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História Aishiteru (Reescrevendo) - Não vamos fugir


Escrita por: Vick_Uchiha

Notas do Autor


Um capítulo extra para vocês amores :D
(tempo livre olha no que dá hahah)
Boa Leitura Xx

Capítulo 4 - Não vamos fugir


Fanfic / Fanfiction Aishiteru (Reescrevendo) - Não vamos fugir

Naruto

“Naruto, a Sakura tá aqui em casa comigo. Fica tranquilo”. 

Sasuke havia mandado essa mensagem durante a noite. 

Mas como eu poderia ficar calmo, sabendo que ele e Sakura passaram a noite juntos? 

— Naruto! — Ino batia na porta do meu quarto e falava escandalosamente.

— Para que tudo isso á essa hora da manhã? — abri a porta para ela.

— Você tem alguma notícia da testuda? — ela continuava histérica.

— Sasuke me mandou uma mensagem dizendo que ela passou a noite na casa dele.

— Que bom, eu já estava ficando preocupada. — ela parou de falar e parecia estar processando a informação que havia dado. — O que? Ela dormiu com ele ou fizeram algo á mais? Sakura vai ter que me contar tudo depois.

— Para com isso, Ino. — revirei os olhos. — É óbvio que eles não fizeram nada, okay? Você se esqueceu que eles se odeiam?

— Desculpa, pisei no seu calo né irmãozinho? — Ino disse provavelmente se lembrando que eu sou apaixonado pela Sakura.  — De qualquer forma, se arruma logo. 

— Para quê? — indaguei. 

— Papai e mamãe querem sair em família com a gente, acho que vão nos levar ao cinema. — ela explicou, sem animação. — Sairemos em meia hora. 

A loira saiu do quarto, me deixando com um turbilhão de pensamentos confusos e maçantes.

Sasuke

Acordei de manhã com meu querido e idiota irmão mais velho me balançando de um lado para o outro.

— Que é, porra?! — disse, irritado.

— Nossa, você dormiu com uma gata e tá de mau humor? — cruzou os braços e sorriu de canto. — É aquela sua paixãozinha de infância? Sakura, né? 

 Olhei para o lado da cama em que Sakura estava e a vi dormindo tranquilamente. 

— Não sei do que está falando. — sentei na cama. — Eu não tive escolha, ela precisa de ajuda ontem e ficou muito tarde para levá-la para casa, então a trouxe para casa e nós só dormimos. Nada mais que isso.

— Sei… — descruzou seus braços e ficou mais sério. — Bom, eu só te acordei para dizer que eu o vovô vamos viajar para Osaka agora, devemos voltar amanhã pela manhã.

— Tá, boa viagem. — cocei os olhos e bocejei. 

— Se quiser, eu levo a garota para casa. — disse Itachi. — Ou você quer ficar com ela?

— E por que você acha que quero isso?  — dessa era eu quem estava de braços cruzados.

— Eu sei só te olhando. — Itachi olhou para Sakura dormindo. – Você gosta dela.

— Para de dizer coisas idiotas e saia do meu quarto. — levantei e sai empurrando ele para fora do quarto.

– Escreva o que estou dizendo! – disse Itachi antes de eu fechar a porta na sua cara. 

Sakura se mexeu um pouco, mudou de lado na cama mas não acordou. 

Sentei ao seu lado e fiquei a observando, o cabelo rosa caia até pouco abaixo de seu pescoço, a pele de seu rosto  era branca e as bochechas eram rosadas. Desci meu olhar para uma de suas pernas, que não estava coberta pelo edredom.

Nunca havia reparado no corpo de Sakura antes porque não me chamava a atenção, mas ela mudou, estava ainda mais bonita. Balancei a cabeça afim de afastar aqueles pensamentos. Odiava o efeito que ela tinha sobre mim.

Caminhei em passos firmes até o banheiro, tirei as peças de roupa que estava vestindo e liguei o chuveiro. Deixei a água quente cair sobre meus ombros e descer pelo resto do meu corpo, cada músculo meu estava relaxado, assim como eu.

 Desliguei o chuveiro e peguei a toalha acima do box de vidro, enrolei a mesma na cintura e sai do banheiro. Não tinha ninguém no corredor e Itachi não dava sinal de sua presença na casa, provavelmente meu avô e ele já tinham ido ao aeroporto. Voltei ao meu quarto e abri a porta em silêncio, não queria acordar Sakura.

— Sasuke? — era a voz de Sakura, ela já estava acordada.

Olhei em sua direção, ela estava sentada na cama coçando os olhos, seus cabelos estavam presos em um coque desajeitado.

 Sakura olhou em minha direção e eu pude ver que ela corou quando me viu, não demorou muito mais para ela desviar o olhar.

— Me avise quando estiver vestido. — colocou as mãos em seus olhos.

Ri com isso. Quão boba ela poderia ser?

— Tá. — revirei os olhos, já em frente ao meu guarda-roupa.

Peguei uma cueca, uma camisa azul, uma calça moletom e as vesti. 

Depois, caminhei até Sakura e tirei suas mãos de seus olhos e percebi que ela ainda estava corada. 

Eu segurava sua mão e por algum motivo não conseguia soltar a mesma, não conseguia me afastar dela. Isso não era bom, obviamente. O que diabos estava acontecendo comigo?

Tratei de soltar nossas mãos o mais rápido que consegui. Passei as mãos pelos cabelos úmidos enquanto olhava a neve cair lá fora, através da janela do quarto. 

Tinha muita neve, realmente muita neve.

— Sasuke? O que está acontecendo? — Seu tom de voz parecia confuso.

— Tem muita neve lá fora. — virei para encará-la. — Provavelmente não vamos sair de casa hoje.

— O que? — Sakura saltou da cama e correu até a janela. — Só pode ser brincadeira. 

— Pois é, seremos eu e você hoje. 

Ela ficou em silêncio por alguns longos minutos, depois respirou fundo e disse:

— Obrigada por me ajudar ontem.

— Bom, o que aconteceu com você também foi culpa minha, eu tinha que te ajudar. — dei ênfase no "tinha". — Então não precisa me agradecer. 

Sakura me encarou com os olhos marejados, era evidente que ela estava realmente machucada. E por minha causa. 

— Vamos lá para baixo, não quer ficar o dia todo no quarto, né? — peguei ela pela mão e a levei comigo para a sala. 

Andei até a televisão e liguei a mesma, passando canal por canal atrás de um noticiário, queria saber qualquer coisa sobre essa nevasca. Finalmente achei um canal que falava sobre tal assunto e sentei no sofá para assistir. 

“— A neve vai se estender o resto do dia e poderá ficar ainda mais intensa, todos os  pontos comerciais foram fechados, assim como bancos e até mesmo alguns hospitais, a cidade está parada. Nós recomendamos que saiam de casa só em caso de emergência.” — alertou a meteorologista. 

— Então, onde está Itachi e seu avô? — Sakura olhou para todos os lados da casa, provavelmente os procurando.

— Vou ligar para Itachi. — peguei o telefone em cima da mesinha de centro e disquei o número do meu irmão.

Chamou umas cinco vezes até ele atender.

“   Alô?”

— Onde vocês estão?

“ — O que isso irmãozinho, está preocupado? Eu sou maior de idade, tá?

— Responde, você é vovô chegaram no aeroporto, pelo menos?

“  Calma, eu e o coroa paramos em um posto de gasolina quando a nevasca começou. Vamos demorar para voltar, aproveita sua chance de pegar a Sakura e...

Encerrei a ligação antes dele terminar de falar. Itachi realmente era um pé no saco.

Sakura me olhava confusa, parecia que ela queria perguntar: “e aí, onde estão e quando chegam?”, mas continuou quieta.

— Eles estão em um posto de gasolina, aparentemente. — guardei o telefone e caminhei até a cozinha. — Vamos passar o dia sozinhos aqui, saco.

Sakura

Acordei com dor de cabeça pela manhã, olhei para todos os cantos daquele quarto enorme enquanto lembrava de tudo o que aconteceu ontem. Sentei na cama e estiquei as pernas, Sasuke não estava no quarto e de certo modo fiquei chateada com isso.

 Ontem eu estava destruída e completamente apavorada com tudo, a única coisa que não me assustava era o Sasuke. Na verdade, ele me passava uma sensação boa e eu precisava disso mais que tudo naquele momento. Sei que não devemos colocar nossa paz em outra pessoa assim, mas quando se está fragilizada você se agarra a qualquer coisa que te faz se sentir a salvo de novo. 

Sasuke era meu porto seguro naquela hora. 

Ouvi o barulho do chuveiro sendo ligado, ele devia estar tomando banho.

— Banho... — sussurrei, lembrando de ontem quando Sasuke me deu banho e como ele estava se culpando pelo o que aconteceu, eu conseguia facilmente ver a culpa nos olhos dele.  

Me joguei para trás e cobri meu rosto com as mãos, tentando afastar os pensamentos ruins. 

“ — Você devia se dar mais uma chance, querida. Não pare sua vida”.

Lembrei do que Chiyo me disse.

Eu queria recomeçar, mas sabia que isso não seria uma tarefa fácil, não com as coisas do jeito que estavam. Para poder recomeçar eu teria que deixar todo o passado para trás, esquecer toda a tristeza que senti. E isso que não era fácil. 

Quando mais eu tento esquecer, mais eu me lembro. 

Ouvi o chuveiro ser desligado e a porta abrir. Sentei na cama novamente e prendi meu cabelo em um coque, passei a mão pelo rosto afim de limpar qualquer coisa ali. Em questão de segundos Sasuke entrou no quarto, apenas de toalha.

— Sasuke? 

 Não consegui evitar de olhar para seu peitoral levemente definido. A pele dele era pálida, os músculos dos seus braços estavam um pouco definidos e os ombros largos. Absolutamente tudo nele estava fazendo meu coração bater na garganta, meu estômago se revirava e meu cérebro não pensava em nada que não fosse ele, eu e nós naquele quarto. 

Senti minhas bochechas queimarem e então finalmente desviei meu olhar. Pude ouvir Sasuke rindo atrás de mim, fiquei com mais vergonha.

Por que? Tudo que aquele idiota fazia ou dizia me deixava louca, não consigo entender o porquê ele tem esse poder sobre mim, eu continuava sentindo o que sentia por ele na época do ginásio. 

E tinha tanto medo de me machucar de novo. 

[…]

Sasuke fez café, panquecas e ovos para nós de café da manhã. Colocou um filme super chato de terror na televisão e me deixou comendo sozinha na cozinha.

— Isso parece um café americano. — sorri, pensando na comida que Chiyo fazia para mim. 

Peguei o chantilly em cima da mesa e fiz uma carinha sorrindo na panqueca. 

— Como meus pais faziam... — sussurrei, sorrindo com a lembrança.

— Nossa, que criança. — Sasuke apareceu do meu lado, sorrindo como um idiota.

— Credo! — coloquei a mão no peito, respirando fundo. — Você me assustou! E  será pode parar de me chamar de criança, sim? — revirei os olhos. — Você sempre implica comigo. Não pense que me esqueci da vez que você me trancou no banheiro masculino.

— Aquilo foi hilário. — gargalhou. — Que nostálgico!

— Você é um idiota! — peguei chantilly com o dedo indicador e passei na cara de Sasuke.

— Okay. — ele passou quatro dedos no pote de chantilly e veio andando com cara de psicopata até mim.

— Sasuke, não! — sai correndo até a sala. — Não! — peguei uma almofada em cima do sofá e joguei nele, mas ele desviou com facilidade.

— Qual é o problema, Sakura? Por que está fugindo de mim? — disse, ainda correndo atrás de mim.

— Sai daqui! — joguei mais almofadas nele.

Depois de uma longa perseguição Sasuke conseguiu me encurralar contra a parede da sala, e com um olhar vingativo, me sujou toda de chantilly. 

Eu subi as escadas de sua casa em direção ao banheiro para me limpar enquanto Sasuke ficou na sala.

[…]

Após me limpar permaneci no andar de cima, observando Sasuke. Lá do topo dava para vê-lo claramente, ele estava jogando videogame enquanto comia batatas chips e bebia uma lata de energético.

 Eu o estava observando atentamente, vendo ele ser “criancinha”, jogando videogame e comendo aquele lixo alimentar, lembrei de quando minha mãe dava bronca nele e em Naruto por se alimentarem mal e da cara deles quando levavam broncas. Sasuke  ainda não havia percebido que eu estava o olhando e continuou jogando. 

Eu sabia que ele não fazia ideia que meus pais estavam mortos. Queria poder contar para ele, queria ver qual seria sua reação ou se ele iria ser gentil comigo como foi antes. 

Não, achei melhor ficar na minha. Sasuke não tinha nada a ver com isso.

Desci as escadas ainda o olhando, ele dizia um palavrão atrás do outro enquanto jogava. 

Caminhei até ele e sentei ao seu lado, olhando o jogo. Sasuke mandava bem.

 Para matar o tempo tive a brilhante ideia de desafiar o senhor Uchiha numa partida do jogo, eu queria arrancar dele o orgulho de jogador. 

— Quer apostar comigo? — levantei do sofá e conectei o segundo controle no XBox. 

— Como? — deu pause no jogo e me olhou confuso. — Você acha que pode ganhar de mim?

— Não acho. — sentei ao seu lado novamente. — Eu tenho certeza.

— Bem, eu só aceito, com uma condição. — sorriu de canto.

— E qual é, Uchiha?

— Se eu ganhar de você, quero que me perdoe por ontem.

Recebi as palavras de Sasuke como um baita soco no estômago, mal podia acreditar que era verdade. Ele estava sendo legal, e é eu gostei disso. 

— Aceito. — não sei porque aceitei. — Mas se eu ganhar você terá que me deixar em paz, sem ficar fazendo perguntas e me chamando de criança. 

— Fechado. — apertamos as mãos e voltamos a jogar.

Eu jogava muito com um amigo nerd lá em Nova Iorque e em modéstia parte, eu sou muito boa. E tenho certeza de que posso ganhar de Sasuke.

— Bom, parece que você perdeu, Uchiha. – disse quando ganhei a partida. 

— Ah não… — Sasukw jogou a cabeça para trás e soltou o controle. — Você era a pior no videogame. O que aconteceu?

— Eu aprendi muitas coisas durante esses anos. — sorri de canto. — O que importa é que eu ganhei.

— Você é a pior. — Sasuke se jogou em cima de mim, como resultado disso nós acabamos caindo no chão.

– Ai, Sasuke. — abri os olhos e o vi em cima de mim.

 Ele estava com uma perna para cada lado do meu corpo, suas mãos seguravam as minhas e seu rosto estava perigosamente perto do meu. Sua respiração estava ofegante assim como a minha, nenhum de nós se aproximava, mas também não se afastava.

Sasuke encostou seu nariz gelado em meu pescoço, meu corpo se arrepiou com o toque e tenho certeza que ele percebeu.

— Por favor, me desculpa. – sua voz saiu como um sussurro. — Eu não vou fazer como da última vez, agora eu estou te avisando. Se você não quiser, eu não vou te forçar, mas se você quiser... — ele fez pausa de alguns segundos. – Feche os olhos.

Ele levantou o rosto para me encarar. 

Eu ainda estava muito machucada pela noite anterior, sabia que essa lembrança não iria desaparecer assim tão facilmente. Para dizer a verdade, não queria beijar Sasuke, eu não queria sentir qualquer toque parecido com o daquele sujeito, porém tudo mudou quando meus olhos se encontraram com os de Sasuke. 

Levei uma das minhas mãos trêmulas até seu rosto e o toquei, uma lágrima escorreu pelo meu rosto quando senti sua pele quente. 

— Tenho medo. — disse, chorando. — Eu voltei há apenas um dia e já aconteceu uma coisa horrível, tenho medo de sofrer mais, tenho medo do que estou sentindo e  tenho mais medo de nunca conseguir superar todos esses medos e traumas. 

Sasuke me olhava sem expressão no rosto, eu esperava que ele fosse gentil comigo de novo porque eu precisava muito que ele fosse. 

— Você é mulher mais forte que eu conheço, vai superar isso. — ele disse e beijou o topo da minha testa. — Eu não quero mais fugir disso. Não vamos fugir.


Notas Finais


E aí? Gostaram? Espero que sim hahah :)
Até o próximo
Xx


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