Carmen conversava com Laura na casa dela. Elas estavam deitadas na cama sem nada pra fazer.
- Sabe, agora o caminho ta livre pra você, porque não investe no Dan de novo? - Perguntou enquanto falava com Davi por mensagem.
- Fala sério né? Você acha que eu ia me aproveitar da dor dele? Eu não sou baixa desse jeito. - Respondeu a nerd irritada.
- Não é ser baixa meu amor e sim saber aproveitar as oportunidades que a vida dá. - Falou mas recebeu um olhar feio de Carmen e resolveu acabar com o assunto. - Então vai fazer alguma coisa mais tarde?
- Eu vou numa exposição de fotografia. - Comentou sorrindo.
- Legal, mas você vai sozinha? - Perguntou curiosa.
- Não, o Adriano vai comigo, na verdade foi ele que me chamou.
- Você ta passando tempo demais com ele não acha? E por falar nisso pode meter a Valéria nesse bolo também. - Disse irritada.
- Eles também são meus amigos. O Adriano mudou, ele se arrepende da infantilidade que fez. - Começou vendo a amiga revirar os olhos. - E a Val não tem culpa por ter se apaixonado, aliás ela nem sabia que você gostava dele.
- Vai defende mesmo, a cada dia você se aproxima mais deles e se afasta mais de mim. Que merda eu sou sua melhor amiga, você deveria ser a minha também. - Falou já se levantando.
- E eu sou, a diferença entre o nosso conceito de amizade é que pra ser a sua melhor amiga eu tenho que concordar com tudo o que você fala, tenho que odiar todos que você odeia, mas a vida não é assim e eu não sou sua marionete. Vê se cresce Laura e acorda pra vida, você não é melhor que ninguém. - Desabafou sem paciência, Laura a encarou completamente irritada.
- Então é isso que você pensa? Eu já acordei pra vida há tempos minha querida mas parece que é você que não quer despertar, larga de ser ingênua e acreditar no bem das pessoas, o ser humano só serve pra nos decepcionar e você é a prova viva disso. - Falou se dirigindo a porta mas foi barrada pela nerd.
- Eu te decepcionei? Larga de ser idiota garota, desça do seu mundinho cor de rosa e entenda que nem sempre as pessoas vão fazer o que você quer. Eu te considero minha amiga mas eu não vou passar a mão na sua cabeça e falar que você está coberta de razão quando claramente não está. - Laura a encarou e não sabia mais o que falar, a afastou da porta e saiu em direção a sua casa. Carmen não queria magoa-la mas sabia que devia ter dito aquilo pra ela mesmo antes de estourar e acabar falando coisa pior.
Paulo e Daniel terminavam o trabalho, eles fizeram a tarefa toda em silêncio, falando somente sobre o assunto, havia se instaurado um clima desconfortável entre eles e o Guerra já não aguentava mais.
- Aff cara isso já ta chato demais. - Disse impaciente, ele era uma daquelas pessoas que se algo o incomodava ele falava logo.
- É, ta parecendo que somos dois desconhecidos. - Disse o Zapata suspirando.
- Eu sei que nós não somos tão próximos, mas nos conhecemos desde criança não faz sentido ficarmos assim por conta dessa história.
- Você tem razão até porque eu me afastei dela e não de vocês, e eu tenho que admitir que é bom ter a sua amizade.
- Falou sorrindo para Paulo que retribuiu.
- Onww meu deusu que fofo. - Disse o Guerra apertando a bochecha de Dani que ria afastando a sua mão.
- Que merda cara isso foi estranho. - Falou gargalhando junto com Paulo.
- Nunca mais eu faço isso.- Eles ainda ficaram um bom tempo conversando sobre coisas aleatórias, Paulo sabia que Daniel não queria falar sobre a Majo então nem tocou no assunto. Ele se despediu do amigo e foi em direção a sua casa. Alicia havia mandado uma mensagem avisando que iria pra la assim que terminasse de ajudar a sua mãe. Marcelina já não aguentava mais a companhia de Alana, a garota não parava de perguntar sobre o seu irmão e isso já estava a irritando muito.
- O Paulinho ainda vai demorar muito? - Perguntou se levantando do chão da sala.
- Primeiro pra você é só Paulo e sengundo não é da sua conta. - Falou a baixinha irritada. Alana tropeçou na dobra do tapete e acabou dando um jeito no seu pé, nem chegou a torcer só que como era aproveitadora viu nisso uma oportunidade.
- Você tá bem? - Perguntou Marce preocupada.
- Não, eu acho que torci o meu pé. - Disse derramando lágrimas falsas.
- Fica aqui que eu vou pegar gelo. - Falou correndo pra cozinha, nesse momento Paulo chegou em casa e olhou confuso para a loira que chorava no sofá, assim que a irmã apareceu na sala ele a puxou e falou baixinho.
- Que merda é que ta acontecendo aqui?
- Ela torceu o pé. -Respondeu entregando a bolsa de gelo para Alana que fingia estar mais calma.
- Eu preciso ir pra casa mas não tem como eu andar, Paulo será que você podia me levar? - Perguntou ainda com lágrimas nos olhos, ele olhou para a irmã que deu de ombros e acabou confirmando.
- Tá eu levo.
- Leva quem? - Perguntou Alicia entrando na casa junto com Jorge.
- Me levar em casa, é que eu torci o pé e não vou conseguir chegar em casa sozinha. - Respondeu sorrindo falsamente. Alicia revirou os olhos e digitou alguma coisa no seu celular o entregando para Jorge.
- Não precisa ele ir, eu te levo.
- Sem querer ofender nem nada Alicinha mas você é muito fraquinha e não vai conseguir me levar. - Falou a encarando já se apoiando em Paulo que não sabia o que fazer. Marce e Jorge só olhavam a cena tentando controlar o riso.
- Isso não é nenhum problema minha querida até porque seu táxi já deve tá te esperando. - Retrucou sorrindo falsamente enquanto a afastava de Paulo. Alana bufou quando Aly a pegou pelo braço e se dirigiu para fora da casa, quando já estavam do lado de fora e a loira percebeu que havia mesmo um táxi a sua espera deixou toda a farsa de lado.
- Ahh meu amor isso é tudo medo de eu roubar o Paulinho de você? - Perguntou debochada.
- Minha filha sabe o dia que ele vai me trocar por você? Nunca, vê se te enxerga garota e vai logo embora daqui. - Disse a Gusman irritada empurrando ela pra dentro do carro.
- Me solta. - Falou puxando o braço. - Nunca mais toque em mim. Você se acha tanto mas isso é só medo do Paulo se cansar de você e vim correndo pra mim. É eu sei que esse dia ainda vai chegar. - Alicia bufou irritada e bateu a porta na cara dela mas sem antes a encara-la e dizer.
- Olha aqui essa sua obsessão por ele já ta virando doença. Aceita logo que ele me ama e eu o amo e nada do que você fizer vai atrapalhar nossa vida.
- Você que pensa. - Disse fuzilando Alicia que só ria debochada enquanto o táxi já começava a se movimentar.
- Tchau putiane, vê se arranja alguma coisa pra fazer nessa vida. - Gritou a morena sorrindo quando uma velhinha ia passando na hora.
- Esses jovens de hoje. - Reclamou desgostosa.
- Esses jovens de hoje são o futuro de amanhã minha senhora. - Disse Aly sorrindo dando um beijo na bochecha desta que não aguentou e soltou um sorriso vendo ela correr pra dentro de casa.
- Você demorou, achei que tinha dado um sumiço nela. - Falou Jorge rindo enquanto a amiga se jogava no sofá.
- Bem que eu queria, mas eu só fui despachar ela pra bem longe daqui.
- Que garota insuportável, nunca mais eu fico uma tarde sozinha com ela, era só " O Paulo isso" , " O Paulo aquilo." Arrrr que raiva. - Disse a baixinha irritada fazendo todos rirem.
- Tenho nada contra mas o que é que você tá fazendo aqui cara? - Perguntou Paulo para Jorge.
- A Aly me chamou pra gente fazer alguma coisa. - Respondeu dando de ombros.
- Já sei, bora jogar Uno? - Falou Marce sorrindo para Alicia que cerrou seus olhos para ela.
- Ahh não, isso é jogo de criança. - Reclamou o Guerra.
- Pois eu topo, eu adorava jogar quando pequeno. - Falou o loiro concordando.
- A Marce não pode falar isso porque ela nunca cresceu. - Disse Aly rindo da cara da amiga.
- Vai a merda Alicia, você só não quer jogar porque perde toda vez. - Sorriu debochada.
- Eu não perco, vocês é que trapaceiam. - Disse jogando um travesseiro na pequena fazendo Jorge rir.
- Já sei, pra ficar mais interessante vamos incrementar um pouco que tal? - Perguntou Paulo com um sorriso de quem vai aprontar. Eles se encararam e no fim acabaram concordando.
- Vamos fazer assim quem vencer 3 rodadas primeiro vai decidir o que os outros vão ter que fazer e aquele que tiver menos vitórias vai fazer o que os outros 3 quiserem além do que já tinha que fazer. Pra sorte de vocês espero que eu não ganhe. - Disse dando uma gargalhada.
- Larga de ser idiota garoto. Sabe nunca escutei tanto a palavra fazer em uma frase. - Falou rindo junto com os amigos fazendo Paulo revirar os olhos. - Bora logo começa antes que ele veja o cérebro desse jeito. - Disse se sentando no chão enquanto Marce ia pegar o jogo.
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