Tento me equilibrar sobre o pouco chão em que estou. -Olho para baixo, estou bem alto e uma queda me aleijaria, no mínimo-. De relance vejo os novos guardas vindo para se posicionar- droga, tenho que fazer de novo-.
Olho ao redor procurando uma área onde eu possa entrar nessa fortaleza do terror. Procuro pelos quatro cantos até que...
-Ahrá- Encontrei. Tenho que ser esperto.
O lugar parece deserto, apenas 2 pares de patrulhas estavam rondando por lá.
Avisto uma fonte d’água, jorrando no meio do pátio - Tenho que me esconder lá -E rápido!
O lugar me dá medo, mal consigo enxergar por dentro da nevoa escura, a escuridão desse local não é normal. Se parece com casas mal-assombradas. Uma base militar totalmente escura, com patrulhas em todos os cantos, e a única luz que se nota, são as luzes das lanternas dos guardas em questão.
Não tenho tempo para pensar nessas besteiras. Preciso me concentrar em entrar na fonte sem que me percebam, sem fazer barulho... –Droga, ainda terei que lidar com minha “cegueira instantânea”; Não tenho escolha! -.
Canalizo meu poder sobre a agulha, faço da fonte seu novo alvo. As chamas novamente cobrem a agulha, meus olhos se envolvem em luz azul, sinto uma leve ardência em meus olhos.
Lanço meu braço para traz, e com o impulso arremesso a agulha a toda força e velocidade.
Começo a me imaginar segundando a agulha no ar. Meu poder começa a se preencher em meu corpo. Meu desejo de segurar a agulha estava se realizando.
- Preciso pega-la um momento antes de encostar na água! Me foco em enxergar a luz da agulha, e pulo para pega-la.
--Chua - chua--.
Águas jorram da fonte fazendo minha agulha ser jogada em outra direção e perder sua força, meu poder.
-Droga- Eu me envolvo de raiva e frustração. - Não havia pensado nisso!
Agora não tenho escolha.... Preciso invadir do modo mais idiota possível... Atacando cada guarda que cruzar meu caminho!
Movo-me depressa para dentro da torre de vigia. -Sei que alguma hora um o vigia virá-. Eu penso esperançoso enquanto rezo para que tenham enviado um novato!
Encosto-me ao lado da entrada, escondido sobre o murro.
-Agora só preciso esperar.... Escuto passos -Tenho que ser rápido. Meu coração acelera. -Droga. Se eu falhar nunca vou conseguir respostas...
O guarda se aproxima, ao ponto de eu conseguir ver seu rosto. Me levanto depressa, e logo lhe dou uma gravata, tapando seu nariz e sua boca.
Em desespero o guarda começa a se debater, e me forçar contra o muro da torre, batendo minha costa na parede da torre!
- Não adianta lutar amigão! Só desmaie por favor – Eu sussurro em seu ouvido!
Em questão de segundos um barulho infernal começa. -Merda, eu não posso morrer aqui. O alarme havia sido disparado. Nesse momento já devem saber que estou aqui...
-Droga quando ele? – Eu olho para o guarda, e ele tenta sorrir, posso sentir sua boca se movendo na minha mão.
-Não.... Não pode ser! Quando ele?! Como ele fez isso?! Nesse momento já devem saber até onde estou!
-Mesmo que a missão seja um fracasso, ao menos devo voltar vivo! – Olho para todos os cantos da torre procurando algo “arremessável”, mas não havia nada ali, que poderia me ajudar nessas condições.
Em uma tentativa falha em meio ao meu desespero, eu retiro a farda do vigia e tento coloca-la em mim.
-Droga, por que estou tremendo? - Meu coração parecia uma bomba relógio em seus últimos "Tick-Tacks". Meu suor escorria como seu eu mesmo fosse aquela fonte d’água.
Um dos faróis se move para minha torre. -Droga, então acaba aqui minha missão?! Porque mesmo eu peguei essa missão?! DROGA -.
Em meio ao caos e a confusão implantada pelo alarme, e a correria dos soldados, escuto alguém gritando em um tom enraivecido abaixo do farol.
"-137... 137... RECRUTA ...-"
Não me dou conta em que o vigia a quem acabai de derrubar era o número 137.
-Logo quando percebo eu pego sua blusa onde estava seu número. Recruta W.T 137.
Coloco sua boina e vou em direção a escada da torre para ver quem estava gritando.
-Talvez disfarçado eu consiga sair dessa! – Penso enquanto caminho para a ponta-
--BANG--
Um disparo de uma arma de fogo.
SHHHHH -Sinto o vento sendo cortado próximo a meu rosto, sangue começa a escorrer. Aquele disparo teria sido para me matar?! Mesmo disfarçado eu fui descoberto?! ...
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