? Promete?

 - ... -pensa por uns instantes. - Prometo... – diz ela cruzando o seu dedo mindinho com o meu.

 Depois disso nós nos deitamos e dormimos. Eu acho que melhor a minha infância não poderia ser. Foi incrível. Realmente. Não ligávamos pra comentários dos outros, tanto, que não lembro de um.

 Agora vamos para adolescência. Uma boa época, porém um pouco mais difícil. Ela era muito inocente e o resto da turma já não era mais. Ela não entendia as piadinhas toscas que soltavam na sala, não entendia nada.

 Sentávamos no fundo, ela atrás e eu na frente dela.

 - Ze... -cutucou-me.

 - Oi. -respondi olhando-a.

 - Me explica de novo... Não entendi o exercício “c”.

 - De qual questão?

 - Da 1º. -eu ria e ia ajuda-la.

 Todos da sala diziam que éramos um casal, que íamos namorar, mas tudo não passava de amizade. Não nos gostávamos como namorados. Até porque, havia um menino na sala que gostava dela.

 Uma vez quando voltei para a sala, ela estava segurando um bombom com uma carta. Vermelha, mais vermelha que tudo.

 - Que foi? -perguntei preocupado.

 O cara tinha feito uma declaração para ela. Estava um mel, tive medo de ficar com diabetes depois de ler.

 - Ahhh cara... -cocei a nuca. - Vocês vão namorar é? Droga, vou te perder. -digo brincando.

 - Zero... -e ela se escora em meu peitoral, fazendo-me congelar. – O-O que eu faço?

 - Bom... Primeiro, não se agarre em mim pro garoto não me odiar. -digo desgarrando-a levemente. - Depois... Você gosta dele?

 - Não. -diz ela em desespero.

 - Eta... -cocei a cabeça. – Rejeite ele então... -dou de ombros, pouco me importava aquele menino.

 - M-mas... -ela estava perplexa.

 - É ué, podemos fazer o quê?

 - Não posso ser rude! -diz ela olhando para mim, os olhos cheios de lágrimas, quase chorando.  

 - Não é ser rude, é apenas dizer que não gosta dele como ele gosta de você. E assim a vida segue. -digo tentado acalma-la.  

 - M-Mas...

 - Lin... Vão haver pessoas que gostem de você e vão haver pessoas que você goste. Do mesmo jeito que te rejeitassem, você as rejeite. -abraço-a.

 - Você me rejeitaria? -pergunta ela.

 - Ora mais é claro que... -espera... Isso... É... Verdade? - ...

 - Responda! -encarou-me.

 - E-Eu... -não sei o que dizer.

 - ...

 - ...

 E bateu o sinal, e a professora chegou. Foi realmente uma pergunta que me marcou. Mas ela esquecia de tudo muito rápido, por isso nem liguei, sabia que ela não diria novamente. Ela acabou por rejeitar o menino com uma ajuda minha.

 A adolescência foi passando. Nossos pais não nos deixavam mais um dormir na casa do outro, pois diziam já “termos consciência do que é errado e ainda assim fazer”. ‘Por quê ninguém conseguia entender que tudo era apenas amizade?’ Isso era o que eu pensava.

 Chegamos a tal juventude. Agora sim a nossa história “começa”. Estávamos no meio do na letivo e já começava a acha-la muito bonita. Pois ela estava mesmo, era meio que impossível às vezes a encara-la normalmente.

 - Zero... -cutucou-me.

 - H-Hm?

 - Deu o sinal. Vamos? -sempre com o mesmo tom de voz, baixa, suave, doce, fofa...

 Ela havia crescido tanto. Eu a vi mudando. Já tinha curvas, uma.... Mulher. Estava tão linda, era a mais bonita da sala e a mais legal. Éramos populares. Mas ela era diferente, parecia não se importar de ter vários ou apenas um amigo. E eu a admirava constantemente.

 - Lin, até amanhã! -gritou uma menina do canto da sala, enquanto eu ainda a admirava sem responder a pergunta.

 - Até! -respondeu com um sorriso para a menina. - Z-Zero... T-Ta t-tudo bem? -e ela começou a se assustar.

 - H-Hm? T-tudo. Vamos. -levantei-me e coloquei a mochila sobre minhas costas. – Quer que eu leve a sua? -sim, eu sempre fiz isso.

 - N-Não, obrigado. -diz sorrindo, aquele sorriso...

 - De nada.

 Era tenso andar ao lado dela, ser abraçado e receber beijos dela e reagir normalmente depois.

 - Tchau. -diz dando-me um beijo na bochecha.

 - L-Lin... Quer ir mais tarde jogar lá em casa?

 - A-Ah... É que eu marquei de sair com a Emmy e os amigos dela.

 - Vão ter... Meninos também? -sim, eu sinto MUITO ciúme dela.

 - Uns 2 ou 3... Porquê? -ela ainda continuava inocente.

- P-Por nada... -sinto-me corar.

 - Já sei... -deu um passo para perto encarando-me. – Você ta com medo d’eu te abandonar né? Calma Ze... -abraçou-me. – Não vou te abandonar, jamais... Você é meu.

 - ... -suspirei. – Sei...

 - Prometemos lembra? -mostrou o dedinho. – Prometemos nunca nos separarmos.

 - Lembro. -sorri falsamente, pra disfarçar o meu nervosismo e o meu medo de perde-la para outro.

 - Até amanhã. -acenou entrando dentro de sua casa.

 Não vi a hora que ela chegou, mas de tarde ela passou em casa para jogar comigo. E nós jogamos até a mãe dela dizer que ela devia voltar.

  Dia seguinte, voltando para casa, do nada, ela sugere:

 - Zero... Quero ir até aquele parque... -era uma pracinha vazia, não havia absolutamente ninguém.

  - Ta bom...

 Quando chegamos lá, coloquei nossas coisas em cima de um banco enquanto ela foi se balançar num balanço velho que tinha.

 - O que está fazendo? -perguntei rindo.

 - Não sente falta da infância? Eu sinto. -diz sorrindo olhando para o céu.

 Depois ela desce se sai debandando de tontura e se segurou em mim, nos olhamos profundamente e nossos rostos se encostaram fazendo com que nos beijássemos suavemente, longo, doce, o melhor beijo que já dei. Por mim faria isso com ela para sempre.

 - H-h-h-h-hm.... D-Desculpe... Não sei onde tava com a cabeça... -digo tentando desviar o olhar.

 - T-Tudo bem... E-Eu também s-sou c-culpada.

 E pegamos nossas coisas, indo em silêncio todo o resto do caminho. E foi aí que comecei a me apaixonar de vez. Ela não havia nem consciência do quanto estava bonita.

 E o fim do ano chegou. Formatura, pra ser mais específico, a festa de formatura. E ela obviamente iria comigo.

 Eu estava com um terno preto, nada demais, normal. E ela... Quando bati os olhos em sua roupa fiquei com medo que não conseguir mais acordar para a realidade. Quase babei.

 - Zero! -sorriu correndo para perto. – Como estou? -diz rodando, com aquele vestido que usava.

 - Você deveria ser presa por ter roubado a beleza do mundo. -sorri.

 - Bobo. -riu socando-me o braço.

 - Sério. -segurei em sua mão.

 E nós fomos. Comemos. Dançamos. Cantamos. Foi a melhor festa que já fui. Eu estava completamente apaixonado por ela. Queria abraça-la e nunca mais solta-la.

 Havia acabado, nosso último ano na escola. E ao final da festa, ela me veio com algo que não me agradou nem um pouco. Ela já sabia qual faculdade iria fazer. E então...

 - Ze...  

 - Fala. -digo passando o braço em seus ombros.

 - Como você já sabe... Eu quero me formar em uma boa faculdade. E... Consegui uma bolsa para estudar fora! -diz saltitante.

 - Sério? Isso é muito bom!!! -digo comemorando com ela.

 - Mas... Tem um problema.

 - Problema? Que problema? Você irá para uma boa faculdade!

 - Sim. Mas o problema é que... Eu terei que morar fora... Pra... Sempre...

 Isso acabou comigo, em todos os sentidos. E tentei disfarçar que estava tudo bem.

 - Oh... -suspirei falhado.

 - M-Mas vamos poder nos visitar! Claro que... Irá demorar, mas... Né? -seus olhos brilhavam, ela realmente estava feliz e eu não queria estragar isso.

 - S-Sim... E-Então... Vamos curtir enquanto ainda está aqui né? -digo.

 Nós saímos muito nas últimas semanas que tivemos juntos. Não podia acabar. Não assim... Ela era minha e pra sempre seria a minha princesinha na qual eu cuidaria.

 E chegou o dia do voo. Eu não poderia ir com ela, mas eu sabia a hora e o local. E... Do nada me veio uma vontade enorme de sair de casa correndo e ir me declarar. Mesmo que fosse para não vê-la mais, precisava dizer à ela o que eu sentia. E mesmo em cima da hora eu corri.

 Eu estava tão feliz, estava quase alcançando, fiz de tudo, as palavras estavam na ponta da língua. E eu chego no aeroporto, faltava um minuto, um minuto apenas. Eu estava perdido, comecei a olhar todas as informações possíveis para acha-la, eu corria, esbarrava e derrubava tudo. Não ligo. Apenas irei segura-la para não soltar mais, pois ela é minha. E finalmente chego onde deveria estar, olho para todos os lados e nada. Até que é soada última chamada para entrar no avião. E a vejo entrando por aquela porta... Tarde demais. Gritar não iria adiantar. Eu a perdi. Para sempre.

 Eu não deveria ter sido tão tolo, deveria ter dado mais atenção à ela, devia ter a amado mais. Sr. Avião, me dê uma chance de falar com ela novamente. Para uma curta palavra, um sorriso, um gesto, tudo que eu queria era toca-la de novo, apenas mais uma vez. Era só o que eu queria.

Por que tinha que ser assim? Eu odeio esse céu que está a envolvendo. Hoje a lua me incomoda, pois a vejo passar por ela. Sr. Avião, porquê? Me deixe apenas mais um dia, uma hora ou apenas um minuto com ela, para dizer o quanto eu a amo. Sr. Avião, está frio e chove muito, é perigoso para ela, deixe-a comigo.

 

Lin POV.

 Eu lhe dei várias chances. Lhe dei a oportunidade de se declarar, já que eu sou fraca e não podia fazer o mesmo. Pois eu o amava. Eu lhe dei o local, a hora, todas informações... Mas ele não veio, esperei até o último segundo em esperança de vê-lo pelo menos a última vez, porque ele não veio sr. Avião? Ele não queria me ver? Por que ele não me pediu para ficar? Ou para leva-lo comigo? Eu faria, pois o amo. Agora estou olhando para a Lua que me ilumina esta noite chuvosa e ventos fortes. Se ele estivesse comigo eu não teria medo, mas ele não está, por isso me sinto tão só.

 Mas... Algo está errado, porque há tantas turbulências? E esses olhares de pânico? O que está acontecendo? Tirei os fones por um segundo e consegui começar a ouvir os gritos de pavor. O que está acontecendo? Está tudo girando, estão dando avisos, mas não consigo ouvir por causa desse som infernal de gritos. Está tudo esquentando...

 - ZEROOOOOOOOOOOOOOOOOOOO!!!!!!!!!

 

****

 Algumas horas depois recebemos a notícia através do jornal que um avião havia acabado de cair e ninguém sobreviveu. O avião que ela estava. Ela se foi. Para sempre. Assim... Sem nada mais... Não ouço nada além de meus gritos de choro e o meu arrependimento.

 Sr. Avião... Apenas mais um minuto... Seria muita coisa?


Notas Finais


E aí???? O que acharam? Peço que comentem por favor, pois me ajudará muito, sérioooo... A titia fica feliz com os comentários de vocês ^.^

~Beijinhos de Unicórnio ^.^


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