1. Spirit Fanfics >
  2. Além de duas almas >
  3. Ciúmes

História Além de duas almas - Ciúmes


Escrita por: RizeLG

Notas do Autor


Decidi adiantar :D boa leitura <3

Capítulo 18 - Ciúmes


Fanfic / Fanfiction Além de duas almas - Ciúmes

California, Calabasas, 20:30PM   

    Cole e Nathan me levaram para o centro. As casas que eu via pela janela foram se transformando em edifícios, um trafego enorme, buzinas de todo canto e pessoas andando pela calçada com o celular na orelha, ouvindo música.

– É aqui – Nathan falou após sair do carro e abrir a porta para mim.

– Depois de alguns andares – eles me acompanharam até a entrada do prédio, informaram o guarda que nos deixou passar tranquilamente.

    Entramos no elevador em silêncio, Nathan apertou os botões e as portas foram fechadas dando início à subida. Alguns minutos depois, as portas do elevador se abriram, saímos dando espaço para o casal entrar.

– Estamos no sexto andar – disse Cole.

– Tá legal, que tipo de surpresa é essa? – perguntei já impaciente.

    Paramos em frente a uma porta, olhei para Nathan, ele sorriu e me entregou uma chave. Abri a porta logo me surpreendendo com aquela sala maravilhosa.

– Esse apartamento todo só para mim?

– Lembra que eu disse que ia comprar? Você já é adulta e com certeza tem a capacidade de ser independente – falou Nathan. Abracei o mesmo com força o fazendo sorrir.

– Boa sorte – separou o abraço e saiu para o corredor.

– Chame seus amigos, princesa – Cole beijou minha testa e saiu também.

(...)

– Ryan, o que é isso? – Lily apontou para o colher em sua mão.

– Hã... Uma colher? – respondeu como se ela tivesse problemas mentais.

– Onde está o meu garfo? – sorriu sinicamente.

– Pra que toda essa formalidade? Come a pizza com a mão mesmo – Ryan falou cortando os pedaços da pizza e servindo para nós.

– NÃO! EU QUERO MEU GARFO – Lily se levantou brava.

– Você não vai comer isso de garfo – Ryan falou tranquilo.

– O QUE? POR QUE? –perguntou incrédula.

– Porque garfos são pontiagudos e podem perfurar essa sua língua comprida – ouvi o estalo do tapa que ela deu no Ryan. Ele riu segurando as mãos de Lily e logo a jogou que caiu sentada no sofá. – Come logo essa droga!

– Ai, tá – pegou o prato derrotada e começou a comer emburrada.

– Gostou do seu novo apê, Smiley? – Ryan me perguntou devorando sua pizza de peperone.

– Óbvio, Butler – ele riu com a pizza na boca.

– O Justin tá vindo de tartaruga? Já faz três horas que eu liguei para ele – falou servindo-se de mais um pedaço. Lily olhou para mim maliciosamente me fazendo arquear uma das sobrancelhas.

– O que a senhorita aprontou, Osment? – perguntei desconfiada.

– Já tá ficando tarde pessoal – ela se levantou rápido pegando o prato da mão do Ryan, foi até a cozinha e os lavou rapidamente. – Vamos, Ryan! – puxou o mesmo do sofá que saiu tropeçando.

– Ei, esse seu surto repentino de ice tem que saber que eu ainda estava comendo – ele falou bravo.

– Outro século você come, agora vamos! – abriu a porta e jogou Ryan pra fora.

– EMILLY! – gritei o nome dela .

– Tenha uma ótima noite – ela fechou a porta. Me sentei no sofá entendendo a referência, ela queria me deixar sozinha com o Justin, sorri pensando nessa possibilidade ou a Lily é maluca mesmo.

    Ouvi um barulho vindo do meu quarto, fui até o quarto e meu computador estava saindo fumaça.

– Aiden... Sei porque explodiu o meu computador... Não queria que eu visse o Justin. Não é SUA decisão, Aiden. Eu faço o que quiser! – eu podia ver sua áurea vermelha de raiva. – Eu posso me relacionar, simplesmente, com quem eu quiser. Porque a vida é minha! Você tá me ouvindo? A VIDA É MINHA!

    Ele bagunçou meu cabelo e colocou as cadeiras em cima da mesa na cozinha.

– Seu... – fechei os olhos dando um basta com as mãos. – Ok, eu vou arrumar.

    Coloquei as cadeiras de volta no lugar. Voltei para o quarto, arrumei meu cabelo na frente do espelho e ele se quebrou.

– Ai, acho melhor você desistir, Aiden, tá legal? – o banheiro era no quarto mesmo, teria que escovar meus dentes. Abri a torneira e uma fumaça pequena subiu embaçando o espelho, escovei os meus dentes com paciência, fechei a torneira e quando olhei para o espelho tinha uma frase escrita nele.

“VOCÊ NÃO PRECISA DELE, VOCÊ TEM A MIM.”

– Nossa, Aiden... Poxa, você não entende? – fechei meus olhos. Voltei para sala ainda pensativa e as almofadas do sofá voaram para o chão. – Aiden! – coloquei as almofadas de volta no sofá.

    A campainha foi tocada, me levantei para atender a porta e não era ninguém, bufei e fechei a porta me deparando com as cadeiras em cima da mesa de novo.

– Você sabe que tá perdendo tempo, Aiden. Não vai me impedir de ver o Justin! – arrumei as cadeiras pela milésima vez.

    O som da campainha soou outra vez e eu suspirei, e antes de abrir a porta pensei por um breve segundo.

– Aiden, vê se você se comporta, é importante para mim e eu to contando com você – abri a porta.

– Eai – Justin falou, dei espaço para o mesmo entrar  e assim ele fez. – Uau, é lindo! – ele disse admirando.

– Eu fiquei exatamente assim quando cheguei – ri da cara dele.

– Cadê o pessoal? – ele perguntou, arregalei os meus olhos tentando encontrar uma resposta para aquela pergunta.

– Hã... doente... O Ryan ficou muito doente – Justin se virou preocupado. – Quer dizer, deu uma dor de barriga nele e vômito, então a Lily levou ele para o hospital – sorri atrapalhada.

– Isso é típico dele. Bem, já que eles não estão aqui para atrapalhar eu vou fazer um sanduíche que é a minha especialidade, vem! – Justin me puxou para a cozinha já me perguntando se tinha os ingredientes necessários para o sanduíche.

    Ele não estava dando conta de fazer aquilo, ele tentando colocar a fatia do pão perfeitamente estava me arrancando muitas gargalhadas.

– Ei, você não pode dar risada de um chefe como eu – ele se gabou pegando outra fatia de pão.

– E esse “chefe” já trabalhou em algum restaurante?

– Em muitos – sorriu, metido.

– Mentira! – peguei o pano de prato e bati nele.

– Não se pode bater num chefe, ruiva – ele pegou meus dois braços e me rodou. Peguei o borrifador de água e espirrei na cara dele. Ele tomou o pano de mim e eu corri dele pelo apartamento inteiro até que acabei caindo e ele veio por cima de mim.

– O chefe renomado ainda quer correr atrás de mim? – segurei seu rosto e sorri pra ele.

– No momento ele só quer fazer isso – aproximou seu rosto, Justin foi jogado para trás com força. – O que foi isso? – perguntou assustado.

– Aiden... Não foi nada – ajudei ele a levantar.

– Acho melhor comermos.

– Boa ideia – corri para a cozinha e quando cheguei na mesma as portas dos armários estavam abertas, fechei todas e voltei para a sala. – Aqui – entreguei um sanduíche para ele que sentou no sofá.

– Quando foi que se mudou?

– Hoje mesmo, você já deve saber que eu fugi do hospital por causa de uns agentes da CIA. Nathan já tinha me falado que ia comprar um apartamento, então eu to aqui – demos uma mordida no sanduíche. – Nossa, isso tá muito bom!

– O chefe agradece – fechou os olhos sorrindo.

– Você nasceu lá? – perguntei.

– Não. Eu nasci no Canadá, mas minha família se mudou para Oregon quando eu era apenas um garoto, Jazmyn ainda não tinha nascido e minha mãe ainda era viva. Eu fui para a CIA com dezesseis anos. – respondeu.

– Dezesseis? Nossa, mas assim por acaso você foi expulso?  – o vazo que estava em cima da cômoda caiu e se quebrou chamando a atenção de Justin. – Não é nada. É só... É só o Aiden enchendo o saco. Ignora ele. Ignora tá. Como você entrou para CIA?

– Depois que minha mãe morreu minha família ficou dividida, meu pai mudou muito, ele não dava atenção para mim e nem para a Jazz. Foi aí que eu tive alguns problemas com a bebida porque tudo que eu fazia nada estava perfeito, nada. Ele me cobrava muito, queria que eu vencesse na vida de qualquer forma. Eu fui para uma clínica e depois que eu saí de lá, meu pai me levou até o centro de treinamento na escola militar em Camp Peary, e foi assim que eu entrei.

– Eles me procuraram. Nathan me disse que Brian acompanhou o meu caso desde que eu cheguei na unidade quatro, quando meus pais adotivos me deixaram lá. Brian foi pessoalmente me buscar. – falei.

– Pais adotivos?

– É, eu não conheci os meus pais de verdade. Susan e Philip cuidaram de mim desde bebê, eu já olhei umas fotos que estavam em cima do guarda-roupa deles dentro de uma caixa. A Susan esperava uma criança, mas ela perdeu. – Justin abaixou o olhar.

– Você sabe onde é que eles estão?

– Não. Sem notícias. – terminamos de comer o sanduíche e Aiden derrubou todos os quadros da parede.

– Tem certeza que tá tudo bem? – Justin perguntou preocupado.

– Tá, tá tudo bem. O Aiden só tá... ELE SÓ TÁ um pouco nervoso, só isso. Tá tudo bem.

– O Nathan conseguiu explicar porque você tem essa ligação com o Aiden?

– Não. Não muito bem. Eles aprenderam muitas coisas sobre o inframundo, não aprenderam muito sobre o Aiden. Eu acho que nem ELE sabe o que.... – ele abriu as janelas fazendo um barulho enorme.

– Miley, tem alguma coisa errada com o Aiden.

– Ai, só um segundo – me levantei indo até o quarto. – Eu enchi o saco de você e do seu maldito ciúme! Então por que é que você não volta para aquela merda daquele lugar escroto de onde você veio e deixa eu viver a minha vida? Vai embora daqui! – ele grunhia alto como se estivesse brigando comigo. – Tá me ouvindo seu merda? Vê se some daqui, porra!

    Justin estava assustado, peguei uma almofada e sentei ao lado dele.

– Vem cá... Ele tá aqui agora? Nos escutando? – perguntou.

– Tá. É, ele nunca me deixa. Sabe... O Aiden... Ele sempre afastou as pessoas de mim ou então talvez seja eu. Talvez eu seja estranha demais para alguém se interessar por mim. – ele pegou minha mão.

– Você é especial, Miley. O Aiden não tem nada a ver com isso – Justin colou nossas testas, fechei meus olhos e quando abri ele estava sendo sufocado.

– PARA AIDEN!!! – gritei desesperada. – PARA AGORA! – lágrimas escorriam pelo meu rosto.

    Ele soltou Justin que caiu respirando ofegante com as mãos no pescoço.

– Eu acho melhor eu ir. O Aiden é muito possessivo, e não divide você com ninguém... Então... Vocês tem que conversar – Justin se levantou com dificuldade e saiu porta a fora.

– Você tá feliz? Porque conseguiu o que queria – eu disse chorando e ele tentava falar comigo. – Ele foi embora e agora eu sou toda sua, seu idiota! Eu espero que esteja muito feliz agora, seu filho da puta! Vai lá, começa a flutuar no seu mundinho invisível para me ver chorando, vai! Eu odeio você! SEU MERDA, eu odeio você! 



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...