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História Akumanomachi - Capítulo onze: final


Escrita por: MidoriShinji

Capítulo 11 - Capítulo onze: final


Depois de duas horas, tudo parecia quieto, extremamente quieto. Diferentemente da calma de lugares que impõem respeito, como cemitérios e templos, aquela era totalmente artificial, e imposta pelo medo. As cigarras estavam caladas, e, por conta do absoluto silêncio, os dois acabaram dormindo, escorados um no outro, sem sequer terem percebido.

Só foram perceber que caíram no sono quando, algum tempo depois, ouviram o mesmo som de passos novamente, quebrando o silêncio sepulcral em que Akumanomachi se encontrava. A atmosfera estava de fato diferente do que estivera anteriormente, como se tivessem quebrado ovos podres ali perto. Ao perceberem o odor sulfúrico, eles imediatamente tiveram um calafrio que fez com que despertassem num instante: odor sulfúrico era o primeiro e mais evidente sinal de entidades demoníacas. Apesar de isso ser um conhecimento de filmes, era algo que se aplicava à vida real, como bem sabiam.

Havia alguém se aproximando, saindo de perto do templo, mas estava tão longe e tão escuro que não conseguiam reconhecer. Mas, para isso, não era necessário: já sabiam que era a mesma coisa de antes. A medida em que a criatura se aproximava, sentiam um pavor terrível atingir-lhes, porque parecia cada vez mais humano, mas havia algo de errado com aquela coisa.

Algum dia, aquele ser havia sido humano, mas agora, não mais.

Estava de frente para eles, na borda do círculo de sal que fizeram, olhando para eles. Não tinha olhos, apenas dois buracos vazios e negros por onde vermes saíam, devorando a pele putrefata da criatura, mas estava olhando para eles, e sabiam disso. Vestia um kimono branco e vermelho, e, de imediato, souberam que aquele era o sacerdote do templo. Ele estava ali para tentar buscar mais algum sacrifício. Ele sorria, e seus dentes apodrecidos caíam de sua boca, e onde anteriormente estavam, caía um líquido negro, juntamente com vermes. A cada vez que aquele líquido atingia o chão, transformava-se em serpentes, baratas e escorpiões, que tentavam atravessar o círculo de sal apenas para desfazerem-se em pó. O sacerdote maligno tentava entrar, mas o círculo era a proteção deles, e ele estava preso do lado de fora.

Mas, após dois minutos daquela cena aterrorizante, ele pareceu ter se cansado de todos aqueles jogos, emitindo um grito terrível que foi tão alto que parecia ter feito o chão tremer. Jamais haviam sentido tanto medo assim. O barulho foi tão alto que fez com que os outros cinco acordassem e saíssem apressados das barracas, para verem aquela cena.

Puta merda. — Hidan disse — Em nome de Jashin-sama, que porra é essa?

A criatura parecia avessa ao nome de Jashin também, visto que havia soltado um grunhido ameaçador por conta disso. Por mais de um minuto, sequer souberam como reagir: como escapar dali? Se estivessem dentro do círculo de sal, estariam protegidos, mas até quando? Uma hora, o vento poderia levar o pó protetor, e com isso, estariam expostos ao perigo, suas cabeças numa bandeja de prata prontas para serem servidas. Não podiam continuar ali. — Precisamos ir embora. — Itachi disse.

— Ah, não diga. Achei que fôssemos ficar aqui fazendo companhia para aquela... Coisa. — Sasuke ironizou.

— M-mas agora? Ele está ali! — Hinata disse, aterrorizada.

— Não podemos esperar até o dia amanhecer, vai demorar demais. — Pain respondeu.

— O vento vai desfazer o círculo de sal em algumas horas. Se esperarmos demais... — Konan disse, sequer completando a frase. Todos sabiam o que ela queria dizer. Iriam desaparecer nas minas como todos os outros. Mais que isso, sentiam, no fundo de seus corações, que aquilo era poderoso demais para ser detido apenas por um círculo de sal.

— Meu carro tem sal e amuletos de Jashin, peguem aquela porra e usem, não sei, mas aquela merda não gosta de Jashin-sama, serve como proteção. — o albino falou. Nesse momento, os mais próximos do carro dele, os dois punks, o fizeram, com a ajuda de Naruto, enquanto os demais desarmavam o acampamento às pressas. Com todas as proteções armadas, todos eles rezaram, com fé sem igual, para que o sacerdote não conseguisse alcançá-los, e partiram.

(...)

Já estavam na estrada há algum tempo. Como ficaram aliviados em perceber, o sacerdote não havia os seguido. Ao que parecia, seus domínios não poderiam ir além de Akumanomachi. Tinham a impressão, porém, de que ele não estava agindo por conta própria, como ser plenamente consciente, mas que estava sendo controlado por algo ou alguém, e tinham medo de saber quem era o controlador dessa marionete: com certeza não os deixaria escapar tão facilmente como conseguiram.

Percorreram todo o trajeto ainda em silêncio, sem conseguirem dizer uma palavra sobre a experiência surreal que tiveram. Foi somente depois de algum tempo que alguém disse alguma coisa, quebrando aquele silêncio: — Vamos avisar a polícia, dattebayo.

— Não temos sinal de celular, mas aquele restaurante que passamos na ida deve ter telefone. Vamos parar lá. — Sasuke disse. Hidan deu sinal de que iriam parar para o carro de trás, com Pain, Konan, Itachi e Hinata, que entenderam que ele iria parar em algum lugar (e presumiram que para pedir ajuda, no único estabelecimento que viram em todo o caminho desde a última cidade, o pequeno restaurante).

O carro de Hidan ia na frente, e depois de alguns quilômetros, começaram a procurar o pequeno estabelecimento. Mas, ao passarem pelo lugar da ida, perceberam que, no lugar do restaurante estilo anos 1950 bem conservado, encontrava-se uma construção caindo aos pedaços, suja e decrépita, com um telhado já faltando muitos pedaços de tão velho. Havia também faixas amarelas da polícia a rodeando, tão antigas que perdiam sua cor e partiam-se em certos lugares, pela ação do tempo.


Notas Finais


Se o restaurante na verdade estava fechado há tanto tempo assim e a realidade foi deturpada para fazer parece que estava aberto... Então quem é que os atendeu aquele dia? Fica aí o questionamento. :v


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