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História Akai Ito: o fio vermelho do destino. - First day together


Escrita por: HinaHyu

Notas do Autor


Uaaaaaaaaaaaaa~ Desculpe a demora, a revisão demorou mais do que eu esperava! *Se algum erro passou por mim, bem.. Culpem o sono que estou sentindo kkk

Obrigada a todos pelos comentários e os favoritos! Estou amando saber que estão gostando ❤️

Bem , sem mais enrolação! Boa leitura a todos.

Título: Primeiro dia juntos.

Capítulo 3 - First day together


Fanfic / Fanfiction Akai Ito: o fio vermelho do destino. - First day together

Apesar da hora avançada à cidade não parava. Alguns trabalhando, muitos se divertindo e alguns poucos acordados pela insônia. O trânsito ainda em todo o vapor, apesar de poucos carros circularem em comparação à hora do rush.

Em um luxuoso prédio no centro de Nova Iorque um homem ainda jazia em seu escritório. Exalando poder e elegância ele observava atento o movimento do lado de fora da enorme parede de vidro que situava atrás de sua mesa. Com os braços no encosto da cadeira giratória de couro de modo a entrelaçar suas mãos no colo, ele aguardava pacientemente por notícias.

Foi tirado de seus devaneios sobre a paisagem das luzes da cidade por uma batida na porta e sem se dar o trabalho de se virar para a mesma, com a voz altiva e forte, exclamou:

— Entre.

De forma silenciosa a porta foi aberta e fechada.

Um jovem aparentando nervosismo pela forma com que apertava uma mão na outra se posicionou defronte a mesa ampla, pigarreou antes de falar com medo de a voz sair trêmula.

— Não conseguimos nada, senhor. Averiguamos tudo e em todos os lugares possíveis e não conseguimos achar. A pesquisa não estava com a família Parker.

Em meio ao silêncio que se instalou após a fala do rapaz, que não devia ter nem vinte cinco anos, o suspiro pesado do CEO pareceu um ruído alto que fez com que o mais novo engolisse em seco.

— Compreendo. Apagaram os vestígios?

— Sim, senhor. Todos foram eliminados, de forma a parecer meros acidentes. Nada que os ligue ao senhor.

— Excelente! Agora quero que contate uma pessoa para mim...

— Sim?

— Dr. Curtis Connors.

— Providenciarei para que esteja aqui imediatamente. Com sua licença. – com uma pequena reverência o jovem deixou o local.

Assim que a porta se fechou atrás de si, o homem trajado de terno negro levantou e se colocou próxima a parede de vidro. Semicerrou o olhar ao fitar a rua abaixo, soltando lentamente o ar que prendia.

Não poderia ficar com raiva, ela não o deixaria pensar com clareza.

Já havia quatro meses que a pesquisa que tanto ansiava tinha tido resultado e no mesmo dia ela sumira. Todo o material sobre a pesquisa, o êxito do experimento e a cobaia tinham desaparecido, e junto dele os responsáveis também.

E desde então ele buscava desenfreado por eles. Não tinha tempo a perder. Apertou os punhos e os enfiou no bolso da calça social, tentando conter a vontade de socar alguma coisa.

Precisava urgentemente dos resultados daquela pesquisa e os teria, custe o que custar.

Ou não se chamaria Norman Osborn.

 

 

 

°~…°…~°

 

 

 

Olhar para aquela enorme cama king size era uma tortura, pois tudo o que Tony queria naquele momento era se jogar sobre ela e acordar, quem sabe, só daqui dois dias.

Sentia-se extremamente exaurido, tanto fisicamente quanto psicológica.

Aquela com toda certeza tinha sido a mais longe meia hora que já tivera na vida. E juntando os acontecimentos passados e o que acabou de vivenciar, não sabia como ainda se encontrava de pé.

Engolindo um suspiro cansado na garganta, pé ante pé saiu do quarto e sequer tentou fechar a porta com medo do pequeno corpo sobre a cama despertar do sono que tanto demorou a vir.

Parou no batente da porta dando uma última olhava para a cama. Ali, rodeado por travesseiros de proteção, Peter dormia solenemente. De barriga para cima, com o dedo da mão direita na boca e a esquerda elevada para cima segurando os fios rasos de cabelo acima da orelha, o pequeno ressonava.

Aquela encantadora imagem trazia um estranho calor ao peito do gênio.

— Boa noite, Pete. – soprou no ar, pois o medo de ainda acordar ele se fazia presente. Tony seguiu para a sala perdendo o pequeno sorriso que o bebê deu sob o dedo, como se o ouvisse em meio ao sono.

Ao avistar o sofá a vontade antes reprimida veio com força total sobre o moreno e sem parar para pensar, se jogou naquele estofado aconchegante. Ali permaneceu por longos minutos relembrando o caos que fora quando chegou. Do ataque de pânico que quase se deixou levar, mas ao mirar o pequeno nos braços, respirou fundo e impediu o próprio corpo de se mergulhar naquele torpor que o ataque trazia consigo.

Mas agora que estava com a mente livre, Tony podia sentir aquela incapacidade de responder aos estímulos e movimentos normais se alastrando pelo seu ser. Mais do que depressa se sentou puxando as pernas para cima, ali colocou a cabeça sobre o joelho fechando os olhos e tapando os ouvidos. Respirou fundo e aos poucos soltou o ar, aquilo sempre resolvia.

E resolveu; principalmente quando se lembrou de momentos antes.

 

 

Desespero.

Uma aflição tomava por completo o corpo de Tony, e sem escapatória se viu perdendo o controle de seu corpo.

Os barulhos ao redor começaram a sumir enquanto sua visão embaçava tomando aquele tom cinza, como se mergulhasse cada vez mais em uma inconsciência sem volta, mas estando completamente acordado. Sua garganta se fechou num bolo de medo e agonia, não conseguia engolir e muito menos respirar, sentiu seu coração acelerar enquanto tentava puxar o ar para dentro. Ao sentir as pernas tremer e falhar um passo pensou que cairia, mas um peso extra em seus braços se fez presente. Tony se focou nele para voltar à realidade.

Quando abaixou os olhos encontrou com braços pequenos e agitados, um rosto retorcido em um careta e molhado, a pequena boca abria e fechava emitindo ruído que aos poucos voltavam, um choro estridente e alto se fez ouvir novamente e Tony voltou a sua sala com um bebê no colo.

Suspirou aliviado por conter um ataque e voltou-se novamente para o pequeno. Sentiu-se mal ao ver o estado de Peter, levantou ele de forma cautelosa como se pudesse derrubá-lo, tirou a manta que o enrolava jogando sobre o sofá e o aconchegou no peito sustentando o pequeno corpo com o braço esquerdo, o direito apoiava as costas e a mão acariciava a cabeça em um consolo.

— Shhhhh... – sussurrou com ternura. – Está tudo bem... – o pequeno fungou engasgado e aconchegou a cabeça no vão entre o pescoço e o ombro de Tony. – Vai ficar tudo bem, Peter. – continuou repetindo baixinho. Começou a andar e a embalar para cima e para baixo de forma suave o pequeno corpo quando o choro diminuiu e por fim se aquietou.

Tony continuou com o consolo enquanto andava pela residência até parar no quarto, a única luz que o iluminava era o abajur ligado ao lado da cama e a que vinha do corredor pela porta aberta. O moreno se encurvou sobre a cama para deitar o menor, mas só a intenção fez com que ele recomeçasse a resmungar.

Resignado com a reação do pequeno, Tony se endireitou antes que Peter começasse a chora. – Vamos ficar bem... – sussurrou para confortar a si mesmo recebendo um pequeno aperto onde a mão menor o agarrava pelo colarinho da camiseta.

Andou vagarosamente pelo quarto enquanto o embalava nos braços, algumas vezes murmurava alguma letra de música para espantar o silêncio a sua volta, inconsciente do que fazia não soube disser quanto tempo ficou ali, daquela forma com Peter.

Quando sentiu as mãozinhas afrouxar o aperto e cair ao lado do corpo, Tony notou que o menor tinha adormecido. Dormido naquele desajeitado conforto que o moreno compartilhou com ele.

Com todo o cuidado do mundo e o mais lento que pôde, abaixou o corpo menor no meio da cama. Em silêncio saiu do quarto e foi pra sala, assim que pegou a manta azul voltou para o quarto e cobriu o corpo menor. Arrumou os travesseiros ao redor dele e se afastou.

 

 

Tony levantou a cabeça do joelho encarando a mesa de centro, os braços ainda ao redor das pernas sobre o sofá. Balançou a cabeça para sair do devaneio que entrou com aquele quase ataque de pânico que tivera.

Sentia uma compaixão enorme por aquele pequeno ser, tão novo na vida e com aquela confusão toda ao seu redor. Sabia que pelos poucos meses que o menor tinha, ele não entendia o que ocorria a sua volta, mas ele poderia sentir e isso influenciava a sua vida.

Pela ligação anterior e o que ouviu por ela, Tony tinha certeza que a chance dos amigos estarem vivos era mínima, e pelo o que ouvira da senhora – pelo o que lembrava o nome dela era May –, Peter já estava com ela uns quatro meses e isso dava poucos meses com os pais, agora ele se encontrava, mais uma vez, em um local totalmente novo e desconhecido. Teria que se readaptar novamente.

E Tony compreendia isso perfeitamente. Ele passara bastante tempo em sua infância sozinho e em internatos. Sabia o quão difícil era e por essa razão se empenharia em cuidar muito bem daquele moleque, como um filho.

Apesar de não fazer à menor ideia de como faria aquilo.

Tony respirou fundo, tinha se decidido. — S.E.X.T.A-F.E.I.R.A. Quando foi que Peter nasceu?

— Nove de Agosto de dois mil e dezesseis. Amanhã fará oito meses, senhor.

Balançou a cabeça, seus pensamentos divagavam incessantemente. – Quero que descubra sobre o trabalho que Richard e a Mary estavam envolvidos e onde estavam nesses meses em que deixou Peter com os tios... Se for preciso use as instalações de câmeras da S.H.I.E.L.D.

— Entendido, senhor.

Tony pegou o celular na mesa de centro antes de se aconchegar no sofá. Ao ver que ainda era seis da manhã, decidiu pesquisar algumas coisas sobre bebê, o que precisaria comprar e como cuidar de uma criança que seria tão dependente de si. Só depois entraria em contato com Pepper.

 

 

— Sr. Stark? – a voz eletrônica tirou o moreno do pequeno cochilo que dera enquanto lia algumas matérias no celular.

— Aconteceu algo, S.E.X.T.A-F.E.I.R.A? Pete está bem?

— Desculpe por acordá-lo, senhor. O jovem Peter ainda está dormindo sem nenhuma perturbação em seu sono. O acordei porque encontrei vestígios de que Richard Parker entrou em contato com Nick Fury.

Tony franziu a testa em confusão. – E o que ele queria com Fury?

—Arquivo com acesso restrito.

— O que mais... encontrou? – perguntou se colocando sentado.

— O Sr. Parker e a esposa trabalhavam em uma pesquisa secreta na Oscorp.

Tony apertou a mão no queixo, as coisas estavam ficando cada vez mais confusas. Ele poderia muito bem hackear a S.H.I.E.L.D., mas isso iria contra o acordo de paz que selará com Nick. Bem, o tapa-olho não precisa saber... Pensou, mas logo balançou a cabeça. Não, não faria aquilo. A mentira o levara ali, para longe de todos.

— Sobre o que era a pesquisa?

— Eles estavam trabalhando em uma cura para o câncer.

— Entendi. Quero que entre em contato com Fury, diga que eu preciso falar com ele urgente.

— Imediatamente, senhor.

Pegando o celular deixado de lado no sofá e constando que já era um horário aceitável, – oito horas e poucos minutos da manhã – Tony ligou para a amiga que após dois toques atendeu.

— Tony? O que faz acordado há essa hora?

— Bom dia Pepp. – saudou alegre.

— Aconteceu alguma coisa...? É muito grave? Você está bem?!

— Hei, acalme-se. – riu com o desespero da outra. – Eu estou bem, e não aconteceu nada...

— Hm...? – indagou com o silêncio repentino do moreno, algo com certeza não estava certo.

— Na verdade... – começou sem perceber que a ruiva quase exclamou um, eu sabia, do outro lado da ligação. – Preciso de ajuda. Quero que compre umas coisas para mim.

— Que coisas?

— Bem, sei que vai parecer estranho. Muito estranho, na verdade... Então, eu vou te explicar tudo quando chegar. Por isso poderia apenas comprar e trazer as coisas sem questionamento?

A linha ficou muda por alguns minutos, até Pepper o quebrar com um suspiro. Tony e seus segredos, mas o mesmo tinha dito que explicaria tudo depois. Então resolveu aceitar.

— Tudo bem.

Tony sorriu com a resposta da amiga, ele sempre gostou disso. Pepper deixava o moreno ir com calma, na dele. Sabia que ele falaria, mas só quando estivesse à vontade para tal e ela respeitava isso. E foi assim que mais uma vez ficou devendo a ruiva, e ela o ouviu atentamente, sem interromper ou perguntar o porquê ele precisava de tais coisas.

— Isso é tudo do que eu preciso agora... – terminou jogando de lado um papel onde anotara algumas coisas antes de cair no sono no sofá. – Depois eu compro o resto. – murmurou consigo.

— Está bem. Eu vou aproveitar que não tenho tanta coisa agora de manhã e logo chego ai com as coisas. Você vai ter que me explicar direitinho, em... Fraldas, mamadeira e até mesmo bebê conforto. Alias, como um gênio em tecnologia sabe de tudo isso? – riu pelo desconforto notável do outro.

— Hahaha... Engraçadinha. – brincou irônico. – Quando chegar à gente conversa. – se despediu antes de desligar o celular e jogar ele para o lado.

Tony se levantou do sofá para se espreguiçar, seu corpo necessitava de um banho quente e um café bem forte para despertar aquele sono que sentia vir a si a cada piscadela. Com isso em mente, deixou a cafeteira funcionando na cozinha e seguiu para o quarto, tentando fazer o mínimo de barulho, pegou um par de roupas e seguiu para o banheiro, onde se despiu e se deixou levar para a banheira de mármore branco chamativa.

 

 

Após o proveitoso banho de banheira e totalmente renovado para outra, Tony numa tranquilidade começou a se trocar, uma cueca boxer vermelha, uma calça moletom e regata, ambas pretas.

Foi quando a IA se fez presente deixando-o apavorado:

— O jovem Peter acordou e esta se virando na cama.

Puxou de forma desajeitada pela rapidez a regata sobre a cabeça enquanto corria para o quarto, tropicou e quase caiu. Sorte o batente da porta estar perto e Tony se agarrar a ela. Com os olhos arregalados mirou a cama onde um Peter descabelado e de bruços se apoiava nos bracinhos para olhar de onde vinha o barulho, ao vê-lo arreganhou a boca num sorriso quase banguela, se não fosse os dois pontinhos na parte inferior.

Suspirou em alivio ao vê-lo bem, se aquilo se repetisse com frequência era capaz de Tony acabar tendo um infarto.

— Hei campeão. – saudou se aproximando. – Já acordou?

— Aaa-aa-da. – gritou esticando os braços e com isso caindo de cara no colchão. Tony soltou uma risada antes de pegar ele ao se sentar na cama.

— Ainda é cedo, devia estar dormindo. – firmou o pequeno de pé sobre a cama que gargalhou tentando dar um passo. – Que horas são, S.E.X.T.A-F.E.I.R.A?

— Cinco minutos para as dez, senhor.

— Já?! – indagou surpreso. Peter ainda tentando se manter em pé com a ajuda de Tony, tinha as perninhas tremulas enquanto fitava o teto.

— O senhor cochilou no banho.

Tony balançou a cabeça em concordância, ali estava explicada a razão de se sentir bem após o banho agradável. Franziu o nariz, acabara de sentir um cheiro nenhum pouco agradável.

— Peter... – chamou vendo os grandes olhos de amêndoa o fitar. Deitou o pequeno relutante na cama e aproximou o rosto dele. Enrugou o nariz. – Diga que não fez o que eu acho que fez...?

Peter balançou as pernas agitado e soltou mais uma gargalhada, Tony sentia como se ele tivesse tirando sarro de si. Respirou fundo começando a pensar no que faria. Pepper ainda não tinha chegado com as fraldas ou lenços úmidos, então ele teria que improvisar o que seria fácil se tratando de um inventor.

Colocando Peter no meio da cama novamente, e ficando de olho, Tony seguiu para o guarda-roupa e pegou uma peça de camisa limpa e macia, arrumou uma tesoura e cortou ela em pequenos pedaços.

Vendo que o pequeno estava entretido com os próprios pés o moreno seguiu para o banheiro, ali encheu um pouco a banheira de modo a caber o bebê sentado e improvisou com varias toalhas no chão perto da banheira um local para tirar a roupa dele.

Voltou ao quarto vendo que agora Peter se encontrava novamente de bruços e tentava se arrastar pela cama, assim que ele viu Tony seus lábios tremeram e temendo que ele chorasse o moreno o pegou no colo e entrou novamente no banheiro.

Sentou-se ao chão do lado da banheira com os pedaços de pano ao lado e posicionou o Peter nas toalhas de frente para si. Se esticando ao máximo Tony puxou a lixeira para perto de si e tratou de tirar a roupa do menor deixando-o apenas de fralda. Um trabalho árduo, pois Peter não parava quieto, Tony achou que estivesse incomodado pela fralda cheia, mas o mesmo não chorou por isso.

— Espero que tenha sido bonzinho... – Peter resmungou tentando se virar e sendo impedido pelo moreno.

Respirando fundo para criar coragem Tony soltou os cantos da fralda, o cheiro o atacou sem piedade junto com o conteúdo.

— Argh! – virou o rosto contendo a ânsia de vômito. – Isso é nojento, Peter. – o menor o encarava quieto e prevendo o que aconteceria a seguir agitou as pernas ansiosas por se livrar da fralda suja.

Tony fora rápido ao segurar aquelas perninhas antes de cair no conteúdo da fralda, logo se livrou dela ao jogar no lixo. Agindo depressa pegou um dos panos que cortara e molhou na banheira com água morna, após torcer passou sobre o bumbum do outro o limpando. Peter se agitou outra vez antes de cair no choro.

—Pete... Já está acabando. – conversou para distraí-lo enquanto retorcia o rosto para a sujeira que limpava. Deus, como o cheiro era forte. Após mais dois panos, que foram para o lixo, Peter estava limpo. – Pronto. Vem aqui. – o ergueu e sorriu para ele. – Prontinho para um banho?

Peter mirou a água abaixo de si e empertigou animado, Tony o abaixou com cuidado e o colocou sentado, mas não o soltou. O pequeno bateu as mãozinhas na água, com a limpeza do bumbum já bem longe de seu humor, ele gargalhou quando a água espirrou para os lados. Tony riu da animação do menor.

— Tony...? – uma voz se fez presente chamando a atenção do moreno para a porta. Pepper olhava incrédula aquela situação. Tony ajoelhado defronte a banheira com um bebê nos braços que brincava alheio aos dois.

— Hei Pepp. – riu dos olhos arregalados da ruiva. – Será que pode me ajudar aqui?

Saindo do torpor com a pergunta do moreno, Pepper só conseguiu balançar a cabeça em concordância. Aproximou-se tirando as toalhas do chão, colocou as limpas sobre a tampa do vaso, a suja foi direta para o cesto para lavar.

— Então... – indagou um pouco fora de órbita. – Quem é ele?

— Hm... – Tony voltou o olhar para o menor que batia sem parar na água, sorriu antes de se virar para Pepper. – Meu filho.

Um silêncio se instalou ao redor, mas Tony tratou de quebrá-lo.

— Você poderia pegar o sabonete que comprou?

— Claro. – Pepper correu para a sala, tinha tirado as coisas do carro e posto ali e só então foi em busca do moreno. Abriu algumas sacolas procurando o que precisava, pegou o sabonete e um xampu que comprara, aproveitou e pegou alguns pares de roupas com fraldas.

Quando voltou ao banheiro observou Tony jogar com a mão água sobre o pequeno corpo, sorriu ao ver os olhos do amigo brilhando. Ficou feliz com aquela visão, já tinha um bom tempo que não via aquilo em Tony.

— Aqui. – chamou a atenção do outro ao sentar-se ao lado dele e abrir a embalagem do sabonete. Logo tratou de ajudá-lo a dar banho no bebê.

Após banhá-lo e enrolar ele em uma toalha, seguiram para o quarto. Tony deitou Peter na cama ao lado das fraldas e das roupas.

— Qual o nome dele?

— Peter. Peter Benjamin. – o moreno respondeu enquanto secava o pequeno corpo. Peter tinha pegado uma fralda e brincava com ela.

— É um lindo nome. – Pepper sorriu apertando a bochecha de Peter. – Combina com ele.

Tony concordou enquanto tentava desvendar a fralda em mãos. Pepper riu e tomou a posse do objeto.

— Deixe que eu te ajudo com isso.

— Sabe como trocar um bebê? – perguntou perplexo.

— Minha amiga acabou de ganhar um, então eu meio que aprendi ao vê-la. – respondeu e logo começou a mostrá-lo como devia fazer.

 

 

Com Peter limpo, seco e alimentado com uma mamadeira cheia – preparada por Pepper enquanto Tony adquiria o aprendizado –, eles foram para a sala. Sentaram-se no sofá enquanto o pequeno ficou sentado no tapete do chão entretido com alguns dos brinquedos que pedira a ruiva para comprar. Ele fazia muito barulho batendo um carrinho no outro.

— Então... Qual a estória? – a ruiva entrou no assunto e Tony suspirou. Apesar de ter acontecido tão rápido, a estória parecia longa. Não demorou a contá-la, sabia que podia confiar na amiga.

 

 

— Eles ainda podem estar vivos, não é? – perguntou com esperança após terminar o relato.

— Sinto muito, Tony. – a ruiva pousou a mão sobre o ombro do outro. – Hoje eu vi uma notícia, sobre um casal morto em acidente de carro. Eram a Mary e o Richard.

Pepper tinha conhecido aqueles dois pelo Tony e apesar de não ser tão próxima, sentiu pela morte deles.

— Não foi um acidente.

— Pelo que me contou... – balançou a cabeça. – Não, mas a polícia esta tratando como um.

— Tenho que descobrir o que aconteceu Pepper. – sussurrou abaixando para poder passar levemente a mão sobre a cabeça de Peter, o pequeno virou-se para ele com o toque e soltou os carrinhos logo erguendo os braços. – Venha cá, garotão. – pegou ele e o ajeitou sobre o colo, Pepper pegou os carrinhos e os entregou a ele novamente. – Não quero esconder a verdade do Peter, quando ele tiver idade para saber.

— Enquanto isso, você vai cuidar dele. – a ruiva terminou em concordância.

— Sr. Stark. Telefonema de Nick Fury. – S.E.X.T.A-F.E.I.R.A avisou.

Pepper estendeu os braços para pegar Peter enquanto o moreno conversava com Nick. – Hei pequeno... – chamou com ternura sendo fitada por aqueles olhos tão cativantes. – Você é tão fofo... Acredito que cuidara mais dele, do que ele de você... – Peter sorriu mostrando os pequenos dentes inferiores e Pepper riu fazendo cócegas na barriga dele que gargalhou.

— Fury quer me encontrar pessoalmente. – Tony comentou ao voltar para a sala.

— Não posso ficar com Peter. – Pepper se desculpou. – Tenho uma reunião daqui a pouco.

— Não, tudo bem... Eu tenho que levar ele. – a ruiva levantou as sobrancelhas desconfiada daquela pequena pausa. – Ele estará me esperando na Torre.

Os olhos de Pepper iluminaram com a compreensão. Torre significava Avengers, que por sua vez significava Steven Rogers.

Sorriu para incentivar o moreno. – Você vai poder matar dois coelhos com uma fechada só.

— Maa-aaa. – Peter se esperneou pro lado de Tony, que o pegou. Ele já estava se apegando ao moreno.

— O que você quer dizer com isso...?

— Tem que se resolver com ele, Tony. – Pepper se levantou e ao ajeitar a bolsa no ombro, terminou. – Olha, eu realmente queria esperar até você conseguir me falar disso, mas... Eu estava conversando com a Natasha e ela acabou me contando algumas coisas. – Tony fechou a cara. – Não me olhe assim. Eu já desconfiava mesmo. – riu-se – Por mais que negue, você merece ser feliz. E ele pode fazer isso.

— Pepper, não. Eu não-

— Shhhh. – tapou a boca dele com o dedo. – Se dê uma chance ou, pelo menos pense no assunto.

A contra gosto Tony concordou com a cabeça.

— Agora eu tenho que ir. – deu um beijo na bochecha de Peter e seguiu para a porta. – O bebê conforto está ai na caixa, tenho certeza que vai conseguir montá-lo. Beijos pros dois, não demoro a vir visitá-los.

Assim que a ruiva sumiu porta afora, Tony se virou para Peter que estudava com as mãozinhas miúdas a barba bem aparada do moreno.

— Então, campeão. O que acha de um passeio? – perguntou sentindo um pequeno embrulho no estômago. Aquelas malditas borboletas novamente, só em pensar em ver o loiro elas já se agitavam frenéticas.


Notas Finais


E lá se foi mais um capítulo~

Notaram quem apareceu no cap. de hoje? O.o ~fecha a boca com as mãos~ Quase soltei o segredo por trás de tudo!

Espero que tenham gostado e, bem... Até a próxima!

Beijocas amores! =*


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