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História Alarya Romano, e o Pirata Arsenal - Sonhos


Escrita por: Kilael

Capítulo 1 - Sonhos



     A lua estava cheia. O uivo dos lobos podia ser ouvido de longe. A costa do mar estava brava e rancorosa. As ondas batiam contra as rochas e a imagem de água brilhando sob a luz da noite iluminada era estonteante.  Uma imagem linda e perigosa de se admirar sob o manto estrelado de Azeroth.
     É sob esse mesmo céu que se rastejava sorrateiramente uma figura sinistra e enorme. Usava um manto sujo para não ser reconhecido pelos incautos, mas isso não deixava de atrair alguns olhares curiosos. Mas quando ele revelava sua pistola carregada logo esses curiosos desapareciam em frangalhos.
     A figura foi atravessando a cidade portuária de Bocarrilha procurando uma das casas. Pediu informação aos goblins moradores da região e como é claro, teve que liberar algumas moedas de prata pra conseguir essas mesmas informações. Um goblim não dá nada de graça, nem pra um parente.
     Depois de algum tempo procurando e aliviar um pouco sua bolsa de moedas. A figura misteriosa finalmente encontra o que estava procurando. Uma casa caindo aos pedaços com a fachada cheia de bugiganga engenhognomicas “enfeitando” o lugar. A figura misteriosa olha o lugar, se aproxima e bate da porta com as mãos agora revelando uma luva pesada de Ferro. A batida amassa um pouco a porta úmida de madeira e quase a quebra de tão forte. Talvez a figura não tenha percebido, ou talvez não se importasse. Mas certo é que ele bateu de novo. E de novo e novamente, insistentemente até que um gnomo suado e assustado abriu a porta. Ele estava sem camisa e magro. A figura com o manto guardou sua mão com luva para dentro do pano e é ficou parado olhando o pequeno. O gnomo o olhava em um misto de medo e impaciência.  Sabia que a figura não entraria enquanto não fosse convidado. Mas também não queria abrir a boca diante dele, e fica ali na porta também era algo ruim demais para ele, afinal. Esse gnomo não gostava muito da cidade porto de Bocarrilha. Então finalmente o gnomo abriu a boca:
 - P-por favor, pirata A-arsenal, e-entre.
 - Já falei pra não me chamar assim quando eu estiver fora do Navio – Disse a figura estranha já entrando na casa do gnomo como que invadindo. Dentro da casa tirou o manto que o cobria e revelou um homem alto de dois metros de altura. Careca e expressão facial séria. Usava uma roupa vermelha bonita com alguns detalhes em ferro cinza como a luva, o cinto, sua bota e uma ombreira espalhafatosa que gostava de exibir. Esse é o Pirata Arsenal. Um terrível lobo do mar ue tem aterrorizado a aliança e a horda a muito tempo nas águas. Existe um prêmio por sua cabeça vivo ou morto. De preferência morto. 
     O gnomo fechou a porta atrás dele e já guardou o manto e puxou uma cadeira para que o homem pudesse se sentar. Era nítido que havia nenhuma admiração. Mas apenas medo nos olhos do gnomo. Então o homem continuou:
 - Mas que buraco foi esse que você resolveu se esconder Fiklet? No meio de goblins com essa barraca mal cheirosa e caindo aos pedaços. – a voz do Pirata era grave e firme. O gnomo deu um pequeno passo para trás e olhou para baixo com o questionamento. – O que foi? – Continuou o Pirata – Os goblins comeram sua língua Fiklet?
     Fiklet morria de medo do capitão Arsenal. Ainda mais por que sabia que todas as histórias que contavam sobre ele eram verdade. Ele mesmo estava sofrendo na pele uma de suas maldades.
 - Er... Claro que não senhor, erm, c-capitão. Eu só estava vendo se o senhor estava confortável.  – Fiklet sorriu meio de nervoso e o Capitão Arsenal o olhou de forma seria. Um silêncio tomou o lugar até que o homem o rompeu:
 - A arma está pronta?
 - Er, c-claro que está sen, erm, capitão... Capitão Arsenal. Quero dizer. Ainda falta alguns ajustes e...
 - Esta pronta ou não está Fliker?
 - N-não, er, eu preciso de um micro ajustador voltaico mas com as peças que tenho eu não posso construir um. E não posso voltar pra gnomo regam.  
     O Pirata caminhou impaciente enquanto escutava o gnomo então perguntou:
 - Se conseguir as peças então poderá terminar?
 - Sim senhor. – O gnomo respondeu  meio ainda com medo e o Pirata pensou. Olhou o gnomo com seus olhos nervosos
 - Sabe que sua fimilia está comigo né? – Disse o Pirata com o rosto tão perto do rosto do gnomo que ele pôde sentir o hálito de Rum. – Vou trazer as peças. Mas se tentar me enganar ou fugir. Sua mulher e filhos... morrem...
      Ao dizer isso, o Pirata saiu da casa cuspindo no chão. O gnomo Fiklet ficou olhando a porta aberta por onde o Pirata saiu. Ele sabia, para salvar sua família,  precisaria construir uma arma para destruir outras famílias.

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 – 1... 2... 3... e, AGORA! – Ao dizer isso a menina correu na beira daquele penhasco e saltou em direção ao abismo. Ela deixou para traz a segurança do solo e se jogou no ar, no alto daquela montanha vermelha e imponente. Seu pequeno corpo vôo um pouco, e logo ela sentiu a queda livre por causa do salto.
Era uma queda em direção a morte de mais de 500m de altura. Se ela estava com medo? Claro que estava! Ela só tem 15 anos. E por que saltou mesmo com medo? Hora meu caro leitor... ela é Alarya Romano.
Talvez você esteja se perguntando por que eu estou começando a contar a história com esta menina indo com a cara direto pro chão numa queda livre. Bom,  primeiro tenho que falar quem é Alarya Romano.
Filha de Toranir Romano, o engenheiro. Talvez ela seja tão louca quanto o pai. Garota engenhosa que ama descobrir coisas novas, ainda mais porque mora em uma fortaleza enânica e fechada, o único lugar onde seu pai foi aceito pra morar. Isso mesmo, aceito. Toranir, pai de Alarya é um ex criminoso e a sociedade não o aceita muito bem, mesmo ele tendo pago suas dívidas na cadeia e trabalhos comunitários e outras coisas mais ter matado um dragão com um grupo de aventureiros, mas isso é uma outra história. E tambem não importa muito, O que você faz de bom não conta muito, sempre o lado ruim da sua vida será lembrado primeiro pelas pessoas.
Alarya ama viver com sua familia e com as pessoas da fortaleza mas muitas vezes se sente presa vivendo ali e algumas vezes se sente mal também,  ela quer explorar lugares novos conhecer pessoas novas e não ver sempre as mesmas pessoas dentro da fortaleza. Apenas seu pai, sua mãe,  irmãos e os trabalhadores da fortaleza. Ah e tem sua amiga Niula uma elfa filha de um aventureiro que também foi recebido na fortaleza. As duas cresceram juntas e são muito amigas e fazem tudo juntas, bom, quase tudo. Niula achou essa idéia de pular da montanha da fortaleza um completo absurdo mas mesmo assim foi acompanhar a amiga.
 – ALARYAAA! – Gritou Niula desesperada ao ver o corpo de sua amiga despencando no precipício da montanha.
Niula começou a suar frio e seu coração começou a bater forte. “Foi uma péssima idéia!” ela pensava. Via a amiga cair e já imaginava como ia dizer para Toranir e Bae que sua filha tinha morrido pulando da montanha até que... As asas mecânicas que Alarya estava guardando se abriram e a menina começou a planar como se fosse um grifo. Niula mal pôde conter o alívio de ver que funcionou e que sua amiga conseguiu fazer as asas mecânicas do pai abrirem em pleno vôo. A elfinha começou então a gritar de felicidade ali na montanha. Alarya por sua vez planava com as asas sobre a fortaleza de Moignar com as asas que seu pai havia projetado. Ela podia sentir o vento tocando seu rosto e em todo seu corpo bem forte e isso era fantástico.  A sensação de liberdade era incrível.  Dali ela podia olhar tudo e um pouco mais além.  Ela estava vendo a Fortaleza onde morava. A fortaleza de Moignar é imponente e com suas muralhas de pedras se erguem para proteger os moradores. O lugar é um refúgio para os que são rejeitados pela sociedade. Se você tem algo a oferecer mas a aliança não quer você, a fortaleza de Moignar é o seu lugar. E ali muitos talentos tem se reunido e feito maravilhas uns pros outros. Moignar da oportunidade para todos. Ali Toranir tem vivido com sua família oferecendo seus serviços. Alarya estendeu os olhos um pouco adiante e viu a Vila Norte. Um lugar bonito de onde grandes heróis tem saído, perto de Elwynn onde tem sido o palco para grandes aventuras. E um pouco mais a frente. Esta Ventobravo. Alarya queria ir estudar lá.  Ela fica imaginando quanta coisa incrível deve ter em Ventobravo. O centro do poder político da Aliança. Além de é claro garotos bonitos pra conhecer e... Ventobravo foi sumindo atrás das árvores e ela percebeu tarde demais que tava muito próxima do chão, com as asas mecânicas foi parar direto em uma árvore.
 – Alaryaaa! Cuidado! – Niula gritou lá de cima e começou a descer quando viu sua amiga trombar direto com uma árvore.  Niula adentrou a montanha que na verdade é toda escavada por dentro. A própria Montanha é uma extensão da fortaleza de Moignar.
Niula desceu as escadas irregulares com rapidez já mostrando que conhece bem o lugar, afinal, já mora na fortaleza a algum tempo. Essa elfa é filha de Niandor , um elfo ladino que oferece seus serviços de espionagem a Moignar. Niula é bastante ágil como seu pai e tem olhos de águia, por isso conseguiu ver Alarya tromba com a árvore mesmo estando longe. E usando sua visão ela correu rápido pela estalactites da montanha sem trombar em nada. Passou pelos trabalhadores enanicos que mineravam ou escupiam salas dentro da montanha. Atravessou o grande portão de rocha que exibia estátuas de honrados anões Ferros negros do passado antes de se corromperem por Ragnaros. A elfo atravessou a área externa da fortaleza e finalmente chegou na árvore em que Alarya tombou.  Niula olhou e viu as asas mecânicas destruídas na árvores , viu Alarya. A elfa respirou aliviada em ver que a amiga estava bem, bem encrencada pois lá estava também Toranir. O pai de Alarya.
###
 – Eu falei que não era pra pegar  as asas mecânicas Alarya. -Disse Toranir  tom sério. 
 – Eu sei pai mas eu queria experimentar!
 – Exerimentar? – Toranir a olhou incrédulo – Você podia ter morrido Alarya.
 – Mas pai. Você usa as asas todo dia. – Disse Alarya tentando argumentar com seu pai que a olhava sério mas já se desmanchando.
 – Faz 20 que uso essas asas mecânicas minha filha. E é o meu trabalho usa- las. Tenho que proteger você, sua mãe, as pessoas que moram aqui na fortaleza. – Toranir olha as asas destruídas na árvore. – mas agora vou ficar um tempo sem usa-la
  – Desculpa papai. Eu... eu só queria...
  – Eu sei – Disse Toranir interrompendo e abraçando a filha logo em seguida.
Niula viu aquilo e abaixou os olhos por um momento. Então decidiu se aproximar.
 – Alarya! Você tá bem? – perguntou Niula já analisando o corpo da amiga e logo veio a resposta.
 – Você viu aquilo? – gritou Alarya – voar é a coisa mais sensacional do mundo Nini. Você tem que experimentar!
 - Não.  – Vociferou Niandor. – filha minha não usa esse maquinaria doente e morto.
Niandor era um elfo de 2 metros e de pele escura. Sua expressão era séria e carrancuda. “Bom dia Niandor”. Falou Toranir tentando ser simpático mas o elfo logo olhou para Toranir com seriedade e pegou nas mãos de sua filha dizendo:
 – Não deixe seus brinquedos perto das crianças Toranir. Eles são perigosos. 
Toranir olhou o elfo de forma seria percebendo o desprezo que ele tem por seus inventos. Não disse nada. Nunca quis argumentar mais nada desde o...
 – Não gosto que ele fale assim com você – Disse Alarya olhando o elfo indo embora com Niula.
Toranir olhou sua filha então pegou os restos da asa mecânica e foi pra casa com Alarya.

A família Romano é bem cheia. Alarya tem que dividir seu quarto com sua irmã menor, Mara. E ainda tem mais 3 irmãos, Nimbus e Khamy que são irmãos gêmeos e brigam o tempo todo. Em seguida um pouco mais novo que os gêmeos tem Keny, que é bastante impetuoso. Sua irmã menor Mara ainda faz o favor de pegar suas coisas, vestir suas roupas, calçados e roupas íntimas.  Alarya meio que já se acostumou. Também ajuda ter uma mãe como a Bae. 
Bae Suzy, esposa de Toranir, mãe de seus filhos, estúdiosa dé artes místicas, sempre foi uma mulher meio estranha, talvez por isso que Toranir tenha se apaixonado por ela. Cuida de tudo dentro de casa e arruma tempo pra fazer suas meditações com Hoan, sua amiga Taurena. Isso mesmo que você leu. Bae tem uma amiga Taurena que lhe dá muitos conselhos que inclusive foi quem celebrou seu casamento em cima de uma montanha.
Alarya conta tudo pra sua mãe. É meio que sua confidente. Da pra confiar nela. Afinal. Em uma casa cheia de homens. Bae pode ajudar Alarya muito bem. Mas além de sua mãe, Alarya gosta de confiar seus segredos para sua amiga Niula. Que aliás são amigas de cebola. Sim, isso mesmo. Amigas de cebola. Foi uma coisa que Niula inventou na hora disse que deveriam cortar e chorar. Simples assim. Alarya achou bobo. E se pensar bem é um nome bem bobo mesmo, mas não queria contrária à elfa. Não tinha muitas opções de amigos ali naquela fortaleza. Amigas de cebola ou nada feito.
Alarya ouviu algumas broncas de sua mãe. Nimbus e Keny riam dela durante a bronca enquanto Khamy ajudava o Toranir a concertar a asa mecânica. Mara como sempre brinca a com as bonecas penteando seus cabelos com todo cuidado é de forma delicada.
Alarya ouvia a bronca de sua mãe e como poderia ter morrido de várias formas diferente, mas a única coisa que conseguia pensar era no prazer de ter estado livre... ter voado... foi a coisa mais sensacional. Sem ter que ficar aprisionada dentro dos muros daquela fortaleza de Pedra, cercada de pessoas malucas e estranhas.
As palavras de Bae ecoavam pela sala e Alarya olhou seu irmão concertando a asa com seu pai e se imaginou usando a asa de novo presa nas suas costas e voando pelos céus de Ventobravo. Isso sim. Alarya olhou a pequena Mara deslizando o pente no cabelo da boneca e então ela se imaginou deslizando nos ventos por entre as torres da cidade capital da aliança. Imaginou o povo olhando-a e aplaudindo-a e gritando seu nome nome. Então ela começa a acenar para as pessoas que gritam:
 – Alarya! ALARYA! Você tá me escutando? – Disse Bae olhando sua filha que acenava para o nada.
 – Ah... er... Tô sim mamãe.
 – Então escute bem Alarya. Você está de castigo até a sua viagem.
 – O que?!? – Alarya ficou surpresa. Não com a notícia de castigo pois já esperava por isso. Mas sim com a palavra viagem – Como assim viagem?
     Bae coloca a mão na boca percebendo que acabou falando demais e que acabou diminuindo o efeito da bronca. Toranir da um pequeno sorriso e diz:
 – Isso mesmo filha. Viagem. E sua mãe acaba de estragar a surpresa.
 – Aaaiii obrigada obrigada obrigada! – Alarya começou a agadecer os pais e pulando pela casa quase não conseguindo conter a emoção.  BaBae ainda estava brava mas soltou um breve sorriso de alegria ao ver sua filha tão feliz. Mas logo tomou a postura novamente.
 – Sim filha viagem. Viagem. Você vai estudar fora. Já era hora de você sair daqui da fortaleza. O Moignar se ofereceu para pagar os seus estudos.
Os olhos de Alarya se encheram de lágrimas e ela abraçou seu pai bem forte dizendo muitos obrigados e promessas de que vai escrever todos os dias. E logo foi até sua mãe e a abraçou bem forte. Bae a abraçou mais forte ainda. Muitas palavras foram ditas entre as duas ali coladinhas mãe e filha. E Bae terminou dizendo:
 – Mas ainda está de castigo até o dia da viagem
 



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