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História Akumanomachi - Capítulo sete: Baphomet


Escrita por: MidoriShinji

Capítulo 7 - Capítulo sete: Baphomet


Continuaram andando até os fundos do templo. Ao contrário do que imaginavam, ele estava plenamente mobiliado, com as estátuas, e tudo mais. Só havia algo que não entendiam ali: geralmente, os deuses cultuados faziam parte do xintoísmo, mas essas estátuas... Elas eram estranhas. De certa forma, lembravam as esculturas do templo de Izanami, a deusa do submundo, que ficava nos limites da capital da província, mas eram um tanto diferentes. Todas pareciam youkais descritos na mitologia como malignos. Chegando aos fundos do local, reconheceram através de uma grande estátua que aquele não era um templo de culto à Izanami, e sim algo muito mais sombrio. A escultura de mais de dois metros era de uma criatura humanoide, com tronco e braços humanos, mas cabeça de bode e as pernas também de bode.

— P-pelos deuses, o que é isso, dattebayo? — Naruto falou, assustado.

— Baphomet, porra! — Hidan respondeu, em um tom de voz bem alto, e riu — Em nome de Jashin-sama... Não sabia que os caras curtiam essas coisas por aqui. Satanismo pode até ser antigo, mas porra, não sabia que era antigo assim aqui no Japão.

— Hidan, isso é coisa da sua religião, por acaso? — Sasuke indagou.

— Não, caralho, jashinismo não é a mesma coisa que satanismo, já falei um milhão de vezes essa merda. Jashin não é o Cramunhão, porra. — o albino se irritou — Baphomet é do satanismo sim, aí já é outra história, outra religião e tudo mais. Não tem porra nenhuma a ver com jashinismo.

— Na verdade, tecnicamente Baphomet não é do satanismo em si, porque antes de tudo, ele é um deus pagão, uma das representações de Pã, só foi adotado posteriormente pelo satanismo. Na visão crista, ele é um demônio: os Cavaleiros Templários foram mortos na fogueira por, dentre outras atividades ditas heréticas, adorarem essa divindade supostamente demoníaca, Baphomet. Não significa que eles estavam envolvidos com satanismo, mas significa que esse não é um templo xintoísta. — Itachi disse.

— Aliás, temos mesmo certeza de que esse é Baphomet? Os egípcios eram conhecidos por terem divindades zooantropomorfizadas, esse também pode ser o caso aqui. Talvez isso represente outra figura que eles consideravam divina, uma que talvez a gente nem mesmo conheça, como uma divindade menor do xintoísmo, ou mesmo uma completamente nova. — Hinata sugeriu.

— Acho que pela posição da figura, deve ser mesmo ele. Essa posição de Shiva, com uma das mãos em cima e outra embaixo, o fato de ele estar sentado... Não, com certeza é Baphomet. Agora me pergunto o que ele faz aqui: nós já éramos um país aberto à influência estrangeira na década de 1880, depois do início da Era Meiji, haviam trocas culturais entre o Ocidente e o Japão, mas por que uma influência da cultura greco-romana, que era pouco difundida na época, onde o cristianismo predominava na Europa? — a garota de cabelos azuis perguntou.

— Eu acho que isso é o que todos nós queremos saber... — Pain respondeu — Talvez tenhamos alguma pista dentro do templo, alguma placa dizendo o nome dessa divindade, não sei. Vamos entrar.

Logo, os sete entraram pela porta dos fundos, que estava aberta. Dentro do templo, as paredes estavam com a tinta toda roída, exibindo a madeira que estava em plena decomposição, mas que ainda era devorada por cupins. As colunas aparentes, no entanto, pareciam mais seguras: o lugar estivera fechado por tanto tempo, pelo cheiro de mofo que pairava no ar, que elas não entraram em contato com agentes físicos e químicos o suficiente para serem degradadas com o tempo. Eles passaram por algumas salas estranhas, mas uma delas chamou a atenção em especial: era na parte leste, e o chão estava muito mais instável do que nas outras áreas. Além disso, a madeira das tábuas parecia inchada, como se tivessem absorvido muita água ao longo dos anos. Isso os levou a desconfiar que talvez houvesse algum tipo de passagem para um porão ou coisa do gênero ali.

Mas, antes mesmo que pudessem pensar em procurar algo do gênero, o piso desabou quase que por completo, deixando apenas algumas bordas que estavam mais firmes, próximas das paredes do cômodo. Eles caíram no chão, e estavam a uma certa profundidade que impedia que simplesmente escalassem e pudessem subir à superfície novamente. O chão era de pedra, e fizera um certo estrago neles, mas nada de muito grave; felizmente, a madeira que fazia papel de chão havia amortecido a queda, ainda que a custo da quebra das tábuas.

Naruto ficou desesperado. — A gente caiu aqui, e agora, como a gente vai sair, não temos corda, não temos nada, nós vamos morrer aqui, dattebayo!

— Dobe, se acalma. Está sentindo isso? É uma corrente de ar. Significa que tem uma saída. Nós provavelmente só estamos um tanto perdidos nesse porão, vamos seguir o vento e pronto. — Sasuke tentou acalmá-lo.

— Sinto muito em informar, mas isso daqui não é um porão. Acho que caímos dentro de uma das minas de exploração de ferro, no começo de uma delas, aliás. Agora por que uma das entradas é pelo templo, eu não sei. — Konan explicou, apontando para uma parede fechada, coberta de pedras pesadas. O vento vinha na direção oposta do túnel, e então começaram a segui-lo, em busca de uma saída. A única coisa que restava agora era andar até sabe-se lá onde: não havia como saberem onde essa saída ficaria, mas era melhor do que tentar voltar por onde vieram, o que era praticamente impossível.



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