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História Além da vida - Perfeito — capítulo bônus.


Escrita por: AnaCharlotte

Notas do Autor


Olá.

Sim, mais uma vez eu sumi pela falta de criatividade. Escrever tá sendo muito foda. Bloqueios estão me cercando a toda hora. Quis fazer esse capítulo maior, sei que não está muito bom. Mas foi o que saiu, gente. E eu precisava exasperadamente atualizar isso aqui.

Feliz Ano novo para todos! Obrigada por terem me acompanhando e ainda estarem aqui, sério, obrigada mesmo. Eu amo vocês. Feliz 2017. Que ele seja um ano foda pra caralho.

Capítulo 20 - Perfeito — capítulo bônus.


Fanfic / Fanfiction Além da vida - Perfeito — capítulo bônus.


Londres, Teatro Greenwich, 2009. 

 Harry estava sentado na primeira fila de cadeiras do teatro, folheava as falas da peça. Ele nunca sentiu tanta empolgação em ir ao teatro, viver a arte nunca foi tão viciante. Ele amava o teatro, mas amava muito mais as oportunidades que ele trazia. 

 O ar de dentro era úmido e com cheiro de mofo, as luzes eram alaranjadas fazendo com que aquele teatro fosse um pouco sinistro. O teatro Greenwich era muito requisitado em Londres, qualquer ator que estivesse ali tinha um mérito excelente. Muitos disputavam vagas para estarem no papel que Jade conseguiu de uma forma tão natural.

 Para Harry e Jade viver a arte teatral era tão normal quanto respirar e inspirar, como dormir e acordar. Eram coisas que sempre estariam em suas vidas. Harry descobriu mais cedo o que amava, quando fez uma viagem com seus pais para a Grécia. Visitou pontos turísticos citados em obras de tragédia grega, o que o inspirou ainda mais para prosseguir como diretor de teatro.

 Ele tinha ansiado para esse ensaio, ansiava para vê-la. Ouvir sua risada. Também queria perguntar como estava, como tinha sido sua noite.

 — Todos estão aqui, diretor — disse uma loira. 

 Harry levantou os olhos para olhá-la e assentiu. Seus olhos percorreram todo o local querendo vê-la.

 E lá estava ela, vestia uma blusa branca e um short folgado de cor preta. Estava atrás de Josh, o protagonista, e ela tentava pular em suas costas. Como uma criança pequena querendo subir em algo maior que sua altura. Ele fechou a cara. Não queria ver aquilo. Já tinha sido o Aastante.

 — Bom dia. — disse Harry, irritado. — sem brincadeiras, por favor. 

Jade parou imediatamente o que estava fazendo, e olhou para Harry que esboçava uma expressão séria. Ela estranhou. Nunca o vira assim. 

 Todos têm dias ruins, pensou ela. Todos os atores aglomeraram-se no palco esperando as ordens de seu diretor. 

 — Quero passar a peça pela primeira vez sem interrupções. Não quero que parem quando estiverem atuando por nada. Se errar, continue, improvise. — disse ele, autoritário. — Vamos. Não temos todo o tempo do mundo. 

 *** 

 Harry se encostou na parede da coxia quando o ensaio acabou e poucas pessoas ainda restavam. Ele suspirou. Não conseguiu ter o foco que desejou para tornar a cena melhor, estava com a cabeça a mil. Ciúmes. Ele sabia. Só que não queria confirmar para si mesmo. 

 — Jade, eu e Christine estamos indo. — disse umas das últimas atriz ao sair da coxia deixando Jade e Harry a sós. 

 — Eu já estou pronta — ela se apressou ao sair do banheiro ainda descendo a blusa pela cabeça, revelando sua barriga e os seios cobertos pelo sutiã. 

 Quando Jade viu que Harry ainda estava ali sentiu suas bochechas queimaram, o sangue percorreu por todo seu corpo. 

 Ele riu baixo e levantou com elegância. 

 — Calma. —  puxou a blusa com delicadeza para baixo a ajudando. Jade tentou sorrir de gratidão, mas estava mais envergonhada que antes. — pronto. 

 — Hum… desculpe. Eu não devia ter aparecido assim — sua voz tremeu. 

— Coxia é para os atores, desculpe o meu equívoco em ficar aqui — ele riu gentil.

 — Não foi — deu de ombros e teve vontade de perguntar o porquê de seu humor ter mudado.    

— Jade, eu posso fazer uma pergunta pessoal? — ele estreitou os olhos, desconfortável. 

Ela assentiu e esperou ele prosseguir. 

— Existem regras, e quero avisá-la antes que seja tarde demais. Não é permitido ter nenhum relacionamento, seja com alunos, diretores, figurinistas ou qualquer membro do teatro. 

Jade balançou a cabeça. 

— Eu sei disso, diretor. Eu li o contrato por inteiro — respondeu. 

— Entre você e Josh existe algo? — perguntou rápido. 

Ela deu uma risada e olhou para ele. 

— Não. Não existe nada entre nós. Era apenas isso? — arqueou a sobrancelha. 

— Sim. Era isso — riu sem humor. 

— Então boa tarde, diretor. 

Ela caminhou para pegar sua bolsa azul marinho que ganhou do seu pai na semana passada. 

— Ainda vamos para o show? — perguntou ele. 

— Pretende convidar outra pessoa? 

— Os ingressos foram comprados no intuito de levá-la, não serve para ninguém mais além de você — deu uma risada baixa. 

— Obrigada, diretor. É claro que vamos! 

— Ótimo. Te passo uma mensagem — ele pisou e saiu da coxia. 

*** 

Oi Jade. 
Que horas quer que eu vá pegá-la em casa? Aliás, quer que eu vá pegá-la em casa. Prometo que sou prudente, tirei a carteira de primeira. 
Ah, é o Harry. 


Jade destravou seu celular e viu as mensagens de Harry, sorriu e quando ia responder, recebeu outra: 


Caso você deixe-me levá-la, passe o endereço, por favor. 


Ela balançou a cabeça sorrindo e começou a digita: 


Oi Harry, sei que é você. Tenho seu número salvo. (desculpa?) 
Você já fez demais, comprou os ingressos para o show que eu quero ir desesperadamente! Eu serei eternamente grata a você. Obrigada. Eu pego um táxi e nos encontramos lá. Xx


Jade deitou e encostou a cabeça no sofá, estava sozinha em casa e acabará de chegar do trabalho. Seu pai estava no turno noturno e Katherine tinha ido jantar com o seu novo paquera. 

Ela relaxou e se permitiu sonhar com Harry. 

Apenas mais alguns segundos e ela poderia sorrir com a mais bela imagem de todas, mais alguns passos e estaria diante da pessoa que a fez sonhar. Quando, em sua mente, surgiu a imagem que queria ver, que adorou ver.  

 Harry sorrindo, estendeu sua mão branca e macia para ela. Jade as segurou com tanta força, como se sua vida dependesse daquilo, e então, ele sussurrou: 

  — Segure. Segure o mais forte que puder. — sibilou ele com clareza.  

 Ela o fez. As mãos de Harry passava uma energia positiva que a enchia de alegria, era como se nada no mundo pudesse impedir eles durante aquele toque.  

 Ela riu. Não conteve seus braços e o abraçou, apertou-o com força, sentiu seu cheiro, ouviu as batidas de seu coração e amou aquela música que se formava.   

— Você vai ficar aqui, não vai? — sussurrou ela, com a voz abafada no peito de Harry. 

  — Eu sempre vou ficar aqui — disse ele e ergueu o queixo de Jade para olhá-la. — E você?  

  Ela sorriu olhando para aqueles olhos verdes irresistíveis, estavam carregados de pura alegria.  

   — Eu vou — respondeu sorrindo, sem hesitar. — vou ficar com você.   

— Eu sei que vai.   

Harry abriu seus lábios e fechou os olhos, Jade ansiou o beijo, fechou os olhos quando sentiu  lábios quentes sobre os seus. A sua língua adentrava cada vez mais na boca dele, ela o apertou segurando em sua camisa. O beijo fez com que seus corpos passasse por uma descarga elétrica, como fios que precisam estar juntos para serem conectados e enfim funcionarem. 

  Eles funcionam melhor assim: juntos.   




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