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História Além da Razão - Não reclame da faxina!


Escrita por: DesnecessauraMM

Notas do Autor


Olá! Espero que gostem!

Capítulo 1 - Não reclame da faxina!


- Você não parece animada. - Ouvi Lucy falar comigo. 

Eu estava animada. Claro, não ao ponto de colocar uma calcinha na cabeça e gritar aos quatro cantos, mas estava.

- É impressão sua, Lu. Estou apenas cansada da viagem.

- Entendo. - Ela se jogou sobre mim para olhar pela janela do ônibus. - Realmente entramos, Le.

Sorri automaticamente. O sorriso dela sempre foi tão brilhante, era impossível não sentir a felicidade que era transmitida por ele.

- Mamãe ficaria orgulhosa de nós. Ela sempre disse que conseguiríamos. - Ela voltou para seu lugar. - Não vejo a hora de chegarmos.

- Vamos ficar bem. - Sorri para ela. - Tio Jude disse que seremos as melhores profissionais na nossa área.

- Com certeza! Vamos retribuir tudo o que papai fez por nós.

Lucy achava que tinha alguma dívida com o próprio pai, mas não tinha. Ele fez por amor á ela, por amor a nós duas.

- Chegamos! - Apontou para a janela e pude ver o quão grande era aquele lugar. - Entramos na melhor universidade do país, Le!

(...)

Já estavámos caminhando pelo campus. Conseguimos bolsas integrais de estudos na Universidade Federal de Magnólia. O lugar era sensacional. Seguíamos a guia, mas a minha vontade era me deitar na grama e ler um bom livro.

O clima era agradável. Calouros e veteranos por toda a parte. As pessoas se abraçavam, sorriam e conversavam alegremente. Comecei a me sentir extremamente bem.

- Le, vamos para os dormitórios! - Concordei e saímos do meio da multidão. 

Chegamos no enorme prédio de dormitórios. Subimos algumas escadarias e chegamos no quinto andar, onde moraríamos nos próximos anos.

Vi o semblante dela mudar quando entramos no dormitório. Éramos bolsistas, mas aquele lugar conseguia desanimar qualquer um. Estava cheio de produtos de limpeza, utensílios para faxina e o que se podia imaginar.

- Lu, não se deixe aba-

- Sem problemas! - Jogou a própria mala no chão e se alongou. - Não pagaremos nada para morar aqui até estarmos formadas, algo de ruim teria que acontecer!

Resumindo o nosso dia, apenas limpamos o lugar. No final, tudo parecia estar perfeito. Nos jogamos nas camas.

- Vamos arrumar nossas coi- Ela estava dormindo. Mas eu não estava cansada.

Tomei um banho rápido e coloquei uma roupa limpa, peguei minha bolsa e saí para conhecer um pouco mais do lugar.

As pessoas estavam animadas. Corriam para lá e pra cá, algo estava diferente. Continuei andando até sentir alguém puxar meu braço. Olhei para a pessoa e me assustei. Ele era enorme - mesmo que todos pareçam grandes para mim, ele era bem maior - se vestia como um típico babaca arrogante e o pior de tudo: estupidamente bonito.

- Ué, desde quando o jardim de infância estava fazendo excurssões por aqui? - Debochou. Notei que haviam mais pessoas que riam como idiotas. Reconheci alguns calouros no grupo, uns confiantes e relaxados, outros...

- Tsc, me solta. - Encarei-o com certa raiva. - Filho da-

- Opa, cadê a educação? - Zombou.

- Com licença... - Tentei puxar meu braço, mas foi sem sucesso. O que diabos esse cara come? - Me solta, imbecil.

Ele apertou um pouco mais e me puxou para perto. Abaixou o rosto para me encarar de perto. Um sorriso sacana escapou do seus lábios.

- Me obriga, baixinha. - Se aproximou um pouco mais.

- Solta ela, Redfox. Sabe muito bem que os calouros não são obrigados a participar dos seus trotes idiotas. - Uma voz femenina disse.

Olhei para trás e vi um casal de mãos dadas. Eles estavam com uma braçadeira amarela. A jovem se aproximou de mim e ele automaticamente me soltou. Parece que algo de bom veio disso tudo.

- O casal de inspetores estão fodendo tudo, mas até os trotes? Caralho... - Falou já se distanciando. - Não deveria nem ter saído do quarto, baixinha. Hoje a noite é longa.

- Ele tem razão. - Dessa vez foi o homem que falou. - Se não quer participar de trotes, não saia do dormitório.

É claro que eu não concordava com aquele ponto de vista, mas eles me livraram de uma boa. Trotes são tudo que não preciso nesse momento. Além disso, essa bolsa exige que eu ande na linha.

- Certo, estou voltando.

- Meu nome é Juvia Lockster. Esse é o Gray Fullbuster. Estamos no segundo ano de Direito. - Ela disse sorridente.

- Prazer, Levy McGarden. Cheguei hoje e vou cursar História. Obrigado pela ajuda.

Conversamos um pouco e eles recomendaram que eu voltasse, assim fiz. A noite estava tão agradável, eu não queria ter que voltar.

- Achou que ia se livrar de mim facilmente, baixinha? Nem fodendo...

Fui levantada do chão e alguém colocou um saco preto na minha cabeça. Me sacudi, mas o ser parecia não se importar.

- Ei, me solta! - Quantas vezes falei isso hoje?

- Não vai rolar. - Como ele conseguiu segurar minhas mãos com tanta facilidade?

- Vai se foder, panaca! - Gritei e tentei me soltar.

- Boquinha suja, hein? - Ele acelerou o passo e me segurou mais forte. - Isso vai ser legal.

Depois de um tempo, entramos em algum lugar com uma música alta. As pessoas gritavam desesperadas, eu sabia que aquilo não ia acabar bem. Afinal, coisas ruins tendem a acontecer comigo.

- Peguei a minha! - Virei mercadoria? - Vamos para a piscina, pessoal!

Alguém tirou o saco da minha cabeça e consegui olhar um pouco em volta. Vários outros caras seguravam alguém na beira da piscina. As pessoas desse lugar eram loucas, mas essa não foi a pior parte.

- Vamos das uma recepção calorosa! - Ele gritou me levantando. - Três!

- Não, espera!

- Dois!

- Droga! - Minha bolsa caiu no chão.

- Um!

Fui arremessada dentro da água, assim como os outros. Nadei até a superfície, os problemas tinham apenas começado. Cada um segurava um tipo de alimento em pó. Certo, eu realmente atraía confusões.

- Vamos fazer uma sopa de calouros! - Ele gritou. 

Afundei o máximo que consegui. A piscina era funda e isso me deu vantagem. Eu não ia deixar aquelas coisas estragarem meu lindo cabelo (a única coisa que é linda em mim). Fui até o outro lado e subi na borda, correndo entre a multidão.

Alguém segurou meu braço, isso já estava  começando a me irritar. Meu corpo estava cansado, eu não queria voltar. Vi o tal do Redfox vir correndo em minha direção.

- Droga, como você é teimosa!

- Esqueceu a bolsa. - Ela estendeu para mim, eu peguei e abri um sorriso. Posso agradecer aos deuses dos baixinho pela ajuda. - Vai, eu atraso ele.

Corri sem parar. Acho que já ganhei um inimigo. Eu realmente sou o ponto alto de problemas.

[…]

Acordei e procurei o projeto de gente que deveria estar no quarto. Mas, como esperado, ela já tinha saído. Levy nunca consegue ficar muito tempo em um único lugar.

Olhei pela janela e vi que havia muitas pessoas cercando o prédio. Estão distribuindo bolo e eu não to sabendo? Isso não parecia bom, elas começaram a invadir. Corri para garantir que a porta estava fechada, mas ela se abriu sozinha.

- Levy o que tá - Gelei ao ver um cabelo rosa  batendo a porta, apagando a luz e me derrubando, caindo logo em cima de mim. Isso é uma pessoa ou o capiroto em forma de vulto?

- MAS QUE PORRA VO- Comecei a gritar, mas o ser tampou minha boca.

- Shiu, eles não podem me achar agora. 

Tentei mover as pernas para afastá-lo, mas ele se colocou no meio delas. Minhas mãos foram facilmente presas com uma única mão dele e meu corpo foi massacrado com seu peso.

- Puta que pariu, você não sabe ficar quieta? - Ele falou no meu ouvido.

Me dei conta que a situação era pior que eu imaginava quando vi que ele me encarava. Eu via pouco, mas o suficiente com a luz da janela. Os deuses da beleza não economizaram com ele.

As coisas pioraram quando percebi que ele não tampava minha boca, mas eu estava inerte. Esse cara era de outro mundo. Segui o olhar dele e, automaticamente, o encanto acabou. Eu estava aqui, admirando a beleza dele e ele admirando  meus peitos pulando para fora da blusa.

- Sai fora. - Dei uma joelhada na sua barriga e ele caiu pro lado. Rapidamente eu já estava em pé, com a luz acesa e com uma vassoura pronta acabar com esse panaca.

- Fala!

(...)

Como eu ser humano consegue agir tão naturalmente após invadir o quarto de alguém? Eu estava com a vassoura na mão e ele deitado na minha cama, como se aquilo fosse a coisa mais normal do mundo.

- Quando você vai me deixar sair? - Perguntou olhando pro teto. - Já disse que eu estava fugindo e encontrei a porta destrancada. Simples.

- Você considera entrar em dormitórios alheios simples assim?

- Olha só, loirinha, eu-

- Lucy. - O interrompi. - Não duvide que eu acabaria com você agora mesmo.

Ele riu alto. Riu como se eu tivesse contado a melhor piada do mundo. Sentou na cama,  puxou o cabelo pra trás - que inclusive era ROSA - e olhou fixamente pra mim.

- Vai acabar comigo com uma vassoura? 

- Cretino.

- Olha, hoje é sexta. É o dia em que mais acontecem trotes e tem gente  nova pra cima e pra baixo. Meus amigos e eu fizemos uma aposta. Achar uma maior que 8,5.

- Hãm, oito e meio? 

- Fazemos isso em todo novo semestre . Procuramos as garotas, pegamos elas e damos uma nota. O record é 8,5.

Dei a primeira vassourada e ele gritou. Depois comecei uma série de ataques, que ele tentava desviar. Como ele podia agir tão naturalmente?

- Como você consegue falar isso? Pegar?! Homens são uns imbecis mesmo!

- Espera aí, Lúcia!

- É Lucy! - Acertei a perna dele. - Saia do meu quarto!

- Porra! - Gritou de dor. - Você é louca?!

Eu iria acabar com a raça dele. As pessoas que estavam perseguindo esse merda com certeza não ficariam desapontadas ao ver o resultado. De repente, não consegui mover a vassoura. Ele segurou o cabo com uma força incrível e a jogou longe. Um olhar diferente surgiu em seus olhos.

- Isso não foi legal. - Falou se aproximando. 

- Ei, fica longe! - Procurei outra arma no quarto.

- Vai fazer o que? - Deu um pequeno sorriso de lado. - Vai me bater com o que?

- Tenho mão! - Dei passos para trás.

- Garanto que tenho coisas bem melhores para você fazer com elas.

Minhas costas encostaram na porta e logo depois as mãos dele estavam me cercando. Tentei empurrá-lo inutilmente, mas ele nem se movia. Sinal de alerta, mecânismo de defesa faça seu trabalho.

- Sabe, pensando bem. - Senti sua respiração bater no meu nariz. - Acho que tirei a sorte grande.

O nariz dele passou sobre meu pescoço. Suspirei fundo. Sabe quando sua cabeça fala para acabar com aquilo, mas seu corpo mostra quem é que manda? Então...

- Eu te daria um 8,6. - Abri os olhos e o encarei. Novamente, o encanto acabou. Conseguir pensar - essa ação parecia ter sido esquecida pelo meu cérebro - e escapei por baixo dos braços dele.

- Cretino. - Falei antes de empurrá-lo contra a porta, que abriu automaticamente. Ele caiu sentado no corredor. - 8,6 é sua vida, infeliz!

- Espera Luna, eu - Bati a porta e tranquei.

- É LUCY! 

(...)

Como minha noite terminou? Levy chegou enxarcada e antes que eu pudesse falar algo ela soltou um "Só preciso de um banho e de um assassino de aluguel".

Depois eu lavei meu pescoço até com cloro. Aquele maldito tinha um perfume maravilhoso, com cheirinho de canalha. Deitamos no nosso tapete recém colocado.

- Lições do dia de hoje. - Ela começou. - Não saia do quarto no primeiro dia.

- Saia do quarto no primeiro dia.

- Não pergunte, aja.

- Não aja, pergunte.

- Mantenha distância de cara com o sobrenome Redfox.

- Mantenha distância de invasores de cabelo rosa. - Suspiramos.

- Eu odeio esse lugar. - Falamos juntas.

É, o ruim poderia ter se resumido á faxina.


Notas Finais


Obrigado por lerem e desculpem os erros! Até!


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