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História Além das Quadras - Uma promessa para se lembrar


Escrita por: MarcelineA

Notas do Autor


Minha primeira original yaoi ♥
~ Essa história é de minha autoria. Os personagens dessa obra vieram de minha cabeça (e da do Vitor). Não aceito qualquer tipo de plágio, então tenham bom senso.
~ História totalmente dedicada ao meu best maravilhoso que me ajudou pra caramba a prosseguir com ela: Vitor Carneiro ♥
~ História betada pela linda da Letícia ♥
~ Sinopse feita pela maravilhosa da Letícia ♥
~ Capa feita por mim com imagens tiradas do google, então créditos aos autores das fotos
~ Essa história está hospedada no Nyah Fanfiction! e no Wattpad (nesse último com a capa diferente)
~ Classificada como +18 por ter cenas explícitas de sexo e violência pesada
~ A história é sobre uma amizade que foi fortalecida por causa do vôlei, então vão ver muito (muito mesmo) do esporte aqui. PORÉM, não precisa saber nada sobre vôlei para entender qualquer coisa relacionada a isso aqui. Explicarei tudo o mais lúdico possível e se tiverem dúvidas, só me perguntar u.u
~ Provavelmente será postada de 15 em 15 dias
~ Comentários são muito bem vindos
~ Espero verdadeiramente que gostem dela ♥
~ Podem conversar comigo através do famigerado Twitter: @MaiaOliveira_

CONSIDERAÇÕES:
~ O primeiro capítulo é bem introdutório. As tretas já começam no segundo capítulo, então não esperem grandes coisas nesse capítulo.
~ Ele é o menor da história inteira. Os outros capítulos ultrapassam a marca das 4 mil palavras
~ Além da Distância é o nome do primeiro arco da história. Serão 5 arcos com uns 10 capítulos cada um, então podem esperar uma história bem grande e completinha.

Acho que é isso!
Boa leitura ♥

Capítulo 1 - Uma promessa para se lembrar


Fanfic / Fanfiction Além das Quadras - Uma promessa para se lembrar

Fevereiro de 2009

O dia tinha sido bastante chato até aquele momento. Tinha ido para a escola, onde teve matérias de que não era muito fã, e ainda por cima teria cursinho depois do almoço. A van que o levava para a escola lhe deixou em frente ao seu prédio e, antes mesmo que ele pudesse fechar o portão atrás de si, ouviu uma voz conhecida lhe chamando perto do hall do primeiro bloco do condomínio.

– Henry! – disse o garoto de cabelos loiros cacheados, com um sorriso no rosto – Finalmente você chegou! Eu tenho uma coisinha para pedir.

– Por que você não subiu? – perguntou Henry, aproximando de onde o amigo estava.

– Estava te esperando, oras! – ele disse, dando de ombros – Fiquei conversando com o porteiro.

Henry continuou sem entender direito por que o outro não tinha subido, mas, quando se tratava dele, nada fazia muito sentido. Começaram a caminhar lado a lado até o bloco em que Henry morava.

– Quero que você vá a um jogo de vôlei comigo.

– Não... – disse Henry convicto.

– Qual é! Eu tenho um ingresso sobrando... A chata da Nathália não quis ir comigo. – argumentou o outro com o tal ingresso em mãos.

Henry parou de andar, virando-se para o amigo e lhe encarando:

– Você sabe que eu odeio qualquer tipo de esporte, então não me obrigue a isso, Erick. – disse, cruzando os braços. Era uma pessoa muito birrenta e decidida, apesar de ter apenas 10 anos.

Erick olhou de volta, com certa raiva. Qual o problema em ir a um simples jogo de vôlei com seu melhor amigo? Está bem que Henry não gostava de nada que envolvesse se mexer demais, mas era apenas para assistir ao jogo, não é como se eles fossem jogar. Sem contar que ele sabia que Henry nem entendia do que travava o tal jogo.

Erick respirou fundo e soltou o ar, olhando para Henry com os olhos semicerrados. Iria usar seus melhores recursos para convencê-lo a ir.

– Marjorie vai estar lá. – disse ele, com um sorriso malvado.

– E eu não me importo. – respondeu Henry, desviando os olhos castanhos escuros de Erick, as bochechas levemente coradas.

Erick sabia muito bem da paixonite que o amigo nutria pela melhor amiga deles. A garota loirinha sempre fora muito alegre e elétrica, fazendo Henry ter uma certa admiração pela(o) sua(eu) animação/felicidade/euforia/entusiasmo. Não conseguia ser assim, por isso invejava a menina e Erick, uma vez que sempre ficava recluso em algum canto quando um ou outro não estava perto. Sempre fora muito tímido e isso o atrapalhava bastante.

– Eu sei que se importa. E sei que adoraria estar ao lado dela. – disse Erick, sorrindo travesso para o amigo.

– Meu Deus, me deixa em paz, ok? – Henry já estava ficando levemente irritado com a insistência do melhor amigo. Qual o problema em deixá-lo em paz?

– Henrique Lima Diniz, quer fazer o favor de não ser um chato e me acompanhar no jogo? Você nem sabe como que funciona, nunca viu, nunca jogou! Talvez até goste e pare de ser tão chato quanto a isso.

– Minha resposta ainda é não.

Vendo que o outro se mostrava irredutível, Erick saiu correndo em direção ao hall do bloco onde Henry morava. Se ele não ia por bem, faria com que fosse por mal. Vendo a pretensão do melhor amigo, Henry saiu correndo atrás dele gritando para que parasse onde estava.

– Nunca desistirei! – gritou Erick, olhando para trás enquanto corria e ria do amigo.

Henry sabia que não ia adiantar nada correr atrás do outro. Erick sempre fora mais veloz, mais forte e mais determinado do que ele, então sabia que era desperdício de tempo correr atrás do garoto daquela forma desesperada. Não ia adiantar, por mais que se negasse a ir, sua mãe lhe obrigaria pelo simples fato que Erick havia pedido.

Parou de correr e foi caminhando até o hall, onde viu que o elevador tinha parado no sexto piso, andar em que seu apartamento ficava. Pegou o elevador seguinte e apertou o número 6 com uma cara emburrada. Já que Erick estava ali, provavelmente a mãe dele também estava, então dona Cassandra, mãe de Henry, não seria pega de surpresa com a aparição do garoto. Sem contar que a intimidade deles era tão grande que entravam na casa um do outro sem ao menos tocar a campainha. Claro, isso era porque as mães dos dois eram amigas fiéis desde a infância, assim como eles.

Quando finalmente chegou ao andar, abriu a porta de madeira e entrou, vendo um Erick com um sorriso vitorioso no rosto e uma mulher baixa de cabelos cor de chocolate saindo da cozinha com um copo d’água nas mãos. Henry também notou a mãe de Erick, Adriana, sentada no sofá da sala. Possuía os cabelos negros e a pele morena, além dos olhos castanhos claros que foram herdados pelo filho.

– Mas é claro que você vai. – disse Cassandra olhando para o filho com seus doces olhos azuis.

– Mas, mãe, eu... – tentou argumentar, já sabendo que não iria funcionar. Mas a esperança é a última que morre, não é mesmo?

– Nada de “mas”, mocinho! Seu melhor amigo está te pedindo um favor, então trate de fazê-lo. – disse ela para Henry e depois se virou para Adriana, entregando-lhe o copo d’água – Você vai levá-los, Dri? Lembro que você amava vôlei quando era mais nova.

Adriana riu.

– Continuo amando – ela disse, dando de ombros – Vou levá-los sim, Cassie. Não se preocupe com isso.

– Isso mesmo, tia! Não se preocupe! Ela vai levar eu, Marjorie e Henry em segurança. – disse Erick, sorrindo de maneira doce. Mas Henry sabia que aquele sorriso estava cheio de segundas intenções. Odiava quando Erick conseguia o que queria na pura chantagem emocional.

– Então você vai e não reclame. – disse a mãe, sentando-se ao lado da outra.

Erick sorriu satisfeito e encarou o amigo.

– Muito bem, vamos fazer você gostar de alguma coisa que não seja ficar o dia inteiro jogando aqueles jogos idiotas. – disse Erick, batendo no peito de Henry com o ingresso, fazendo-o segurar o papel e fuzilá-lo com o olhar.

[…]

– Henrique! Erick e Marjorie estão te esperando! – gritou Cassandra da sala.

– Já estou indo... – disse a contra gosto.

Terminou de calçar seus tênis All Star e saiu do quarto, atravessando o longo corredor e indo para a sala, onde seus dois amigos estavam esperando-o de forma impacientes.

– Eu ainda não acredito que você conseguiu fazer o Henry ir! – disse Marjorie, sorrindo.

Henry logo corou com o sorriso da menina. Como conseguia ser tão doce e fofa? Os cabelos loiros descendo pelas costas combinando perfeitamente com a pele branquinha e os olhos verdes escuros... Erick e Marge eram muito parecidos, porém não eram irmãos. A irmã de Erick não se parecia em nada com ele, o que era deveras engraçado.

– Vamos logo, minha mãe está esperando. – disse Erick indo em direção à porta.

– Tome cuidado, Henrique. – disse Cassandra, olhando para o filho e lhe dando um beijo no topo da cabeça. – Comporte-se e obedeça a tia Adriana.

Henry apenas assentiu e correu para alcançar seus dois melhores amigos, que tinham acabado de se despedir de sua mãe e sair pela porta. Desceram pelo elevador, Marge e Erick conversando animadamente enquanto Henry apenas escutava. No térreo, atravessaram pátio do condomínio e depois o portão de ferro, entrando rapidamente no carro prateado, Marge à direita de Henry e Erick à esquerda. Saudou a mãe do amigo e partiram para o clube em que ocorreria o jogo.

Depois de alguns minutos ouvindo Erick e Marge falando sobre o esporte, Henry finalmente pôde ver a entrada lotada do local onde seria realizado o jogo. De cara desanimou de entrar, mas foi arrastado por um Erick completamente eufórico que não tirava o sorriso do rosto.

Não podia negar que o lugar era bem agradável de fora. Através do vidro que cercava o clube, Henry podia ver um amontoado de árvores e uma piscina bem ao fundo. Não era possível enxergar muito além, mas, só de ter bastantes árvores, já era um agrado para o garoto.

Entraram na fila e, em questões de minutos, estavam dentro da quadra de vôlei, nas arquibancadas que a cercavam. Arrumaram um lugar para os quatro bem na frente, possibilitando que eles ficassem na grade de proteção para ver o jogo melhor.

– Ai meu Deus! Meu primeiro jogo de vôlei! – dizia Erick, entusiasmado.

– É... – resmungou Henry, com a cabeça apoiada no queixo e uma expressão de tédio.

Estava vendo várias duplas de jogadores tocando a bola um para o outro, ora um atacando, ora outro defendendo, Erick esclarecendo que se tratava de um aquecimento. Ele se perguntou qual era a graça de ficar passando a bola um para o outro sem deixá-la cair. Era realmente entediante.

– Ei, Henry, não fique com essa cara... – disse Marge sentando-se ao seu lado – Olhe para o Erick, pense que você está deixando seu amigo feliz.

Então Henry olhou para o amigo grudado à grade de proteção. Os olhos castanhos claros estavam com um brilho que ele nunca tinha visto antes. O cabelo loiro enrolado estava levemente bagunçado, resultado das vezes que Erick tentou ajeitar os cachos que insistiam em cair sobre seus olhos. A pele branca iluminada pela luz forte da quadra deixava tudo... Alegre.

Erick estava feliz, então Henry também estava. Era péssimo ver o amigo triste, ainda mais ele, que era cheio de energia. Um mínimo sorriso surgiu em seu rosto, enquanto ele se levantava para se juntar ao seu melhor amigo.

Marge sorriu feliz com o gesto de Henry. Admirava muito a forma como um cuidava do outro sem hesitar, mesmo tendo certas divergências, afinal, isso toda amizade tem. Era raro encontrar uma amizade perfeita, entretanto, Marge sentia que a deles quase beirava a isso. Logo se juntou aos meninos, vendo que Erick tentava explicar de forma errada o jogo para Henry, que, por sua vez, encarava o amigo com seus olhos cor de chocolate.

Quando Marjorie ia dizer que o garoto estava falando merda, uma voz masculina ecoou pelo ginásio inteiro, através dos alto-falantes, anunciando os nomes dos jogadores que entravam em quadra acenando para a plateia agitada.

– Para quem você está torcendo? – perguntou Henry, curioso.

– Para o time de branco, o Minas Tênis Clube! Com certeza o melhor time de Minas Gerais. – disse convicto, e Henry riu.

– Mas é claro que não, o Sada Cruzeiro é o melhor, tem muito mais títulos que o Minas. – retrucou Marge.

– Você só fala isso porque é cruzeirense!

– E você porque é atleticano sofredor. – disse a mais velha, com um sorriso. Quando Erick ia retrucar, Henry foi mais rápido em cortar a discussão iminente.

– Olhem, o jogo vai começar!

E, de fato, estava para começar. As equipes se posicionaram nos respectivos lados da quadra. Os capitães das duas equipes reuniram se perto do árbitro para decidir quem começaria. Aparentemente, o time de azul, Sada Cruzeiro, tinha ganhado a chance de escolher a bola no que Henry julgou ser um cara ou coroa feito pelo árbitro.

Um dos jogadoras, o que estava posicionado atrás da linha que demarca o final da quadra, fez o saque. A bola atravessou a quadra da sua equipe e parou na outra, sendo recebida pelo único jogador com camisa discrepante.

– Porque aquele cara tem uniforme diferente? – perguntou Henry atento ao jogo e ficando curioso.

– Aquele é o líbero. Ele atua na defesa do jogo sempre, então fica só no fundo da quadra – explicou Marge. – Por causa disso, ele tem que trocar com os centrais, que são os mais altos e geralmente ficam na rede. Como não é caracterizado como substituição e eles precisam trocar de lugar sem confundir todo mundo, eles têm o uniforme diferente. Daí se destacam, entendeu?

A garota já fazia parte de um clube de vôlei perto de sua casa, então sabia bastante sobre o esporte. Mesmo com apenas 12 anos, ela já tinha decidido ser jogadora profissional, então pensou que, quanto mais cedo começasse a treinar, mais rápido entraria para o time feminino brasileiro de vôlei.

E, assim, o jogo seguiu. Henry perguntando sobre coisas que ele não entendia, Marge respondendo todas as perguntas calmamente e Erick concentrado demais no jogo para prestar atenção no que os outros dois estavam dizendo.

– O levantador é o que decide qual dos atacantes vai finalizar a bola. Como são três toques para cada equipe, o segundo é sempre dele. – dizia Marge apontando para os levantadores de cada equipe.

Henry estava gostando da atenção que a garota estava lhe dando. Sentia-se confortável perto dela, apesar da sua paixonite.

– Por que várias pessoas pulam quando a outra equipe vai atacar?

– Isso é uma estratégia para enganar os bloqueadores do outro time. Os ponteiros, que atacam as bolas na ponta, fazem muito isso junto com os centrais.

Henry ficara impressionado com como o jogo podia ser violento, a julgar pelas cortadas na rede e, mesmo não entendo muito, ele estava gostando. Era de fato um esporte legal. A única coisa que achara ruim era a frequência com que o jogo parava , já que, por conta dos pontos que eram marcados constantemente, raramente a bola ficava no ar por muito tempo.

Ele só percebeu que estava um pouco nervoso para saber o resultado do jogo quando este chegou ao fim.

– Então, Marge, quem falou mesmo que o Sada Cruzeiro era melhor? – dizia Erick para irritar a garota.

O jogo havia acabado, dando a vitória para o Minas Tênis Clube que ganhara de 3 sets a 2. Tinham que admitir que o jogo fora bem acirrado, mas no final, o time com mais medalhas até ali tinha ganhado.

Marge estava de cara amarrada, enquanto Erick a irritava de todas as formas que conseguia. Henry apenas ria da idiotice do amigo.

– Então, o que achou? – perguntou Erick para Henry, mas só depois de levar um grito de Marge exigindo que ele parasse. Deu língua para a menina e passou o braço pelos ombros de Henry, caminhando ao seu lado.

– É um jogo bacana... – disse vagamente, olhando para frente.

– Bacana? É o melhor jogo do mundo! – disse indignado, parando de andar e fazendo todos os outros olharem para ele. – Está decidido! Eu vou ser jogador de vôlei profissional! Serei o jogador mais novo da equipe brasileira! E você – apontou para Henry, que arregalou os olhos – Irá me ajudar a conseguir isso! Então... Topa?

Os olhos cor de chocolate de Henry passaram do amigo para tia Adriana, que sorriu abertamente; e, logo em seguida, foram para Marge, que apenas assentiu como se apoiasse a causa de Erick. E, de fato, apoiava. Tanto ela como ele tinham o mesmo objetivo agora; e , como ela estava contando com sua melhor amiga, Rayssa, nada mais justo que Erick poder contar com seu melhor amigo também.

Henry deu um suspiro e voltou seus olhos para os do menino loiro e sério parado à sua frente. O que ele não fazia pelo melhor amigo?

– Tudo bem... Só se você jogar mais vídeo game comigo. – propôs, cuspindo na própria mão e a estendendo para o outro. Erick riu e deu um passo a frente, se aproximando.

– Aceito. – cuspiu em sua mão e apertou a de Henry.

– Eca... Isso é mesmo necessário? – Marge disse, com repulsa.

– Não julgue um juramento de cuspe. – disse a mãe de Erick, rindo.

Então selaram não apenas um pacto, mas também uma promessa. Uma promessa que tinha muito mais significado e muitas outras coisas por trás.


Notas Finais


Então? O que acharam? Por favor comentem! Eu preciso muito saber o que estão achando!
Se tiverem qualquer dúvidas sobre a história, podem me perguntar sem medo, okay? Vou respondê-los com todo amor e carinho ♥
Bom, é isso!
Devo postar o segundo capítulo em poucos dias para depois começar uma rotina de um capítulo a cada 15 dias!
Muito obrigada para os que se interessaram na história pelo grupo do Nyah! Me motivaram muito e espero verdadeiramente que gostem da história ♥
Nos vemos em breve!
Ghost Kisses
~Marceline


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