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História Akabe - Mal pressentimento


Escrita por: Kobaya

Capítulo 6 - Mal pressentimento


          Kaityro da passos longos, estalando fortemente os saltos de suas botas no chão, Tami se esforça para acompanha-la e Raga as segue a distancia, caminhando tranquilamente.

          — Recebi uma ligação do Armazém Militar, uma quadrilha de cinco assaltantes roubou um dispositivo nuclear.

          — E são humanos?

          — Parece que sim, segundo o general, estão armados até os dentes e vampiros não usam armas.

          — General? Se o exercito está envolvido por que não cuidam disso eles mesmos?

          — Não sei Tami! Apenas nos chamaram e uma arma tão letal nas mãos de pessoas erradas é motivo suficiente para intervirmos. — Kaityro interrompe os passos e vira-se para trás. Ela olha diretamente para Raga que estava a 50 metros das duas, no grande corredor. — Vens junto. — diz ela com a voz baixa e entra em uma sala. Raga fita Tami que está a encarar o chão, pensativa.

          Na van não se encontram muitos homens, apenas Raga, Kaityro, Rufias seu fiel escudeiro, mais dois derikas e Tami que permanecia em silencio, imersa em pensamentos. Após alguns minutos de viagem, a densidade da floresta já começa a diminuir e um enorme galpão já se torna visível. Raga assiste com atenção a paisagem pela janela, ele observa os aviões de pequeno porte estacionados em volta do galpão que estava posicionado à frente de uma pequena pista de decolagem.

          A van preta com os vidros vedados estaciona ao lado do galpão, a procura de descrição. Após todos já terem saído da viatura, sobra apenas Tami, ela move-se a seu tempo, e sai vagarosamente, encarando a paisagem. Raga a espera ao lado da porta, enquanto ela observa as redondezas, olhando para os lados com certa ansiedade. Ele se aproxima da garota, apreensivo.

          — Está tudo bem?

          — Não sei. Acho que sim... Apenas sinto algo estranho. — responde Tami sem olha-lo, e então prossegue.

          O grupo entra pela única entrada além da porta grande para aviões. A cúpula, onde deveria estar o guarda, está vazia e aparentemente não havia ninguém no lugar, todos andam cautelosamente por instruções de Kaityro. Ao entrarem mais adentro aparecem as prateleiras altas com gavetões que formavam um gigantesco labirinto. Eles seguem por um dos corredores extensos e dirigem-se para o final do galpão, em duplas, uma atrás da outra. Kaityro está à frente com Rufias ao seu lado, a cada corredor transpassado os dois olham atentamente para os dois lados. Raga e Tami estão na ultima fileira de duplas, a cada passo que dão Tami torna-se cada vez mais indisposta, ela tosse e se engasga, repetitivamente.

          — Ei, ei... — Raga a agarra pelos ombros e a puxa para junto de si.

          — Não sente isto? — ela põe uma das mãos à frente do nariz.

          — Sim, são flores. — responde Raga a olhar desconfiadamente para os lados. Kaityro nota a indisposição de Tami.

          — Tami? Esta tudo bem? — questiona Kaityro sem aumentar a voz.

          — Sim. São as flores, o odor está muito forte... Rosas, camélias, crisântemos... São tantas.

          — Pois, notei agora que falaram...

          — Por que haveriam de ter flores aqui? — ao terminar a frase Raga instintivamente inspira o ar profundamente, seus olhos ficam azuis e brilham intensamente. — Sangue...

          Kaityro ao ouvi-lo, continua a andar e quando cruzam mais um corredor, ela avista um corpo estendido no chão, e então para. Era um homem, estava fardado e ainda tinha sua arma em punho, um fuzil.

          — Parece que estamos perto. — Kaityro então da sinal com a mão, para que continuassem a andar.

             Raga tem sua atenção voltada para o corpo, ele para, para checa-lo. Tami vê Kaityro se afastando, mas segue Raga, para junto do homem jogado ao chão, o cheiro de morte é facilmente disfarçado pelo odor forte das flores, o que ajuda a tranquilizar a garota. Agachando-se ao lado, Raga examina a curta poça de sangue, ele passa dois dedos na poça e averigua a densidade do sangue, está fresco, não se passaram 30min dês da morte. Raga apalpa o corpo que está de barriga para o chão, a checar o rigor mortis, ele o desvira e vasculha os ferimentos, enquanto atrás dele Tami o observa, entristecida, a tapar o nariz com a mão.

          — Estranho... — Raga da uma breve pausa, o que aflora a curiosidade de Tami.  — Kaityro disse que os invasores estavam armados, mas não há marcas de bala em lugar nenhum. A poça estava na altura da barriga, mas não há nenhum ferimento na barriga... Quase como se o corpo tivesse sido reposicionado.

          — Kaityro disse que havia falado com o general... — Tami olha para os lados. — ... Mas esta não é uma base militar, é apenas um armazém.

          Raga arrasta o cadáver para mais perto de si e o arregaça a camisa arrebentando os botões, que pulam para os lados, ele da um breve suspiro. Fica então visível para Tami a grande mordida no ombro do homem. Raga se levanta e caminha rápido até o inicio do corredor, ele olha agora do corredor onde andavam até a pouco, já não se via Kaityro. Tami olha para trás e para mais à frente, mas não se via ninguém. Raga ergue a cabeça e inspira profundamente o ar a procura de algum rastro, a frustração toma seu rosto.

          — Só há...

          — Flores! — é evidente a ansiedade de Tami. — Não se sente nada além de flores! — Tami começa a andar em frente, na direção do final do galpão, com passos rápidos, Raga a acompanha logo atrás.

          — Sei que não estamos em boa situação, mas não há necessidade de tamanha aflição. — diz ele ao agarrar o braço de Tami, parando-a. A jovem continua com os olhos fixos no final do corredor.

          — Não é isso... Eu não sei o que é, apenas tenho esse sentimento ruim.

          Raga observa a garota, que morde o lábio inferior, até que uma explosão quebra o silêncio. Os dois olham para o alto, aturdidos.

          — De onde veio isto? — sussurra Raga a olhar para os lados. A aflição de Tami aumenta.

          — Não sei...! A estrutura dificulta saber de onde vem... Parece vir de todo o lado!

          Tami então ouve passos a correr, parecem se aproximar, mas não se sabe de onde vêm, olha para os lados a procura da origem. Ela sente então, por um breve segundo uma carga pesada de pressão nas costas, que a arremessa bruscamente e a enterra em meio às prateleiras que estavam no caminho. Raga vê o individuo ainda com os pés no ar do pontapé que acabara de dar em Tami. Ele agarra o vampiro pela perna e o arremessa para o lado contrario. Raga com os olhos azuis a brilharem e as prezas a mostra, ruge como uma fera e se atira na direção do vampiro. A se mover entre os escombros Tami se levanta aos poucos, e avista de longe o confronto de Raga. Ecos demonstram que há luta em outra parte do galpão. Tami apanha impulso e salta na direção de Raga, mas no ar é interrompida por outro vampiro que surge e a empurra.

          O choque entre as garras provoca um som estaladiço, Raga bloqueia com facilidade os avanços do adversário, que é arremessado varias vezes para longe, mas não desiste, e insiste em atacá-lo. A poucos metros dali Tami encontra-se frente a frente a outro vampiro, ele se ri sadicamente enquanto a encara com os olhos azuis, Tami fita a luta de Raga, ansiando acudi-lo, mas o vampiro não se deixa ser ignorado e põem-se a frente de sua vista. Ele avança enlouquecidamente, em alta velocidade, Tami lhe da um estalo com a face da mão, atirando-o para longe e derrubando umas muitas prateleiras, e arranca na direção de Raga. Subitamente outro vampiro aparece e agarra Tami pelas costas, ele põe os braços envoltos em seu pescoço e tenta imobilizá-la com um mata leão. O outro se levanta do meio das prateleiras espalhadas e se joga em cima dela, outros aparecem e fazem o mesmo, ela encontra-se imobilizada, lutando para se libertar, mas o máximo que consegue é balançar o amontoado de vampiros que se encontravam em cima de si.

          Raga encontra-se em grande vantagem, o vampiro não tem sucesso em atingi-lo. Confiante, o vampiro arma um soco e corre na direção de Raga, que o bloqueia e agarra sua cabeça. Raga tem as duas mãos a apertarem gradativamente, e sente o crânio do vampiro a partir-se aos poucos, o indivíduo grita a debater-se, tentando se libertar. Kaityro e os outros avistam a cena de longe, ao aproximarem-se do local, a correr. Rufias corre na direção de Tami, para acudir a garota. Kaityro avista uma movimentação acima de Raga. Do alto caia outro vampiro, ele tinha uma espada dourada em punho com a lamina virada para baixo, e cai rapidamente.

          Como se a cena acontecesse lentamente Raga sente a lamina entrar pelo alto do ombro esquerdo, atingindo seu coração e escorregando pelas entranhas adentro e repousando no ílio. Imediatamente uma espuma branca sai de sua boca e escorre pelo pescoço, reviram-se seus olhos, ficando visíveis somente as escleróticas. Raga cai no chão a debater-se, e em poucos segundos, para, simplesmente para.


Notas Finais


Sim, ele morreu ;-; ...


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