História Akai ito - A decisão - próxima líder do clã

Os anciões do clã hyuuga cochichavam entre sí, nervosos e assustados, e de certo modo temendo até a própria vida. Estavam visivelmente eufóricos e com expressões pavorosas no rosto; como se estivessem vendo um fantasma. Mas Hinata não podia culpa-los por isso, afinal, ela tinha o mesmo aspecto que um belo monstro pronto para o ataque, e com o olhar fixo em sua presa; hiashi.

Ele estava acuado, relembrando a antiga lenda do clã, no qual pensara ser apenas mais um dos mitos para crianças dormirem mais cedo, pois seus pais sempre lhe disseram " durma pois senão a princesa da morte, Seiko, vira lhes pegar" lembrara tambem de quando perguntou aos pais quem era Seiko, e eles apenas sorriram e disseram " uma garota amaldiçoada por um amor condenado, que marcou em seus olhos o jutsu concebido pela deusa da guerra, na qual também foi sua ruína" ou algo do tipo; era criança, não se lembrava vagamente. 

Já sasuke olhava calmamente, como se estivesse analisando cada ponto de Hinata, centímetro por centímetro. 

Hinata se virou para os anciões, dando-lhes um sorriso de deboche.

- achei que eu fosse fraca o bastante para não causar medo, mas vejo que é exatamente o contrário, não é? - seus olhos cintilavam de uma maneira única.

- chega Hinata! - gritou hiashi, voltando suas mãos para dentro das mangas compridas do kimono que usava. - hoje me dou por vencido, afinal, não tem como ganhar de você... - completou, lembrando de antigas lendas que contavam sobre o itami gekō.

Hinata voltou seus olhos ao normal, e sentiu uma leve tontura, como se todo o seu chakra tivesse sido drenado a força. Antes de cair, Sasuke a segurou nos braços, a abraçando forte.

- viu, eu consegui... - disse a hyuuga um pouco rouca, mas com um grande sorriso nos lábios.

Sasuke também sorriu em confirmação, e levou Hinata para dentro da casa do clã hyuuga nos braços, pois ela não tinha mais força para se levantar.

Assim que a deixou em seu quarto, um mensageiro do clã hyuuga se aproximou.

- hiashi-sama deseja falar com você, uchiha.... - ele completou o nome de Sasuke com um notável desgosto na voz, e Sasuke voltou o olhar frio para o hyuuga, que recuou alguns passos, guiando Sasuke pelo caminho.

A sala de hiashi era grande e espaçosa, com alguns artefatos em uma estante de vidro. O monarca do clã estava sentado em sua cadeira com o queixo apoiado nas mãos, e encarando a mesa como se estivesse em outro mundo.

Assim que o uchiha entrou, hiashi ficou reto e olhou firme para o rapaz em sua frente, e ordenou que fechassem a porta logo após.

- como vai, Sasuke uchiha? - perguntou, com o mínimo de vontade possível. 

- vamos ao assunto principal senhor hyuuga, não tenho tempo para ficar aqui enquanto Hinata está desmaiada lá em cima. - disse Sasuke, com um olhar monótono.

- eu poderia bancar o papai ciumento e perguntar pra você qual as intenções com a minha filha, mas felizmente não vou... - hiashi olhou para o teto por um milésimo de segundo antes de se voltar para Sasuke novamente. - sabe, minha esposa morreu no parto da minha filha menor, a hanabi, mas ela tinha apenas um desejo; que eu não entregasse minhas filhas para qualquer um. Eu posso parecer frio e autoritário mas fiquei realmente bravo quando hanabi me contou de você, mas claro, não por você ser um uchiha, e sim pelo fato da minha garotinha chegar de um dia pro outro dizendo que a irmã tem um "namorado". - ele olhou para Sasuke como se quisesse mata-lo. - sabe, eu não podia bater em você, então fiz um boneco vodoo seu e fiquei o dia inteiro espetando ele com uma agulha as escondidas, mas não teve resultados. Então me livrei dele, não queria que hanabi visse e o pegasse para brincar... - Sasuke precisou conter a risada diante de hiashi, e toda aquela fama de "pai que não liga para a filha" foi descartada. Era apenas um pai preucupado pela filha, e com o namorado dela também. 

- e então? - Sasuke perguntou, sem o olhar frio no rosto, apenas com um leve sorriso.

- eu que te pergunto rapaz, se dependesse de mim eu te deixaria o mais longe possível da minha querida filha que criei com tanto esforço, mas não posso, porque ela ama você! - ele pareceu segurar as lágrimas no rosto. - e eu não posso tirar dela algo que ela ama...

- mas então porque fez ela pensar que seria descartada para o clã secundário? - o uchiha perguntou sério.

- sabe, eu sempre soube que Hinata nasceu para ser a líder do clã, só que os anciões não queriam isso... então atissei ela para que os velhos vissem o quão forte é a minha filha, e eu não precisar discutir com eles. Eu sei que ela deve me odiar por isso mais... foi necessário, e eu realmente não sabia que ela iria despertar o itami gekō, isso não estava no plano.

- e o que estava no plano hiashi? - perguntou Sasuke.

- eu sabia que ela não poderia me vencer, então, no último momento, iria deixar ela me dar o golpe final, para calar a maldita boca dos velhos do clã. - ele fez uma expressão de raiva.

Sasuke sorriu de leve, aquele não era o tão temido líder do clã hyuuga, era apenas hiashi.

- e então já se decidiu? - Sasuke olhou firme para o sogro.

- claro que não! - o uchiha se surpreendeu com a resposta. - não vou deixar minha princesinha nas mãos de um lobo! Ela só vai namorar daqui uns treze anos no mínimo! - disse sorrindo ao uchiha, em um tom brincalhão de voz.- bem vindo ao clã Sasuke... - completou estendendo a mão para o uchiha, que se surpreendeu com o ato.

- bom, já pode ir... só quero que saiba que o que conversamos aqui, fica aqui! - falou sério, vendo Sasuke sair da sala. - e que quero minha filha todos os dias de volta as nove horas da noite, sem atrasos! Caso aconteça um atraso quem eu vou espetar com uma agulha não vai ser um boneco, e sim você!

Antes de fechar a porta, Sasuke se virou uma última vez para hiashi.

- ela não odeia você... na verdade nunca odiou... - disse calmo.

Hiashi olhou para o teto a fim de conter as lágrimas.

- vou acreditar nisso.... - disse baixinho, como um susurro. - eu vou acreditar...

**

Hinata levantou com uma dor de cabeça horrível e insuportável, e com alguns hematomas no corpo. Passou a mão em um roxo enorme que tinha em seu braço, e sentiu uma leve pontada de dor. 

- não deveria cutuca-los. - ela se virou assustada assim que ouviu uma voz, e sorriu ao ver quem era.

- Sasuke... - seus olhos percorreram até os olhos negros e belos do uchiha, que a encarava sorrindo.

- como devo te chamar agora? Talvez Hinata-sama ou vossa alteza? Humm, estou em dúvida... não posso ser desrespeitoso com a líder do tão temido clã hyuuga... - ele soltou um pequeno sorriso, se sentando na beira da cama de Hinata.

- pode ser vossa magnanimidade, oque acha? - ela sorriu de orelha a orelha, se aproximando do uchiha. - ou talvez apenas Hina, como costuma me chamar... pra você eu dou tratamento vip... - hinata puxou o rosto de Sasuke para perto, dando-lhe um caloroso beijo. - estava com saudades disso...- completou antes de partir para outro beijo intenso e demorado.

--- gabinete da hokage.

- sakura e Naruto, sabem porque chamei vocês aqui? - perguntou tsunade sorrindo.

Os dois negaram com a cabeça, com olhares curiosos.

- pois vocês serão os organizadores do festival de verão de konohagakure! - completou animada. - e quero que me surpreendam este ano!

Naruto e Sakura se entreolhavam com cara de paisagem, até que Sakura interrompeu o clima.

- mas tsunade-sama, como vamos fazer isso? - perguntou.

- soltem a imaginação de vocês, pensem nisso como algo que querem muito.... - disse tsunade.

- algo que queremos muito... - Naruto repetiu enquanto passava a mão pelo queixo. - háaaa!!!!

Ele puxou Sakura até o canto da sala.

- podemos levar Hinata e Sasuke ao festival juntos, e daí separamos eles e eu dou uma volta com a Hinata e você com o Sasuke! Assim podemos faze-los desistir  do namoro conversando com eles, ao invés de ficarmos só vigiando... e também tem a hora dos fogos de artifício, um momento romântico!  - disse Naruto com os olhos brilhando.

- tem razão... - Sakura concordou abrindo um sorriso maquiavélico.

Os dois olharam para tsunade.

- vamos fazer o melhor festival que konoha já teve! - gritaram em uníssono.