Sinto o vento sendo cortado próximo a meu rosto, sangue começa a escorrer. Aquele disparo teria sido para me matar?! Mesmo disfarçado eu fui descoberto?! ...
Levanto minhas mãos em sinal de rendição. – Droga, eu não quero morrer aqui! -.
Sangue escorre pelo meu rosto. – Por pouco quase fico sem minha orelha, ou pior, meu olho -.
-O que você está fazendo, RECRUTA?! VIRE LOGO ESSE FAROL E NOS DÊ VISÃO DO “KRATSU”! VIRE O FAROL! VÁ! – Ele continuava gritando, a intensidade em sua voz mostrava de imediato que ele era alguém respeitado dentro da “SC”, alguém que me mataria se não obedecesse a ordem.
Não consigo entender o que está acontecendo ao meu redor.... Para o que ele quer que eu vire o farol? E para onde? –Vejo os outros 3 faróis se direcionando para a prédio da prisão dentro da Soul’s Cry, logo começo a fazer o mesmo!
Disparos de vários Soldados que estavam no pátio, em direção a entrada da Obscura prisão “SC”. –Não consigo ver nada? Estão atirando em que? Não sinto nada próximo também! -.
Nem mesmo com os faróis eu conseguia ver algo próximo a entrada...- Mas... Então por que dos tiros?! Será que alguém conseguiu sair de sua cela?! Tomara que tenha sido--
No mesmo instante algo começa a sair andando de dentro da 'SC', em rumo ao pátio.
Movo meu farol para ver se seria algum louco tentando escapar de lá, ou o sinal que eu esperava.
Arrastando o farol eu conseguia ver sangue espalhados pelo chão, haviam várias capsulas dos tiros disparados, soldados com espadas estavam tampando minha visão, de seja lá o que estivesse ali.
Mesmo da torre eu conseguia ouvir os gritos dos soldados, que estavam sendo arremessados agressivamente para longe da entrada; Gritos horríveis de dor. – Seja lá quem for, ele e perigoso; Tem que ser ele! -. Ao mesmo tempo eu também ouvia gritos de pessoas, provavelmente prisioneiros, com seus gritos que pareciam comemorações pelos guardas massacrados.
Não me movo, quero coletar informações. Se a famosa 'SC' guarda um segredo tão assustador assim, talvez esse seja meu real objetivo aqui! Aquele homem não me deu detalhes sobre o que exatamente eu preciso fazer aqui. –Droga, essa confusão só faz atrair mais guardas- Os guardas com espadas logo foram sendo arremessados, um por um até que sobrase apenas um em pé segurando sua espada.
Todos os guardas que estavam de pé no pátio, estavam paralisados, tremendo segurando suas espingardas.
- AFASTEM-SE – Um grito do pátio tão alto e assustador, que até mesmo os novos reforços que corriam para o pátio cessaram.
-RECUEM, EU CUIDAREI DESSE MONSTRO; ENQUANTO ISSO AVISEM AOS MORADORES PRÓXIMOS QUE NÃO TEM O QUE TEMER!... VÃO!
Logo todos os soldados ilesos começaram a arrastar os inconscientes para longe do local, os soldados que estavam correndo em direção ao pátio da 'SC', agora estavam correndo para fora, para espalhar a notícia falsa. – A SC faria de tudo para preservar sua fama.
Do farol onde eu estava, consegui ver que havia somente uma pessoa naquele imenso pátio infernal, banhado a sangue, e restos de algumas partes dos corpos.
Lá estava o homem que me atirou, encarando um monstro tão grande quanto a entrada da prisão.
Suas mãos eram semelhantes à garras de animais, em um de seus braços havia uma espada cravada, seu rosto era todo deformado, mas ainda assim se parecia com um rosto humano, seus traços eram de um humano, seus olhos, bocas, braços, seus pés; cobertos de sangue, eu mal consegui ver; Sua incrível altura e seu físico não seriam de um humano, seus músculos pareciam prontos para explodir a qualquer momento, em seus olhos eu pude ver com clareza, o monstro estava enraivecido e em seus olhos haviam um vermelho mais aterrorizante do que esta noite marcada de sangue.
A sede desse monstro, eu pude sentir mesmo a metros de distancias! – Como se sua alma não estive mais em seu corpo, seu único desejo... Era por sangue.
Lá estava aquele senhor, com seus longos cabelos brancos, refletindo sobre as luzes do farol, segurando uma espada; que por sinal parecia maior que ele. Encarando aquela criatura como se ela não representasse perigo algum para ele! Eu pude sentir, aquele senhor que estava enraivecido á pouco comigo, agora estava calmo diante aquele monstro gigante, sua espada apesar de grande, não lhe fazia ao menos tremer enquanto a segurava apontando para o monstro.
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