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História Além da Esperança - II - Água e Vinho.


Escrita por: Vexus

Notas do Autor


Voltei! E dentro do prazo!

Esses é um dos capítulos que eu me senti mal ao escrever... Não sei como explicar, mas ele não parece estar 100% então perdoem essa mente bagunçada.

Espero que gostem mesmo assim.
Boa Leitura!

P.S.: Capítulo sujeito a mudanças.

Caso haja algum erro, por favor, me avisem.

Capítulo 3 - II - Água e Vinho.


No momento em que Ryeowook acordou, soube que tudo o que acontecera não fora um sonho. A mão estava esticada pela cama, sentindo a textura do lençol incomum. Sentou-se lentamente, com um aperto no peito.

Deve ter retraído as cortinas antes de deitar, pois as janelas estavam abertas e barras brilhantes de luz solar riscava a cama. Ryeowook se perguntou por que não tinha sido acordado pela luz. Pela posição do sol, já era tarde. Estava com a cabeça pesada e cheia, a visão borrada. Talvez fosse apenas porque não tivera pesadelos durante o sono, pela primeira vez em tempos, e o corpo estava recuperado.

Lentamente ele caminhou até o armário e trocou de roupa, procurando algo mais macio e confortável. Após terminar, saiu do quarto e caminhou em direção à cozinha. Rapidamente algo chamou sua atenção: luz emanava do cômodo e o som de uma conversa. Ele avançou lentamente tentando associar a quem as vozes pertenciam.

Entrando na cozinha, Ryeowook sentiu os olhos arregalarem – Bora, com seus cabelos ruivos amarrados em um coque na nuca, estava no fogão, com um avental na cintura e uma colher de metal na mão. Hyoyeon estava à mesa, atrás dela, com os pés em uma cadeira, e Soon-ok estava apoiada na bancada, parecendo muito entretida.

Bora acenou com a colher para Ryeowook.

– Bom dia. – disse ela. – Quer tomar café? Apesar de estar mais para hora do lanche da tarde.

Sem saber o que falar, Ryeowook olhou para Hyoyeon, que deu de ombros.

– Elas acabaram de aparecer e quiseram fazer café da manhã. – disse. – Tenho que admitir que também fiquei surpresa.

Ryeowook encarou o pescoço de Bora e se esforçou para dar de ombros. O hematoma, apesar de menor, ainda era visível.

– Cadê o Kyuhyun?

– Na Sede improvisada. – Soon-ok respondeu. – Saí de lá por que não aguentava mais aquele falatório.

– Quando você acordou? – as perguntas fervilhavam na mente de Ryeowook. – Não deveria estar em repouso?

– Acordei hoje de manhã. – Bora respondeu calmamente. – O médico disse que não tive sequelas do coma então... decidi sair da enfermagem.

– Estou surpreso por vir aqui ficar conosco.

– Não temos muitas opções. – ela começou enquanto apagava o fogo e tirava o avental. – Com a Zona Industrial destruída, nossas esperanças foram reduzidas ao abrigo.

– Pode ficar o quanto quiser. – Hyoyeon falou. – Não nos incomodamos.

– Achei que Yesung estivesse com vocês. – Bora falou enquanto ocupava uma das cadeiras livres. – Mas não o vejo em lugar algum.

Ryeowook encarou o chão, sua garganta parecia fechar lentamente, ele engoliu em seco e ergueu o olhar. Hyoyeon parecia inquieta, como se o nome de Yesung a afetasse também.

– Yesung foi preso junto com outros inumanos. – Ryeowook falou.

– O quê? – Bora sentiu a garganta arder. – Como, quando ele foi levado?

– A Torre foi atacada e Yesung estava lá. – Hyoyeon murmurou. – Foi um dos primeiros a ser levado.

– E nenhuma medida foi tomada?

– Não há como trazê-lo de volta. – a garota continuou. – Estamos abalados e com medo, não vamos ter sucesso em uma invasão tão cedo.

Soon-ok contornou a mesa e sentou na cadeira da ponta.

– Não sei se eu deveria falar isso, mas vocês nos ajudaram e me sinto na obrigação de dizer. – ela falou. – Taeyeon decidiu mover a cidade para a Zona Agricultora, com Sungmin preso, Heechul atacará sem misericórdia e ela teme pela segurança de todos.

– Mas ele não mataria pessoas inocentes, não é? – Bora franziu o cenho. – Digo, a Zona Industrial não é feita apenas de inumanos.

– Você não sabe o que aquele homem é capaz de fazer apenas para o benefício próprio. – Hyoyeon debruçou-se sobre a mesa. – A Zona Comercial possui uma das maiores taxas de homicídios, e cerca de quarenta por cento das mortes continua sem explicação.

Batidas na porta foram ouvidas, Soon-ok pediu licença e levantou. Os passos ecoavam pelo corredor vazio.

– Mas isso não significa nada. – Ryeowook comentou.

– Algumas dessas mortes foram de altos executivos que se recusavam a colaborar em pesquisas do governo. – ela continuou. – A mídia foi proibida de exibir tais notícias então tudo foi acobertado e esquecido...

Hyoyeon se interrompeu quando a porta da cozinha foi aberta. Soon-ok estava lá, sua expressão era uma mistura de curiosidade e preocupação. Por um instante Ryeowook achou que algo de ruim havia acontecido, mas então ele respirou fundo e o susto inicial passou.

– Eu não queria interromper a conversa de vocês. – disse ela lentamente. – Mas seu irmão está aqui e quer conversar com você, Ryeowook.

– Tudo bem. – ele pigarreou e virou-se para Hyoyeon e Bora. – Volto em um instante.

Ryeowook atravessou a porta da cozinha e seguiu pelo pequeno corredor, indo em direção à sala, ao chegar ele encontrou seu irmão sentado no sofá velho. Ao vê-lo, Kyuhyun se pôs de pé e caminhou em sua direção, suas olheiras estavam escuras – como era de se suspeitar, ele não havia dormido.

– Posso falar com você? – Kyuhyun murmurou.

– Claro. – respondeu franzindo o cenho.

– A sós. – sussurrou encarando Soon-ok que permanecia parada no início do corredor.

– Aconteceu algo? – Ryeowook assumiu uma expressão séria.

– Por favor, Ryeowook...

Ele respirou fundo e olhou disfarçadamente para Soon-ok. Kyuhyun nunca escondia nada de ninguém e o fato de ele querer falar a sós significava que o assunto era delicado demais ou que algo ruim havia acontecido. Ryeowook suspirou e passou a mão pelos cabelos.

– Soon-ok, diga a Hyoyeon que eu vou caminhar um pouco. – falou sem encara-la. – Não aguento mais ficar preso aqui.

– Tudo bem. – Soon-ok respondeu calmamente.

Ryeowook pegou Kyuhyun pelo braço e o levou porta a fora. Eles atravessaram a passos rápidos toda a área externa do abrigo, a cidade continuava parcialmente deserta e o silêncio ainda reinava em algumas regiões. Ryeowook entrou em uma lanchonete que fora abandonada durante o ataque, as mesas ainda estavam do lado de fora – algumas derrubadas – com pratos vazios e copos quebrados.

– Senta e começa a me explicar. – ordenou. – Aconteceu alguma coisa?

Kyuhyun obedeceu e puxou uma cadeira que já estava coberta com uma fina camada de poeira.

– Quando eu estava preso na Zona Comercial, um dos seguranças acabou falando demais e revelou algo. – ele começou.

– E o que seria?

– A consciência de Sungmin seria “desativada” e substituída por uma artificial. – ele engoliu em seco e então continuou. – Há anos o laboratório vinha trabalhando em uma inteligência artificial, mas nunca a obteve de fato.

– Isso eu sei, você me contava todos os dias quando voltava para casa. – Ryeowook se aproximou da janela e passou a mão sobre a superfície do vidro. – Qual o objetivo dessa conversa?

– O fato é que o laboratório conseguiu criar uma inteligência artificial, mas a manteve em segredo e por isso eu não falei sobre ela para você. – ele falou ao ver seu irmão encará-lo assustado. – A L23 ficou guardada para situações emergenciais ou para quando um corpo robótico fosse construído... Até Sungmin começar a contrariar as ordens de Heechul.

– E?

– A L23 foi injetada em seu cérebro.

O vento soprou pela janela aberta, levantando uma pequena nuvem de poeira no fim do restaurante. O estabelecimento abandonado era assustador quando iluminado pela luz solar.

– Mas isso é possível? Sungmin não é um robô que pode mudar de interface quando possível.

– Quando os membros mecânicos foram colocados, receptores nervosos eram necessários para que as ondas de informações chegassem às próteses. – Kyuhyun pôs um dos braços sobre a mesa e começou a desenhar círculos sobre a superfície suja. – E foram por eles que a L23 acessou o cérebro.

– Então realmente existe uma inteligência artificial controlando ele?

– Sim.

– Por que você está me contando isso agora? – Ryeowook cruzou os braços.

– Porque eu acredito que a verdadeira consciência de Sungmin ainda está funcionando.

– Isso é impossível. – Ryeowook ergueu os braços. – Eu posso não ser um cientista, mas tenho certeza que duas consciências não podem ocupar o mesmo corpo.

– E isso é verdade, mas o que eu quero dizer é que o verdadeiro Sungmin não foi “apagado”. Ele está lá, de alguma forma.

– E como você sabe disso?

– Shindong permitiu que eu o interrogasse. – ele falou enquanto encarava o chão. – Eu perguntei como ele havia conseguido aquele braço e ele me respondeu o que realmente havia acontecido. Se a inteligência artificial conseguiu utilizar essa memória verdadeira, significa que Sungmin continua vivo de alguma forma.

– Aonde quer chegar?

– Podemos extrair informações de sua consciência humana e isso nos ajudaria contra Heechul.

Ryeowook suspirou e levou uma das mãos a testa.

– Kyuhyun, você está se ouvindo? Isso é impossível!

– Teoricamente! – ele se pôs de pé. – Mas se um laboratório conseguiu implantar uma IA num corpo humano, então extrair memórias seria brincadeira de criança.

– Isso é loucura. – Ryeowook balançou a cabeça, visivelmente incrédulo.

– Nada é loucura. Se a ciência conseguiu criar os inumanos, então invadir uma mente adormecida não é nada. – ele se aproximou e tomou as mãos do rapaz nas suas. – Ryeowook, você sabe que eu não me arriscaria a falar isso se não houvesse uma pequena porcentagem de ser possível. Por favor, acredite em mim.

Ryeowook encarou seu irmão por alguns segundos, analisando cada parte de seu rosto. Apesar de parecer loucura ou impossível, ele tinha razão, e era isso que o irritava ainda mais.

– Eu acredito. – falou vendo-o relaxar. – Mas você mesmo falou que a consciência dele foi “desligada”. Como vamos invadi-la na situação em que nos encontramos?

– Precisamos de uma máquina que entre em sua mente de alguma forma. – ele ponderou. – Talvez por impulsos elétricos...

– Não uma máquina. – Ryeowook o corrigiu. Sua mente focara-se em um fato que passou despercebido por todos.

– Do que está falando?

– Talvez alguém possa fazer isso.

––XX––

– Essa é a história mais absurda que eu já ouvi! – Bora exclamou. Aceitara conversar com Ryeowook por interesse, mas agora percebera que tudo estava indo longe demais. – Você acha mesmo que eu iria acreditar nisso?

Ryeowook já esperava aquela resposta, decidir contar a Bora e pedir sua ajuda era uma atitude insensata e pouco provável de ocorrer. Mas ele arriscou e contou cada detalhe do que Kyuhyun havia dito.

– Eu entendo o porquê de você está assim, eu sei que você teme Sungmin por causa do que ocorreu no beco. Mas dessa vez é diferente, aquela pessoa que te atacou era uma máquina; uma máquina que controlava um corpo humano. Não haverá outra oportunidade para testarmos isso.  – ele falou. – Quando a transferência para a Zona Agricultora for concluída, a segurança será aumentada e ninguém além de Taeyeon e Leeteuk poderá chegar perto de Sungmin.

– Ryeowook...

– Somente por alguns minutos. – interrompeu. – Tudo bem, talvez uma hora, mas, por favor, considere.

Bora cerrou os punhos, e fechou os olhos, em ligeira meditação. Ryeowook estava certo, aquela era uma oportunidade única e havia pouco tempo. Porém, acima de tudo, existia o medo. O medo de encontrar aquele homem novamente, o medo de ser atacada – o medo de morrer.

– Eu nunca entrei em outra mente por tanto tempo. – murmurou. – Não sei o que é capaz de acontecer.

– Mas eu acredito que você consegue. – encorajou. – Você é nossa única esperança.

Bora permaneceu em silêncio por alguns instantes.

– Posso pensar? – ela murmurou por fim. – Preciso decidir isso sozinha.

Ryeowook concordou com um tímido aceno de cabeça. Não podia se descuidar quando o assunto era os poderes de Bora, mas precisamente sua capacidade de ler mentes. A qualquer instante ela podia invadir sua cabeça e captar qualquer pensamento superficial.

Bora levantou da cadeira e caminhou em direção à porta.

– Não se preocupe, isso não é um não... Eu apenas preciso enfrentar meus medos. – ela acrescentou. – Foi muita esperteza você ter vindo falar comigo. É o único a quem ouço.

Ela saiu, fechando a porta atrás de si. Sozinho ali, Ryeowook levou as duas mãos aos cabelos e encarou a toalha florida da mesa. A situação era complicada, complicada demais para apenas uma pessoa processar.

– Ela aceitou?

Ryeowook não se deu o trabalho de virar o rosto para identificar quem era, a voz de seu irmão era tão natural que ele às vezes não percebia.

– Mais ou menos. – respondeu abaixando os braços. – Pediu um tempo para pensar.

Kyuhyun adentrou na cozinha e ocupou a cadeira a frente de Ryeowook, ficando assim cara a cara.

– Pelo menos é melhor que um não. – disse. – Ainda há esperança.

– Assim espero. – Ryeowook respondeu de forma cansada. – Já falou com Shindong a respeito disso? É melhor alertá-lo para não termos problemas.

– Eu temia que você fosse dizer isso. – ele sorriu minimamente. – Tenho medo que ele recuse.

– E porque ele recusaria?

– Estaríamos comprometendo o preso. – explicou enquanto os dedos tamborilavam na mesa. – Invadir a cabeça de alguém é algo delicado e qualquer erro pode ser fatal.

– Quando se ganha, também se perde. – Ryeowook reconheceu. – Se ele aceitar essa proposta terá de reconhecer os riscos de morte.

– Meu maior desafio será convencê-lo disso.

Seguiu-se um longo instante de silêncio, e a conversa parecia ter se encerrado. Hyoyeon entrou na cozinha e se dirigiu para a geladeira; o vento gélido do eletrodoméstico causou leves arrepios em Ryeowook.

– Querem comer algo? – Hyoyeon perguntou enquanto estava debruçada.

– Não, eu vou tomar um banho e me apressar para falar com Shindong. – Kyuhyun respondeu.

– Por quê? Acabou de chegar. – a garota questionou.

– Nada de mais. – ele levantou e se dirigiu para a porta. – Só preciso convencer um cabeça-dura.

 

Os cantos das unhas já estavam vermelhos com o sangue, o nervosismo dominava cada canto do corpo de Kibum e a saída que ele encontrara foi roer suas unhas. As palavras de Heechul após o fim da reunião ainda ferviam em sua mente.

Kibum; sei que anda muito ocupado. – dissera ele. ­– Mas gostaria que você fizesse algo para mim. Poderia colocar a coleira em nosso anfitrião nas celas? O centro de inteligência é o que sabe manusear melhor esse aparato, então suponho que você seja o melhor indicado.

Após isso ele entregara a faixa de material sintético em suas mãos.

Kibum encarava o objeto jogado na sua mesa com certo nojo. Privar as pessoas de seu livre arbítrio já era absurdo, agora monitora-las vinte e quatro horas por dia era de mais. Ele optara por não fazer aquilo por motivos óbvios, mas a não colocação da coleira levantaria suspeitas. O som da maçaneta sendo girada o despertou de seus devaneios, Krystal entrou e fechou a porta atrás de si. Ela avançou timidamente e sentou em uma das cadeiras disponíveis.

– Me chamou? – ela indagou.

Kibum levantou, seus movimentos eram observados em silêncio por Krystal, e se aproximou da garota. Ele abaixou-se e inclinou a cabeça da mulher levemente para o lado, revelando a trava de segurança. Fechando os olhos, Kibum ponderou por alguns segundos se o que estava fazendo era realmente o certo. Seus dedos tremeram quando a sequência de números fora digitada e a trava se abriu, a livrando do objeto.

Krystal respirou fundo quando a coleira deslizou e caiu em seu colo, ela a pegou sentindo raiva.

– Por que me chamou aqui? – ela perguntou após segundos calada.

– Heechul quer que eu coloque isso em Yesung.

– Suspeitava que isso fosse acontecer. – Krystal comentou. – E você vai fazer isso?

– Claro que não. – Kibum respondeu enquanto sentava de volta na cadeira. – Foi por isso que eu te chamei, eu não posso colocar isso nele.

– Mas se não o fizer, Heechul irá suspeitar.

– Além disso, ele quer colocar um soro. – informou vendo-a fazer uma expressão de confusão. – Esse soro fará com que o indivíduo fique completamente submisso, obedecendo cegamente suas ordens.

– Semelhante com que fizeram com Sungmin. – ela concluiu. – Haverá uma pequena possibilidade de eu ser a responsável disso, já que a cela dele está nos meus cuidados.

– Haveria alguma possibilidade de você não injetar?

– Provavelmente não, já que ele estará, teoricamente, me monitorando. – ela bufou incomodada enquanto encarava a coleira. – A não ser... que eu troque as seringas.

– E como você faria isso?

– Antes de injetar, eu trocaria a seringa e injetaria outro conteúdo ao invés do soro.

– É uma boa ideia, mas você precisa ter certeza de que estará sozinha. – ele falou encarando a coleira. – Ainda precisamos resolver o problema disso.

Krystal pegou o objeto e o analisou, era ligeiramente curto e largo, o material era semelhante a couro, porém mais resistente. Havia uma pequena caixa em uma das pontas onde um painel era exibido, lá era digitado uma senha que a trancava no pescoço do indivíduo. Era uma tecnologia obsoleta, mas mesmo assim muito efetiva.

– Teria como você desligar a trava? – Krystal indagou. – Impedindo que o monitoramento fosse ativado?

– Eu consigo desligar, mas seria visível. – ele comentou. – Além disso, os computadores registrariam a falta de um sinal.

– Não há nada que possamos fazer a respeito disso?

– Infelizmente não. – Kibum engoliu em seco. – A coleira foi desenvolvida para não ser modificada. Sua tecnologia de segurança é absurda.

Krystal bufou irritada. Era chato sentir-se daquela forma, como se Heechul fosse superior a qualquer um que vivesse ali. Houve um breve momento de silêncio que logo foi interrompido por Kibum.

– Eles são parecidos?

– Yesung e Heechul? – ela indagou vendo o outro assentir. – Não. Heechul é mais severo e bruto, já Yesung tem o olhar mais sincero. Ele parece se importar com todos apesar de alguns quererem apenas o mal. Eles são completamente diferentes, como água e vinho.

– Eu chamaria isso de inocência.

– Inocência não, mas talvez amor.

– Amor? – Kibum indagou sorrindo. Parecia ser absurdo que aquela seria a escolha de resposta da cientista. – O que quer dizer com isso?

– A pessoas começam a dar mais atenção às outras quando estão amando. – ela respondeu de maneira sincera. – E amor é algo que Heechul nunca conheceu.


Notas Finais


E ai? O que acharam?

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