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História Além da Razão - Encarando os problemas de frente


Escrita por: DesnecessauraMM

Notas do Autor


Oi gente... Antes de lerem esse capítulo peço que leiam esse recado.

Como sempre, pensei alguns minutos e voltei ao ponto de parada no capítulo anterior. Eu escrevi a parte da Lucy no dia 28/11, usei tom de brincadeira, de comédia e tudo que sempre coloco na história.
Antes de dormi naquele dia, fiz uma revisão e gostei, principalmente por ter colocado o meu medo de voar na Lucy (E o que sinto quando sou obrigada a entrar num avião). Eram 00:40 do dia 29/11, alguns minutos antes do trágico acidente que ocorreria com toda a delegação do Time da Chapecoense.
Pensei em apagar essa parte e refazer, dando uma desculpa qualquer, pois eu fiquei muito sentida com tudo isso (Ver aqueles vídeos, homenagens e o momento na carreira de cada um, foi muito triste) e creio que o Brasil e o mundo ficou, mas resolvi manter esse momento.
Não por querer fazer piada com essa tragédia, não por querer dar IBOPE para a fanfic, porém por acreditar que nós não devemos deixar de fazer o que amamos. Eu amo escrever. Fazer isso, vendo os comentários, favoritos, incentivos que recebo a cada dia me faz feliz. Acredito que um dia eu possa viver da escrita, escrever livros e continuar lutando por tudo que acredito e levando alegria a quem eu conseguir ao meu modo.
Eles nos deixaram fazendo o que amavam e defendendo um time desacreditado, que conquistou o Brasil. Hoje, deixei a bandeira do meu time para abraçar a Chape, levando a bandeira do nosso país, por amor.
Meus sinceros sentimentos aos familiares e amigos de todos envolvidos no acidente, que Deus conforte o coração de todos. Desejo o melhor para quem sobreviveu e fé para quem tem que continuar sem seus entes queridos.
A maioria das pessoas importantes para mim não sabem que eu escrevo para a internet, sem nenhum fim lucrativo. Não escrevi nada em minhas redes sociais, além do Social. Eu não quero mérito por me expressar dessa forma para vocês, peço apenas que todos não se oprimam e façam tudo o que gostam, sem se importar com opiniões alheias. A vida é muito curta para nos privarmos, não se privem!
Peço perdão se a parte da Levy não atingir as expectativas, pois realmente não tenho motivos para estar feliz, entretanto, fazer vocês felizes é primordial para mim. #ForçaChape

Obrigado pela atenção! Boa leitura e desculpem os erros!

Capítulo 17 - Encarando os problemas de frente


Eu só queria ir e voltar, sem problema algum, mas Natsu fez questão de tomar minhas dores. E pagar as duas passagens num voo de primeira classe e sem escala alguma para a minha cidade natal foi a primeira coisa que ele fez.

Já estávamos dentro do avião e ele lia, como se aquilo fosse normal. Não deixou eu nem saber o preço da passagem, mas eu pagaria, nem que tivesse juntar moedinhas.

- Obrigado. - Falei sem olhar para ele.

- Por quê?

- Por isso. - Observei a estrutura da aeronave. - Não vejo motivos para você não largar do meu pé, mas agradeço.

- Eu também não vejo. - Deu os ombros. - Isso não é nada, porém quando falei com Levy ela parecia confusa, o que aconteceu para você não contar nada para ela?

- Ela não precisa se preocupar com isso.

- Estou perguntando o que aconteceu, Lucy.

- O meu pai... Sofreu um infarto. - Molhei os lábios, nervosa com a situação. - Ele está de cama.

- Acho que você deveria contar para ela. Vocês cresceram como irmãs e compartilharam tudo, ele também é pai dela, em partes.

- Eu sei, mas eu - O piloto já tinha falo algumas coisas e o avião começou a tremer. Respirei fundo, grudando no seu braço. - Ai minha santa Elsa.

- Você... - Deu una risada escândalosa. - Nunca pegou um avião antes?

- É claro que não! Fui apenas em duas cidades em toda a minha vida! De Gifu para Tóquio, De Tóquio para Gifu. - Falei ainda estremecida.

Seus dedos cruzaram-se entre od meus, apertando fortemente. Fechei os olhos, sentindo aquela sensação diferente. Era como estar numa montanha russa, só que estável.

- Acho que vou vomitar. - Era horrível, meu estômago parecia revirar. - Que horror.

- Come que passa, apesar de você já estar bem gorda. É perigoso o avião cair. - Soquei seu braço. - Aí, sua louca!

- Gordo é seu passado, absorvente usado.

- Loira aguada.

- Sem cérebro.

- Só peito.

- Vai se foder!

- Vou te foder. - Me encarou de forma maliciosa. - Posso fazer isso no banheiro, o que acha?

- Acho que você está a muito tempo sem dar umazinha, está começando a delirar. - Toquei o sinal, chamando a aeromoça. - Como se nós fossemos transar...

- Não vamos? - Passou a mão sobre minha perna. - Será, Heartfilia?

Antes que eu respondesse, a moça chegou. Olhei o cardápio e escolhi um lanche que parecia ser gostoso, ele fez o mesmo. Assim que ela saiu, fomos autorizados a soltar os cintos.

Ele se inclinou, como se fosse olhar pela janela. Só que ele era Natsu, meus amigos, ele nunca fazia o que eu achava que iria fazer.

- Responda, Lucy. - Aproximou a boca do meu ouvido.

- Não.

- Não vi tanta confiança enquanto você gozava no meu dedo. - O jumento falou alto demais, fazendo com que as pessoas estavam mais perto ouvissem sua fala inteligente.

Me afundei no banco, torcendo para chegarmos logo. Ele riu, enquanto olhava olpara as pessoas. Eu odeio esse cara com todas as minhas forças.

(...)

Assim que desembarcamos ainda tive que esperar ele passar numa loja e comprar algumas roupas, já que o gênio achou inteligente me seguir sem uma cueca furada numa sacola de mercado.

Fiquei nervosa quando o táxi entrou no bairro em que cresci. Era uma parte humilde da cidade, estava como sempre foi.

Pensei bem antes de entrar em casa, parecia diferente sem Le ao meu lado. Natsu pigarreou, me acordando. Respirei fundo, abrindo a porta.

Minha casa estava bem limpa, nem parecia que apenas o meu pai morava ali. Pedi para Natsu esperar na sala, sem saber como apresentá-lo ao meu pai. Subi as escadas, entrando na primeira porta.

Ele estava deitado, dormindo tranquilamente. Sentei na ponta da cama, passei a mão no rosto dele e meu pai acordou, me olhando surpreso.

- Lucy?

- Oi, pai. - Ajudei ele a sentar e fui envolvida num abraço apertado. - Como o senhor está?

- Estou ótimo, forte como um touro! - Ri um pouco. - Mas a doutora não deveria ter ligado para vocês, cadê minha pequena azulada?

- Deveria sim! Posso pedir um atestado para ficar com o senhor o quanto precisar. - Procurei outro ponto para olhar. - Levy não veio.

- Porquê não?

- Eu não falei para ela. - Ele fez cara de reprovação. - Não queria preocupar ela.

- Eu não queria te preocupar, filha. Mas se você está aqui, ela também tem o direito de ficar. - Sorriu novamente. - Não me diga que gastou o resto do seu dinheiro vindo para cá de avião.

- Talvez... - Ele reprovou a notícia. - Mas tive ajuda.

- Ajuda? De quem? Não me diga que você está namorando, dessa vez vou infartar de vez. - Pôs a mão no peito, fazendo um draminha básico de pai. - Ele está lá em baixo?

- É...

- Vai tomar um banho e descansar um pouco, tenho muito para falar com esse rapaz. - Fechou a cara.

- Pegue leve com ele, pai. Ele é apenas um amigo.

- Em breve, será apenas um ex-vivo.

Ri um pouco e beijei sua testa, voltando para a sala. Lá estava o jovem que iria se encontrar com a morte brevemente. Levantou assim que cheguei.

- Ele tá bem?

- Ótimo, por sinal. - Observei a roupa que ele estava usando. É, teria que dar. - Ele quer te ver.

- Me ver? - Concordei. - Fiz alguma coisa de errado?

- Provavelmente, falou comigo. - Pareceu maia confuso do que o normal. - Foi um prazer te conhecer.

(...)

Duas horas tinham passado e eu já não aguentava mais, imaginando a lição de moral que meu pai teria dado nele. Subi as escadas, sem me controlar.

Abri a porta do quarto e os dois assistiam futebol, na maior conversa, tipo pai e filho. Coloquei a mão na cintura, esperando uma resposta plausível dos dois.

- Filha, você precisa ouvir essa. - O senhor Jude falou RINDO do jovem Dragneel.

- Ah, senhor Heartfilia, preciso fazer uma ligação. Já volto. - Levantou, sinalizando para que eu o seguisse.

- Eu vou matar você. - Falei, assim que chegamos no corredor.

- Por quê?

- Ora, eu estava preocupada!

- Ué, meu sogro me adorou. - Disse convencido.

- Sogro? Ah, é claro, seu amigão...

- Está brava?

- Não, imagina.

- Sua irmã aprova, seu pai também, provavelmente seus amigos, exceto aquele... - Procurou as palavras certas. - Enfim, porquê você dificulta tanto as coisas, Lucy?

- Não vi Levy aprovando nada, apenas te enforcando.

- Você sabe que ela me adorou. Responda.

- Primeiro: estou irritada; segundo: viajei sem falar para a mimha irmã e o meu pai quase morreu; terceiro: estou com fome.

- E o que eu posso fazer?

- Vai fazer alguma coisa bem gordurosa para eu comer. - Mostrei o caminho para a cozinha. - E ouse fazer alguma piadinha que eu quebro a sua cara.

Saí batendo o pé. Ainda era sexta-feira e eu já tinha atingido a minha cota. Até domingo eu mataria alguém e, provavelmente, seria Natsu.

[…]

Se alguém me perguntasse qual era o filme que estávamos assistindo eu não saberia diferenciá-lo de Dora, a aventureira. E então, meus caros amigos, vocês me perguntam o motivo. Simples: dois irmãos.

Eles brigaram para escolher o filme, brigaram para decidir o sabor do refrigerante, brigaram por tudo. Eu não me concentrava no filme, nas brigas e no momento. Eu pensava apenas em duas coisas.

Pensava na confusão em que eu havia me metido e na condição que eu estava. Realmente me sentia naquele filme "Guerra é Guerra" e estava naquele momento em câmera lenta que o carro está capatotando, é o final da ponte e tenho que escolher para qual dos gatos eu vou me jogar. Quem assistiu o filme sabe do que eu estou falando.

Só que esse "me jogar" não parecia certo. Acho que escolher o penhasco é o mais sábio a se fazer. Apesar de saber por qual dos dois o meu coração disparava, como se fosse bateria de escola de samba. Isso não era um bom sinal.

E a outra coisa que não deixava eu me concentrar era o sumiço de Lucy e Natsu não saber para onde. Quando ela falou que iria sair imaginei que iria com ele para algum lugar, fazer coisas... Coisadas.

Enfim, fiquei muito confusa em relação a tudo isso, por mais que não quisesse. Finalmente consegui saber o nome do filme e concluí que deveria ter escolhido, já que um filme de herói vale mais que mil filmes comuns.

- O que você achou, Levy? - Olhei para Rogue, bem confusa.

- Do que?

- Do filme, baixinha... - O outro falou.

- Ótimo, perfeito... - Falei com toda a certeza do mundo.

- E sobre o que seria o filme? - Gajeel falou em tom de deboche.

- É... Sobre uma história, com personagens, com um enredo e um final. - Dei is ombros. - Preciso ir embora.

Eu realmente precisava, precisava de uma grande distância dos dois, eu estava muito confusa e queria apenas voltar a ser eu mesma. Levantei nervosa, sem olhar para os lados. Tentei lembrar o caminho de volta, mas aquele lugar insistia em ser maior que eu.

- Levy. - Rogue segurou meu braço, me fazendo encará-lo. - O que houve?

- Houve que... Que eu não posso fazer isso! - Me soltei da sua mão, respirando fundo. - Não consigo e é errado. Eu queria muito fingir que está tudo bem, mas não está.

- O que foi, anã? - Gajeel apareceu atrás dele.

- Estou na ponta do penhasco e não sei para que lado correr. - Eles pareceram não entender.

- Como? - Rogue tocou na minha testa. - Está se sentindo bem?

- Estou ótima, só preciso ir para casa.

- Problemática. - Gajeel foi em direção as escadas.

- Não pode deixar de ser você por um momento, idiota?! - Foi a primeira vez que vi Rogue gritar, seu irmão também pareceu estar surpreso. - Mas que merda!

- Isso não é da sua conta, pirralho!. - Veio até a frente, empurrando o outro.

- Não pode fingir que se importa com alguém além de você?!

- Fingir que me importo sem me importar?!

- É claro, você só finge ser uma pessoa excepcional na frente do nosso pai! - Rogue empurrou ele dessa vez. - Por isso deixou tudo para trás, para agradar um homem que está se fodendo para nossa existência!

- Você não sabe de nada, Rogue! Vai cuidar dos seus livros, levando sua vida medíocre como professor!

- Ah, então vamos falar de sonhos?!

Não consegui continuar ali, quis apenas fugir. Comecei a correr, procurando qualquer saída. Isso não estava nos meus planos. Assim que vi a saída corri mais rápido ainda,  conseguindo respirar de verdade.

Andava entre as ruas desconhecidas por mim, com frio e muito triste. Eu tinha causado aquela briga e fugido, como se não fosse um problema meu.

Vi um carro conhecido me acompanhar, parei e esperei ele abaixar um vidro. Fez um sinal para que eu entrasse, neguei.

- Levy, está fazendo muito frio e você está praticamente sem roupa, no bom sentido. - Olhei para rua e voltei a encará-lo. - Por favor.

- Certo. - Entrei, sem falar mais nada.

Rogue dirigiu com calma, hora ou outra olhando para mim. Parou na frente da universidade e puxou o ar com força, virando para me encarar.

- Você não precisava ter ouvido aquilo.

- É, mas ouvi. - Soltei o cinto. - Não posso continuar, Rogue. Não estou pronta para isso.

- Eu nunca disse que queria apenas "isso" de você. - Pegou minha mão. - Somos amigos, certo?

- Sim...

- Então, como amigo, estou do seu lado. - Sorriu confiante. - Não se transforme no meu irmão, ele se fechou tanto que não sabe como se abrir novamente. Você é diferente dele.

Abri a porta, saindo com calma. Voltei a olhar para ele, sorrindo em resposta. Eu não posso virar uma Gajele da vida, eu sou diferente.

- Se precisar de qualquer coisa, sabe onde eu moro. - Piscou. - E, se quiser, posso contar o que você quiser sobre a longa história da família Redfox.

- Ok, obrigado. - Acenei e ele saiu.

Sábado o campus não tinha quase movimento nenhum, todos estavam fora ou pretendiam sair. Sábado a noite, sete horas e eu estava sozinha.

Me joguei na minha cama, puxando meu Batman para perto. Olhei para a cama de mau dele, pensando no que o meu maravilhoso herói passou.

- Se você aguentou, eu também aguento. Eu tenho dois Robin's, mesmo que não sejam os melhores; tenho meu Alfred, é meio loiro e peitudo, mas ta valendo; tenho os parças da Liga da Justiça. Só não tenho dinheiro, mas tenho tudo que importa. Não preciso de mais nada.

Abri um salgadinho e comi, assistindo um filme que passava em um canal qualquer. O Batman ficou comigo o tempo todo, coloquei o meu pijama do Capitão América, sentindo que nada poderia me derrubar. Eu tinha o preparo e as referências, só vem coringa.

- Acho que foi mais fácil para você. - O Bruce estava ao meu lado, no escuro. - Você não é apenas rico, também é inteligente. Você saberia o que fazer numa situação dessas.

- Eu pensei que o seu maior problema era falar mil coisas que não entendo, só que você fala sozinha. - Olhei para a porta, que o ser humano tinha acabado de fechar.

- Como você entrou?

- Aberto. - Girou a chave. - Fechado.

- Claro. - Dei os ombros. - Não estou falando sozinha, está cego? - Apontei para meu companheiro de todas as horas.

- Um ursinho de pelúcia?

- Um Batman de pelúcia, tecnicamente, Bruce Wayne.

- É a mesma coisa. - Veio até a cama, me olhando de cima. - Porquê fugiu?

- Porquê se importa? Quer dizer, porque não se importa, como fez questão de ressaltar. - Respondi com ironia.

- Você não entende nada. - Me empurrou sobre a cama, subindo em cima de mim. - Tanta inteligência e mesmo assim consegue ficar no mundo da lua.

- E você parece gostar muito de dominar e segurar meus braços, não é? - Ele concordou com a cabeça. - Certo, agora me solte.

- Não vai rolar.

- E não é só isso que não vai rolar. Esqueça tudo o que você está pensando e me solta.

- Não. Vai. Rolar. - Falou pausadamente. - Não até eu te fazer gozar nessa cama.

- Sem eu pedir? - Eu não me intimidaria.

- Esse é o foda dessa história toda. - Aproximou a boca do meu ouvido. - Você vai pedir.


Notas Finais


To trabalhando numas one-shot aí :v

Beijos, até o proxímo <3


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