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História Alcançar Você - Vultos


Escrita por: LynnSawako

Capítulo 2 - Vultos


O Nevra me deu um pouco de coragem, de alguma forma me sinto no dever de ajudar eles, mas ao mesmo tempo quero muito voltar para casa, não quero ficar aqui para sempre. 
Passei o resto do meu dia estudando os livros que Ezarel havia me dado, quero saber sobre alquimia e também quero poder usar isso para ajudar alguém, antes de ir, quero poder fazer algo por todos e saber o que está acontecendo. 
------ Quarto, 01:32 ------
- Hã? - Ergui a cabeça - acabei dormindo, preciso me esticar, e estou com fome. 
Saindo do quarto, me dirigi até a dispensa para pegar minha porção de comida, percebi que estava faminta. 
- As coisas ficam meio quietas essa hora, dá até medo - As portas estavam fechadas, apesar de haver luz, o lugar parecia vazio demais e me deixava apreensiva, mas sei que não havia o que temer, e passei o dia trancada, queria muito ver o céu agora. Caminhando até o quiosque, estava pensando em como tudo aqui tinha um toque de magia, era como em histórias, não? Muitas coisas aqui parecem com a do meu mundo, sinto saudade dos meus pais, de ter alguma companhia, e aquele oráculo? Pedaços de cristais e aquele homem misterioso. Me sentei e ohei para o céu, estava bem estrelado e iluminado essa noite. 
- Isso tudo não faz sentido, é tão difícil de entender isso, me sinto sozinha e perdida. 
Estava imersa em pensamentos, até ouvir um ruído nas árvores, tomei um susto, pulei para o lado oposto e me preparei para correr ou pedir ajuda. 
O barulho se repetiu e fiquei assustada, sem pensar corri para o lado oposto e algo me puxou para o arbusto "eu tinha certeza que vinha do outro lado", me remexendo tentei sair dali. 
- Calma, calma, sou eu Valkyon você está segura, provavelmente ele nos viu - Ele afroxou as mãos, mas me manteve perto de si, segurando em meus ombros, achei meio pessoal, mas parecia que ele estava pronto para me tirar dali ou ir para cima de quem fosse. 
- Quem era?  - minha voz trêmula e ofegante. 
- Não sei, isso é estranho, não parecia alguém do refúgio e nem daqui. - Ele me encarou e se afastou um pouco - Volte para o quarto, é perigoso, se ele quiser entrar, tem um objetivo, provavelmente o cristal, então tem que ficar lá dentro, é perigoso. - Concordei com a cabeça e fui caminhando de volta - Não se preocupe, não vai acontecer nada, Lynn. 
- Obrigada, Valkyon. - Sussurrei e  caminhei rapidamente para dentro da Sala das Portas, querendo ir para o meu quarto. 
- Aí - Caí no chão, batendo sem querer em algo, olhando para cima, vi Leiftan, me encarando. 
- Cuidado, mocinha, pode acabar se machucando, venha - Ele esticou a mão para mim e eu a peguei - o que aconteceu para estar com tanta pressa uma hora dessas? 
- Estava voltando para o meu quarto, tinha perdido o sono - falei rapidamente para ele, me olhando com uma certa dúvida, ele sorriu.
- Claro, deve estar cansada, tome cuidado, Senhorita Lynn. 
- Boa noite, Leiftan. 
Corri para meu quarto e deitei na cama e olhei para a janela do outro lado do quarto. 
"Valkyon está lá fora ainda, atrás dele e provavelmente Nevra também está e Ezarel deve estar fazendo algo para ajudar e eu estou aqui me escondendo, como uma garotinha assustada". 
- Não quero ser uma garotinha assustada, quero ajudar, quero fazer alguma coisa... 
"Tudo o que eu via eram vultos, estava escuro, a floresta, ela era clara, sim eu me lembro, mas quero voltar para essa luz, aqui é escuro e estou com medo, esses vultos, eles estão querendo me pegar. 
Olho para os lados e corro na esperança de achar o final dessa floresta densa, eu lembro onde era, só tenho que achar o caminho. 
- Lynn, Lynn, fuja, rápido!  - É o Nevra! Ele parece estar em apuros, tenho que ajuda-lo. 
- Nevra! Onde você está? 
- Lynn, fuja!  Não temos muito tempo, você tem que sair daqui! - Chego até onde a voz dele está, tomo um susto ao olha-lo, ele está machucado, ferido. 
- Nevra! - abaixo ao seu lado e coloco a mão em seu peito - Aí meu Deus, você está... - Ergo a mão e vejo que ela está com muito sangue - Voc-você, está perdendo muito sangue. - Olho para seus olhos, vazios, ele me olha com dificuldade e sussurra:
- Corra - Sinto uma mão gelada em meus ombros.
- Lynn! ''
- Lynn! Acorde! Você está gritando! - Alajéa estava me balançando. 
- A- Alajéa? - encaro ela, meio confusa, assustada - Nevra! - Olho para ela e seguro seu braço - Cadê ele?! - Ela me olha com uma cara feia e diz, na sala das portas, provavelmente na despensa. - Saí correndo em  direção a sala das portas, atravessando o corredor, perto da sala de cristal, encontro Nevra. 
- Nevra! Estiquei minha mão para alcança-lo e acabei tropeçando. Indo ao encontro do chão, me preparei para queda, mas ela não aconteceu, algo me segurou antes, olhei para cima e ele me encarava. 
- O que houve? Você quase se machucou, não me assuste assim - Ele me olhou com raiva e preocupação. 
- Ainda somos amigos? - Ele suavizou o olhar e me encarou mais compreensível. 
- Sim, nós somos amigos. 
- Ainda bem. - baixei a cabeça - Estava preocupada, ontem, sabia que estava lá fora, tive um pesadelo, estava preocupada. 
- Você não parece bem - Ele colocou a mão na minha cabeça, quando foi que comeu pela última vez? - Me lembrei que ontem não consegui comer, há quase dois dias sem comer nada. 
- E-eu. 
- Eu sabia. Precisa comer, vamos, vou te levar para o seu quarto, vou pedir para levarem algo para você comer - Ele me puxou, mas segurei o braço dele. - Senhorita, o que foi? - Ele sempre me chamava de Senhorita, nunca pelo meu nome. 
- N-não!  Toma cuidado. - Ele olhou em meus olhos. 
- Eu estou bem, por favor, você tem que se cuidar, estou bem, tá bem? 
- Sim. - Baixei a cabeça. 
- Vamos.

------ 20 minutos depois ------

Sentada na cama olhando para as flores ao lado dela estava pensando que estava meio fora de mim. 
- Estou preocupada demais...
- Estou entrando! - Ezarel entrou em meu quarto - Nossa você parece um zumbi! 
- Obrigada, Ezarel, o que você quer? - Fiz cara feia para ele. 
- Queria ver minha empregada favorita. 
- Conta outra - deitei na cama e fechei os olhos, não me sentia bem para isso. 
- Tem razão, você não é a favorita. - Fiquei em silêncio esperando que ele fosse embora. - Trouxe comida - disse ele depois de uns minutos - Nevra me disse que não estava bem e me contou como você se sentia.  Não gosto de você, mas não quero que se sinta assim. Tem que se cuidar, se não perderei empregados. - Ele colocou a comida ali e saiu, às vezes ele era legal. 
Comia em silêncio olhando pela janela, não podia só me deprimir, tinha que fazer alguma coisa para mudar isso, tinha que ser forte, para cuidar de todos aqui, sinto que tem algo errado, mas eu quero descobrir o que é e fazer algo por eles, não vou só ficar sentada.

- Valkyon! - Disse correndo em sua direção - preciso de sua ajuda.


Notas Finais


Espero postar o próximo logo, estão gostando? *^*


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