História Além de mim - Quase...

Depois da chegada de Cirilo o clima mudou totalmente mas por sorte a professora Helena chegou bem na hora pedindo para todos voltarem para as suas salas, ele combinou de encontrar Maria mais tarde e se despediu dos amigos. No fim das aulas a turma ainda estava animada com a pequena aproximação de todos, Daniel combinou com Davi e Adriano de fazerem um pequeno campeonato na casa do Zapata enquanto os outros já tinham os seus planos. Dois casais, e um quase, se encontravam no shopping, eles resolveram assistir um filme juntos mas como tinham perdido a primeira sessão resolveram dar uma volta enquanto a outra não começava.

- Mas Marga você não tava de castigo? - Perguntou Alicia que ia abraçada com Paulo.

- Sim, mas como meu pai tá trabalhando agora minha mãe maravilhosa disse que ia me cobrir. - Respondeu fazendo uma carinha fofa.

- Então Jorgito como foi encontrar o seu Carlos de novo? Porque sério aquele homem me assusta, sem ofensas Marga. - Disse Paulo com uma cara de medo fazendo todos rirem.

- Ele é uma boa pessoa quando não tá me cupando pela mudança da filha dele. - Falou dando de ombros.

- É cara sei bem como é isso, o pai da ruiva demorou um tempo pra me aceitar. - Disse Koki abraçando a namorada de lado.

- Caramba vocês falam como se a gente estivesse namorando. - Comentou Marga enquanto os amigos riam.

- Amore já já vocês começam e já tem a minha bênção. - Falou Aly sorrrindo, mas parou de caminhar assim que viu uma piscina de bolinhas. - Ahh eu quero ir. - Disse com os olhos brilhando se virando em direção a Paulo que ria da animação infantil da namorada.

- Me to. - Falou Bibi pulando no mesmo lugar. Jorge que não estava prestando atenção na hora que se virou abriu um sorriso enorme.

- Eu não acredito. Vamo gente não tem praticamente criança nenhuma. - Disse pegando na mão de Alicia e Bibi e correndo com elas em direção a piscina enquanto os outros morriam de rir deles.

- Bibi cuidado se não cê some no meio das bolinhas. - Gritou Koki para a namorada que gritou de volta "Vai a merda Kokimoto." No momento em que chegaram no espaço de ascesso tiraram os sapatos e pularam dentro da piscina, as pessoas ao redor olhavam mas eles nem ligavam, estavam se divertindo e era isso que importava.

- Amor olha pra cá. - Gritou Paulo para Aly que surgiu do meio das bolinhas enquanto ele tirava uma foto. Marga também aproveitava para registrar esse momento, assim que ela se aproximou mais um pouco Jorge a puxou para dentro a fazendo distribuir vários tapas nele enquanto sorria, logo Paulo e Koki também entraram e só o que podia se ouvir era a gargalhada dos seis no meio das bolinhas coloridas que voavam para todos os lados. Majo estava sentada no sofá da casa de Valéria, tinha acabado de voltar da casa da tia de Cirilo pois tinha tido uma conversa com os pais deste, na verdade tinha sido mais calma do que ela havia pensado que seria.

- Cadê a Val? - Perguntou o Rivera que a tinha acompanhado de volta.

- Saiu com o Jai, mas olha que fofo o macaquinho que a Val deu. - Dizia segurando uma peça pequena que tinha escrita "Príncipe da Dinda."

- É lindo. Ela tem certeza que é um menino mesmo. - Comentou sorrindo junto com ela. - Eu acho que é uma menininha, imagina uma pequena boneca correndo por aí. - Falou pensativo.

- Bom não importa se for menino ou menina o importante é que venha com saúde é o que minha vovó  sempre diz. - Disse Maria levantando os pés os apoiando no sofá.

- Já pensou em nomes? Tá eu sei que é muito cedo mas se for menina eu queria que ela se chamasse Lais, já se for menino seria Ciro Júnior. - Disse sorridente vendo Maria fazer uma careta.

- Eu tenho até medo de perguntar quanto tempo você levou pra pensar nesses nomes. Ciro? Caralho Cirilo cadê a sua criatividade, sinceramente que nome feio e o pior é que vem Júnior depois. - Falou revoltada o fazendo gargalhar.

- Maria olha a boca, você tem que xingar menos as crianças repetem tudo os que os pais falam. E quanto ao nome você tem uma ideia melhor? - Perguntou debochado.

- Amore qualquer um tem uma ideia melhor que você, mas eu estava pensando em uns nomes e achei quatro que me agradam aí eu fiquei na dúvida.

- Quais são? Mas olha se for nome feio eu já digo logo a minha opinião. - Disse se ajeitando na poltrona.

- É você tem direito de opinar mas não muito porque essa criança vai nascer de dentro de mim. - Falou o fazendo revirar os olhos. - Bom se for menina vai ser Ane ou Sofi já se for menino será Heitor ou Fábio. 

- Tá eu gostei de dois mas não vou te dizer agora pra não ajudar na sua decisão. - Falou pensativo.

- Que decisão? Já ta decidido por enquanto vai que aparece outros nomes e eu me apaixono? Nunca se sabe né. - Disse olhando o seu celular. 

- Bora assistir um filme? - Perguntou vendo ela assentir com a cabeça e se sentou ao seu lado no sofá enquanto ela apoiava as suas pernas nele. Margarida chegou em casa despreocupada mas levou um susto quando viu o seu pai de costas para a entrada da sala e soltou um grito quando alguém a puxou para uma parede oposta tapando a sua boca em seguida.

- Sarah o que aconteceu? - Perguntou ele se aproximando aos poucos.

- Nada querido só bati o joelho na mesinha já eu vou. - Respondeu tirando a mão da boca da filha que a encarou aliviada.  - Vai já pro seu quarto qualquer coisa finge que acabou de acordar. - Susurrou para Marga que afirmou com a cabeça.

- Mas ele vai me ver. - Disse para a mãe que a empurrava.

- Eu distraio ele pode ir, mas espera meu sinal.

- Que sinal? - Perguntou para a mãe que já estava entrando na sala.

- Cadê a Marga. - Perguntou para a esposa assim que ela entrou.

- Tá dormindo. - Respondeu pegando em seu braço o puxando para o lado sem que ele percebesse.

- Desde que horas? Ela não pode passar a tarde toda dormindo, coloca ela pra fazer alguma coisa. - Disse indignado enquanto ela olhava discretamente para a filha que estava esperando o sinal.

- Ela me ajudou a arrumar a casa, além do mais oque ela VAI fazer além disso!? - Falou  dando ênfase na palavra e Marga entendeu o recado correndo em direção ao quarto mas acabou tropeçando na soleira da porta e o seu pai parou o discurso que estava dando.

- O que foi isso? - Perguntou confuso.

- Eu é que deveria perguntar isso, não tem necessidade você ficar falando direto sendo que eu estou tentando conversar com você. - Disse se fingindo de irritada atraindo a sua atenção.

- Me desculpa o que é que você estava falando? - Perguntou para Sarah que respirou aliviada quando viu a porta do quarto da filha se fechar.

- Ah não é nada de mais. - Respondeu sem importância saindo em direção a cozinha deixando Carlos na sala sem entender nada.