De noite, nos aposentos da Fera, Lumière e Dim-Dom lhe dizem que ele tem que confessar a Bela que a ama esta noite, pois sabem que restam apenas algumas horas até que a última pétala da rosa caia. Mas ele reluta.
Lumière: - Então, será esta a noite? A noite em que vai lhe confessar o seu amor?
Fera: - Não! Eu não sei se posso fazer isso. – diz de levantando da cadeira em frente a sua penteadeira.
Dim-Dom: - Tem que fazer. – ele diz, sentando a Fera de novo.
Lumière: - Ama a moça, não ama?
Fera: - Mais do que a minha vida.
Lumière: - Então, por que não confessar a ela?
Fera: - Porque eu não posso fazer isso! – ele se levanta de novo.
Dim-Dom: - Mas tem que fazer! – ele o senta.
Lumière: - Haverá música suave, clima romântico, luz de velas; gentileza desse seu criado, e então quando chegar o momento propício…
Fera: - Como eu vou saber qual é o momento propício?
Dim-Dom: - Vai sentir dor de barriga.
Lumière: - Não! Vai saber porque vai sentir aqui, – ele aponta para o peito da Fera – E então deverá lhe falar com o coração.
Fera: - Devo falar com o coração? Não... Eu não posso fazer isso! – diz se levantando.
Dim-Dom: - Tem que fazer! – ele o senta.
Lumière: - O que receia?
Fera: - Nada...
Lumière: - Mestre?
Fera: - Receio que ela vá… vá…
Dim-Dom: - Mas que vá aonde?
Fera: - Vá rir de mim.
Lumière: - De alguma maneira, Mestre, vai ter que encontrar coragem pra correr esse risco.
Dim-Dom: - Mestre, olha a rosa, resta tão pouco tempo. – eles olham a rosa com apenas três pétalas.
Fera: - Realmente eu não sei se posso fazer isso!
Lumière: - O senhor pode Mestre. Eu sei que o senhor pode.
A Fera, acompanhado de Lumière e Dim-Dom, vai até a escadaria da ala oeste, onde Bela junto com Babette e Potts, o espera na escadaria da ala leste. Bela e a Fera descem juntos os degraus e se encontraram na escada central. A Fera olha para Lumière sem saber o que fazer, o criado faz um movimento com o braço, a Fera imita o movimento, estende o braço a Bela que apóia a mão no mesmo. Os dois descem o restante da escada e andam em direção ao salão de baile, decidiram pular o jantar. Lumière e Babette os seguem de braços dados assim como Dim-Dom e Potts.
A orquestra ao longe começa a tocar a melodia enquanto a Bela e a Fera caminham para o centro do salão. Eles começam a dançar, a Fera depois de alguns passos, perde a timidez e conduz Bela na dança.
Lumière abraçado com Babette a sua frente, Dim-Dom ao lado, observam de longe os admirando. Potts inicia a canção.
Potts:
Velhas emoções, nunca vão sumir
Sentimento vem, quando a gente nem
Lembra de sentir
E por ser assim, que o amor espera
Desenhar no chão um só coração
Além da Bela e a Fera
O amor não vê, o amor não diz
O amor só quer, sempre surpreender
E fazer feliz
Velhas emoções, sempre vão voltar
Sempre vão doer e fazer sofrer
Pra recomeçar
Certo como o sol
Ama a primavera
O amor fará o mais lindo par
Além da Bela e a Fera
Velhas emoções
Todas as canções
Além da Bela e a Fera
Após terminarem a dança, Bela e a Fera vão até a varanda, os criados se retiram.
Fera: - Obrigado por dançar comigo.
Bela: - De nada.
Fera: - Bela, eu…
Bela: - O quê? – A Fera tenta, mas não consegue falar e então muda de assunto.
Fera: - Está feliz aqui?
Bela: - Sem dúvida. Todos são tão amáveis; Potts, Lumière…
Fera: - Comigo?
Bela demora, mas responde.
Bela: - Sim.
A Fera se lembra que Lumière disse para falar com o coração, mas percebe uma expressão triste no rosto de Bela.
Fera: - Qual o problema?
Bela: - Pensava em meu pai. Gostaria muito de vê-lo, sinto tanta falta dele.
Fera: - Existe um meio! – ele leva Bela até seu quarto e mostra seu espelho mágico – Esse espelho pode lhe mostrar tudo… tudo aquilo que deseje ver. – Bela agarra o espelho.
Bela: - Eu desejo ver o meu pai, por favor. – o espelho mostra Maurice doente na floresta – Papai! Oh não, papai! Há alguma coisa com ele. Está em algum lugar da floresta! Parece perdido, eu tenho que…
Fera: - Vá vê-lo! – ele diz prontamente.
Bela: - O quê? – ela não acredita no que está ouvindo.
Fera: - Deve ir vê-lo.
Bela: - Mas eu pensei que tivesse dito que…
Fera: - Bela, você já não é mais minha prisioneira, deixou de ser faz muito tempo. – Bela lhe entrega o espelho – Não, não! Leve isso com você assim poderá… Me ver e se lembrar de mim. – ele diz passando a mão nos cabelos dela.
Bela: - Eu jamais poderia esquecê-lo. – ela diz acariciando seu rosto. A Fera então segura nas mãos de Bela.
Fera: - Bela, eu… Eu…
Bela: - O quê? – era a última chance de ele dizer o que sente, mas por amá-la muito, prefere deixá-la ir.
Fera: - Vai. – ele diz soltando as mãos dela. – Vai!
Bela obedece.
Fera: - Jamais voltarei a vê-la. – nesse momento, mais uma pétala da rosa cai.
Mais tarde, os quatro criados, ainda sem saber de nada, vão até o quarto da Fera.
Dim-Dom: - Mestre! Devo lhe informar que tudo anda às mil maravilhas. Eu tinha certeza que a conquistaria.
Fera: - Eu a deixei partir.
Lumière: - O quê? Como pôde fazer isso?
Fera: - Tive que fazer.
Dim-Dom: - Mas por quê?
A Fera fica em silêncio.
Potts: - Porque depois de tanto tempo, ele aprendeu a amar.
Babette: - Mas então, isso pode quebrar o feitiço.
Potts: - Não é o suficiente. Ela tem que retribuir o amor.
Dim-Dom: - E agora é tarde demais. – Eles saem com lágrimas nos olhos, pois agora nunca voltarão a ser humanos.
Horas depois, os quatro criados estão reunidos na cozinha.
Dim-Dom: - Gostaria que isso nunca tivesse acontecido. – ele diz indignado – Nos enchemos de esperança para nada.
Babette chora nos braços de Lumière. De repente, vários criados começam a se movimentar de um lado para outro. Os quatro vão ver o que está acontecendo.
Lumière: - O que houve? É a Bela? – ele diz indo para a janela da sala onde vários criados estão olhando.
Dim-Dom: - Não. São invasores! – ele diz vendo uma grande multidão se aproximando do castelo.
Potts: - E eles estão com o espelho. – ela observa.
Babette: - Lumière? – ela diz aflita – O que vamos fazer?
Lumière pensa por alguns segundos.
Lumière: - Venham comigo!
Vários homens invadem o castelo, mas todos os criados conseguem expulsá-los. Porém, um deles, Gastón, encontra a Fera na ala oeste e o ataca. A Fera sem mais esperanças, não se defende. Ele leva a luta para o telhado, quando Gastón está preste a matar a Fera, Bela aparece na varanda e o chama, A Fera recupera a vontade de viver e logo ganha o domínio da luta. Ele tem a chance de matá-lo, mas não o faz; está mudado e o deixa ir. Quando a Fera se vira para Bela, Gastón o apunhala pelas costas com uma faca, mas se desequilibra e cai do telhado.
Lumière, Dim-Dom e Potts chegam ao quarto e encontram Bela e a Fera na sacada. Bela implora à Fera que não morra, mas a Fera não resiste aos ferimentos e morre. Bela chora sobre seu corpo e revela que o ama, no momento em que a última pétala da rosa cai.
Os criados saem do quarto inconsolados e descem a escada central para seus destinos trágico. Quando terminam de descer a escada, eles se olham e percebem que voltaram a ser humanos.
Lumière: - Oh Potts! – ele diz a abraçando.
Dim-Dom: - Mas o que foi Lumière? – Ele diz ainda não percebendo.
Lumière: - Dim-Dom, vem aqui! – ele diz abraçando-o e beijando o rosto.
Dim-Dom: - Para com isso Lumière. – ele diz empurrando Lumière.
Lumière: - Quebrou-se a maldição!
Dim-Dom: - O que?
Lumière: - Voltamos a ser humanos! – Dim-Dom pula de alegria ao se ver.
Dim-Dom: - Lumière, vem aqui! – ele o abraça.
A Fera desce a escada em sua forma humana com Bela e abraça cada um deles, em seguida saem.
Dim-Dom: - Quem é esse rapaz?
Lumière: - O Mestre!
Dim-Dom: - Não, não pode ser!
Lumière: - Mas é claro que é o Mestre.
Dim-Dom: - Mas é claro que não!
Lumière: - Mas se eu estou falando que é o Mestre, é o Mestre.
Dim-Dom: - Não pode ser o Mestre Lumière...
Babette surge do auto da escada em sua forma humana.
Babette: - Lumière! – ela desce as escadas e vai em direção a Lumière.
Lumière: - Oh Babette! – diz se aproximando dela, a abraçando por detrás. – Como você está melhor...
Babette: - Melhor? – ela se afasta dele – Pensei que gostasse de como eu era antes.
Lumière: - Gostava, mas prefiro assim.
Babette: - Então você estava mentindo.
Lumière: - Não, não estava mentindo.
Babette: - Estava sim.
Lumière: - Talvez um pouquinho.
Babette: - Lumière... – ela diz se aproximando dele – Eu também prefiro você assim! – Lumière abraça Babette e a pega no colo. Potts e Dim-Dom riem da cena e se abraçam.
Todos os criados do castelo retornam para suas respectivas formas humanas e comemoram. Eles se reúnem na companhia de Maurice, no salão de baile, onde Bela e seu Príncipe declaram seu amor um pelo outro, enquanto dançam e cantam.
Bela e Príncipe:
A vida da gente, nos deu de presente.
Um só coração, e essa canção de amor.
Nosso amor!
Os criados se juntam a canção em coro.
Criados:
Certo como o sol,
Ama a primavera.
O amor fará o mais lindo par,
Além da Bela e a Fera!
(Lumière, Babette, Dim-Dom e Potts dançam em pares juntos com outros criados ao redor do Príncipe e Bela)
Velhas emoções,
Todas as canções,
Além da Bela e a Fera!
FIM.
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