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História Além da Razão - Último Especial: Às vezes, não é suficiente...


Escrita por: DesnecessauraMM

Notas do Autor


Olaaaar

Obrigado pelos 18 comentários no anterior, amo vcs <3

Aaah são 300 comentários e 200 favoritos, não tenho nem como agradecer!

Esse é o penúltimo capítulo da fic e aqui nos despedimos dos especias deles :')

Vou dar os detalhes do grupo nas notas finais! Apenas obrigado por tudo!

Boa leitura e desculpem ps erros!

Capítulo 40 - Último Especial: Às vezes, não é suficiente...


Eu nunca tive contato direto com a morte, nunca senti a dor de perder uma pessoa querida, nunca imaginei qual a sensação de nunca mais ver uma pessoa. Aquela foi a primeira vez.

Ver as minhas mãos sujas de sangue, tentando com todas as forças trazê-la de volta e não ter nenhum resultado me fez pensar como seriam os próximos momentos. Eu teria que falar para todos que ela havia nos deixado.

Os dez minutos que se passaram pareceram eternidade, até eu ver a mistura de cores da ambulância no reflexo da poça de chuva que se formou.

Eu não ouvia nenhum som além da minha respiração aceleração, agradeci a chuva, seria pior ainda se ela tivesse me visto chorar. O homem do carro vermelho me rodeava, com as mãos na cabeça.

Os socorristas chegaram e me afastaram, mas eu não conseguia ouvir suas vozes. Eu só esperava que o sangue parasse de escorrer e ela voltasse para a vida. Levantaram o seu corpo e a levaram para dentro do carro.

Um monte de curiosos se amontoaram em volta do veículo e eu subi, vendo eles colocarem algo nas suas costas. Minha roupa estava vermelha e eu desesperado por não saber o que eles diziam.

A boca de um dos homens se mexeu com firmeza, o outro se afastou do corpo gelado e pálido deitado ali. E como se fosse impossível, o som do aparelho me trouxe de volta e o seu corpo deu um impulso para cima.

Foi aí que notei que o carro estava em movimento e logo parou. Antes dos médicos do lado de fora abrirem a porta eu olhei para ela, não parecia querer voltar e o som contínuo do coração parado indicava isso.

Agarrei a sua mão e comecei a chorar de maneira desesperada, ela não podia desistir agora. Recebeu uma dose de adrenalina na veia, na maior expectativa de sua volta.

- Você vai ser uma jornalista brilhante, Lucy. Vamos ter uma família linda, morar numa casa enorme, vamos ser muito felizes. - Vi o homem preparar o aparelho novamente. - Eu não vou ficar aqui sem você, pare de besteira e volta...

- Carrega em trezentos!  - Gritou. - Afasta!

Soltei a sua mão e o corpo foi impulsionado para cima novamente. A linha no aparelho se moveu e o som  insuportável foi interrompido por um batimento. Ela voltou.

Levaram ela para fora e me fizeram algumas perguntas, que respondi automaticamente. Vários médicos a cercaram e eu mostrei o meu cartão do plano de saúde.

Apenas disseram que a levariam para a cirurgia, foi um trauma muito grande. Fui segurando sua mão até a porta que era restrita aos funcionários daquele lugar. Me vi sozinho ali, com o coração partido e com um par de alianças no bolso.

Peguei o celular e liguei para o pai dela, então, tive tanta raiva que tive vontade de quebrar tudo naquele lugar. Ele não tinha tido um ataque, foi apenas um mal estar. Uma informação errada e eu poderia perdê-la.

Pedi para que ele viesse o mais rápido possível, reservei sua passagem de avião e fiquei esperando qualquer notícia dela. A cada minuto aparecia um cirurgião com uma feição cansada e outra família se desesperava.

Eu beijava a aliança no meu dedo a todo instate, ela voltaria. Ninguém aparecia para me dar nenhuma informação, aquilo era realmente ridículo. Senti uma mão no meu ombro e me assustei, vendo Gajeel ali.

- Como ela está? - Sentou do meu lado.

- Eu não sei, já são três horas. - Apoiei as mãos na testa, eu precisava pensar em outra coisa. - São três cirurgiões especializados em áreas diferentes, é bem complicado.

- Ela vai ficar bem, eu sei disso. - Olhei de relance para ele. - Ela precisa ficar bem.

- Você não sabe onde ela está? - Negou. - Que situação.

- Fomos dois idiotas, não é?

- Sim, nós fomos.

E mais três horas se passaram, depois mais cinco e nós dois ficamos ali. Uma enfermeira apareceu e disse que ela estava estável, mas o caso era grave e as possíveis sequelas piores ainda.

Jude chegou desesperado e correu até mim, me abraçando com força. Passei todas as informações que eu tinha para ele, que apenas sentou e começou a orar.

- Lucy está entre a vida e a morte, Levy está sozinha no mundo. - Lamentou. - O que eu vou fazer sem as minhas filhas?

- Eu sou o culpado, senhor. - Gajeel falou e chamou a atenção dele. - Eu a abandonei e deixei ela ir, a culpa é minha.

- Se eu tivesse a segurado, se tivesse corrido atrás dela... Eu poderia estar lá e tê-la salvo. A culpa é minha. - Falei, pronto para receber as consequências dos meus atos.

- Sempre as incentivei a vir para a capital, correr atrás dos seus sonhos e viver do modo que elas merecem. - Tocou nos nossos ombros. - Sempre falei que elas precisavam viver. Lucy era uma verdadeira pipoca, nunca estava quieta. Levy era curiosa, dizendo que iria conhecer o mundo. A única coisa que as duas tinham em comum era o idealismo presente em cada uma, elas nunca fazem algo que não queriam. Então, nada disso é culpa de vocês.

Vi um dos médicos se aproximarem e levantei, apoiando o senhor Jude. Ele parou na nossa frente e tirou a touca cirúrgica, com uma expressão quase impossível de interpretar.

- Ela está estável. Teve duas costelas quebradas, o fígado perfurado, lesões internas e hemorragia. O mais grave foi o início de traumatismo craniano. Mas, graças a nossa equipe, ela está bem. Mas cada corpo reage de uma forma ao ter uma cirurgia no cérebro por causa de um trauma, não sabemos quando ela acordará. Podem vê-la, um de cada vez. Quem vai primeiro?

- Mas ela vai acordar, não é?! - Perguntei e não obtive resposta.

- Aproveitem o tempo que têm com ela.

Jude foi e eu esperei ali, mesmo com a última notícia, ela ainda estava viva e eu iria lutar por ela. Gajeel desejou melhoras e disse que precisava achar Levy. Alguns minutos depois foi a minha vez, corri como se não houvesse amanhã.

Assim que entrei no quarto vi o seu corpo presos em vários fios e aparelhos. Sentei ao seu lado e toquei seu rosto. Estava quente e com a cor viva que eu sempre amei.

- Oi, vida. - Alisei seu rosto. - Estou aqui dessa vez, você vai acordar logo, não é? Vou cozinhar o que você quiser... Ah, quero que você conheça a minha irmã, ela vai te adorar. - Senti um nó na garganta. - Eu prometo, do fundo do meu coração, que vou te salvar da próxima vez e vou melhorar. Você me deu uma vida que eu nunca esperei ter, você foi a melhor coisa que já me aconteceu e eu te amo. Obrigado por me permitir amar você. - Peguei sua mão e coloquei a aliança ali. - Preciso que você volte, Levy vai querer me bater quando eu falar do Batman. Você vai estar aqui, não é? Por favor, abre os olhos e vamos viver juntos eternamente. Volte para mim, Lucy.

Infelizmente, eu só ouvia os sons dos aparelhos que a matiam ali.

[…]

Ela iria ter que me ouvir.

Independente de quando eu a achasse, o tempo que demorasse e o quanto eu teria que me desculpar, ela iria ouvir tudo.

Eu tinha errado e feio, mas eu não queria saber de mais nada além dela. Então, eu a arrastaria de volta e colaria sua mão á minha com super bonder.

Além de tudo, Lucy precisaria dela. Ela iria acordar com dor, confusa, talvez com sequelas e ainda se culparia pela partida da anã. Estava fora de questão deixar essas duas separadas.

Voltei para o campus e sabia que teria que providenciar toda a minha rematrícula, assumir o comitê novamente, pegar a chave do apartamento... Isso tudo demoraria muito e eu tive uma ideia de quem poderia me ajudar.

- Gajeel! - Olhei para trás e vi Laki correr em minha direção. - Você voltou!

- Estou sem tempo para você agora. - Voltei a andar e ouvi ela continuar a me gritar. - Puta que pariu, que merda.

- Espera! - Parei novamente. - Fiquei sabendo que você tinha ido embora, mas nem tive tempo de ir atrás de você. Agora você voltou e eu estive pensando se nós não pode -

- Não, não poderíamos. - A cortei antes de falar mais uma merda. - Não vou ficar aqui muito tempo.

- Por quê?! Você se arrependeu de ter ido e agora que a McGarden sumiu eu achei que -

- Você achou errado. Eu voltei por causa dela e só fico aqui quando eu estiver com ela do meu lado. - Dei um passo para frente. - Se eu sonhar que você teve alguma coisa a ver com isso ah, Laki, eu vou foder com sua vida.

- Por que eu teria?

- Porque eu escolhi aquela baixinha. Escolhi beijar ela todos os dias, escolhi transar com ela, ouvir ela gemer o meu nome, escolhi o seu corpo, escolhi aquela merda de boca. Você e essa sua obcessão sem sentido por mim já foram longe demais, isso acaba aqui.

Assentiu e eu continuei meu caminho. Era essa a atitude que eu iria ter com qualquer coisa ou pessoa que tentasse me tirar Levy, chega de abrir mão do que eu amo. Ela era minha.

(...)

Nós estávamos prontos para achá-la. E o que quero dizer quando falo "nós" é sobre o verdadeiro esquadrão que eu montei para localizar aquela fujona formado por Rogue, Juvia e os dois melhores amigos dela.

- Ela nem se despediu. - Jet falou assim que eu os procurei. - Talvez não queira ser achada.

- O TCC dela foi genial, não vai estar aqui para ver a sala toda de queixo caído ao ser o destaque do semestre. - Droy completou, encostado ao batente da porta. - Não quero que ela tenha raiva de nós dois, sabemos que ela não consegue ficar longe de você.

- Levy escreveu uma carta com tantas incerteza, mas tenho a plena confiança de que ela não queria ir, por isso não se despediu de ninguém.

- Nem de você? - Fiquei calado durante alguns instantes.

- Nem de mim. Mas agora preciso de vocês, ela deixou até o celular para não ser encontrada. Vocês a conhecem tanto quanto eu e -

- Onde você vai ficar? - Olhei para Droy e vi que ele apontava para a porta do meu apartamento. - Vai entrar na fila de espera para voltar?

- Já entrei, talvez demore um mês. Ficarei num dormitório, por enqua -

- Fica aqui. - O outro sugeriu. - Se vamos fazer isso, vamos ser amigos, eu acho.

Aquilo me fez entender porque eles eram tão importante para ela e também o quanto fui idiota ao ter ciúmes desses dois. Quem tem talento para aguentar todas as loucuras daquela irritante merece palmas sem parar durante cinco minutos.

- Obrigado. - Falei. - Vamos começar.

Quando fui atrás de Rogue ele não sabia onde ela tinha ido, mas não exitou a nos ajudar como podia. Felizmente, Levy confiava nele a ponto de deixar todas as suas senhas salvas em seu notbook.

Já falar com Juvia não foi preciso, ela mesmo se ofereceu, dizendo que ela era um cupido que não chamava atenção, afirmando ter nos juntado sem nenhum dos dois perceber.

Então, começamos a procurá-la. Ela havia trancado a sua bolsa - por ter atingido a nota mais alta ela não perdia sua vaga -, talvez isso significasse que pretendia voltar. Nem deu as caras no time de natação que ela tanto amava, talvez fosse um sinal. Essa sequência de "talvez" estava me tirando do sério.

Foi mais difícil do que eu imaginei e bem mais demorado também. Um longo e demorado mês. Eu ficava algumas horas com Natsu no hospital, fazia reposição de aulas dos dias em que fodi minha vida e ainda organizava o comitê que ficou uma zona na minha ausência.

Porém, tudo valeu a pena quando Rogue achou o endereço exato, quase não me segurei. Comprei a passagem de avião mais urgente e literalmente, voei até lá.

Eles me levaram até o aeroporto, dessa vez num clima de felicidade. Eu carregava apenas uma mochila simples, nós não iríamos demorar a voltar. Todos me desejaram sorte e eu embarquei com o maior sorriso no rosto.

Duas horas depois eu estava cortando as ruas da pequena cidade no sul do país, dentro de um táxi, torcendo para que a cada esquina a distância entre nós fosse menor. E, depois de alguns minutos, o carro parou.

Desci e olhei para cima, era um prédio um tanto rústico e pequeno, mas parecia aconchegante. Inexplicavelmente eu senti o meu coração acelerar e eu suava frio.

O lugar era tão calmo que nem tinha uma portaria, apenas uma porta velha de madeira. Subi as escadas até o quarto andar, parei na porta quarenta e dois. Bati como se fosse quebrar.

Esperei ela abrir rapidamente, só que isso não aconteceu. Eu apenas bati novamente. Talvez ela tenha saído, talvez era o apartamento errado, talvez o lugar fosse errado. Eu não deveria estar ali.

De repente, ouvi a porta se destrancada com delicadeza. Vi o braço pequeno afastar a madeira da parede, uma parte da franja aparecer na fresta e depois uma perna. Era ela.

Os olhos quase saíram do rosto quando me viram, apertou o batente da porta e sua boca ficou entreaberta. Céus, esse tempo que ficamos longe pareceu uma vida, ela estava linda.

- O que você... Está fazendo aqui? - A voz saiu firme, mas ainda tinha aquele tom de tristeza.

- Desculpe. - Falei, tentando me controlar para não beijar ela. - Levy, eu sou... Sou louco por você, ok? Eu não vou fazer um discurso enorme aqui, eu simplesmente não posso viver ser você. Estou ficando desesperado porque eu não me vejo mais sem você e você parece saber disso, mas continua fugindo. Apenas fique e me deixe te amar!

Levy arqueou uma sobrancelha de maneira duvidosa e depois fechou os olhos, parecendo ter uma luta interna tão grande quanto a minha. Tudo piorou quando uma lágrima silenciosa e escondida escorreu, mas logo se recompôs.

- Não é o suficiente, não mais. - Falou calma. - Eu não consigo.

- Não consegue?

- Não consigo mais confiar em você. - Me olhou com tristeza. - Numa noite você me faz a pessoa mais feliz do mundo e na outra me destrói complemente. Não posso viver numa incerteza.

- Eu pensei que... Eu não sei, me parecia mais fácil internamente.

- Vai ser para valer? Você não vai me abandonar? Não vai deixar seus medos entre nós dois, não vai fugir? - Disparou. - Eu caí na real e parei de acreditar em algo tão distante. Acho que eu preciso de um discurso, um "só" não é mais suficiente. Atravessar o país não é suficiente. Não estou mais disponível para esse seu eu.

- Como assim?

- Levy, querida, onde está a toalha? - Um grito masculino dentro do apartamento saiu como se fosse uma resposta.

- Um momento! - Gritou e voltou a me olhar. - Preciso entrar.

Dei um passo na sua direção e ela tentou recuar, mas eu segurei seu ombro. Abaixei um pouco o rosto e fiquei há alguns centímetros do seu rosto, ouvindo sua respiração acelerada. Ela se aproximou um pouco e eu jurei sentir sua boca, mas se afastou.

- Obrigado, por tudo. - Sussurei e beijei sua bochecha. - Vou sentir sua falta.

- Adeus, Gajeel. - Começou a fechar, só que parou. - Ela está bem?

- Lucy? - Acho que a minha expressão preocupada me denunciou. - Ela está...

- Aconteceu alguma coisa? Ela está bem? - Toda a tristeza que eu havia causado foi o suficiente para ela, ela não merecia mais.

- Está ótima, com muita saudade de você. Todos estão.

- Ainda bem. - Deu um sorriso que fez tudo valer a pena. - Obrigado.

A porta fechou, junto com toda a nossa história.


Notas Finais


Aaaaah <3

Sobre o grupo:

Vou criar umas regras básicas e uns avisos antes de tudo, para podermos fazer algo legal, né?!

- Não vou por um mínimo de idade lá, já que vocês leêm fic para maiores, ninguém aqui é inocente. E, justamente por isso, o grupo vai ser aberto a todos os tipos de assunto. Se não gosta e não se sente a vontade com isso, é melhor evitar;

- Vamos respeitar opiniões diferentes e é expressamente proibido ofensas e preconceito lá, ninguém merece coisas desse tipo;

- Não quer participar do grupo? Por favor, nem mande o número, apenas será mais trabalho para mim (isso serve para os esgraçadinhos que saem no primeiro minuto ou são fantasmas);

- É para interargirmos, ou seja, não tenha medo de se expressar. Somos todos iguais <3;

- Não gosta de grupo e quer falar apenas comigo? Sem problemas! Me mande mensagem e explique, te chamo no privado;

Se você está de acordo com esses pontos aqui mande seu número e seu nome para mim por mensagem (para eu não salvar com nome de usuário, né?).
Meus créditos estão acabando e eu vou criar o grupo no sábado, provavemente. Pode chamar um amigo também, mas lembre ele dessas regrinhas básicas, certo?!

Bem, pessoal, por hoje é só!

Comenta se gostou, Beijão! ! !


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