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História Além da Razão - Todos nos temos... Prioridades


Escrita por: DesnecessauraMM

Notas do Autor


Olaaaaar

Tão bem? Eu não :v

Só peço para não se precipitarem no capítulo, calma :v Ou matem os personagens mentalmente e esperem o próximo!

Boa leitura e desculpem os erros!

Capítulo 33 - Todos nos temos... Prioridades


Eu simplesmente desisti de ir atrás de Natsu. Eu estava fazendo o papel de idiota da relação e não teria nenhum reconhecimento por isso. Eu nem sabia se ainda tínhamos uma relação.

A quem eu queria enganar? Ele havia se cansado de mim e eu estava cansada de ser feita de idiota por ele. Não havia uma explicação plausível para um sumiço que já durava uma semana. E eu ainda tinha tentado resolver as coisas.

Falar com a mãe dele foi uma das coisas mais difíceis que eu já tinha feito e, principalmente, aguentar o desprezo no seu olhar ao de tratar do filho, que era tão importante para mim que eu não podia explicar.

Ainda fui atrás de Lisanna, para tentar que ela me explicasse uma parte que eu não conseguia: a irmã de Natsu. Felizmente, eu achei uma pessoa que tinha interesse na felicidade dele e nunca fez questão de esconder isso. Lisanna me prometeu que iria ajudar.

É claro, aquilo não significava que nós nos resolveríamos, só que eu já tratava aquilo como um assunto pessoal e que eu deveria resolver. Aceitar Natsu de volta era totalmente diferente.

Eu também estava preocupada com Levy. Não que eu não achasse que Gajeel era o cara certo para ela, porém ela era a minha irmã e o seu temperamento e coração tendem a nadar contra a maré, isso significava que eles dois precisariam de paciência. E, nem que tirassem de marte, os dois teriam isso.

Sinceramente, eu estava me sentindo abandonada. Se eu tivesse feito muitos amigos eu não estaria assim, mas eu fui burra e resolvi dedicar meu tempo investindo num romance um tanto que inútil.

- Lucy? - Quase sentir meu coração parar ao ver ele olhar por cima da tela do computador, onde eu preparava o meu TCC. - Eu sei que -

- Vai embora. - Tentei voltar a digitar, mas ele desligou o monitor.

- Não estou brincando.

- Ah, você acha que estou? Há quanto tempo não nos vemos, Natsu? - Não me respondeu. - Nós vimos no domingo retrasado, hoje é terça.

- Eu não estava bem.

- E não falar com a sua namorada ajudou? Por que nós namoramos mesmo?

- Pode me ouvir?

- Não, estou ocupada.

Voltei a digitar e ele se manteve parado na minha frente, como se buscasse as palavras certas para se dirigir a mim. Salvei tudo no pendrive e saí do centro, sem falar uma única palavra.

- Lucy!

- Não! - Parei de andar e eu o empurrei. - Para.

- Apenas me escute.

- Eu larguei o meu emprego por estar tão preocupada com você que não conseguia nem trabalhar. Você é mais, não entende?! Eu sei que não significo tanto para você do que você para mim e você pode não por tanta fé em mim, só que eu dei tudo que eu tinha para você!

- Eu sei, eu só quero falar algumas coisas! - Apertou meus ombros e me puxou para perto.

- ENTÃO FALA!

- Eu... - Abriu a boca e mais nenhuma palavra saiu de lá, mesmo que eu torcesse com toda a esperança do mundo, não tínhamos o mesmo sentimento um pelo o outro. - Desculpe.

- Eu entendi. Achar uma mulher que já procurou respostas em camas diferentes é muito para o seu orgulho, não é? - Falei com a tristeza explicida na minha voz.

- Não, mas a Lisanna disse que -

- Lisanna? Você viu a Lisanna e falou com ela? Não comigo? - Quase não acreditei. - Não pode estar falando sério. Não é por ela e sim por você, que não teve coragem de dormir uma noite toda ao meu lado.

- Eu não sei como falar isso.

- Eu sei. - Respirei fundo. - Nosso namoro acaba aqui.

- Lucy, não faz isso. Eu até fui ver o -

- Apenas... Chega. Eu já entendi que não fui feita para ser levada a sério. - Voltei a andar com a certeza de que ele não viria atrás de mim. Nunca mais.

(...)

O meu quarto não tinha nenhum sinal de alegria e eu chorava abraçada ao travesseiro. Talvez ouvir Bruno Mars não ajudasse, mas minha mãe sempre falava que chorar fazia bem. Eu estava sendo a prova viva disso.

Meu telefone tocou e eu limpei a garganta, não era bom atender o meu pai com a voz acabada, ele ficaria preocupado e iria querer vir até Tóquio.

- Alô.

- Oi, minha menina! Como está?

- Ótima, pai! - Forcei a voz.

- E cadê a minha outra princesa?

- Na biblioteca novamente. - Ri. - Sabe como Levy é com livros.

- Sei sim... Mas, meu amor, não foi por isso que liguei. - Sua voz estava suave. - Liguei para agradecer.

- Agradecer?

- Sim, o seu namorado disse que você não pôde vir por causa da bolsa e precisa preparar um ótimo TCC. - Gelei. - Fiquei muito feliz por passar o dia com ele.

- E - Ele fez o quê, pai?

- É... Você encontrou um bom homem e ele disse que Levy também. Acabei de voltar da minha consulta que fiz pelo novo plano de saúde que ele me colocou, junto com você. Como ele pretendia oficializar o relacionamento de vocês ele veio pedir permissão e disse que logo seríamos da mesma família e não aceitava um não como resposta.

Levantei da cama, procurando as palavras certas para responder o meu pai. Minhas mãos tremiam e eu não consegui nem pegar um agasalho sem derrubar tudo que estava em cima.

- Esse rapaz vale ouro, Lucy.

- É... - Não achava a chave.

- Sei que não me preocupei tanto com você enquanto éramos uma família completa e perder sua mãe foi difícil, principalmente criar duas filhas. Você nunca teve motivos para me ouvir, mas me ouça dessa vez: é ele, então...

- Fica comigo. - Assim que abri a porta vi Natsu com uma caixinha na mão e uma expressão de puro sofrimento. - Fica comigo.

- Certo, pai. Beijos, também te amo. - A ligação foi encerrada, só que eu não afastei o telefone do rosto. - O que está fazendo aqui?

- Prioridades. - Disse quase num sussuro.

- Prioridades.

[…]

Segurei no braço dele, tentando não gritar de medo. Rogue ria feito uma hiena velha que tinha riscado o dia. O brinquedo parou no topo e avançava para a descida aos poucos, acabando com o meu psicológico.

- Eu vou morrer!

- Seja forte, não pode ser membro da Liga da Justiça assim! - Estava quase na descida. - Vamos lá, Levy!

- Meu santo Capitão!

Então, nós descemos naquela velocidade absurda na roda gigante. Isso tudo me fazia lembrar de que se eu não tivesse comentado sobre o parque estaríamos no cinema, em cadeiras confortáveis, assintindo Star Wars.

Só que valeu a pena no final, já que ele ganhou uma máscara do Batman para mim. Eu estava me sentindo a dona do pedaço, só faltava uns músculos, dinheiro e preparo para acabar com o miserável que trouxe a guerra até nós.

- Eu já disse que não sei! - Falei no banco do passageiro do carro, enquanto ele ria. - É sério, Ro!

- Que tal a Bela?

Ele estava me levando para a faculdade, só que lembrou de que tinha que passar na casa dele para pegar seus materias e ir trabalhar logo depois. De tanto conversar, acabamos no assunto de qual seria a princesa da Disney que eu seria.

- Gosta de livros, bom coração e ama uma fera. É claro que é você! - Soquei seu ombro. - Foi mal, foi mal!

- Trouxa. - A expressão dele mudou totalmente ao esperar o portão automático abrir.

Olhei para o mesmo lugar e vi três carros desconhecidos estacionados do lado de dentro. Rogue não falou nada, apenas passou pela segurança e saiu do carro. Deu a volta e me olhou.

- É melhor esperar aqui.

- Por quê?

- Só faça isso. - Neguei. - Por favor.

- Vamos juntos. - Pôs a mão no bolso e eu agarrei seu braço, sem saber como reagir. Ele estava muito diferente de como era, apenas piorou quando entramos.

- Rogue. - Pensei que ea Gajeel, mas assim que virei fiquei pasma.

Era um homem que lembrava Rogue em tudo, menos na voz. O cabelo era longo e tinha alguns fios brancos, fora a pele marcada pelo tempo. Rogue estendeu a mão e eles fizeram um breve comprimento.

- Pai. - Se afastou. - Essa é -

- Onde está seu irmão, Rogue? - Nem esperou ele terminar. - Essa casa está revirada.

- Na faculdade, provavelmente. Os empregados já limparam hoje.

- Demita eles, que arrumação patetica. - Falou para o homem atrás de si, todo de preto. - Quando ele chegar peça para me chamar, estarei no quarto.

- Certo.

- É um prazer, senhorita. - Virou as costas e esperamos ele sumir. Assim que Rogue voou para pegar sua mochila nós voltamos para o carro e ele bateu no volante.

- Merda!

- Calma...

- Vou te deixar lá e você vai procurar Gajeel, não deixe que ele venha para casa.

- Por quê? - Acelerou o carro.

- Faziam dois anos que nosso pai não vinha para cá, Levy. Não é um bom sinal.

(...)

Acordei assustada e o meu coração estava acelerado. Olhei para o lado e Gajeel dormia tranquilamente, resolvi ir até o banheiro.

Lavei o rosto e fiquei encarando o meu reflexo ali, a maldita sensação não passava e eu estava muito incerta de tudo. Não consegui nem disfarçar a minha insegurança quanto a ele encontrar seu pai.

Voltei para a cama e deitei de costas para ele, torcendo para ter uma noite de sono longa e calma, sem mais interrupções. Abracei o cobertor e fechei os olhos.

(...)

- Levy! - Abri os olhos e vi ele em cima de mim, enquanto eu segurava sua camisa. - Calma!

- O que... O que foi?! - Dei um jeito de sair dali e me senti sufocafa.

- Você estava se debatendo feito louca, gritando vários nomes... - Tentou me tocar e eu o afastei. - É a segunda vez essa semana.

- Estou bem.

- Não está.

- Apenas fique longe. - Procurei minha calça e tirei a blusa dele que eu estava usando. - Vou pro meu quarto.

- São quatro da manhã. - Avisou. - Para com isso e vem deitar.

- Não. Eu não quero.

- É claro que não quer, não é? Mas se fossem os seus amigos... Você faria qualquer coisa, não é mesmo? - Assim que vi sua voz aumentar eu revirei os olhos e saí do cômodo. - Fugindo como sempre.

- Vai voltar com esse assunto? Só pode estar brincando. Se fosse vontade incontrolável para transar seria ótimo, mas é vontade de dormir na minha cama! É irrelevante para você!

Ele puxou meu braço e me jogou no sofá, antes que eu chegasse até a porta. Tentei levantar e ele me empurrou novamente, agora sim era para valer.

- Não vai para lugar nenhum!

- Eu vou!

- Cala a boca! Vai ficar e vai me ouvir! - Apontou para o meu colar. - É essa porcaria! Você nunca vai deixar de olhar para trás se toda a vez que se olhar no espelho ele estiver no seu pescoço!

- O que sugere?! Que eu pare de usar a única lembrança da minha mãe?!

- Sua mãe disse que você iria usar para lembrar que era uma sobrevivente, não uma menina que não pode superar nada! Ela não iria querer que você usasse se soubesse que iria -

- Morrer?! - Levantei de uma única vez. - E a sua?! Iria querer ver o filho dele se afundando por causa de dinheiro?!

- O assunto não sou eu! É você!

- Quer saber?! Vai a merda, Gajeel! Você não sabe de nada!

- Eu sei que você não me trata como prioridade e nem ouve o que te digo, devo ficar feliz?! Nem sei porquê insistimos nisso... - Abriu a porta do apartamento. - Vai logo.

- Eu fico. - Arqueou uma sobrancelha. - Mas só se você ficar depois do que eu falar.

- O que? - Engoli o seco e fiquei com medo.

- Seu pai está na cidade, chegou hoje. - Sua feição mudou. - Desculpe.

- Como é?! - Correu para dentro, porém parou antes de entrar no quarto. - Levy, eu...

- Eu sei, eu entendo. - Puxei a chave do apartamento da frente e dei uma última olhada para ele. - Prioridades.

- Prioridades.


Notas Finais


Respirem

Sem ameaças a minha pissoa :v

Se forem bonzinhos, eu escrevo a parte que falta do próximo e posto amanhã (ou tento)

Enfim, beijão!


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