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História Além da Razão - Além da Razão


Escrita por: DesnecessauraMM

Notas do Autor


Chegamos ao fim!

Muito obrigado a todos! Eu queria conseguir escrever cada nome e cada um que me fez feliz aqui com seus favoritos e comentários, mas não consigo e isso é bom!

Retribuo todo o carinho interagindo com vocês e destacando cada comentário sensacional!

Obrigado por acreditarem em mim, pela paciência, pela fidelidade e tudo mais!

Já estou postando uma história só GaLe, já estou escrevendo outra (meio bem picante) e também a NaLu, encontro vocês lá!

Finalmente!

Boa leitura e desculpem os erros!

Capítulo 41 - Além da Razão


Assim que fechei aquela porta me encostei na parede e joguei a cabeça para trás, nada foi tão difícil na minha vida do que fechar aquela porta.

Encostei o ouvido na madeira, ouvi os passos se afastarem até que nem um único ruído se fez ali. Abri a porta e o procurei, nada. Vi um pequeno pacote no chão e o peguei, abrindo logo depois.

Toquei o colar e me controlei para não ir atrás dele, ele tinha o refeito. Abri o papel que estava na pequena embalagem e comecei a ler.

"Levy,

Se você está lendo isso quer dizer que não consegui te convenser a voltar comigo, mas não consegui apenas hoje, pois eu vou voltar.

Todos os dias, todas as semanas, todos os meses. Eu só desisto de você quando você se casar com outra pessoa, até lá, eu não vou largar do seu pé. Não importa o quanto demore, eu vou te conquistar.

Espero que esteja pronta para me suportar e espero que não demore para perceber que não pode viver sem mim. Sim, eu tenho plena certeza disso.

Até amanhã, baixinha irritante."

- Saco de músculos ambulante. - Entrei e vi Max sair pelado do banheiro. - Céus, eu não mereço essa visão.

- Querida, ele não vai subir por sua causa. Não que você não seja bonita e outras coisas, mas eu tenho os mesmos gostos que você.

- Eu já entendi. - Peguei a toalha na lavanderia e joguei para ele. - Você podia ter uma voz mais delicada, me pouparia de me sentir tão culpada por morar com um homem.

- Eu não moro com você. Apenas como, tomo banho e durmo, às vezes. - Começou a se vestir na sala mesmo. - Minha casa é na porta da frente.

- E por que você não está lá? - Ri com sua expressão.

- O meu chuveiro queimou. Você não deveria estar reclamando, pediu para eu fazer uma lista com lugares que todo historiador quer conhecer. Comecei com os mais conhecidos primeiro, acho que você vai gostar.

- Fiquei muito feliz por vir para Kioto e te encontrar, um lindo rapaz gay formado em Turismo. - Piscou para mim. - Meu ex veio aqui.

- O que? Quando?

- Bem. - Sentei na mesa e estendi o papel para ele. - Agora a pouco.

- Profundo, ele parece gostar de você. Imagino que não seria bom ele me ver caminhando pelado por aqui.

- Não se preocupe com isso, vou começar a minha aventura amanhã. Qual é o meu primeiro destino?

- A senhorita McGarden irá para a Grécia, na cidade de Atenas.

- Céus, eu não creio!

(...)

Ele tinha me dado uma lista de lugares que eu iria visitar, os horários de visitas e um monte de guia. Além de hospedagem e meio de transporte lá.

Nunca fui ligada a dinheiro, nós somos seres tão frágeis e sempre estamos correndo atrás de ter mais, só para ter uma felicidade passageira. Esquecemos de viver a vida e o tempo apaga todo o nosso espírito de aventura. Isso não iria acontecer comigo.

Arrumei minha mala com calma, escolhendo as roupas de acordo com o clima do país. Eu dexaria meu apartamento sob a supervisão de Max, que jurou deixar o lugar de três cômodos em perfeita ordem.

Ele estava trabalhando e não pôde me levar até o aeroporto, então chamei um táxi. Imaginei se aquilo que Gajeel tinha falo e se ele realmente viria todos os dias, mas logo esqueci isso. Aquele não era ele.

Entrei no carro e me senti feliz, a minha vida estava começando. A cada esquina e sinal verde, era uma sensação gostosa dentro do meu coração. Toquei o meu colar no pescoço, eu agradeceria a ele depois.

O carro parou de repente e eu quase voei, tinha um trânsito enorme na frente. Algumas pessoas abriram a porta do carro e andavam entre os carros, cochichando entre eles.

- Eu mereço, eu tenho horário. - Abri a porta e olhei para o motorista. - Eu já volto, tente dar a volta.

Segui as pessoas e ouvi alguns gritos de revolta, misturado com algumas risadas. Até que, no cruzamento, um grupo de pessoas fizeram uma roda. Talvez fosse um acidente ou um show de rua.
Abri espaço para ver e senti o meu coração parar de bater por alguns segundos. Ele estava sentado num banco, com o violão, um homem em pé ao seu lado e o carro atravessado na rua.

- Foi ela que eu falei para vocês. - As pessoas viraram aa câmeras do celular para mim e eu nem achei palavras para responder. - Ouça com atenção, baixinha do caralho.

Nem sempre escolhemos como vai acontecer

Às vezes, nem conseguimos entender

Eu só sei que é amor

Começou a cantar e vez ou outra tirava uma nota das cordas no violão, olhando para mim. Eu quase comecei a chorar. Quase.

Mas, sabe, é que eu estou com saudade

E essa dor que me invade

Me confirma mais uma vez

É você

Levantou e veio até minha frente, sem temor algum no olhar.

Eu não preciso de mais nada

Não preciso seguir uma estrada vaga

Se você não for a direção

Não preciso mais de você não falar

Não preciso mais me guardar

Seja uma professora, "referenciadora" ou rainha

Seja apenas minha baixinha...

Abri a boca para tentar falar alguma coisa, mas ele deu o violão para alguém e me derrubou no chão, subiu em cima de mim e segurou meus braços em cima da cabeça. Meu peito subia e descia de maneira assustadora e todo o meu corpo tremia.

- Você quer um discurso? Chega de fazer esse cu doce, valeu? Você é chata para porra e eu sei que eu fui um cuzão na maioria das vezes, só que estou aqui. Você não vai voltar comigo porque eu quero, vai voltar porque me ama e sabe que ninguém vai te suportar como eu te suporto. Então, vamos para casa, mas antes vamos transar porque estou quase morto de saudade de foder você. Esse é o meu 'eu' que você está disponível, não é?

- E - Eu não -

- Aquele ali é o meu advogado e ele está com o nosso acordo. Eu reconheci ele no cartório e como sua assinatura está lá você não pode voltar atrás. - Sorriu sedutor. - Não me importo se você tem namorado ou não. Não teve orquestra, mas parei a rua por você e estou assumindo que preciso de você para viver, além de ter um café ótimo no aeroporto. Então, vamos?

Pisquei algumas vezes, tentando achar as palavras certas para responder. Ele começou a se aproximar e eu fechei os olhos, sentindo um boca sobre a minha.

Chorei de tanta felicidade que eu mal conseguia acompanhar seu ritmo gostoso ao som de aplausos um tanto quanto constragedores. Me soltei e afastei seu rosto, recebendo um olhar confuso.

- O que foi? - Sorri.

- Eu entendi a referência. - Puxei sua nuca e o beijei novamente.

(...)

Três dias depois nós estávamos no aeroporto, prontos para voltar para Tóquio definitivamente. O nosso voo estava atrasado e eu lia, encostada no seu ombro.

Gajeel me contou sobre Lucy e eu já imaginava que ela não iria nem querer me ver, mas ele disse que tudo iria dar certo quando ela acordasse. Fazer o quê? Eu era apaixonada por ele e iria de olhos fechados se ele estivesse comigo. Não importa onde fosse.

- Eu odeio aviões. - Falou.

- Você odeia muitas coisas. - Beijei sua bochecha. - Tenha paciência.

- Eu te amo. - Falou de repente e eu o olhei, sorrindo feito uma idiota. - Obrigado por existir na minha vida, Levy McGarden.

- Por nada, Gajeel Steavens. - Encostei novamente e ele pirrageou, como se eu tivesse esquecido de algo. - Eu amo você, saco de músculos.

Essa parte da minha vida, essa pequena parte da minha vida chama-se felicidade. Quem aí entendeu a referência?

[…]

- Oi, vida. Estou aqui dessa vez, você vai acordar logo, não é? Vou cozinhar o que você quiser... Ah, quero que você conheça a minha irmã, ela vai te adorar. Eu prometo, do fundo do meu coração, que vou te salvar da próxima vez e vou melhorar. Você me deu uma vida que eu nunca esperei ter, você foi a melhor coisa que já me aconteceu e eu te amo. Obrigado por me permitir amar você. Preciso que você volte, Levy vai querer me bater quando eu falar do Batman. Você vai estar aqui, não é? Por favor, abre os olhos e vamos viver juntos eternamente. Volte para mim, Lucy.

Eu ouvia uma voz masculina perfeitamente, ouvia ele chorar e ouvia ele falar comigo. Também ouvi a voz do meu pai e as suas orações, mas meu corpo não queria reagir. Não tinha forças para lutar mais um pouco, parecia melhor estar de olhos fechados.

Não sei descrever como era não saber de quem era a voz, parecia algo recente e, mesmo assim, distante. Como se eu precisasse lembrar, porém a minha mente queria esquecer.

Eu não ouvi a voz de Levy, até tinha esquecido como era a voz dela. A minha mente não estava completamente boa, afinal, eu não lembrava nem o motivo de estar ali.

Ouvi novamente o meu pai fazendo uma oração, pedindo por mim e por Levy. Falou algo sobre sair para descansar, a outra pessoa concordou. Eu sentia que estava no limite, eu não aguentaria muito tempo.

- Lucy, você precisa acordar. Já faz um mês e o hospital tem uma política rígida sobre reação do paciente, estamoslutando com todas as forças, mas você precisa reagir. Não podemos deixar seus aparelhos ligados por muito tempo.

Eu não entendi porquê ele simplesmente não parava de insistir em algo que não resultaria em nada, não entendia porquê ele não saía dali e ia viver sua vida. O que eu era para ele?

- Sabe, não é justo. Não é justo eu não poder ouvir sua voz ou ver seus olhos, não é justo eu não poder te beijar novamente. Você precisa voltar, porque eu não sei o que fazer sem você.

Eram raros os momentos que eu ficava "acordada", era até cansativo. Senti que iria dormir novamente, mesmo eu lutando contra isso. Acho que aquela seria a ultima vez.

- Volta, meu amor.

(...)

Uma forte luz invadiu minha visão e puxei o ar com força. Uma folha rosa estava grudada na parede da frente e eu forcei a visão para ler as letras a uma certa distância.

"Seu nome é Lucy Heartfilia, têm dezenove anos e estuda na Universidade Federal de Magnólia, aqui em Tóquio."

Segui a direção que apontava uma pequena seta e li a próxima folha.

"Você sofreu um acidente e está em um coma profundo há trinta e três dias, mas se está lendo isso, temos uma preocupação a menos."

A outra folha era um pouco maior.

"Levy está em Kioto, mas Gajeel vai trazê-la de volta. Caso não lembre, tem uma foto de vocês a esquerda."

Olhei para o lado e vi a foto que tiramos na formatura do ensino médio, era impossível esquecer da minha irmã.

"Você tirou nove e meio no seu TCC, passou no primeiro semestre."

Sorri, era como se aquilo fosse uma recarga para meu corpo.

"Deixei um sino do seu lado direito, toque se acordar. Provavelmente vai estar com muita sede, mas vai ficar tudo bem. Com muito amor, Natsu."

Tentei mexer a mão, mas foi um pouco complicado, já que meu corpo estava rígido. Abaixei o olhar para minha mão e vi uma aliança ali, o que aquilo significava?

Uma cor diferente me chamou atenção um pouco mais abaixo. Estava com a cabeça na cama e com as mãos segurando meu pulso esquerdo. Ele tinha um cabelo rosa

Com certa dificuldade estiquei a mão até os fios, passando como se fosse um remédio para as dores. Abri a boca e tentei falar, porém a voz recusou-se a sair. Respirei fundo e tentei novamente, com toda a força que tinha dentro se mim.

- Nat - su? - Ele se mexeu e virou lentamente, com os olhos arregalados.

- Lucy? - Levantou e ficou de frente para o meu rosto. - Você sabe quem eu sou? Lembra de mim?

- Natsu. - Sussurrei e comecei a chorar. - É o Natsu.

- Beba um pouco de água. - Pegou o copo com canudo e colocou na minha boca. - Com calma, amor.

Ele me pareceu confuso por algum tempo e depois encostou a testa na curva do meu pescoço, chorando como criança. Senti algo molhado no ombro e encostei o rosto na sua cabeça.

- Me desculpe, sei que não posso te pedir nada, mas nunca mais faça isso, nunca mais saia de perto, nunca mais me deixe. - Implorou. - Vou pedir per -

- Não precisa, eu te perdoo. - Levantou o olhar. - Obrigado por estar aqui.

- Céus. - Segurou minha nuca e juntou nossas testas. - Eu te amo.

Seu beijo caloroso me fez pensar em tudo que tinha acontecido e como eu era feliz por isso. Se afastou, sorrindo abertamente. Puxou minha mão e apertou, colocando junto do seu peito.

- Eu preciso chamar seu pai e os médicos, não durma de novo, ok? - Dei um sorriso fraco.

- Certo. - Soltou minha mão e foi até a porta, mas parou para me olhar. - O que foi?

- Não vou sair de perto de você. - Votou e pegou o sino, batendo sem parar. - Nunca mais.

- Eu não vou para lugar nenhum. - Falei e ele passou a mão no meu rosto. - Vai ter que sair de perto de mim alguma hora.

- Não, não vou. - Me beijou lentamente e sorriu. - Nunca mais.

(...)

Meu pai se recusou a sair de perto de mim nos dias que vieram, dizendo que eu iria quebrar no menor movimento. Não tive nenhuma única sequela, apenas algumas cicatrizes - ele deu nome para cada uma delas-.

Comecei a fazer a fisioterapia, já que os meua ossos estavam atrofiados e fracos. Doía bastante, mas eles não saíram de perto de mim.

Eu prometi que iria visitar o meu pai quando Levy aparecesse e nós passaríamos as férias com ele. Eu não estava com raiva dela, já que quase fiz o mesmo. Eu só queria que ela voltasse logo.

- Se esforce. - Natsu falou enquanto eu dava os primeiros passos sem a ajuda da muleta no campus. - Está doendo?

- Não muito. - Me desequilibrei e ele segurou meu corpo. - É difícil.

- Certo, venha cá. - Ficou na minha frente e apontou para o seu pé.

- Quer que eu suba no seu pé?

- Sim. - Ri e subi, segurando no seu pescoço. - Certo, vamos treinar, você vai ser a motorista.

Começou a dar passos para trás e eu ri como louca, principalmente com os olhares reprovadores que nós recebíamos. Ele parou depois de um tempo e segurou minha cintura, então beijei ele.

Com calma e loucamente apaixonada, eu faria aquilo para o resto da minha vida. Seu olhar desviou para trás e ele abriu um sorriso, me ajudando a pisar corretamente no chão.

- Consegue agora?

- Acho que sim. Vai me soltar?

- Apenas uma vez, é uma boa ocasião. - Beijou minha testa. - Eu te amo.

- Eu te amo. - Soltei seu pescoço. - Para qual direção eu vou?

- Para trás, vou estar aqui na frente. - Assenti e virei, vendo a minha irmã ali.

Ela sorriu, parecendo culpada. Respirei fundo e comecei a dar pequenos passos na sua direção. Cheguei a me desequilibrar, mas consegui me manter firme. Assim que parei na sua frente ela me abraçou, chorando.

- Desculpe.

- Parem de pedir desculpas, eu não aguento mais. - Falei rindo.

Natsu foi até Gajeel e eles se cumprimentaram, nos olhando como se fossemos duas loucas. O olhar dele caiu sobre mim e ele mexeu a boca, formando um "eu amo você" sem uma única palavra, apenas sorri.

Talvez a faculdade não fosse tão ruim assim.

[…]

Os quatros estavam sentados no campus, falando sem parar. As duas irmãs já faziam os planos para passar o mês no interior e os outros dois reclamavam das aulas de recuperação que teriam que fazer.

- Pelo menos eu sou fã do Superman, imagina como deve ser horrível ter como herói favorito um riquinho órfão... - Natsu falou e Levy o fuzilou com o olhar.

- Retire isso.

- Nem pensar. - Deu os ombros.

- É melhor retirar. - Lucy alertou.

- Ela vai te estrangular. - Gajeel avisou, vendo a áurea da sua pequena mudar.

O rosado olhou para os três e começou a correr, sendo seguido por ela. Assim que ela o alcançou eles saíram rolando na grama do lugar.

- É melhor irmos separar? - O moreno questionou.

- Ela realmente vai matar ele. - Os dois levantaram e correram para separar o quase homicídio doloso.

Não posso dizer que eles foram felizes para sempre, nem que ficaram juntos até o fim. Mas aquele amor que nasceu entre eles foi além do que eu possa explicar. Foi além da compreensão, além do meu entendimento. Foi um amor Além da Razão.


Notas Finais


E fim!

Cinco meses nisso, que lindo!

Ainda não respondi as mensagens pq estou aguardando mais números para o grupo, certo?

Como de costume, comenta se gostou, beijão!


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