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História Akabe - A Raça Perdida


Escrita por: Kobaya

Capítulo 5 - A Raça Perdida


É um dia do mais belo e ensolarado que se podia ter, as ruas carregadas de pessoas, agitadas, ocupadas, focadas nos seus afazeres, presas aos seus celulares, concentradas em seus próprios mundos, que do alto parecem uma colônia de formigas, esta é a cidade. Tami, como todas as vezes que vem à cidade, distrai-se com o ambiente, observa as pessoas, as arvores pelo caminho, a cor verde vibrante das folhas. Cor salientada pelos raios solares, dos quais ela raramente usufrui enquanto rodeada pelas paredes grossas e janelas vedadas da escura mansão.

          Fascinando-se pelo caminho, com as tantas novidades que a paisagem lhe propõe Tami segue uma borboleta e entra em uma viela estreita rodeada de vivendas altas. Por milagre não haviam pessoas por perto, mas somente até um grupo de quatro homens surgir. Todos esboçando sorrisos perversos e a lambear os lábios como leões a observar uma gazela indefesa. Aproximando-se dramaticamente a fim de instigar pavor em sua “caça”, os homens ostentam suas presas salientes e ferais, os olhos emitindo luz própria mesmo que à sombra, aquela luz azulada inconfundível, eram vampiros.

          Acuada Tami capta imediatamente sua fetidez particular, eram transformados, os mais irresponsáveis e imprevisíveis tipos de vampiros. Humanos transformados normalmente deixam-se levar descontroladamente pela sede se não forem bem treinados. As novas habilidades dão-lhes a mais perigosa sensação de impunidade. Em tempos remotos a transfiguração de humanos era um ato ilícito, mas após a queda do concelho Akabe essa pratica tornou-se frequente.

          Já agora bem próximos um dos malfeitores estende a mão na finalidade de alcançar o pescoço de Tami, que permanece imóvel. Nesse mesmo instante um vulto salta por de alto dos prédios caindo com os pés a esmagarem o ultimo dos vampiros, com tamanha força, suficiente para fazerem pular para fora as vísceras do individuo, que imediatamente vira cinzas. Os outros dois logo ao lado reagem, mas não rápido o suficiente, um leva com garras por entre as costelas que achegam-se ao coração esmagando-o, enquanto ao mesmo tempo o outro leva com as garras por entre os olhos perfurando facilmente o crânio até atingir o cérebro, o tornando também em uma grande pilha de pó. O ultimo que entre este espaço de tempo alcança e toca uma pequena mecha de cabelo de Tami, vira-se confuso para conferir o que tinha acontecido, mas é abocanhado no pescoço pelo jovem, que arranca um pedaço profundo e o cospe no chão com a maior repulsa.

          O vampiro a espumar pela boca vagarosamente cai de joelhos no chão, com os olhos arregalados. Tami assombrada, o acompanha com os olhos enquanto o individuo cai completamente, a perder a vida. Passam-se alguns segundos e finalmente a ultima pilha de cinzas paira pelo ar. A garota fita as pilhas que se misturam com o vento, com dor nos olhos e então torna-se para seu defensor, que se aproximava.

          Era um jovem de em media 22 anos, que esbanjava seu corpo musculado em uma regata branca, básica, a pele morena harmonizava perfeitamente com o tom escuro dos seus cabelos. Suas sobrancelhas grossas que deitavam sobre seus olhos, fazia-o ter feições viris. Os olhos brilhavam como duas pepitas de âmbar ao sol, mesmo ao escuro, provocado pela sombra dos prédios, encaravam Tami com um olhar penetrante, o sangue em suas presas escorria pelo pescoço a fora, manchando sua blusa branca de vermelho rubro. Ele se aproxima vagarosamente limpando o sangue de suas mãos nas calças de moletom.

          — Está machucada? — pergunta ele ansioso. O jovem alcança o rosto pálido de Tami admirado pela sua alvura, mas ao avistar a impureza de sua própria mão receia suja-la e recua.

          Tami move a cabeça em negativo, ela o encara com os olhos largamente abertos, intrigada. Erguendo a cabeça Tami aspira profundamente o ar e se espanta, suas suspeitas são confirmadas, aquele odor peculiar, ela nunca o tinha sentido antes, mas sua mistura de cheiro de gente e fetidez animal o denuncia, era um lobisomem. Ela estava perdida em pensamentos quando seu propósito lhe passa pela mente como um vulto. Tami vira-se para trás e corre na direção contraria ao moço em uma velocidade humanamente aceitável e some ao virar a esquina.

          Desatento Raga abre a porta de seu mais novo quarto e avista uma serie de sacos e caixas espalhados pelo chão, espantado seus olhos percorrem pela bagunça até alcançar Tami à porta do guarda-roupa, a mexer e trocar coisas de lugar. Ela nota a presença de Raga e sorri inocentemente para a expressão confusa em sua face.

          — O que seria tudo isso? — Raga olha a bagunça desviando dos objetos ao tentar se aproximar de Tami.

          — Após Kaityro me mostrar o quarto pensei em comprar algumas coisas que estavam faltando. Já que não esta familiarizado com as tendências atuais, tomei a iniciativa de escolher seu guarda-roupa a base de looks que pensei que ficar-te-iam bem.

          Raga pega algumas peças ainda não dobradas que se encontravam em cima da cama e analisa rigorosamente uma a uma. Sem esbanjar sua satisfação ele começa então a dobra-las e a organiza-las dentro do roupeiro, o que provoca um sorriso discreto de Tami que o acompanha.

          Já se encontra tudo posto em seu devido lugar Tami observa orgulhosa, o senário, agora muito mais pessoal, do qual está exatamente como havia imaginado.

          — O quarto estava muito quadrado... Penso que agora está muito mais aconchegante. — Tami vira-se para Raga a rir-se, salientando suas bochechas rosadas, ele a assiste rir com um sorriso discreto de canto de boca.

          Kaityro está em seu escritório, sentada em sua cadeira alta e aconchegante, mergulhada em uma papelada espalhada em sua escrivaninha. Ela da goles alternados em sua taça com sangue enquanto lê as linhas rapidamente. Kaityro agarra a pena quando seu telefone toca, ela troca algumas palavras, poucas, mas suficientes para aborrecê-la. Já em outro plano, sentada na cama com as pernas entrelaçadas, Tami conversa com Raga quando sente o vibrar de seu celular no bolso do casaco. Ela o apanha para conferir.

          — Kaityro está nos convocando para o salão principal. A movimentação é caótica, Kaityro aterroriza a todos com seus berros que ecoam por todo o salão. Não se entende do por que da aflição ou do que ela necessita tão urgentemente, ao parecer ela só quer extravasar.

          — Tami! — todos saltam em suas posições, espantados. Tami move-se rápido para alcançar Kaityro que se desloca para outro cômodo.

          — O que aconteceu?



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